A distinção entre as porções hebraica e caldéia dos escritos de Daniel [1] permite uma divisão natural, a importância da qual aparecerá em uma cuidadosa consideração do todo. Mas, para o propósito da presente investigação, o livro mais convenientemente se dividirá entre os seis primeiros capítulos e os seis últimos, a primeira porção sendo basicamente histórica e didática, e a última contendo o registro das quatro grandes visões que foram dadas ao profeta em seus anos finais. É com as visões que estamos especialmente interessados aqui. A narrativa do terceiro, quarto, quinto e sexto capítulos está além da abrangência destas páginas, pois não têm influência imediata na profecia. O segundo capítulo, porém, é de grande importância, pois dá a base para as visões posteriores. [2]
Em um sonho, o rei Nabucodonosor viu uma grande estátua, a cabeça da qual era de ouro, os peitos e os braços de prata, o corpo de bronze, as pernas de ferro, e os pés parte de ferro e parte de barro. Uma pedra, cortada sem o auxílio de mãos, foi então lançada sobre os pés da estátua, que caiu e foi esmiuçada, e a pedra tornou-se um grande monte que ocupou toda a terra. [3]
A interpretação está nestas palavras:"Tu, ó rei, és rei de reis; a quem o Deus do céu tem dado o reino, o poder, a força, e a glória. E onde quer que habitem os filhos de homens, na tua mão entregou os animais do campo, e as aves do céu, e fez que reinasse sobre todos eles; tu és a cabeça de ouro. E depois de ti se levantará outro reino, inferior ao teu; e um terceiro reino, de bronze, o qual dominará sobre toda a terra. E o quarto reino será forte como ferro; pois, como o ferro, esmiúça e quebra tudo; como o ferro que quebra todas as coisas, assim ele esmiuçará e fará em pedaços. E, quanto ao que viste dos pés e dos dedos, em parte de barro de oleiro, e em parte de ferro, isso será um reino dividido; contudo haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, pois viste o ferro misturado com barro de lodo. E como os dedos dos pés eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte o reino será forte, e por outra será frágil. Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão com semente humana, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro. Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre, da maneira que viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro; o grande Deus fez saber ao rei o que há de ser depois disto. Certo é o sonho, e fiel a sua interpretação." [Daniel 2:37-45].
A soberania predita de Judá passou bem além dos limites da mera supremacia entre as tribos de Israel. Foi um cetro imperial que foi confiado ao Filho de Davi.
"Também o farei meu primogênito mais elevado do que os reis da terra." [Salmos 89:27].
"E todos os reis se prostrarão perante ele; todas as nações o servirão." [Salmos 72:11].
Essas foram as promessas que Salomão herdou; e a breve glória de seu reinado deram provas de quão completamente elas poderiam ter sido realizadas [2 Crônicas 9:22-28] se ele não tivesse se desviado e trocado pelos prazeres sensuais do presente as possibilidades mais esplêndidas que foram abertas diante do homem mortal. O sonho de Nabucodonosor da grande estátua e a visão de Daniel na interpretação desse sonho, foram uma revelação divina que o cetro perdido da casa de Davi tinha passado para as mãos dos gentios, para permanecer com eles até o dia quando "o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído" [Daniel 2:44].
É desnecessário discutir aqui em detalhes as porções anteriores dessa profecia. Não há, na verdade, controvérsia alguma sobre seu caráter geral e abrangência; e tendo em mente a distinção entre o que é duvidado e o que é duvidoso, não precisa haver controvérsia sobre a identidade dos impérios ali descritos como Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma. Que o primeiro foi o reino de Nabucodonosor é dito claramente [Daniel 2:37,38] e uma visão posterior nomeia expressamente o império Medo-Persa e o império de Alexandre como sendo "reinos" distintos dentro do intervalo de tempo da profecia. [Daniel 8:20-21] O quarto império, portanto, precisa necessariamente ser Roma. Mas é suficiente aqui enfatizar o fato, revelado em termos mais claros a Daniel em seu exílio, e a Jeremias em meio às dificuldades em Jerusalém, que assim a soberania da terra, que tinha sido perdida por Judá, fora solenemente entregue aos gentios. [4] As únicas questões que surgem relacionam-se, primeiro ao caráter da catástrofe final simbolizada pela queda e destruição da estátua, e segundo ao tempo de seu cumprimento; e quaisquer dificuldades que tenham sido levantadas dependem de modo algum da linguagem da profecia, mas unicamente das visões preconcebidas dos intérpretes. Nenhum cristão duvida que "a pedra cortada sem o auxílio de mão" tipifica o próprio Cristo, ou Seu reino. É igualmente claro que a catástrofe ocorrerá quando o quarto império se tornar dividido, e for "por uma parte forte e por outra parte frágil". Portanto, seu cumprimento não poderia pertencer ao tempo do primeiro advento. Não menos claro é que seu cumprimento era para ser uma crise súbita, a ser seguida pelo estabelecimento de "um reino que não será jamais destruído". Portanto, ela se refere a eventos ainda por vir. Estamos lidando aqui, não com teorias proféticas, mas com o significado das palavras comuns; e o que a profecia prediz não é a ascensão e expansão de um "reino espiritual" no meio dos reinos terreais, mas o estabelecimento de um reino que "esmiuçará e consumirá todos esses reinos". [5]
A interpretação do sonho do rei elevou imediatamente o cativo exilado ao cargo de Grão-Vizir de Babilônia [Daniel 2:48], uma posição de confiança e honra que ele provavelmente manteve até que foi exonerado ou se aposentou no cargo durante o reinado de um ou outro dos dois últimos monarcas que sucederam a Nabucodonosor no trono. A cena da noite fatal do banquete de Belsazar sugere que Daniel estava há tanto tempo afastado que o jovem rei regente não conhecia nada de sua fama. [6] No entanto, sua fama ainda era grande entre os mais velhos e, apesar de seus anos avançados, ele foi mais uma vez convocado para um cargo de alto escalão por Dario, quando o rei medo tornou-se o senhor da cidade das muralhas largas. [7]
Mas tanto na prosperidade quanto na aposentadoria, ele foi fiel ao Deus de seus pais. Os anos de sua infância em Jerusalém, embora politicamente tenebrosos e problemáticos, foram um período do mais brilhante reavivamento espiritual pelo qual sua nação já tinha sido abençoada, e ele carregou consigo para a corte de Nabucodonosor uma fé e piedade que suportaram todas as influências adversas que eram abundantes naquele cenário. [8]
O Daniel do segundo capítulo era um homem jovem que tinha acabado de entrar em uma carreira de extraordinária dignidade e poder, como poucos já conheceram. O Daniel do sétimo capítulo era um santo já idoso que, tendo passado por provações, ainda possuía um coração tão fiel a Deus e ao Seu povo como quando, alguns sessenta anos antes, ele entrou pelas portas da cidade das muralhas largas como um cativo e um estrangeiro sem amigos. A data da visão anterior foi aproximadamente o tempo da revolta de Joaquim, quando o orgulho racial e o credo ainda levavam os judeus a sonharem com a independência. Ao tempo da última visão mais de quarenta anos tinham se passado desde que Jerusalém tinha sido deixada em ruínas, e o último rei da casa de Davi tinha entrado acorrentado pelos portões de bronze da Babilônia.
Aqui novamente os principais contornos da profecia parecem claros. Enquanto os quatro impérios que foram destinados sucessivamente a deter o poder soberano durante "o tempo dos gentios" estão representados no sonho de Nabucodonosor pelas quatro divisões da grande estátua, eles estão aqui tipificados por quatro animais selvagens. [8] Os dez dedos da estátua no segundo capítulo têm suas correlações nos dez chifres do quarto animal no sétimo capítulo. O caráter e curso do quarto império são o assunto proeminente da visão posterior, mas ambas as profecias são igualmente explícitas que esse império em sua fase final será trazido para uma súbita e exemplar destruição por uma manifestação do poder divino na Terra.
Os detalhes da visão, embora interessantes e importantes, podem aqui passar sem observação porque a interpretação dada é tão simples e definitiva que as palavras não podem deixar espaço para dúvida em qualquer mente sem preconceitos. "Estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis, (isto é, reinos; compare verso 23) que se levantarão da terra. Mas os santos do Altíssimo receberão o reino, e o possuirão para todo o sempre, e de eternidade em eternidade." [versos 17,18].
O profeta então começa a recapitular a visão e sua linguagem permite uma resposta explícita à única questão que pode sensatamente ser levantada sobre as palavras que acabam de ser citadas, isto é, se o "reino dos santos" seguirá imediatamente após o encerramento do quarto império gentílico. [10] Ele acrescenta, "Então tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal, que era diferente de todos os outros, muito terrível, cujos dentes eram de ferro e as suas unhas de bronze; que devorava, fazia em pedaços e pisava aos pés o que sobrava; e também a respeito dos dez chifres que tinha na cabeça, e do outro que subiu, e diante do qual caíram três, isto é, daquele que tinha olhos, e uma boca que falava grandes coisas, e cujo parecer era mais robusto do que o dos seus companheiros. Eu olhava, e eis que este chifre fazia guerra contra os santos, e prevaleceu contra eles. Até que veio o ancião de dias, e fez justiça aos santos do Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino."
Essa foi a investigação da profecia. Aqui está a interpretação que lhe foi dada em resposta:
"O quarto animal será o quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços. E, quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis. E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo. Mas o juízo será estabelecido, e eles tirarão o seu domínio, para o destruir e para o desfazer até ao fim. E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão." [Daniel 7:19-27].
Se a história registra qualquer evento que possa estar dentro da abrangência dessa profecia é uma questão de opinião. Que ela ainda não foi cumprida é uma questão simples de ver. [12] A terra romana será um dia dividida em dez reinos separados, e a partir de um desses se levantará aquele terrível inimigo de Deus e de Seu povo, cuja destruição será um dos eventos do segundo advento de Cristo.
Notas de Rodapé do Capítulo 3
[1] "A porção caldéia de Daniel começa no quarto verso do segundo capítulo e continua até o fim do sétimo capítulo" Tregelles, Daniel, pág. 8.
[2] A seguinte análise do livro de Daniel pode ajudar no estudo do mesmo:Cap. 1. A captura de Jerusalém. O cativeiro de Daniel e de seus três companheiros, e seus progressos em Babilônia. (606 AC).
Cap. 2. O sonho de Nabucodonosor da Grande Estátua (603-602 AC).Cap. 3. A estátua de ouro de Nabucodonosor é levantada para todos seus súditos adorarem. Os três companheiros de Daniel são lançados na fornalha de fogo.
Cap. 4. O sonho de Nabucodonosor sobre sua própria loucura e a interpretação de Daniel.
Cap. 5. O banquete de Belsazar. Babilônia é conquistada por Dario, o medo (538 AC).
Cap. 6. Daniel é promovido por Dario; recusa-se a adorá-lo e é lançado na cova dos leões. Seu livramento e subseqüente prosperidade (537 AC ?).
Cap. 7. A visão de Daniel dos Quatro Animais (541 AC ?).
Cap. 8. A visão de Daniel do Carneiro e do Bode (539 AC ?).
Cap. 9. A oração de Daniel: a profecia das Setenta Semanas (538 AC).
Caps. 10-12: A última visão de Daniel (534 AC).
[3] A dificuldade conectada com a data desta visão (o segundo ano de Nabucodonosor) é considerada no Apêndice 1, post.
[4] Confira Daniel 2:38 e Jeremias 27:6-7. A afirmação de Gênesis 49:10 pode parecer à primeira vista se chocar com esta: "O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos." Mas, como provam os eventos, isso não pode significar que o poder real era para ser exercido pela casa de Judá até o advento de Cristo. Hengstenberg corretamente interpretou isto (Christology, Arnold's trans. Cap. 78): "Judá não cessará de existir como uma tribo, nem perderá sua superioridade, até que será exaltado para honra e glória maiores por meio do grande Remidor, que brotará dele, e a quem não somente os judeus, mas todas as nações da terra obedecerão." Como ele indica, "até freqüentemente significa até e após." (Veja Gênesis 28:15) O significado da profecia, portanto, não era que Judá iria exercer o poder real até Cristo, e então perdê-lo; que é a manca e insatisfatória explicação geralmente adotada; mas que a preeminência de Judá deve ser irrevogavelmente estabelecida em Cristo não espiritualmente, mas de fato, no reino a respeito do qual Daniel profetiza.
[5] Acreditar que tal profecia possa algum dia ser realizada pode parecer fanatismo e tolice, mas pelo menos vamos aceitar a linguagem das Escrituras, e não cair no cego absurdo de esperar o cumprimento de teorias baseadas naquilo que os homens conjeturam que os profetas devem ter predito.
[6] Isso aparece a partir da linguagem da rainha-mãe, em Daniel 5:10-12. Mas a passagem em 8:27 mostra que Daniel ainda exercia algum cargo na corte.
[7] Daniel 6:1-2. Daniel não poderia ter menos de oitenta anos naquele tempo. Veja a tabela cronológica no Apêndice 1, post.
[8] É improvável que Daniel tivesse menos de 21 anos de idade quando foi colocado na chefia do império no segundo ano de Nabucodonosor. A idade até a qual ele viveu torna igualmente improvável que ele tivesse mais. Seu nascimento teria ocorrido, conforme sugerido anteriormente, em aproximadamente 625 AC, na época de Nabopolassar e cerca de três anos depois da morte de Josias, um tipo de rei que nunca tinha havido em Israel, desde os dias de Samuel [2 Crônicas 35:18-19; 2 Reis 23:25].
[9] O seguinte é a visão conforme registrada em Daniel 7:2-14:
"Falou Daniel, e disse: Eu estava olhando na minha visão da noite, e eis que os quatro ventos do céu agitavam o mar grande. E quatro animais grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar. O primeiro era como leão, e tinha asas de águia; enquanto eu olhava, foram-lhe arrancadas as asas, e foi levantado da terra, e posto em pé como um homem, e foi-lhe dado um coração de homem. Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou de um lado, tendo na boca três costelas entre os seus dentes; e foi-lhe dito assim: Levanta-te, devora muita carne. Depois disto, eu continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha quatro asas de ave nas suas costas; tinha também este animal quatro cabeças, e foi-lhe dado domínio. Depois disto eu continuei olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres. Estando eu a considerar os chifres, eis que, entre eles subiu outro chifre pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava grandes coisas. Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; a sua veste era branca como a neve, e o cabelo da sua cabeça como a pura lã; e seu trono era de chamas de fogo, e as suas rodas de fogo ardente. Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões assistiam diante dele; assentou-se o juízo, e abriram-se os livros. Então estive olhando, por causa da voz das grandes palavras que o chifre proferia; estive olhando até que o animal foi morto, e o seu corpo desfeito, e entregue para ser queimado pelo fogo; e, quanto aos outros animais, foi-lhes tirado o domínio; todavia foi-lhes prolongada a vida até certo espaço de tempo. Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele. E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não será destruído."
[10] Certos autores advogam uma interpretação dessas visões que associa os "quatro reinos" a Babilônia, Média, Pérsia e Grécia. Essa visão, com a qual o nome do professor Wescott está identificado, afirma observar meramente a ordem para distingui-la de outra com a qual ela tem sido confundida, até em uma obra de pretensões como The Speaker's Commentary (vol. 6, pág. 333, Excursus on the Four Kingdoms). O experiente autor de Ordo Saeclorum (Cap. 616, etc.), citando Maitland, que por sua vez segue Lacunza (Ben Ezra), argumenta que a ascensão de Dario, o medo, ao trono de Babilônia não envolveu uma mudança do império. Além disso, esses autores defendem a idéia que a descrição do terceiro reino faz lembrar Roma, em vez de a Grécia. Portanto, de acordo com essa visão, os reinos são Babilônia, o primeiro; Pérsia, o segundo; Roma, o terceiro; o quarto será um reino futuro que se levantará nos últimos dias. Mas, conforme já observado (pág. 32, ante), o livro de Daniel distingue expressamente Babilônia, Média, Pérsia e Grécia como "reinos" dentro da abrangência da profecia.
[11] Daniel 7:19-27. Sobre essa visão, veja Pusey, Daniel, págs. 78-79.
[12] Apela-se para o estado da Europa durante e após o desmembramento do Império Romano como um cumprimento disso, ignorando o fato que o território que Augusto governou incluía um distrito considerável tanto na Ásia quanto na África. Mas isso não é tudo. Não há presunção contra encontrar em tempos passados uma realização parcial dessa profecia, mas o fato que vinte e oito diferentes listas, incluindo sessenta e cinco "reinos" têm sido apresentados na controvérsia, é uma prova de quão sem valor é a evidência de qualquer um desses cumprimentos. Na verdade, a escola histórica de intérpretes tem aqui, como em muitos outros pontos, trazido descrédito sobre todo seu sistema, contendo muito pouco que mereça atenção. (veja Apêndice 2; Nota C.).
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Data da publicação: 23/2/2005
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