Maranata, ou um Purgatório Protestante Aqui na Terra?

Autor: Jeremy James, Irlanda, 21/1/2023.

Os cristãos bíblicos estão familiarizados com o termo "o restritor", que aparece em 2 Tessalonicenses 2. A palavra grega relevante no original é katecho (G2722 na Concordância de Strong) que, neste contexto, significa deter, resistir, ou restringir:

"E agora vós sabeis o que o detém [katecho], para que a seu próprio tempo seja manifestado. Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste [katecho] até que do meio seja tirado; e então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda." [2 Tessalonicenses 2:6-7]

Diversos comentaristas respeitados identificaram essa Pessoa como o Espírito Santo, porém existem ainda muitos fiéis cristãos que gostam de explorar outras possibilidades. Como a identidade dessa Pessoa é importante no contexto da profecia do fim dos tempos, especialmente em relação ao Arrebatamento da Igreja, gostaríamos, se possível, de remover toda a dúvida.

A passagem citada acima aponta realmente para a resposta, embora esse fato seja frequentemente negligenciado. O apóstolo Paulo começa dizendo que os tessalonicenses já conheciam a identidade do Restritor — "E agora vós sabeis o que o detém [katecho], para que a seu próprio tempo seja manifestado."

O Espírito Santo Não Era Bem Compreendido pelos Judeus

Para apreciar o significado dessa observação, precisamos nos lembrar que o Espírito Santo não era bem compreendido pelos judeus. Eles sabiam que o "espírito" vinha de Deus, o Pai, mas não compreendiam, como deveriam ter compreendido, que Ele era uma Pessoa divina, em Seu próprio direito. Eles também deixarem de ver que o Messias deles, cuja chegada tinha sido prevista muito tempo antes, era também uma Pessoa divina, o verdadeiro Filho de Deus, e não um ser sobrenatural cujo poder e autoridade excediam os dos anjos. (O nome talmúdico-cabalista para esse tipo de ser era "Metatron".).

Vemos isso claramente no episódio registrado no início do capítulo 19 de Atos dos Apóstolos, onde Paulo encontrou alguns discípulos que tinham sido batizados por João o Batista. Esse fato sugere que eles eram judeus, porém nunca tinham ouvido falar a respeito do Espírito Santo:

"E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo passado por todas as regiões superiores, chegou a Éfeso; e achando ali alguns discípulos, disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo. Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados então? E eles disseram: No batismo de João." [Atos 19:1-3]

Quando Paulo escreveu aos tessalonicenses, ele estava falando principalmente para cristãos gentios, não para judeus — "E alguns deles creram, e ajuntaram-se com Paulo e Silas; e também uma grande multidão de gregos religiosos, e não poucas mulheres principais." [Atos 17:4]. Os judeus, em geral, tinham uma forte antipatia à doutrina da Personalidade do Espírito Santo, porém os gentios não tinham. Quando esteve pessoalmente com eles, Paulo explicou o papel do Espírito Santo como o Restritor, de modo que era natural para ele referir-se ao "aquele que agora detém" (o Restritor) sem dizer explicitamente que esse era o Espírito Santo. Ao contrário dos cristãos judeus, eles não pensariam que ele estava falando a respeito de um ser sobrenatural poderoso, como um anjo de alta hierarquia. (Alguns intérpretes modernos da Bíblia ainda são atraídos por esse ensino do Metatron e sugerem que o Restritor é o arcanjo Miguel.).

No volume IV de sua Systematic Theology, L. S. Chafer diz:

"Com o devido reconhecimento das várias opiniões existentes, o Restritor é o Espírito Santo. Para alcançar tudo o que é para ser realizado, o Restritor precisa ser uma das partes do Deus Triuno. Até mesmo uma contemplação casual do poder necessário convencerá a mente aberta dessa necessidade; e, como o Espírito Santo é o Executor ativo de Deus no mundo durante esta época, é razoável concluir que Ele é quem restringe. Sem dúvida, a restrição Dele opera tanto diretamente e por meio da igreja, em quem Ele habita. Quando Seu trabalho de formar a igreja estiver concluído — foi para isso que Ele veio ao mundo — Ele, o Espírito, o Restritor, será removido do mundo como residente aqui e reassumirá Sua posição como onipresente somente..."

"A compreensão correta dessa importante passagem da Escritura depende do reconhecimento da distinção a ser observada entre a relação do Espírito com o mundo como residente aqui, ou onipresente. Aquele que sempre foi onipresente tornou-se residente no Dia de Pentecostes; aquele que agora é residente se tornará meramente onipresente ao concluir aquilo que Ele veio realizar no Dia de Pentecostes."

"Isto é tão claramente afirmado que o fiel cristão nunca pode estar separado do Espírito Santo. A oração de Cristo, que não pode ficar sem ser respondida, foi que o Espírito habitasse com os fiéis para sempre. (João 14:16); portanto, quando o Espírito, o Restritor, 'for retirado do caminho', a igreja será, por necessidade, removida com Ele. Não pode ser de outra forma..." [pág. 372].

Muitos argumentam que não há razão por que a igreja não deveria precisar passar por parte da Tribulação de sete anos. Ao fazerem isso, eles estão colocando em questão, a própria base da nossa salvação, isto é, "a imensurável graça de Deus em Cristo Jesus".

O Dr. Chafer vai até o cerne dessa objeção quando diz:

"Por trás das teorias que a igreja entrará ou passará pela Tribulação (de sete anos) está a heresia Arminiana que o fiel cristão contribui com algo para sua própria aceitação diante de Deus e, tendo falhado em alguma medida nessa responsabilidade, ele será purgado e purificado pelo sofrimento durante a Tribulação... Isto se constitui em um Purgatório Protestante... Assim, a posição que a Igreja entrará ou passará pela Tribulação torna-se um insulto e uma descrença em relação à graça sem medida de Deus em Cristo." [pág. 365].

Para aqueles que ainda se agarram à ideia de um Purgatório Protestante, será útil se expandirmos a discussão sobre o papel do Espírito Santo nesta época atual, chamada de Época da Graça.

Estudos recentes nesta série:

"Cristo Veio Duas Vezes em Sua Primeira Vinda e Virá Duas Vezes em Sua Segunda Vinda — Alguns Fatos Sobre o Arrebatamento"

"Não se Perturbe Mais: Sólidas Provas nas Escrituras Que o Arrebatamento Antecederá a Tribulação"

"A Ira de Deus e a Noiva de Cristo"

"A Bem-aventurada Esperança"

"Respondendo a Alguns Comentários Destemperados Sobre o Arrebatamento Pré-Tribulação"

O Espírito Santo na Época da Graça

Como o Dr. Chafer disse: "O Espírito Santo é o Executor ativo do Deus Triúno no mundo durante esta época." Precisamos compreender a missão do Consolador. Talvez a melhor descrição tenha sido dada pelo próprio Cristo, em João 16:7-11:

"Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei. E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo. Do pecado, porque não crêem em mim; da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado." [João 16:7-11].

É tarefa do Espírito Santo "convencer o mundo do pecado, e da justiça e do juízo". A palavra que foi traduzida do grego como "convencer" é elegcho (G1651 na Concordância de Strong), e pode significar reprovar, convencer, refutar, corrigir, expor e admoestar. A missão do Espírito Santo é convencer e mostrar à humanidade a realidade espiritual geral de três grandes fatos — pecado, justiça e juízo. A palavra para juízo no grego é krisis (G2920, na Concordância de Strong), que é geralmente compreendida como sendo a determinação se alguma coisa é correta ou errada e, no caso da última, a necessária punição.

Admiravelmente, o Senhor Jesus explica o que quis dizer com cada parte dessa missão tripartite. É como se Ele quisessse garantir com toda certeza que a humanidade compreendesse plenamente o papel do Espírito Santo na Terra, na época que estava por vir.

O Espírito Santo Convence a Humanidade de Três Fatos Espirituais

O Espírito Santo veio para convencer a humanidade desses três fatos, derrubar a rejeição obstinada de nossa natureza caída de reconhecer a existência deles. Somos salvos somente se aceitarmos que somos pecadores perdidos, que não somos capazes por nós mesmos de alcançar o padrão de perfeição estabelecido por Deus e que teremos de prestar contas de nossas ações no Dia do Juízo. Estes são os mesmos três fatos básicos que os Filhos da Perversidade rejeitam furiosamente. Eles se recusam a reconhecer a existência do pecado, rejeitam aceitar que precisam se submeter a algum padrão de justiça e também desprezam a noção que Deus tenha o direito de julgá-los.

Vejamos cada um deles.

O Espírito Santo não está nos convencendo de nossos pecados individuais, mas do próprio pecado, e o pecado maior é a rejeição a Cristo, o Filho de Deus. Este é o pecado que condena à perdição todos aqueles que persistem nele. Como o Senhor Jesus disse: "Do pecado, por que não crêem em mim."

O Espírito Santo também está apontando todas as almas continuamente para Cristo, convencendo-as da justiça que é encontrada unicamente no Cristo ressurreto, que está assentado à mão direita do Pai Celestial: "Da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais." Nada da "justiça" que possuímos por nós mesmos é de algum valor e, em nosso estado caído é vital que vejamos isto. O Espírito Santo faz isto convencendo em nome de Cristo, que não está mais residindo aqui na Terra.

Agora, chegamos ao fato que tem a maior influência direta em nosso tema, isto é, o Espírito Santo como o Restritor. Este é o julgamento do príncipe deste mundo, o próprio Satanás. Tendemos a pensar no Calvário como um evento com implicações eternas para toda a humanidade, os salvos e os perdidos, mas nos esquecemos que Satanás também foi julgado no Calvário. Ele cometeu um crime horroroso contra o Pai e o Filho de Deus. Ao fazer isso, ele se abriu para o julgamento divino. Quando Jesus ressuscitou dos mortos, o destino de Satanás ficou selado: "Do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado."

Depois que o príncipe deste mundo ficou sob julgamento divino, dali para frente ele foi limitado pelas condições impostas pelo tribunal do céu, até que a sentença dele seja executada, a saber, ser lançado no tempo devido no Lago de Fogo. Apesar das aparências, Satanás não pode fazer tudo o que quer aqui na Terra. Se ele pudesse, toda a Terra estaria em grande perturbação e no caos. O Consolador, em Seu papel como Executor, garante que limites, ou restrições, sejam colocados sobre as insanas ambições do Maligno. Assim, podemos ver a partir dessa passagem que a Escritura identifica explicitamente o Espírito Santo com o Restritor.

Depois que o Restritor for removido da Terra, Satanás terá sete anos para fazer o que quiser. O único impedimento estabelecido por Deus, com o qual ele terá de lidar, será a oposição das Duas Testemunhas que, por três anos e meio, frustrarão as tentativas dele de tomar o controle total de Jerusalém e do Templo recém-construído. Ele também ficará grandemente enfurecido pelo trabalho evangelístico dos 144.000 convertidos judeus que, tendo sido selados pelo Espírito Santo, estarão imunes ao asssassinato.

O Princípio da Iminência

Antes de concluirmos este estudo, será útil tratarmos algumas questões relacionadas. Uma dessas é o princípio da Iminência. Muitos em Cristo hoje não estão familiarizados com esse termo, o que é uma pena, pois ele encapsula a "bem-aventurada esperança" de Tito 2:13. O princípio diz que o Senhor Jesus pode retornar para Sua igreja a qualquer momento. Com uma exceção (a morte do apóstolo Pedro), a Palavra de Deus nunca especifica um evento profetizado ou condição futura que precisa ser satisfeita antes de Ele retornar. Em não menos que quatro ocasiões no livro do Apocalipse, o próprio Jesus disse: "Eis que cedo venho." Três dessas encontram-se no capítulo final.

A palavra grega para "cedo" nesses quatro versos é tachy (G5035 na Concordância de Strong), que pode significar rapidamente, ou subitamente. Em Sua mensagem a João, nosso Salvador parece que quis garantir que todo Seu rebanho soubesse, sem qualquer dúvida, que o próximo aparecimento Dele será "súbito", sem ser anunciado. O aparecimento não será precedido por um sinal ou por um evento que dirá aos fiéis cristãos que Ele está prestes a aparecer.

Todos os cristãos na igreja primitiva, até o Concílio de Niceia no ano 325, acreditavam sem questionar no princípio da Iminência. À medida que a igreja institucional cresceu em poder, o princípio foi gradualmente colocado de lado. Os cristãos foram encorajados a olhar, não para o retorno de Cristo, mas para a evangelização triunfal de todo o mundo. O Papa, por sua vez, foi cada vez mais visto como o vigário, ou representante de Cristo na Terra, desse modo levando os cristãos para longe da expectativa do retorno iminente de nosso Senhor.

Aqueles cristãos primitivos faziam uso frequente da palavra Maranata para expressar a alegria que encontravam no retorno iminente de Cristo. Vários documentos daquele tempo mostram o quão frequentemente essa palavra era usada na oração e na adoração e, aparentemente, na saudação entre os cristãos. É um pouco surpreendente que uma palavra aramaica fosse tão amplamente aceita no mundo de fala grega, especialmente por que aparece somente uma vez na Bíblia: "Se alguém não ama ao Senhor Jesus Cristo, seja anátema. Maranata!" [1 Coríntios 16:22].

Alguns eruditos acreditam que os cristãos primitivos, durante os tempos de perseguição, costumavam se identificar uns aos outros sussurrando "Maranata". Ninguém mais no mundo de fala grega saberia o que aquela palavra significava, mas um cristão a reconheceria imediatamente.

A palavra Maranata parece consistir de três palavras aramaicas: mar, que significa "Senhor", ana que significa "nosso" e ta, significando "vem". Assim, tomadas em conjunto, elas significa: "Nosso Senhor vem!" Isto capta exatamente o sentido do texto grego em Apocalipse 22:20: "Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém. Ora vem, Senhor Jesus."

Que verso admirável! Jesus Cristo está dizendo que virá subitamente, sem aviso, e acrescenta a palavra Amém — enquanto João adiciona a isso seu pedido Maranata, "Ora vem, Senhor Jesus"! A inclusão por Jesus da palavra Amém é também significativa, pois Ele tinha anteriormente usado essa palavra, em Apocalipse 3:14, para referir a Si mesmo: "E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus."

Amém

O website Blue Letter Bible diz:

"A palavra 'Amém' é uma palavra muito admirável. Ela foi transliterada diretamente do hebraico para o grego do Novo Testamento, depois para o latim, para o inglês e muitos outros idiomas, de modo que é praticamente uma palavra universal. Ela está sendo chamada de a palavra melhor conhecida na linguagem humana. A palavra está relacionada diretamente — na verdade, é quase idêntica — com a palavra hebraica para 'crer' (aman), ou fiel. Assim, ela veio a significar 'certeza', ou 'verdadeiramente', uma expressão de absoluta esperança e confiança."

A isto acrescentamos um detalhe importantíssimo, isto é, que Jesus usou essa palavra como uma referência a Si mesmo, como um de Seus nomes pessoais. Todos os "Améns" apontam para "O Amém".

Assim, a partir de tudo isto, podemos ver que a igreja primitiva — que certamente compreendia a Palavra de Deus melhor do que qualquer igreja que veio depois — estava totalmente imersa na profunda verdade espiritual que Jesus poderia retornar a qualquer momento.

Além disso, eles sabiam que a Igreja não estava destinada para a ira, mas tinha sido livrada da condenação pelo sangue de Cristo.

Para eles, a "bem-aventurada esperança" não carregava qualquer vestígio de incerteza. Ela poderia igualmente ter sido chamada de "bem-aventurada promessa", pois todas as promessas de Deus são certas.

Nosso Capacete, a Esperança da Salvação

É importante hoje que os cristãos protejam suas mentes de qualquer incerteza nesta questão. O Maligno quer abalar nossa fé na perfeição e suficiência da obra da graça que Cristo realizou no Calvário. Ele quer, por vários ardis inteligentes, induzir os homens a pensarem que ainda existe alguma coisa pequena que eles precisam fazer para garantir sua salvação, alguma dor ou sofrimento que eles precisam suportar para finalmente satisfazar a justiça de Deus, que não contemporiza. Mas, isto é uma grande mentira! Não há NADA que possamos fazer. Jesus Cristo pagou toda a dívida. Toda.

Protegemos nossas mentes, como o apóstolo Paulo nos disse, colocando o "capacete da salvação" (Isaías 59:17 e Efésios 6:17). Entretanto, falando da parousia (a palavra grega para a Segunda Vinda) em sua Primeira Carta aos Tessalonicenses, Paulo usou um fraseado ligeiramente diferente: "Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação." [1 Tessalonicenses 5:8]. Exatamente como um capacete protege nossa cabeça, a esperança da salvação, com sua perfeita segurança, protege nossa mente.

Exatamente como os cristãos na igreja primitiva, precisamos descansar nessa certeza e encorajar uns aos outros à medida que a hora se aproxima.

Conclusão

Encerraremos com uma prova definitiva que a igreja estará no céu antes do início do período de sete anos da Tribulação.

Os versos seguintes dos capítulos 4, 5 e 6 do livro do Apocalipse retratam a cena em torno do trono celestial que antecedem o momento em que o Cordeiro toma o rolo, ou título da escritura ("o livro") da mão direita de Seu Pai e abre o primeiro selo:

"Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz, que como de trombeta ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer. E logo fui arrebatado em espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e um assentado sobre o trono. E o que estava assentado era, na aparência, semelhante à pedra jaspe e sardônica; e o arco celeste estava ao redor do trono, e parecia semelhante à esmeralda. E ao redor do trono havia vinte e quatro tronos; e vi assentados sobre os tronos vinte e quatro anciãos vestidos de vestes brancas; e tinham sobre suas cabeças coroas de ouro." [Apocalipse 4:1-4].

"Os vinte e quatro anciãos prostravam-se diante do que estava assentado sobre o trono, e adoravam o que vive para todo o sempre; e lançavam as suas coroas diante do trono, dizendo: Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas." [Apocalipse 4:10-11].

"E vi na destra do que estava assentado sobre o trono um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos. E vi um anjo forte, bradando com grande voz: Quem é digno de abrir o livro e de desatar os seus selos?" [Apocalipse 5:1-2].

"E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos." [Apocalipse 5:5].

"E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos. E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação; e para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra." [Apocalipse 5:8-10].

"E, havendo o Cordeiro aberto um dos selos, olhei, e ouvi um dos quatro animais, que dizia como em voz de trovão: Vem, e vê. E olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso, e para vencer." [Apocalipse 6:1-2].

Vamos agora enumerar os detalhes salientes nesses versos maravilhosos:

  1. No ponto em que os anciãos lançam suas coroas diante do trono, os sete anos da Tribulação ainda não iniciaram. Sabemos que este é o caso por que o Cordeiro somente abre o primeiro selo a partir do verso 6:1 A Tribulação somente pode ter início quando o primeiro selo for aberto.

  2. Os "anciãos" assentados em volta do trono usam vestes brancas e coroas de ouro. Eles foram redimidos pelo sangue do Cordeiro, "de toda a tribo, e língua, e povo, e nação". Cristo morreu para redimir seres humanos, não anjos. Estes são claramente seres humanos redimidos. Com tais, eles são santos no céu, em números muito grandes. Como cada um tem uma coroa de ouro em sua cabeça, eles foram julgados pelo Cordeiro e receberam seus galardões.

  3. Nenhum santo é julgado ou recebe "uma coroa de ouro" até o Último Dia. "Quem me rejeitar a mim, e não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia." [João 12:48].

  4. Se colocarmos o fato Nº 1 junto com os fatos Nº 2 e Nº 3, podemos ver que a Ressurreição/Arrebatamento já ocorreram, mas o período de sete anos da Tribulação ainda não iniciou.

O que podemos dizer para os cristãos professos que se recusam a aceitar isto e continuam a acreditar em um "Purgatório Protestante"?

"Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda. E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra." [Apocalipse 22:11-12].

O Espírito Santo está restringindo os poderes das trevas e as forças do caos neste mundo; Ele continuará a fazer isso até o tempo em que for chamado de volta para o céu por nosso Pai Celestial, levando a igreja, a Noiva de Cristo, com Ele.

Grande é Sua misericórdia!

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Autor: Jeremy James, artigo em http://www.zephaniah.eu
Data da publicação: 23/4/2023
A Espada do Espírito: https://www.espada.eti.br/maranata.asp