Avatar — Filme Pagão Promove a Adoração à Natureza

O novo filme de James Cameron é uma extravagância na forma de ficção científica em que um grupo de extraterrestres, adoradores da natureza, triunfa sobre os malignos e ambiciosos terráqueos que querem destruir seu planeta.

Avatar já ultrapassou a receita de um bilhão de dólares com a venda de ingressos em tempo recorde, e está a caminho de se tornar o filme de maior bilheteria de todos os tempos.

Para um filme que é pobre em termos de enredo e longo em tempo de projeção, essa é uma façanha verdadeiramente orwelliana: o menor provou ser o maior. Li algumas resenhas favoráveis antes do lançamento e decidi assistir ao filme com meu sobrinho de doze anos, que já tinha assistido, mas estava ávido para assistir outra vez.

Felizmente, estou na Índia neste momento e o ingresso aqui custa somente três dólares, de modo que o custo total para mim, incluindo os pacotes de pipocas, foi de somente dez dólares (para duas pessoas), de modo que o arrependimento por gastar dinheiro para ter minhas sensibilidades agredidas, tanto espiritual quanto intelectualmente, foi de certa forma atenuado.

Primeiro de tudo, o título do filme, Avatar, é uma palavra hindu que significa "deus encarnado", ou "ouro na carne". "Deus" não foi escrito em maiúsculas na definição anterior, pois no panteão hindu, qualquer quantidade de criaturas pode ser chamada de deus.

Os avatares do filme são criaturas azuis, geneticamente modificadas, que são felinas/símias/sátiras, ou algo similar, e não muito agradáveis aos olhos. Eles também têm cerca de três metros de altura e o melhor modo de descrevê-los é — eles não são humanos.

Todo o filme é um exercício de alta tecnologia para condicionar as massas a aceitarem que a adoração pagã à natureza, ou o panteísmo, é uma coisa boa. "Pandora", onde o filme acontece, é uma lua de um planeta gasoso gigante, como Saturno. Parece não ter chamado a atenção dos críticos de cinema que o próprio nome "Pandora" é uma referência a uma história mítica de todos os males que vieram sobre a humanidade pelo fato de a Caixa de Pandora ter sido aberta.

E este filme abre uma verdadeira Caixa de Pandora ao doutrinar a vasta maioria incauta do público pagante que todas as coisas são deus, que somos todos uma única grande família, seja a assassina hiena, uma serpente ou uma bananeira, todas as coisas têm o mesmo espírito divino nelas.

A mensagem é que viver em harmonia com a "natureza" (o deus Pã dos gregos) é nossa salvação, que usar a inteligência dada por Deus para criar máquinas e tecnologia para tornar a vida mais confortável é ruim. Ah, aqueles malignos cientistas!

Alguém deveria perguntar ao diretor James Cameron como ele poderia ter feito esse filme, se não fosse pelo fato de homens terem usado a inteligência dada por Deus para criar as tecnologias utilizadas na filmagem? Será que as tribos no interior do Amazonas ou da África poderiam ter ajudado a criar o filme mais tecnologicamente avançado de todos os tempos?

O filme não é nada mais do que uma versão em maior orçamento, e com mais efeitos especiais, do documentário Uma Mentira Conveniente, de Al Gore, também conhecido como Uma Verdade Inconveniente. As imagens azuladas de Pandora são infernais, para dizer o mínimo.

A enorme árvore espiralada onde a tribo vive parece ter a forma de uma serpente. Cérberos, como os cães do inferno da mitologia grega, e outras criaturas míticas de imensa feiúra e força são abundantes nesse mundo.

Seres espirituais na forma de águas-vivas (por falta de uma palavra melhor), iluminados e com tentáculos são consultados pelos Navi quando eles precisam de orientação. No mundo real, as águas-vivas podem ser perigosas e até fatais para os seres humanos. Eu me pergunto por que as pessoas acham que seus congêneres espirituais não seriam perigosos e até fatais para seu bem-estar espiritual.

Se Deus quisesse que obtivéssemos orientação e direção dos animais, por que simplesmente não nos fez todos animais, em vez de seres humanos que podem pensar e raciocinar, sem precisarem depender de superstições?

O filme realmente exalta as culturas dos índios nativos americanos. Embora os povos indígenas e nativos de todo o mundo tenham sido vítimas de colonizadores inescrupulosos, a verdade é que essas culturas não tinham nada de generosidade e compaixão. Existem muitas evidências documentadas das práticas sanguinárias dos povos nativos e indígenas para que acreditemos que eles sabiam como viver em paz e harmonia uns com os outros, muito menos com a natureza. Portanto, a pregação do diretor Cameron, embora certamente eficaz, é fraudulenta e repleta de mentiras.

O filme condiciona as pessoas a acreditarem que a feiúra é bela, que as mentiras são verdades, que a criação é Deus, e que não existe um Criador.

Minha pergunta é: se todas as coisas são deus, então por que você precisa procurar deus na natureza? Você não tem um espelho? Olhe para si mesmo no espelho o dia inteiro; afinal você também é deus!

Quando as pessoas procuram orientação com os animais, elas então se tornam como os animais. O que mais você poderia esperar? As cerimônias no filme em que a tribo se reúne para adorar nos fazem lembrar as cerimônias africanas/haitianas/indígenas em que a música e os alucinógenos naturais, como os cogumelos mágicos, são usados para induzir um estado alterado e hipnótico em que o adorador não alcança e tem contato com o Deus Altíssimo, mas, ao contrário, com os espíritos animais mais baixos e se torna uma besta. Nesse estado, o que acontecia não eram paz e harmonia com seus semelhantes, mas, ao contrário, derramamento de sangue da forma mais brutal, cruel, demoníaca e animalesca possível, em que até corações eram arrancados do peito das vítimas ainda vivas.

O propósito dessas cerimônias "nativas" sempre foi despertar as paixões animais no homem. Essa é a mensagem não tão oculta que está sendo transmitida por esses avatares demoníacos no filme de James Cameron. Torne-se natural, torne-se animal, não pense por conta própria, permita que os guias espirituais da natureza o dirijam.

Todas as coisas na natureza têm vida, sobre isso não há dúvida. Entretanto, o que precisa ser compreendido é que a vida vem do Criador e leva você a considerar o Criador, não a coisa criada.

Simplesmente porque uma gazela tem vida (e você não teve nada que ver com a criação daquela vida), isso de forma alguma faz você ser um com aquela gazela! Apreciar e valorizar a vida na natureza nos leva a considerar e apreciar nosso Criador, aquele em quem toda a vida se origina. Sem considerar e valorizar o Doador da Vida, você NUNCA poderá verdadeiramente apreciar ou valorizar a vida! Se você concorda com James Cameron, então termino este texto dizendo para você ter cuidado com aquilo que deseja; você preferiu refletir a imagem da criação, em vez do Criador, e sua escolha terá um preço que você poderá descobrir tarde demais que é alto demais para pagar.

"Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém." [Romanos 1:25].



Autor: Deshpal Sandhu, http://www.HenryMakow.com
Data da publicação: 12/1/2010
Revisão: http://www.TextoExato.com
A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br/avatar.asp