Conspirações Reais — do Passado e do Presente — Parte 1

Autora: Berit Kjos, 4 de setembro de 2006


Presidente Woodrow Wilson: "Alguns dos homens mais importantes nos EUA nos ramos do comércio e da indústria estão temerosos de alguém, de alguma coisa. Eles sabem que existe em algum lugar um poder tão organizado, tão sutil, tão atento, tão interligado, tão completo, tão disseminado, que é melhor sempre abaixar muito bem a voz ao dizer qualquer coisa em condenação a ele." [1].

Presidente Franklin Roosevelt: "A verdade real da matéria é, como você e eu sabemos, que um elemento financeiro nos grandes centros tomou posse do governo desde os dias de Andrew Jackson..." [2].


Recursos úteis para sua maior compreensão

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Título do Livro 2


Título do Livro 3


Conspirações reais — em contraste com meras teorias — geraram medo, assassinatos, mentiras e revoluções ao longo da história. Dirigidas pela cobiça, inveja, ou visões utópicas, elas refletiram as trevas da natureza humana. Nenhuma nação ou império esteve imune a essas intrigas. Traições, assassinatos e guerras convenientes mancham os registros dos antigos reinos de Israel e Judá, bem como a história de impérios poderosos, como Assíria, Babilônia, Pérsia, China, Grécia e Roma. [3] As nações de Europa na renascença — sempre competindo entre si por domínio e pelos mercados comerciais — foram despedaçadas pelos mesmos impulsos humanos.

Conspiradores mais recentes, como Lênin, Stalin e Mao aprisionaram as massas humanas aos padrões comunistas inflexíveis que baniram a Bíblia, condenaram os resistentes e recompensaram o assassinato em público. Ocultos atrás de suas atrocidades estavam apoiadores ocidentais — incluindo as instituições financeiras de J. P. Morgan (pai da AT&T), Carnegie e os Rockefellers — que patrocinaram os revolucionários e alimentaram a visão global de controle totalitário. [4].

Poucos fizeram mais para expor essa agenda global do que Carroll Quigley, um influente ex-professor de história na Escola de Serviço Diplomático da Universidade Georgetown. Talvez você se lembre dele como um mentor do ex-presidente Bill Clinton, que foi honrado por seu pupilo na Convenção do Partido Democrata em 1992. Considere essa revelação de seu relatório de 1300 páginas, Tragedy and Hope: A History of the World in Our Time (Tragédia e Esperança: Uma História do Mundo nos Nossos Dias):

"Realmente existe, e tem existido há uma geração, uma rede anglófila internacional que opera, em certa medida, da forma como a Direita radical acredita que o Comunismo age. De fato, essa rede, que podemos identificar como os Grupos da Távola Redonda, não tem aversão a cooperar com os comunistas, ou com qualquer outro grupo, e freqüentemente faz isso. Conheço a operação dessa rede porque a estudei durante vinte anos e recebi permissão, por dois anos, no início da década de 60, de examinar seus documentos e registros secretos... Em geral, minha principal divergência de opinião é que ela deseja permanecer desconhecida." [5; tradução nossa].

A próxima página de Quigley descreve o nascimento do Conselho das Relações Internacionais (o CFR). Uma força-motriz que está por trás da transformação global atual, os membros do CFR têm ajudado a dirigir o curso da mudança atual da soberania dos EUA para uma união regional sob a supervisão da ONU (como a União Européia) com fronteiras abertas entre o Canadá, EUA e México. Ele escreve:

"No fim da guerra de 1914, ficou claro que a organização desse sistema precisaria ser grandemente estendida... as tarefas foram confiadas a Lionel Curtis, que estabeleceu, na Inglaterra e em cada domínio, uma organização de fachada para o Grupo da Távola Redonda local existente. Essa organização de fachada, chamada Instituto Real de Relações Internacionais, tinha como seu núcleo em cada área o Grupo da Távola Redonda existente submerso. Em Nova York, ele era conhecido como Conselho das Relações Exteriores (CFR) e era uma fachada para J. P. Morgan e Companhia... De fato, os planos originais para o Instituto Real de Relações Internacionais e o Conselho de Relações Exteriores foram traçados em Paris." [Quigley, 951-952; tradução nossa].

Em outras palavras, desde o início essa conspiração foi internacional em sua abrangência. Começando com o magnata britânico dos diamantes, Cecil Rhodes, ela estava apoiada por uma enorme riqueza — riquezas adquiridas por meio do sistema capitalista, não por meio do socialismo global que planeja para todos nós, exceto para a elite. Os principais atores eram os banqueiros em busca de poder, grandes e ricas empresas e as fundações isentas de impostos que controlavam os recursos necessários para comprar a cooperação dos editores, dos magnatas da mídia, das instituições de ensino e dos líderes do governo em todos os espectros políticos.

Como o Dr. Stan Monteith escreveu em sua exposição, Brotherhood of Darkness (A Irmandade das Trevas): "J. P. Morgan e seus associados financiaram o Partido Republicano, o Partido Democrata, os grupos conservadores, as organizações progressistas, grupos comunistas e organizações anticomunistas." [7] As afiliações políticas não importavam nem um pouco para os internacionalistas da elite que consideravam-se acima da política e das fronteiras nacionais. Como Quigley escreveu, os dois partidos políticos tornaram-se essencialmente iguais para eles.

"O problema principal da vida política norte-americana tem sido, há tempos, como tornar os dois partidos do Congresso mais nacionalizados e internacionalizados. O argumento de que os dois partidos devem representar ideais e políticas opostas, um talvez de Direita e o outro de Esquerda, é uma idéia tola aceitável apenas para os pensadores teóricos e acadêmicos. Ao invés disso, os dois partidos devem ser quase idênticos, de modo que o povo americano possa 'colocar os calhordas para fora' em cada eleição sem realizar qualquer mudança profunda ou significativa na política." [8; tradução nossa].

Ambos os partidos usaram a mídia para construir a percepção de posições opostas ao mesmo tempo em que criavam o consenso nas questões que eram críticas para a mudança social. Isso foi confirmado nos Anais do Congresso de 1917, que reportaram que "... os interesses bancários do J. P. Morgan... e suas organizações subsidiárias reuniram 12 homens do topo do mundo jornalístico e os empregaram para selecionar os jornais mais influentes dos Estados Unidos e um número suficiente deles para controlar a política da imprensa diária dos EUA... Eles descobriram que somente era necessário adquirir o controle de 25 dos principais jornais... um editor foi designado para cada jornal para supervisionar e editar adequadamente as informações..." [9].

No início do século 20, esse controle da mídia foi essencial para construir o suporte público necessário para a participação dos EUA na Primeira Guerra Mundial. Como na União Soviética, a propaganda prepararia a mente das pessoas para que elas adotassem a nova visão coletivista.

"Os poderes do capitalismo financeiro têm outro objetivo muito maior", continuou o Dr. Quigley, "nada menos do que criar um sistema mundial de controle financeiro em mãos privadas capaz de dominar o sistema político de cada país e a economia do mundo como um todo." [10; tradução nossa].

Em 1922, o prefeito da cidade de Nova York, John F. Hylan, descreveu a opressão disseminada por essa tremenda conspiração:

"A verdadeira ameaça à nossa república é esse governo invisível que, como um polvo gigante, estende sua envergadura viscosa sobre a cidade, o estado e a nação. Como o polvo na vida real, ele opera sob a cobertura de uma mancha que ele mesmo cria. Com seus longos e poderosos tentáculos ele agarra nossos gabinetes executivos, nossos corpos legislativos, nossas escolas, nossas tribunais, nossos jornais e cada agência criada para a proteção do público." [11].

Lembre-se, esses "poderosos tentáculos" criariam organizações que lutariam para destruir as liberdades da população. "Uma das revelações mais chocantes do professor Quigley", escreveu o Dr. Monteith, "foi o fato de que o Partido Comunista Americano foi parcialmente financiado pelo J. P. Morgan and Company". Ele continuou:

"A principal evidência... pode ser encontrada nos dossiês do Comitê de Investigação das Atividades Antiamericanas do Congresso, que mostra Tom Lamont [um sócio da J. P. Morgan and Company], sua mulher Flora, e seu filho Corliss como patrocinadores e anjos financeiros de aproximadamente vinte organizações de extrema esquerda, incluindo o próprio Partido Comunista." [12; tradução nossa].

O nome Lamont faz soar uma campainha? Deveria. As eleições primárias para o senado deste ano entre dois candidatos de Connecticut tiveram Edward "Ned" Lamont e Joe Lieberman. Lamont venceu, o que não foi surpresa para os líderes da mídia bem familiarizados com o legado dos Lamont. Afinal, o bisavô de Ned foi o bilionário Thomas Lamont, presidente do J. P. Morgan.

Corliss Lamont, filho de Thomas e avô de Ned, foi treinado para seu papel como conspirador nas Universidades de Harvard, Oxford e Columbia. Seu colega de quarto durante seus estudos em Oxford foi o socialista fabiano (e globalista) Julian Huxley, irmão de Aldous Huxley [o autor de Admirável Mundo Novo] e primeiro diretor-geral da UNESCO. Em seu livro 1946, UNESCO: Its Purpose and Its Philosophy (UNESCO: Seu Propósito e Sua Filosofia), Huxley expôs algumas das estratégias psicossociais que conformariam as mentes das massas à comunidade planejada. Ele sugeriu:

"... pegar as técnicas de persuasão e de informações e verdadeira propaganda que aprendemos a aplicar nacionalmente na guerra, e deliberadamente moldá-las para as tarefas da paz internacional, se necessário utilizando-as — como Lênin visualizou — para 'dobrar a resistência de milhões' às mudanças desejadas. A tarefa que está diante da UNESCO... é simples. A tarefa é ajudar o aparecimento de uma única cultura mundial..."

"... no momento, duas filosofias opostas de vida estão se confrontando... Você pode categorizar as duas filosofias como dois supernacionalismos, ou como individualismo versus coletivismo... ou como capitalismo versus comunismo, ou como cristianismo versus marxismo. Podem esses opostos serem reconciliados, pode essa antítese ser resolvida em uma síntese mais elevada? Acredito que não somente isso pode acontecer, mas que, por meio da inexorável dialética da evolução, isso precisa acontecer..." [13].

Na Universidade Columbia, Corliss estudou sob a supervisão do professor humanista John Dewey [veja Chronology of NEA]. Ele recebeu seu doutorado em 1928. Em sua tese, ele negou a existência de Deus e tentou refutar a verdade bíblica e a validade da esperança na vida eterna. Se os objetivos dele soam similares aos objetivos dos comunistas, lembre-se que um objetivo da lavagem cerebral era erradicar toda a esperança cristã de vida eterna, para que a esperança das massas estivesse focada na ideologia comunista.

Consistente com sua filosofia socialista, Corliss presidiu o Conselho Nacional de Amizade Americano-Soviética, uma derivação de Amigos da União Soviética. Em 1946, ele foi acusado de desprezo pelo Congresso por se recusar a entregar os registros de sua organização de inclinações comunistas para o Comitê de Investigação de Atividades Antiamericanas. [14].

Aparentemente, Corliss Lamont estava seguindo seu legado herdado. Tendo escalado e chegado ao topo do J. P. Morgan, seu pai Thomas apoiava tanto o fascismo quanto o comunismo. De acordo com o livro Wall Street and the Bolshevik Revolution (Wall Street e a Revolução Bolchevista), de Anthony Sutton:

"... existe evidência de transferência de fundos dos banqueiros de Wall Street para as atividades dos revolucionários internacionais. Por exemplo, existe a declaração (substanciada por uma mensagem via telégrafo) de William Boyce Thompson — um diretor do Banco da Federal Reserve em Nova York, um grande acionista do Banco Chase, controlado pelos Rockefellers, e um associado financeiro dos Guggenheims e os Morgans — que ele (Thompson) contribuiu com um milhão de dólares para a Revolução Bolchevista para propósitos de propaganda..."

"De todos os líderes empresariais americanos, aquele que mais vigorosamente patrocinou a causa do fascismo foi Thomas W. Lamont. Presidente da poderosa rede bancária J. P. Morgan, Lamont serviu como um tipo de consultor empresarial para o governo da Itália fascista. Lamont conseguiu um empréstimo de 100 milhões de dólares para Mussolini em 1926, em um momento particularmente crucial para o ditador italiano. Poderíamos lembrar também que o diretor do Guaranty Trust foi o pai de Corliss Lamont, um comunista interno." [15; tradução nossa].

Como Julian Huxley, parece que os Lamont aderiram à noção que está agora se tornando cada vez mais aceitável aos Republicanos e aos Democratas: uma fusão do comunismo e capitalismo em uma "Terceira Via", ou comunitarismo. Este último é construído em uma parceria entre o setor público (o governo), o setor privado (as empresas) e o setor social (igrejas, organizações filantrópicas, grupos comunitários, etc.). Nesse conveniente sistema comunitário, o capitalismo incentivará o comércio e a riqueza, mas o estado (regional ou o governo mundial) definirá as normas e medirá o desempenho por meio de avaliações contínuas. Essas normas e avaliações já estão sendo aplicadas às crenças e valores das crianças. [16].

Você se pergunta: onde Deus se encaixa nessa conspiração?

Lembre-se, o maior obstáculo para o triunfo do fascismo, do comunismo ou do comunitarismo é o cristianismo bíblico! Logicamente, o "cristianismo" de hoje, politicamente correto, não-ofensivo, e orientado para o serviço — com seu treinamento em liderança dialética e visão pós-moderna da Palavra de Deus — encaixa-se muito bem.

Mas a Palavra imutável e sem contemporização de Deus nunca pode ser espremida para se conformar com o mundo. Ela não se encaixa na visão do comunitarismo pluralista. Ela se choca com a noção de solidariedade global. É por isso que Marx, Lênin, Mao e Hitler mataram milhões de cristãos fiéis. A Palavra de Deus é simplesmente "ofensiva" e "divisiva" demais para os governantes totalitários que exigem lealdade às suas próprias idéias em vez de fidelidade à Palavra de Deus. Destarte, o salmista pergunta:

"Por que se amotinam os gentios, e os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam e os governos consultam juntamente contra o SENHOR e contra o seu ungido, dizendo: Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas." [Salmos 2:1-3].

A Parte 2 dará uma resposta a essa pergunta. Ela fornecerá maiores evidências para a conspiração global de hoje, mostrará como o terrorismo islâmico ajuda na agenda geral e fará um exame encorajador sobre a soberania de Deus. Lembre-se, nosso Deus reina — independente de quão tenebroso esteja este mundo!

"Bem-aventurados todos aqueles que nele confiam." [Salmos 2:12].

Leia também a Parte 2: Traição na Igreja: Trocando a Verdade por um "Evangelho Social"

Notas Finais

1. Presidente Woodrow Wilson, The New Freedom, http://www.gutenberg.org/files/14811/14811-h/14811-h.htm (New York: Doubleday, page — Co., 1913), Cap. 1.

2. Escrito pelo presidente Franklin Roosevelt em uma carta ao coronel Edward Mandell House, mentor e assessor do president Woodrow Wilson, em 21 de novembro de 1933.

3. Veja "Man's Conspiracies & God's Victory", em http://www.crossroad.to/HisWord/verses/topics/conspiracy.htm

4. Wall Street and the Bolshevik Revolution (http://www.crossroad.to/Quotes/communism/wall_street_bolshevik.htm) e Carnegie Moscow Center http://www.carnegie.ru/en/pubs/media/69616.htm

5. Carroll Quigley, Tragedy and Hope: A History of the World in Our Time, http://www.crossroad.to/articles2/006/conspiracy1.htm (New York: The MacMillan Company, 1966), pág. 950.

6. Ibidem, Quigley, 951-952.

7. Dr. Stanley Monteith, Brotherhood of Darkness (Oklahoma City: Hearthstone Publishing, 2000), pág. 100.

8. Quigley, 1247-1248.

9. As declarações do congressista Oscar Callaway foram incluídas nos Anais do Congresso (vol. 54, 9 de fevereiro de 1917, pág. 2947).

10. Quigley, pág. 324.

11. John F. Hylan, prefeito de Nova York (1918-1925), proferiu essas palavras em um discurso em 26 de março de 1922.

12. Monteith, pág. 99.

13. Julian Huxley, UNESCO: Its purpose and Its Philosophy (Washington DC: Public Affairs Press, 1947), pág. 61. http://www.crossroad.to/Quotes/globalism/julian-huxley.htm

14. http://www.newsmax.com/archives/articles/2006/8/11/162119.shtml. "Corliss Lamont usou a riqueza de sua família para promover e divulgar o Partido Comunista dos EUA, de inclinação stalinista, e diversos grupos de fachada comunistas, para os quais ele era um "anjo financeiro". O avô de Ned Lamont chamava a si mesmo de um socialista, não um comunista, mas todos os seus esforços foram direcionados a destruir aqueles que se opunham ao comunismo."

15. Antony C. Sutton, Wall Street and the Bolshevik Revolution, http://www.crossroad.to/Quotes/communism/wall_street_bolshevik.htm (Arlington House, 1974), Chap.. XI, "The Alliance of Bankers and Revolution," pág. 170, 174. Veja http://www.amazon.com/exec/obidos/tg/detail/-/089968324X?v=glance. O livro também pode ser lido on-line, no formato PDF, em http://www.4acloserlook.com/bolshevik.pdf

16. "Legalizing Mind Control", em http://www.crossroad.to/articles2/2003/1-mental.htm, "Justifying Mind Control", em http://www.crossroad.to/articles2/2003/2-mental.htm, "Preschool Socioemotional Screening", em http://www.crossroad.to/articles2/006/edwatch/3-10-preschool-screening.htm, "Federal funding for universal mental health screening", em http://www.crossroad.to/articles2/006/edwatch/6-19-fed-funding-mh-screen.htm



Autora: Berit Kjos (Kjos Ministries, em http://www.crossroad.to)
Data da publicação: 8/9/2006
Revisão: http://www.TextoExato.com
A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br/db075.asp