Seja um Ouvinte com Discernimento: A Música é uma Força Potente

Autor: Jeremy James, Irlanda, 7/8/2023.

Foi somente com o advento do rádio transistorizado, em 1954, que tornou-se possível ouvir a qualquer tempo e lugar uma transmissão contínua de música. Mas, foi somente com o lançamento do aparelho Walkman, em 1979, que tornou-se possível ouvir a qualquer tempo e lugar música de sua própria escolha. Uma transformação revolucionária no comportamento humano ocorreu a partir dali.

A geração atual assume que a música é algo que sempre tivemos à nossa disposição, mas por milhares de anos a música foi somente um luxo ocasional. Ela também era uma experiência ao vivo e compartilhada socialmente. Dentro de um período muito curto de tempo isto tudo mudou. Qualquer um pode agora ouvir continuamente música de sua escolha, tocada em qualquer volume desejado, repetidamente, sem qualquer contato social.

No espaço de somente algumas poucas décadas, nossa experiência de música foi de ser principalmente um evento social alegre para se tornar em um tipo de narcótico auditivo que serve para nos isolar das realidades do mundo ao nosso redor. Até 1954 nossa experiência de música era dirigida quase exclusivamente em produzir um ambiente mais alegre e um estado mais elevado de bem-estar. Dali para frente, ao longo dos últimos 70 anos, aproximadamente, a músic tornou-se o mecanismo principal que a maioria das pessoas usa para alterar seu humor e induzir um novo estado emocional.

Por meio da disponibilidade imediata e instantânea de música gravada, a sociedade agora tem acesso contínuo a uma ferramenta que pode influenciar os recessos mais profundos do nosso ser. Nossa mente pode editar ou rejeitar as imagens visuais desagradáveis, ou as passagens da literatura que ofendem à nossa sensibilidade, mas ela não tem um modo de filtrar ou modificar a música que ouvimos. Além disso, nossos ouvidos continuam a receber o estímulo da fonte sonora até mesmo quando estamos dormindo. Fechamos nossos olhos durante o sono, mas não podemos fechar nossos ouvidos.

O Poder Psicológico da Música É Grandemente Subestimado

Muitos países têm um censor oficial para o cinema, que classifica a adequação dos materiais cinematográficos para a audiência nacional, geralmente por referência às faixas etárias. A indústria do cinema em Hollywood operou o Código Hays durante várias décadas, de modo a evitar que os grandes estúdios subvertessem a moralidade pública, promovessem os excessos sexuais e glamourizassem a violência. Mas, nunca tivemos uma avaliação correspondente para o poder da música e da necessidade de discriminar entre música que promove nosso bem-estar e música que nos deixa deprimidos.

A mídia da corrente dominante sempre evitou este assunto. Até mesmo os acadêmicos, como aqueles nos campos da Psicologia e Fisiologia, têm feito pouco esforço para elevar a conscientização a respeito desse importante assunto. A grande mentira repetida infinitas vezes é que a música é neutra e que podemos ouvir qualquer gênero ou conteúdo que escolhermos, sem sofrer dano algum.

Este assunto é amplo demais para discutirmos em detalhe neste ensaio. Trabalharemos com a suposição que nossos leitores já aceitam que a música pode nos afetar para o bem ou para o mal, e que somos obrigados a exercer discernimento consistente em nossa escolha de música. A Palavra de Deus ensina a necessidade disto quando fala da idolatria grosseira imposta por Nabucodonosor, que erigiu uma estátua de ouro e obrigou toda a população a se inclinar diante dela sempre que o conjunto musical tocasse "toda a espécie de música". Compare isto com o conselho dado pelo apóstolo Paulo, que instruiu os fiéis cristãos a ocuparem-se com "salmos, e hinos e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração." [Efésios 5:19].

Há uma vasta diferença entre "toda a espécie de música" e "cânticos espirituais", entre música que exalta as aspirações humanas e música que exalta Deus e Suas obras maravilhosas. Quando você "canta e salmodia ao Senhor no seu coração", está envolvido em algo que o mundo não consegue compreender. A indústria da música existe primariamente para que você deixe de fazer isso.

Os cristãos que ainda retêm um desejo de ouvir a música Rock deveriam abrir mão disso. A música Rock celebra a rebelião do homen contra Deus. A filosofia do roqueiro, toda sua atitude mental resume-se nos seguintes versos:

"E, todavia, dizem a Deus: Retira-te de nós; porque não desejamos ter conhecimento dos teus caminhos. Quem é o Todo-Poderoso, para que nós o sirvamos? E que nos aproveitará que lhe façamos orações?" [Jó 21:14-15].

Os cristãos que retêm um gosto pela música Rock ainda estão nutrindo uma semente de rebelião, embora nunca admitam isso. Se eles não conseguem remover esse vício secreto por meus próprios meios, então precisam pedir que Deus remova para eles.

Neste ensaio iremos nos confinar a um exame do modo como o Maligno está usando a música, como fez Nabucodonosor, para atrair as audiências sem discernimento à idolatria. Aspectos disso já foram tratados em alguns de nossos estudos anteriores; portanto, para um tratamento mais completo do assunto, incentivamos nossos leitores, na medida que o tempo permitir, a analisarem os seguintes estudos:

Como Manipular a Escala Musical

Antes de olharmos para o assunto principal do nosso estudo — a consolidação do controle ocultista sobre a indústria da música — gostaríamos de chamar a atenção para um fenômeno que não parece ser amplamente conhecido, mas que afeta toda apresentação musical.

Assume-se geralmente que cada nota na escala musical tem sua própria frequência, mas este não é o caso na prática, devido às variações nas características acústicas de cada instrumento. Onde várias oitavas estão envolvidas, o intervalo entre as frequências que definem cada nota pode variar ligeiramente. De modo a garantir que todos os instrumentos na orquestra estejam afinados, um padrão comum de afinação precisa ser usado.

O instrumento-chefe para este propósito é o piano e a nota de referência escolhida é o Lá (A) acima do Dó (C) médio, algumas vezes chamado de A4. Assim, em cada sistema de afinação de piano, a altura (a frequência do som) de cada tecla no teclado precisa ser derivada a partir de seu relacionamento com essa altura fixa escolhida.

Nossos ouvidos são extremamente sensíveis às mudanças minúsculas na altura e o impacto neurológico de uma composição musical pode ser afetada apropriadamente. É por isto que alguns dos grandes pianistas frequentemente tinham seu próprio afinador pessoal de piano, que os acompanhava nas viagens no circuito dos concertos. Essa pessoa sabia como afinar o piano fornecido por cada sala de concertos para combinar perfeitamente com as preferências do pianista concertista. (No mínimo uma pianista tinha seu piano favorito transportado de uma cidade para outra, para garantir que a afinação estivesse ótima.)

O modo como um piano é afinado por referência à altura escolhida (como a altura do Lá acima do Dó médio, é chamado de "temperamento". Existem vários modos de fazer isso e os compositores usaram diversos temperamentos diferentes ao longo dos séculos. O que é mais frequentemente usado hoje é conhecido como "Temperamento Igual".

A tabela acima mostra a frequência específica de cada nota em cada um dos cinco temperamentos. Como você pode ver, existem pequenas variações na altura de cada nota musical em todos os cinco temperamentos. A única nota constante é A4, em que a frequência em todos os cinco temperamentos é a mesma, isto é, 440 Hz (Hz, ou Hertz, significa ciclos por segundo, conforme medidos por um diapasão (também chamado de garfo de afinação) com exatamente essa altura).

Isto tudo pode parecer bem complicado, mas o princípio é simples. O momento que a altura da frequência sonora de referência é selecionada — a altura ou Hz de A4 — a altura de todas as outras notas é afetada correspondentemente.

Quem Decide?

A escolha de frequência importa, e quem decide qual ela deve ser?

No tempo de Bach, as escalas estavam baseadas na nota A4 (Lá 4) afinada para aproximademente 415 Hz. No tempo de Haendel, a frequência de A4 tinha subido para 422 Hz. Hoje, ela é 440 Hz. Essa subida sorrateira contínua fez a música nas salas de concerto soar "mais aguda" e, portanto, menos tranquilizadora.

A partir de um ponto de vista técnico, essa transição gradual para cima foi possibilitada pela introdução de materiais mais fortes para os pianos e violões, que podiam suportar a tensão aumentada nas cordas mais apertadas Entretanto, a partir de um ponto de vista musical, isso levanta uma questão muito séria. Que efeito isso tem na música composta por Bach e Haendel? Estamos certos em concluir que a qualidade foi afetada, muito provavelmente para pior?

Uma Revolução "Silenciosa"

O sistema "Temperamento Igual" não entrou em uso até o início do século 20! Durante quase quatro séculos, os compositores ocidentais usaram aquilo que é conhecido como "Bem Temperado". Existem vários "bons" temperamentos e cada compositor trabalhava com aquele que se encaixava melhor com seu estilo e a coloração de tonalidade que ele queria expressar. Quando ouvimos as obras deles hoje, usando o Temperamento Igual, não estamos ouvindo as intenções harmônicas originais deles. A coloração tonal foi perdida. (Nota: Harmônicos são os efeitos sonoros produzidos quando as notas se misturam umas com as outras.)

Hoje, nenhum pianista pode tocar a música para teclado de Bach, Mozart, Beethoven e Chopin do modo como o compositor tinha em mente, a não ser que possa encontrar um afinador que possa reafinar o piano deles com o temperamento original usado pelo compositor. Além disso, ele ou ela provavelmente não terá sucesso, pois virtualmente todos os afinadores modernos de pianos são treinados somente no Temperamento Igual.

Que grande vitória para o Maligno! Se estivéssemos discutindo fotografia, diríamos que ele conseguiu fazer todos usar lentes inferiores, onde a precisão focal verdadeira está contemporizada. Musicalmente, a diferença acústica poderá ser pequena, mas as diferenças artísticas e espirituais são muito reais.

Evidência de uma Transição Coordenada e Incentivada

Como isto aconteceu? Parece ter havido um acordo, por volta de 1890, entre diversas figuras influentes no campo da música clássica para padronizar todas as apresentações em Temperamento Igual, em que a nota musical A4 foi deixada em 440 Hz, em vez de 432 Hz, conforme proposto por Verdi, ou as frequências menores usadas por Bach e Haendel. De modo a fazer isso, os principais conservatórios musicais — em Paris, Viena, Berlin, São Petersburgo, Londres, etc. — precisam ter chegado a um consenso.

Quem coordenou essa transição e por quê? Incentivos financeiros exerceram algum papel? Seria quase impossível fazer isso sem planejamento cuidadoso e uma abordagem coordenada. Além disso, isso parece ter sido feito sem consulta pública alguma e sem qualquer debate. Aqueles que gerenciavam as salas de concertos mais prestigiosas na Europa e EUA precisam também ter dado seu consentimento, junto com os principais fabricantes de piano. Provavelmente, é seguro dizer que se Steinway começou a usar isso, os demais fabricantes tiveram de seguir.

Diversos teóricos musicais e críticos importantes precisam também ter dado seu apoio, porém mais uma vez precisamos perguntar por quê? Que incentivo eles tiveram para fazer isso, para derrubar séculos de prática estabelecida e fingir que nada impróprio tinha ocorrido?

A Elite fez isso por uma razão. Eles queriam enfraquecer o poder de cura e de elevação da música. De modo a fazer isso com os instrumentos existentes, eles tiveram de tornar o som mais agudo e isso significou adotar e padronizar uma escala de afinação que era inapropriada para uma grande porcentagem das composições clássicas.

Décadas mais tarde eles fizeram uma importante ruptura quando conseguiram que um grande segmento do público ouvinte aceitasse um instrumento musical completamente novo — a guitarra elétrica. Esse dispositivo artificial causou estragos na harmonia e produziu uma variedade surpreendente de notas e acordes dissonantes. Discutimos o pano de fundo e as implicações disso em alguns ensaios anteriores. Conforme mostrado naqueles ensaios, a guitarra elétrica não é um instrumento musical de forma alguma, mas é um sintetizador primitivo. Assim, além de remover a escala mais natural e edificante, o Maligno está criando novos instrumentos "musicais", de modo a substituir os sons naturais por efeitos acústicos que ele possa controlar.

A Contínua Concentração de Poder na Indústria da Música

Isto nos traz até a concentração de poder na indústria da música. Virtualmente toda nova tendência em toda a indústria nos últimos 75 anos foi ditada por apenas dois países: EUA e Inglaterra. Até então, a maior parte da população mundial estava ouvindo principalmente música autóctone enraizada em um contexto cultural local. À medida que o rádio, a televisão e os filmes do cinema se propagaram por todo o mundo, assim também a música que dominava esses meios. Hoje, quase todos, especialmente as pessoas jovens, estão seguindo tendências definidas inteiramente nos EUA e Inglaterra.

Os "ícones" populares que a indústria criou e promoveu tornaram-se os principais provedores da nova música e novas letras em todos os cinco continentes. A extensão em que o "som" deles veio a dominar aquilo que o mundo ouve e a velocidade com que o contágio se propaga — com a mesma canção alcançando sucesso simultâneo na maioria dos países, tanto do oriente e do ocidente — é verdadeiramente surpreendente.

Se a música entra nas partes mais profundas da nossa mente e todos estão ouvindo as mesmas letras ao mesmo tempo, então esse fenômeno fornece um modo poderoso de programação. O Maligno precisa somente encontrar alguns acordes que tenham um forte apelo e então juntar algumas palavras cuidadosamente escolhidas para enviar uma "mensagem" bem no fundo das mentes de bilhões de pessoas, todas ao mesmo tempo. (Não milhões, mas bilhões!).

Poder no Senso Real

Isto é poder no sentido real, a capacidade de fazer todos cantarem a partir da mesma partitura do hino, por assim dizer, responder positiva e voluntariamente a um conjunto de palavras que os afetam de modos que eles não compreendem.

Um exemplo disso é backmasking, a inserção de uma mensagem ou frase em uma canção, que não podemos perceber, a não ser que ouçamos a canção tocada de trás para frente. Como nossa mente é capaz de detectar essas letras ocultas no nível do subconsciente, elas têm um efeito sobre nós.

Barack Obama, aquele servo orgulhoso das trevas, parece ter sabido disso quando escolheu sua frase de campanha "Yes, we can" (Sim, podemos) e fez todos repetirem aquilo múltiplas vezes. Se essa frase for reproduzida de trás para frente, ela soa como "Thank you, Satan" (Obrigado, Satanás). Confira o link a seguir e julgue você mesmo: https://www.youtube.com/watch?v=Ewo20rq2Qbw.

O canal no YouTube Little Light Studios publicou uma discussão que apresentou um bom exemplo de backmasking na música popular moderna. A canção "Baby One More Time" foi a mais tocada de Britney Spears em praticamente todos os países do mundo. O vídeo mostrava um grupo de mulheres adolescentes sendo cortejadas por diversos rapazes mais velhos. O vídeo estava repleto de imagens de estudantes vestidas com roupas para a prática de esportes e em poses sedutoras. As adolescentes estavam claramente tentando decidir se deviam ou não perder a virgindade. Quando a canção é tocada de trás para frente, podemos ouvir claramente as palavras "Sleep with me; I'm not too young." (Durma comigo; não sou nova demais.)

Julgue você mesmo: https://www.youtube.com/watch?v=eBbasiGXG5Y.

Max Martin

A mesma discussão no YouTube analisou a extrordinária influência que uma pessoa, um letrista sueco, teve sobre a indústria da música popular e seu desenvolvimento ao longo dos últimos vinte anos. Foi incluído um clipe de uma entrevista com Simon Cowell — o principal juiz em X Factor — em que ele faz o seguinte comentário adulatório a respeito desse letrista:

"Não posso descrever o impacto que Max teve na cena musical ao longo dos anos... Não acho que Max seja humano. Acho que Max foi feito na Suécia para produzir gravações de sucesso, por que ninguém que seja humano poderia faz o que ele fez ao longo dos anos — é literalmente inacreditável."

O "Max" em questão é Martin Sandberg, que nasceu em Estocolmo, em 1971. Ele publica materiais usando o nome Max Martin. Esse nome talvez não seja bem conhecido do público, ou até para muitos fãs da música popular, mas ele é de longe o letrista mais bem sucedido no mundo nas duas últimas décadas. Pessoas com conhecimento da área, como Simon Cowell, que sabe o quão intensamente competitiva a indústria pode ser, acham difícil compreender como alguém consegue ser tão bem sucedido. É por isto que Cowell sugere jocosamente que talvez MM não seja humano.

Max Martin escreveu múltiplas canções de sucesso, se não álbuns inteiros, para virtualmente todas as principais celebridades da música popular nos anos recentes. Entre eles estão: Britney Spears, Backstreet Boys, Katy Perry, Taylor Swift, Ariana Grande, The Weeknd, Pink, Kelly Clarkson, Justin Timberlake, Ellie Goulding, Demi Lovato, Christina Aguilera, Maroon 5, Usher, Jessie J, Nicki Minaj, Justin Bieber, Celine Dion, Taio Cruz, Adam Lambert, Robyn, Hailee Steinfeld, The Chainsmokers, Shawn Mendes, Avril Lavigne, One Direction, John Legend, Gwen Stefani e Selena Gomez.

Aqui está o que a revista Rolling Stone diz sobre ele:

"Toda época da música popular tem pelo menos um letrista que, sem esforço, conecta-se ao Zeitgeist e, nos últimos 15 anos, aproximadamente, essa pessoa foi este escritor-produtor sueco. Iniciando nos anos 1990s com I Want It That Way, dos Backstreet Boy's e Baby One More Time, de Britney Spears, entre outras, Martin ajudou a criar o som sibilante e hiper-energizado da música popular moderna — um talento que se estende para uma lista atordoante de colaborações recentes que incluem We Are Never Ever Getting Back Together, de Taylor Swift, Last Friday Night e Teenage Dream, de Katy Perry, Problem, de Ariana Grande, Since U Been Gone, de Kelly Clarkson, e Whataya Want from Me, de Adam Lambert. 'Eu tento criar as canções tão boas quanto puder — o modo como eu gosto, você entende?' Martin diz. 'Presumo que meu gosto algumas vezes coincide com o de outras pessoas, particularmente os programadores das rádios, também gostam. Como vocês sabem, muitas coisas que antigamente eram consideradas ruins, ou 'para crianças', agora são consideradas clássicas." — httmp:/www.rollingstone.com/interactive/lists-100-greatest-songwriters/#max-martin.

De acordo com Rolling Stone, que possivelmente é a revista mais inluente e respeitada na indústria das músicas popular e Rock, MM criou "o som sibilante e hiper-energizado da música popular moderna" e uma lista "atordoante" de colaborações bem-sucedidas. Ele também recebeu uma lista impressionante de premiações públicas, de seus pares na indústria, outros letristas que expressaram sua admisração pelo trabalho de Max Martin e reconhecem sua dívida com ele — veja a lista no Apêndice A.

Assistência Sobrenatural

O painel de discussão no YouTube especula, como fez Cowell, se MM está recebendo assistência de fora deste mundo. Esta não é uma pergunta que muitos teriam feito em 1950, mas muito aconteceu na cena musical desde então. Muitos cantores bem conhecidos e celebridades do Rock já confessaram (ou se vangloriaram) que o material deles, tanto as letras quanto a música, foram inspirados por uma fonte sobrenatural.

Considere o caso de van Morrison. Aqui está o que Rolling Stone disse sobre ele em uma análise dos 100 maiores letristas:

"Em toda sua carreira — mas especialmente em uma série de álbuns que ele gravou durante o início dos anos 1970s e que incluíram Moondance (de 1970) e Veedon Fleece (de 1974) — Morrison sempre enraizou suas visões acompanhadas por um êxtase em uma calorosa intimidade de lugar comum, perfeita para a grandiosidade que flui com facilidade a partir de sua música. 'As canções foram obras de certa forma canalizadas', ele disse quando apresentou Astral Weeks ao vivo em 2008. 'À medida que crio a letra, tendo a fazer a mesma canalização, de modo que presumo que é um tipo de Astral Decades'." https://www.rollingstone.com/interactive/lists-100-greatest-songwriters/#van-morrison.

A canalização é uma forma de mediunidade, em que a pessoa convida uma entidade sobrenatural a "canalizar" material criativo para dentro de sua mente. Os ocultistas afirmam que a canalização é o método que Satanás usa frequentemente para transmitir sua mensagem para a humanidade. Por exemplo, todos os 24 volumes sobre Teosofia, de Alice Bailey, que descrevem o plano para trazer uma Nova Era, foram, pelo próprio relato dela, obras canalizadas. Ela até deu os nomes de algumas das entidades, ou demônios, de quem ela recebia as mensagens canalizadas.

Artistas Que Admitem Que Recebem Assistência Sobrenatural

O canal no YouTube Little Light Studios tem outro vídeo instrutivo sobre o controle de Satanás sobre a indústria da música. Ele inclui diversos clipes em que figuras de liderança no mundo da música popular — Bob Dylan, Kanye West, Jay-Z, Beyoncé, and Katy Perry — admitem diante das câmeras que estão servindo como canais para seres sobrenaturais e até para o próprio Satanás. Para assistir a esses clipes, vá para https://www.youtube.com/watch?v=Ry9t9lkc-Ps.

Beyoncé revelou em 2008 que o nome da sua entidade é Sasha, enquanto que Mariah Carey chama a sua de Bianca, e Justin Bieber chama a sua de Shawty Mane. Os artistas algumas vezes referenciam essas entidades como alter egos.

O letrista e músico que provavelmente é mais explícito a respeito do uso que faz da canalização e que está mais disposto a discutir o processo, é Carlos Santana. Em um artigo muito extenso sobre a vida dele, em Rolling Stone (12/3/2000), ele falou com evidente entusiasmo sobre seu trabalho com "os anjos" (como ele os chama):

"A outra casa [em sua propriedade] um pouco mais acima na colina, ele chama de igreja. 'Aqui é onde eu me encontro [via os CDs deles] com Jimi Hendrix e Miles Davies e com qualquer outro, e toco e medito', ele explica. O resto da família gosta de ir para a cama por volta das 10 da noite, mas Santana é um sujeito notívago, de modo que ele sobe até ali por volta das 2 ou 3 da madrugada. Um cartão com a palavra Metatron, escrita em letras com uma pintura intrincada está no chão, ao lado de uma lareira. Metatron é um anjo. Santana está em contato regular com ele desde 1994. Carlos ficará sentado ali, diante da parede, com as velas acesas. Ele tem um bloco amarelo de anotações ao seu lado, pronto para as comunicações que ocorrerão. 'Isto é como um aparelho de fax', ele diz..."

"Conversamos a respeito de anjos e coisas assim. Existem poucas conversações com ele que não levem a uma discussão a respeito dos anjos, ou do rádio espiritual por meio do qual a música vem. Santana está cada vez mais envolvido com anjos, desde o dia em 1988, quando ele comprou um livro sobre o assunto no aeroporto de Milwaukee..."

"... Há uma voz interior, e quando você a ouve, recebe um pequena pontada no seu bulbo raquidiano, na parte de trás de seu pescoço, um pequeno tremor e às 2h00min da madrugada, tudo está silencioso e você medita, está com as velas acesas, o incenso está queimando, você está cantando e, de repente, ouve aquela voz, que diz: 'Anote isto'. É apenas uma voz interior e você confia nela. Essa voz nunca o levará para um deserto."

"... Ele vê Metatron em seus sonhos e meditações. Ele se parece um pouco com o Papai Noel — 'barba branca e aspecto de ser uma pessoa feliz". Metatron, que é mencionado nas disciplinas místicas ao longo dos tempos, também aparece como o olho dentro do triângulo..."

"Ele avança para o vínculo entre anjos e demônios. Uma de suas compreensões mais recentes foi que você necessita de ambos: "A energia dos demônios e a dos anjos é a mesma; é como você a usa. Isto é combustível. Existe um ditado: "Se você afugentar todos seus demônios para longe, os anjos irão embora com eles. Você sabe, a auréola e os chifres são a mesma coisa..."

"... Minhas instruções antes de eu iniciar este CD [seu álbum Supernatural] foram: Seja paciente, generoso e agradecido. Minhas instruções recebidas de Metatron. Existe uma rádio invisível que Jimi Hendrix e Coltrane sintonizavam e quando você vai ali, começa a canalizar esta outra música..."

Metatron é um dos nomes de Lúcifer e, como o jornalista da Rolling Stone observou, ele é "o olho no interior do triângulo".

Não podemos necessariamente concluir a partir de tudo isto que Max Martin está conscientemente trabalhando com Lúcifer, mas seria tolice imaginar que ele é a exceção. Isto é muito provavelmente que muitos desses artistas e letristas acreditam que eles estão trabalhando para o bem, em vez de para o mal e que os "anjos" que eles estão canalizando estão ajudando a humanidade. Ao mesmo tempo, alguns deles precisam se perguntar quem ou o que está no controle. O próprio Santana admite isto quando diz: "A energia dos demônios e anjos é a mesma energia; é como você a usa."

Os membros do painel de discussão no vídeo do canal Little Light Studios fizeram diversas observações perspicazes sobre MM, apontando para fatos que sugerem que o Maligno o está usando para gerar um novo som no mundo da música popular e inspirar ou treinar outros letristas a seguirem seu exemplo. As citações que mostramos no Apêndice A são evidência que isto já está acontecendo. Todos querem escrever como MM e emular o "som" dele. Como Justin Timberlake disse diante das câmeras, dirigindo-se a MM e tentando agradá-lo: "Você é um mestre. Leve-nos para a terra prometida." Ele até fez um sinal de deferência.

O painel observou que ele influenciou gerações — fãs da música popular, vocalistas, letristas e músicos. A lista das Dez Mais Tocadas algumas vezes tem 5 de suas canções ao mesmo tempo, cada uma cantada por um artista diferente. Quando escreve para artistas diferentes, ele adapta a canção para os estilos deles, para suas personalidades. Esta é uma capacidade rara. Ele também diz a esses artistas como eles devem cantar. Eles devem cantar a canção exatamente do modo como ele deseja que ela seja cantada. Há um rumor que ele não permite que os artistas que trabalham com ele escrevam suas próprias canções. Se eles escreverem, ele não irá mais trabalhar com eles. Isto mostra o quanto de controle ele tem.

Canções para os Deuses

As letras da maioria das canções da música popular são normalmente palavras dirigidas a uma namorada ou namorado, porém nas canções de Max Martin, isso é frequentemente deixado em aberto. A canção poderia até ser dirigida — sem qualquer modificação na letra — a uma divindade adorada pelo cantor. Como um membro do painel comentou: "Ela poderia ser uma adoração, ou uma canção de amor ao Diabo."

Max Martin também é bem conhecido por pegar os temas melódicos do Rock 'n' Roll do passado e colocá-los em um formato popular usando um sintetizador. Isto somente marca uma importante transformação no modo como a música popular está se desenvolvendo. A audiência para a música Rock sempre foi muito menor do que a audiência da música popular. Incorporando frases melódicas influentes do mundo do Rock desse modo, uma série de acordes com um efeito psicológico ou ocultista comprovado, ele consegue estender a influência deles para uma audiência muito maior e mais jovem.

A Música dos Filmes do Cinema e a Influência de Hans Zimmer

O Maligno fez uma transformação estratégica similar no mundo da música para o cinema. Ao longo dos últimos trinta anos, mais ou menos, uma figura emergiu continuamente e que transformou o modo como a música é escrita para o cinema. Ele é tão influente nesta esfera quanto Max Martin é na dele. Ele é também melhor conhecido para o público. A maioria já ouviu falar de Hans Zimmer, porém provavelmente não está ciente da extensão em que o trabalho dele influencia outros compositores que trabalham para a indústria do cinema e modificou o modo como a música é moldada, desde os estágios iniciais de produção até a forma final. Ele também desenvolveu diversas técnicas de composição que fazem uso extensivo da tecnologia dos sons eletrônicos e facilitam a colaboração de perto com o diretor e outros, desde o início de um projeto. Essas técnicas também reduzem grandemente o tempo necessário para produzir e finalizar um trabalho.

Zimmer também ministra aulas para alunos avançados, oficinas e sessões de mentoria em várias instituições e eventos, o que contribui ainda mais para sua influência sobre os compositores novos e iniciantes de música para a indústria do cinema. Não há dúvida que o impacto dele sobre a próxima geração está sendo significativo.

Diversos compositores de alta visibilidade já reconheceram publicamente a dívida que têm com Zimmer, por sua influência, mentoria ou inspiração — veja o Apêndice B. Abaixo está uma lista de algumas das músicas para filmes compostas por Zimmer.

A trilha sonora para Dune rendeu para ele seu segundo prêmio Oscar. Ela foi altamente experimental e marcou um aprofundamento da tendência para longe dos instrumentos naturais e dos sons tradicionais de uma orquestra para acústica eletrônica sofisticada, de Heavy Metal e adaptações bizarras da voz humana. Como o próprio Zimmer disse: "Acho que nunca antes alguém ganhou um Oscar por uma partitura que inclui partes para gaita de foles, guitarra de Heavy Metal, e uma mulher gritando."

Conclusão

Um número grande demais de pessoas está contente em viver em um mundo em que o fluxo dos eventos ao seu redor é considerado aleatório ou acidental. O planejamento de longo prazo nos assuntos humanos não é algo que elas podem prontamente discernir, de modo que elas concluem que esse planejamento não pode estar acontecendo. Mas está.

O Maligno também tem seus planos de longo prazo. Esses planos incluem, entre outras coisas, a exploração da música como um modo de influenciar as emoções humanas e exercer uma forma sutil de controle mental sobre toda a humanidade.

O próprio Satanás parece ter uma afinidade especial pela música, pois a Palavra de Deus diz: "Estiveste no Éden, jardim de Deus; de toda a pedra preciosa era a tua cobertura: sardônia, topázio, diamante, turquesa, ônix, jaspe, safira, carbúnculo, esmeralda e ouro; em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados." [Ezequiel 28:13].

Ele detesta a ordem natural estabelecida por Deus e quer substitui-la por uma versão própria, criada por ele mesmo, em que o homem não mais conseguirá existir em seu estado natural dado por Deus.

O processo destrutivo que Satanás está seguindo inclui a corrupção da música e a substituição contínua dos instrumentos naturais e dos sons naturais, incluindo os sons produzidos pela voz humana, por substitutos que não são saudáveis e que talvez até sejam prejudiciais. Vimos como ele alterou de um modo fundamental a escala musical e as frequências mais propícias para produzir um som que propicie cura e elevação.

Também mostramos em ensaios anteriores como ele causou imenso mal para o bem-estar e harmonia emocional dos jovens por meio da introdução da música Rock e suas derivações dissonantes. Ele está agora procurando estender a dissonância e as desarmonias da música Rock para dentro do mundo da música popular, desse modo obtendo acesso às mentes e emoções de todos os jovens. As combinações de ritmos e acordes que ele criou e depois canalizou por meio de seus principais veículos na indústria da música estão sexualizando os jovens, incluindo os pré-adolescentes, e induzindo estados emocionais que são totalmente inadequados para a idade deles.

Precisamos nos lembrar que o Maligno tem um vasto conhecimento de música e de seu impacto na mente humana. Ele pode "compor" frases melódicas, variações, ritmos e combinações de acordes que, quando executados da forma correta, podem afetar nosso estado mental de modos que não compreendemos. Dada a extensão em que ele usa a repetição, podemos dizer com segurança que ele também tem o objetivo de hipnotizar seus ouvintes e torná-los mais susceptíveis às imagens e ideias selecionadas. A divulgação de novas canções usando vídeos cuidadosamente elaborados — que estão em geral repletos de símbolos e elementos subliminares — é parte deste processo.

Muitas canções populares que são tão amplamente conhecidas hoje foram criadas para convidar o indivíduo a abrir sua mente, coração e alma para uma influência exterior. Elas podem parecer se referir à uma outra pessoa, mas são, na verdade, dirigidas a um ser sobrenatural. Esse ser promete solucionar todos os nossos problemas e nos trazer mais felicidade do que poderíamos algum dia imaginar. É assim que Satanás está se infiltrando nas mentes e corações dos jovens hoje e colocando-os sob a influência dos anjos caídos.

Os cristãos precisam exercer grande discernimento com relação à música, tanto o tipo que ouvimos em um ambiente recreativo e o tipo que usamos na adoração. A maioria das igrejas hoje está violando os preceitos que foram estabelecidos por Deus para guiar e informar a adoração prestada pelo homem. Por exemplo, as igrejas usam tambores/baterias e/ou guitarras elétricas em seus serviços e selecionam canções que a congregação não consegue cantar.

O canto congregacional não adornado está no coração da verdadeira adoração cristã. Ele deveria receber atenção de perto pelos líderes da igreja, de acordo com os éditos da Escritura, e isso deveria ser feito do modo que mais honra a Deus. Lamentavelmente, o oposto está acontecendo. A adoração cantada é fortemente controlada por "diretores de música", "artistas", ícones da Música Cristã Contemporânea e criadores de tendências, padrões mundanos de excelência musical e pastores que não têm preocupação com este assunto vital.

A maioria das igrejas também usa canções que não podem de modo algum agradar a Deus, porque foram escritas de modo a gerar lucro. Não importa o quão "bonitas" elas sejam — elas foram escritas com Mamom em vista, não Deus! Quando levanto estes pontos com os fiéis em minha comunidade cristã, geralmente recebo uma respota mais ou menos assim: "Ei, eu gosto dessas canções e elas realmente parecem ser muito boas!", ou "Mas, em todo o mundo as igrejas estão cantando estas canções — como é que elas podem ser erradas?"

O Maligno está fazendo uso amplo da música para moldar as mentes dos homens e atrai-los para sua armadilha Astral. Ele certamente usará a música popular como parte de seu grande engodo no fim dos tempos e, provavelmente, está mantendo em reserva diversas melodias altamente atraentes, que ele usará no tempo devido para propagar, via letras sedutoras, a doce e enganosa mensagem do Anticristo.


Apêndice A

Alguns compositores e letristas da música popular que dizem que foram grandemente influenciados por Max Martin:


Apêndice B

Alguns compositores que trabalham para a indústria do cinema em Hollywood e que já reconheceram publicamente que são devedores a Hans Zimmer:

Solicitação Especial

Incentivamos os leitores frequentes a baixarem os estudos disponíveis neste website para cópia de segurança e consulta futura. Eles poderão não estar disponíveis para sempre. Estamos entrando rapidamente em um tempo em que materiais deste tipo somente poderão ser obtidos via correio eletrônico. Os leitores que desejarem ser incluídos em uma lista para correspondência futura são bem-vindos a me contactar em jeremypauljames@gmail.com. Não é necessário fornecer o nome, apenas um endereço eletrônico.


Autor: Jeremy James, artigo 357 em http://www.zephaniah.eu
Data da publicação: 24/10/2023
A Espada do Espírito: https://www.espada.eti.br/Apocalipse/musica-potente.htm