A Origem da Cegueira Espiritual

Autor: Jeremy James, Irlanda, 24/4/2022.

Há um verso no livro de Deuteronômio que alguns acham difícil de entender:

"Porém não vos tem dado o SENHOR um coração para entender, nem olhos para ver, nem ouvidos para ouvir, até ao dia de hoje." [Deut. 29:4].

Os israelitas tinham passado 40 anos no deserto e iriam em breve entrar na Terra Prometida. Alguns erroneamente acham que esse verso significa que o Senhor reteve dos israelitas a capacidade de compreender Sua lei e Sua verdade, até que a jornada deles pelo deserto tivesse chegado ao fim. Mas, este não foi o caso.

Um desafio similar é encontrado no livro de Isaías. Quando Deus comissionou o profeta para falar aos filhos de Israel, Ele lhe disse:

"Então disse ele: Vai, e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis. Engorda o coração deste povo, e faze-lhe pesados os ouvidos, e fecha-lhe os olhos; para que ele não veja com os seus olhos, e não ouça com os seus ouvidos, nem entenda com o seu coração, nem se converta e seja sarado." [Isaías 6:9-10].

Pode parecer que o profeta estava sendo enviado para realizar um tarefa infrutífera, que por suas próprias palavras ele faria seus ouvintes ouvirem algo diferente do que ele pretendia. Mas, isso não faz sentido algum.

As palavras "Ouvis, de fato", revelam o que está passagem quer dizer. Em hebraico, elas literalmente significam "Em ouvindo, ouvireis". O Senhor está enviando o profeta para entregar uma mensagem para um povo que ouvirá o que é dito, mas resistirá vigorosamente à mensagem. Assim, em vez de "em ouvindo, ouvireis", Isaías encontrará ocorrências incontáveis de "em ouvindo, não ouçam".

Esta atitude "não ouço e não quero ouvir" é um tema central tanto no Velho quanto no Novo Testamento. Este é um modo de descrever a manifestação inicial de orgulho e desobediência, o momento solene quando o indivíduo fecha instintivamente toda a receptividade à verdade. Ele pode continuar ouvindo, mas somente por que aquilo que ele ouve o mantém entretido de algum modo. O Senhor realmente descreveu isto nos seguintes termos a Ezequiel:

"E eles vêm a ti, como o povo costumava vir, e se assentam diante de ti, como meu povo, e ouvem as tuas palavras, mas não as põem por obra; pois lisonjeiam com a sua boca, mas o seu coração segue a sua avareza. E eis que tu és para eles como uma canção de amores, de quem tem voz suave, e que bem tange; porque ouvem as tuas palavras, mas não as põem por obra." [Ezequiel 33:31-32].

É isto. Eles ouvem as palavras do profeta, gostam ou ficam intrigados com elas, mas obstinadamente se recusam a obedecê-las!

Nosso Estado Caído

Em nosso estado caído, somos incapazes de ouvir a verdade, a não ser que Deus nos ajude, e Ele nos ajudará somente se pedirmos. O homem natural nunca ouvirá a verdade e compreenderá o que é dito. Ele precisa desejá-la primeiro e seu anseio, sua sede, precisa ser sincero e intenso. Esse anseio precisa ser tal que, quando tiver de encarar seu próprio estado de ruína, sua total incapacidade, o homem peça a Deus para ajudá-lo a reconhecer a verdade quando ela entrar em sua vida.

Estas passagens da Escritura brilham com uma nova luz quando as lemos neste contexto. Deus nunca coloca um obstáculo diante de alguém. Ao revés, Ele oferece amplas provas de Sua existência, Sua soberania e Sua misericórdia. Cabe então a cada pessoa aceitar essas evidências e, depois de refletir sobre elas, partir em uma busca pelo próprio Deus, o Criador dos céus e da Terra:

"E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração." [Jeremias 29:13].

Precisamos Pedir Que Deus Abra Nossos Olhos

Durante as pragas do Egito, o Êxodo e os quarenta anos de peregrinação no deserto, os filhos de Israel receberam evidências extraordinárias da existência, onipotência e misericórdia de Deus, mas ainda assim não estavam receptivos à verdade viva que Ele oferecia:

"Porém não vos tem dado o SENHOR um coração para entender, nem olhos para ver, nem ouvidos para ouvir, até ao dia de hoje." [Deuteronômio 29:4].

Ele não tinha dado a eles a capacidade de ver e ouvir essa verdade por que eles não tinham ainda se voltado para Ele de todo seu coração e pedido esse dom espiritual essencial. Isto foi certamente verdadeiro com aqueles cujas "carcaças" caíram no deserto, por que eles se recusaram a entrar na Terra Prometida, mas também era verdadeiro a respeito dos filhos deles. Estes últimos tiveram a coragem de entrar na Terra Prometida depois de 40 anos, muito provavelmente por que Deus tinha acabado de lhes dar duas demonstrações colossais de Seu poder militar. Na primeira demonstração, eles aniquilaram as forças de Siom, o rei de Hesbom e, na segunda, pouco tempo depois, destruíram os exércitos de Ogue, rei de Basã.

As Parábolas de Jesus

Jesus falou por parábolas na maioria, se não em todos, seus discursos públicos durante grande parte de Seu ministério. Ele foi questionado a respeito disso. Aqui está a resposta que Ele deu:

"Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem nem compreendem. E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis, e, vendo, vereis, mas não percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, e ouviram de mau grado com seus ouvidos, e fecharam seus olhos; para que não vejam com os olhos, e ouçam com os ouvidos, e compreendam com o coração, e se convertam, e eu os cure. Mas, bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem." [Mateus 13:13-16].

Ele não está dizendo que quer reter a verdade de alguém, como se alguns fossem escolhidos por Ele para receberem a instrução em linguagem clara, enquanto outros, aqueles que Ele tinha rejeitado, ouviam apenas as parábolas. Este certamente não é o caso. Ele cita Isaías 6:9-10 para mostrar que o princípio que Ele está seguindo já tinha sido enunciado pelos profetas.

Jesus está dizendo aos Seus discípulos que as únicas pessoas que compreenderão o que Ele está dizendo — quando Ele fala em parábolas — são aqueles que já estão sedentos em busca da verdade. Esses são aqueles com ouvidos para ouvir. Os outros apreciarão as parábolas e receberão uma bênção, mas não captarão a verdade que está por trás das Suas palavras.

Poderia Ele não ter falado claramente com todos? Sabemos que Ele fez isso extensamente em Seu Sermão da Montanha. Ele não fez uso de parábolas e muito pouco do que Ele disse foi colocado em linguagem figurativa. Entretanto, mais tarde em Seu ministério, Ele fez uso frequente de parábolas em Seus discursos públicos. O ponto de virada crítico parece ter ocorrido quando os fariseus começaram a acusá-lo de realizar Seus milagres pelo poder de Belzebu. Até aquele tempo, Jesus dizia "Aquele que não é contra nós é por nós" (Lucas 9:50). Mas, a acusação de usar o poder de Belzebu mudou tudo. Dali para frente, Ele disse: "Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha." [Mateus 12:30].

Os fariseus tinham cometido um pecado terrível. Eles tinham blasfemado contra o Espírito Santo:

"Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, logo é chegado a vós o reino de Deus." [Mateus 12:28].

Este momento marcou um ponto de virada em Seu ministério. Os fariseus tinham grande influência sobre o povo comum e a acusação blasfema deles teria encontrado ouvidos receptivos. Esses ouvidos não eram mais capazes de ouvir a verdadeiro significado das palavras que Jesus falava. Como o Senhor disse:

"Engorda o coração deste povo, e faze-lhe pesados os ouvidos, e fecha-lhe os olhos; para que ele não veja com os seus olhos, e não ouça com os seus ouvidos, nem entenda com o seu coração, nem se converta e seja sarado."

O Apóstolo Paulo

Quando o apóstolo Paulo foi encarregado com a árdua tarefa de se dirigir aos líderes religiosos do Judaísmo em Roma e provar para eles, usando as Escrituras, que Jesus era o Messias, ele enfrentou a mesma barreira. Eles conheciam as Escrituras de trás para frente e compreenderam tudo o que Paulo lhes disse sobre Jesus, mas seus corações estavam endurecidos:

"E, como ficaram entre si discordes, despediram-se, dizendo Paulo esta palavra: Bem falou o Espírito Santo a nossos pais pelo profeta Isaías, dizendo: Vai a este povo, e dize: De ouvido ouvireis, e de maneira nenhuma entendereis; e, vendo vereis, e de maneira nenhuma percebereis. Porquanto o coração deste povo está endurecido, e com os ouvidos ouviram pesadamente, e fecharam os olhos, para que nunca com os olhos vejam, nem com os ouvidos ouçam, nem do coração entendam, e se convertam, e eu os cure. Seja-vos, pois, notório que esta salvação de Deus é enviada aos gentios, e eles a ouvirão." [Atos 28:25-28].

Examinamos este fenômeno detalhadamente por que ele é uma patologia espiritual devastadora. Ele é tão perigoso e tão tóxico que, mesmo quando o encarnado Filho de Deus falou palavras de verdade, clara e repetidamente, para pessoas que vinham vindo especialmente para ouvir Suas palavras e ver Seus milagres, aqueles que estavam afligidos por essa doença estavam tão surdos quanto o batente de uma porta. Sim, eles ouviram suas palavras, mas a verdade que elas transmitiam era inaudível. Eles não ouviam coisa alguma.

Na Parábola do Semeador, Jesus colocou essas pessoas na primeira categoria:

"Ouvindo alguém a palavra do reino, e não a entendendo, vem o maligno, e arrebata o que foi semeado no seu coração; este é o que foi semeado ao pé do caminho." [Mateus 13:19].

"E, os que estão junto do caminho são aqueles em quem a palavra é semeada; mas, tendo-a eles ouvido, vem logo Satanás e tira a palavra que foi semeada nos seus corações." [Marcos 4:15].

"E os que estão junto do caminho, estes são os que ouvem; depois vem o diabo, e tira-lhes do coração a palavra, para que não se salvem, crendo." [Lucas 8:12].

Este é o problema central. O Evangelho é bloqueado pelo próprio Satanás!

Satanás Tem Este Poder

Como cristãos, compreendemos que Satanás tem este poder, porém talvez nos esqueçamos que isso se aplica à verdade em um sentido mais amplo. Ele pode impedir que o incrédulo ouça o Evangelho, mas também pode impedi-lo de ouvir qualquer coisa que poderia motivá-lo a inquerir a respeito do Evangelho. É o mesmo poder.

Isto é o que estamos vendo hoje.

Satanás está cegando bilhões de pessoas em todo o mundo. A perversa capacidade dele de ocultar a verdade dos nossos olhos, até mesmo quando ela é proferida pelos lábios de Jesus, é difícil de compreender. Entretanto, isto ajudará a explicar por que tantos hoje estão indiferentes aos sinais de advertência que apontam para a vindoura Nova Ordem Mundial, quando os Filhos de Belial governarão com zelo implacável.

Se olharmos novamente para a Parábola do Semador, podemos ver que o próprio Jesus dividiu a humanidade em quatro categorias. As primeira já foi discutida. Ela é formada pelas pessoas que estão totalmente cegas por Satanás e rejeitam o Evangelho logo à primeira vista. A segunda categoria é formada por aqueles que ouvem o Evangelho e o recebem "com alegria", porém mais tarde se afastam, quando ficam diante de "angústia ou perseguição" (Mateus 13:21). A terceira categoria é muito similar à segunda, consistindo daqueles que, enlaçados pelos "cuidados deste mundo, os enganos das riquezas e as ambições das outras coisas" (Marcos 4:19), abandonam a verdade do Evangelho. A quarta categoria é aquela criação extraordinária que conhecemos como a Igreja, cujos membros não têm interesse naquilo que o mundo tem a oferecer, que não se deixam dissuadir pelas provações e tribulação, e cujo amor de Cristo está se manifestando continuamente em serviço frutífero.

Sono Profundo

As pessoas nas categorias 2 e 3 efetivamente rejeitaram o Evangelho, mas não conseguem admitir isso para si mesmas. Elas podem exibir muitos dos sinais exteriores de um cristão verdadeiro, porém não produzem frutos. Cercadas por outras pessoas iguais, elas não conseguem ver que são estéreis.

A igreja na era de Laodiceia está repleta de árvores que não produzem frutos. Ela é como uma grande floresta em que a vida selvagem não consegue sobreviver e os pássaros não cantam. Um silêncio terrível paira sobre a terra.

A ociosidade espiritual que está por trás disso é potencialmente muito prejudicial. O Velho Testamento nos diz o porquê:

"A preguiça faz cair em profundo sono, e a alma indolente padecerá fome." [Provérbios 19:15].

Um sono profundo! Isto é o que estamos testemunhando hoje — um sono profundo! E isto está enraizado na indolência, o oposto do trabalho e produção de frutos.

A Bíblia chama uma pessoa preguiçosa de indolente. Ambas as palavras, (H6103 e H6102 na Concordância de Strong) têm a mesma raiz hebraica.

O indolente é imune aos conselhos e às solidas orientações. Na verdade, a Palavra de Deus nos diz que ele pensa que sabe tudo:

"Mais sábio é o preguiçoso a seus próprios olhos do que sete homens que respondem bem." [Provérbios 26:16].

Um quadro supreendente está aparecendo agora, em que as pessoas que estão mais necessitadas de boas orientações são aquelas mais propensas a rejeitá-las. Elas zombam daqueles que fizeram sua pesquisa e dedicaram tempo para reunir os fatos. Repletas de orgulho, elas não têm interesse em realizar um exame racional das provas se o resultado final puder entrar em conflito com suas próprias opiniões.

Isto soa tão familiar para aqueles de nós que, por muitos anos, lutamos para alertar os cristãos professos a respeito dos ardis do Maligno e a respeito do plano dele — que está agora muito avançado — de subverter e destruir a igreja, de subjugar a humanidade e impor seu próprio "messias" a um mundo traumatizado.

Uma Igreja Sem Frutos

Uma igreja sem frutos está em um sono profundo. Os indolentes têm todas as respostas. Impérvidos à sensatez, eles ficam grandemente irritados com aqueles que tentam incomodá-los e fazer com que despertem do sono. Eles veem como conjeturas fabulosas os planos tenebrosos feitos pela Elite. A ideia que um grupo maligno de bilionários possa estar conspirando contra eles é simplesmente absurda. Eles acham que no mundo real isso não existe e é insensatez pensar no assunto.

Infelizmente, é o mundo real — e eles estão se encondendo dele.

A Palavra de Deus provoca-os a responder a uma questão muito desafiadora:

"Até quando, ó simples, amareis a simplicidade? E vós escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós insensatos, odiareis o conhecimento?" [Provérbios 1:22].

Mais tarde veremos alguns dos muitos exemplos da loucura humana — os sinais reluzentes de pecaminosidade e rebelião — que os "simples" se recusam a reconhecer. Coletivamente, eles são uma reprimenda dolorosa para qualquer um que se preocupa em ouvir, ou um chamado para despertar tão alto quanto um trovão, para aqueles que estão em sono profundo. Infelizmente, até aqui essas repreensões vigorosas não tiveram efeito algum sobre aqueles que vivem em sua simplicidade.

Para aqueles que endurecem sua cerviz e se recusam a ouvir, a Palavra de Deus prediz um fim súbito e drástico:

"O homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz, de repente será destruído sem que haja remédio." [Provérbios 29:1].

A humanidade pode ignorar, depreciar ou zombar da Palavra de Deus por um tempo. O Deus Todo-Poderoso tem uma paciência incrível com nossa obstinação rebelde, mas virá um tempo em que Ele irá agir e, quando isso acontecer, Ele fará isso de um modo súbito e assustador.

Em Sua misericórdia, Ele fez diversas repreensões, censuras e advertências, permitindo à humanidade ampla oportunidade para despertar de seu "sono profundo". Todavia, quando o julgamento vier, milhões gemerão e pedirão clemência, como se não tivesse sido possível para eles saber o que estava para acontecer. Eles dificilmente acreditarão que estão enfrentando um julgamento para o qual "não há remédio".

"Eis que vem o dia do SENHOR, horrendo, com furor e ira ardente, para pôr a terra em assolação, e dela destruir os pecadores... E visitarei sobre o mundo a maldade, e sobre os ímpios a sua iniquidade; e farei cessar a arrogância dos atrevidos, e abaterei a soberba dos tiranos." [Isaías 13:9,11].

Uma Galeria de Mentiras

Talvez nossos leitores conheçam o episódio na tira cômica "Peanuts" (conhecido no Brasil como "Minduim") em que Charlie Brown está profundamente desanimado e sua "psiquiatra", a ardilosa Lucy, sugere que ele chute para longe suas preocupações jogando futebol americano. Ela se oferece para manter a bola de futebol parada enquanto ele corre até ela. Mas, ele a conhece muito bem. Ela irá retirar a bola no momento exato em que ele for chutar, de modo a fazê-lo de bobo. Ela docemente lhe dá a certeza que fará como disse e manterá a bola parada, de modo que ele se prepara. Enquanto faz isso, ele convence a si mesmo que desta vez — finalmente! — ela manterá sua palavra. Ele decide colocar sua confiança nela e corre furiosamente em direção à bola. Então, exatamente quando ele vai chutar, ela faz o que sempre fazia e retira a bola da posição. Após um giro patético ele cai de costas no chão.

Este era um tema recorrente na tira cômica de 50 anos atrás. Parece que Charlie nunca aprendia. Repetidamente, Lucy o fazia de bobo. Bastava ela inventar um novo modo de conquistar a confiança dele e, apesar do sentimento de negação interior, ele sempre acreditava nela.

Em uma tira cômica impressionante de outubro de 1970, Lucy cita o livro de Isaías. O verso vem da passagem que citamos anteriormente. O profeta perguntou: "Até quando, SENHOR?" e a resposta foi: "Até que sejam desoladas as cidades e fiquem sem habitantes, e as casas sem moradores, e a terra seja de todo assolada. E o SENHOR afaste dela os homens, e no meio da terra seja grande o desamparo." [Isaías 6:11].

[Inserimos o desenho em quadrinhos na próxima página.].

Lucy faz uma observação contundente, qual seja, que o profeta pode ter tido dificuldade em aceitar a finalidade do julgamento do Senhor!

O quão verdadeiro é isto, não somente a respeito daqueles que estão em "sono profundo", mas daqueles que estão nas categorias 2 e 3 da Parábola do Semeador? O governo continua mentindo, mas apresenta a mentira de uma nova maneira a cada vez e, deixando de lado toda sensatez, o público continua a acreditar nas autoridades! Ao fazer isso, as pessoas estão literalmente colocando suas vidas em risco. Elas professam ser cristãs, todavia não conseguem aceitar a finalidade do julgamento do Senhor!

Íamos colocar algumas dessas mentiras no corpo principal deste ensaio, porém elas têm um fedor insuportável. Como uma forma de contemporização, nós as colocamos em um lugar diferente — veja a galeria de mentiras no Apêndice A.

"A tua malícia te castigará, e as tuas apostasias te repreenderão; sabe, pois, e vê, que mal e quão amargo é deixares ao SENHOR teu Deus, e não teres em ti o meu temor, diz o SENHOR Deus dos Exércitos." [Jeremias 2:19].

Conclusão

Ate quando os escarnecedores escarnecerão e os tolos odiarão o conhecimento? Até quando os simples amarão a simplicidade? Apesar dos muitos sinais que o Senhor forneceu, as pessoas têm grande dificuldade em aceitar que seus governos estão trabalhando para Satanás, de modo que preferem, em vez disso, acreditar que seus líderes e congressistas são ineptos, incompetentes, confusos, porém bem-intencionados: "Eles não têm a intenção de causar mal algum!"

Acordem pessoal, acordem:

"O prudente prevê o mal, e esconde-se; mas os simples passam e acabam pagando." [Provérbios 22:3].

"O avisado vê o mal e esconde-se; mas os simples passam e sofrem a pena." [Provérbios 27:12].


Apêndice A

Uma Galeria de Mentiras — Em Ordem Aleatória

O curador das galerias do Museu Guggenheim não conseguia decidir quais mentiras eram as piores. Quando vistas em uma luz clara, todas eram aterrorizadoras. Assim, ele as organizou em ordem aleatória e colocou-as em salas com luz tênue, junto com fileiras de brinquedos frívolos, pinturas com nudez que distraem a atenção e desenhos engraçados.

Nosso visitante solitário entrou na primeira sala e leu a mentira impressa em letras grandes, que estava na parte de baixo de cada figura.

Neste ponto, o visitante solitário desmaiou pela quarta vez. Quando recuperou os sentidos, ele teve de ser levado até a rua e depois foi visto vomitando pateticamente na sarjeta por meia hora. Quando finalmente conseguiu chegar em sua casa, ele não contou nada para sua mulher.

"A tua malícia te castigará, e as tuas apostasias te repreenderão; sabe, pois, e vê, que mal e quão amargo é deixares ao SENHOR teu Deus, e não teres em ti o meu temor, diz o SENHOR Deus dos Exércitos." [Jeremias 2:19].

Solicitação Especial

Incentivamos os leitores frequentes a baixarem os estudos disponíveis neste website para cópia de segurança e consulta futura. Eles poderão não estar disponíveis para sempre. Estamos entrando rapidamente em um tempo em que materiais deste tipo somente poderão ser obtidos via correio eletrônico. Os leitores que desejarem ser incluídos em uma lista para correspondência futura são bem-vindos a me contactar em jeremypauljames@gmail.com. Não é necessário fornecer o nome, apenas um endereço eletrônico.


Autor: Jeremy James, artigo em http://www.zephaniah.eu
Data da publicação: 5/5/2022
A Espada do Espírito: https://www.espada.eti.br/cegueira.asp