Autor: Chris Lawson, Spiritual Research Network
A meditação com mantras é um jogo perigoso, mesmo quando é "cristinizada". Os praticantes do ocultismo e da Nova Era que se tornaram desequilibrados ou desbalanceados por causa dessa prática resistem corretamente ao apelo de voltarem a praticá-la. Infelizmente, muitos cristãos sem discernimento não veem problema algum hoje em se envolverem com ela.
Se os cristãos bíblicos conhecessem as raízes ocultistas e hindus / budistas dessa prática, talvez não fossem tão descuidados ao ponto de a adotarem em seus estilos de vida e a levarem para dentro de suas igrejas. O fato de certas práticas espirituais terem boa aceitação popular e parecerem funcionar (pragmatismo), não necessariamente as torna corretas ou saudáveis. Os métodos de oração repetitiva, como a meditação com mantras, são condenados nas Escrituras pelo próprio Senhor Jesus Cristo:
"Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente. E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes." [Mateus 6:7-8].
John Main, o grande expoente de meditação com mantras, cujas obras e práticas influenciaram grandemente o início e os primeiros líderes do movimento da Oração Contemplativa Centrante dos tempos modernos, foi o precursor de muitos que praticam hoje essa técnica ocultista. Uma página na Internet dedicada totalmente à sua pessoa e aos seus ensinos, intitulada "The Christian Meditation of John Main" (A Meditação Cristã de John Main), define os mantras e a prática de meditação da seguinte forma:
"Existem vários mantras que são possíveis para um principiante, mas se você não tem um instrutor para ajudá-lo, deve escolher uma palavra que foi santificada ao longo dos séculos pela nossa tradição cristã. Algumas dessas palavras eram usadas como mantras para a oração na igreja primitiva."
"Uma dessas palavras é 'Maranata'. Essa palavra em aramaico quer dizer 'Vem Senhor, Vem Senhor Jesus'. Esse é o mantra recomendado por Dom John Main (1926-1982), um monge beneditino que colocou na linguagem contemporânea esse antigo ensino da oração. Essa palavra foi usada pelo apóstolo Paulo para finalizar sua primeira epístola aos Coríntios (1 Cor. 16:22) e também pelo apóstolo João para finalizar o livro do Apocalipse (Ap. 22:20). Ela também tem um lugar em algumas das luturgias cristãs mais primitivas. Essa palavra em aramaico é preferida porque não tem conotações visuais ou emocionais e sua repetição contínua nos levará com o passar do tempo a um silêncio cada vez mais profundo."
"O foco de repetir o mantra é cristocêntrico. Isto significa que ele está centrado na oração de Cristo, que é continuamente derramada pelo Espírito Santo no interior mais profundo de cada ser humano. Assim, nesse modo de 'oração pura', deixamos todos os pensamentos, palavras e imagens para trás de modo a 'buscar primeiro o reino de Deus'. Destarte, deixamos nosso eu egoísta para trás, fazendo-o morrer, e nos elevamos para alcançar nosso eu verdadeiro em Cristo."
"Portanto, a meditação é uma jornada para o interior de nós mesmos, com silêncio, calma e simplicidade e é a dimensão contemplativa que falta em grande parte da vida cristã atualmente."
Fonte: "Christian Meditation of John Main", "Be Still and Know", O mantra e a prática da meditação.
Link: http://christianmeditationnorthwest.org/mantra.html.Se alguém compreende em que consiste a meditação com mantras no Hinduísmo, Budismo, Jainismo, ou em outras formas de ocultismo, pode ver claramente como o "método" de John Main é virtualmente idêntico a essas formas de meditação. Basicamente, Main transformou a oração bíblica em um vórtex de ocultismo cristianizado e causador de confusão. Nós simplesmente não necessitamos dos mantras de John Main e de suas técnicas de oração sem base bíblica.
A meditação com mantras é apenas mais uma prática perigosa que está entrando nas igrejas hoje. Os cristãos deveriam reconhecer isto, tanto por definição quanto no contexto, e rejeitar a prática! Se aqueles que afirmam serem cristãos não estão contentes em orarem ao Deus da Bíblia por intermédio do Senhor Jesus Cristo, talvez sequer sejam cristãos, mas apenas falsos conversos. Que tipo de cristão acrescentaria técnicas de meditação ocultista em sua vida de oração? Somente cristãos contemporizadores e falsos cristãos! O excerto a seguir é de um livro do meu amigo Ray Yungen; ele é autor de diversos livros que expõem e refutam biblicamente as práticas ocultistas e de Nova Era. Nós dois temos deixado bem claro em nossos escritos que a meditação com mantras é uma prática ocultista perigosa. Eu concordo inteiramente com o que ele escreveu e ambos acreditamos que a meditação com mantras não somente é perigosa, mas é uma porta aberta para o contato com espíritos, isto é, contato espiritual com entidades malévolas que querem destruir a alma humana.
Se as pessoas querem brincar com fogo, eventualmente se queimarão. Assim também, se querem se envolver com a meditação com mantras, é apenas uma questão de tempo para que experimentem forças ocultas perigosas. Além disso, é somente uma questão de tempo para que experimentem as influências enganadoras que essas forças (ou demônios) trazem.
A Meditação com Mantras
Autor: Ray Yungen, excerto do livro A Time of DepartingA meditação com a qual a maioria de nós está familiarizada envolve um pensamento profundo e contínuo sobre alguma coisa. Mas, a meditação da Nova Era faz exatamente o oposto. Ela envolve a libertação de todos os pensamentos, de modo a aquietar a mente, colocando-a em um estado equivalente ao de uma pausa, ou um ponto neutro. Uma comparação seria transformar um ribeiro de águas rápidas em um lago de águas paradas. Quando a meditação é empregada para represar o fluxo livre de pensamentos, ela anula o pensamento ativo e causa uma transição na consciência. Essa condição não deve ser confundida com sonhar acordado, em que a mente se aprofunda em um assunto. A meditação de Nova Era funciona como um mecanismo de domínio e controle, até que a mente se torne vazia de pensamentos e silenciosa.
Os dois métodos mais comuns para induzir esse estado de esvaziamento mental são os exercícios respiratórios, em que a atenção é enfocada na respiração, e os mantras, que são palavras ou frases repetidas inúmeras vezes. O processo básico é enfocar e manter a concentração sem pensar sobre aquilo em que você está enfocando. A repetição do objeto enfocado é o que coloca a mente em branco.
Como os mantras são centrais na meditação da Nova Era, é importante compreender a definição correta da palavra. A tradução do sânscrito significa "liberado do pensamento". Repetindo o mantra, seja em voz alta ou sileciosamente, a palavra ou frase começa a perder qualquer significado que antes possuía. O processo de pensamento consciente é gradualmente dessintonizado até que um estado alterado de consciência seja alcançado. Mas, esse silêncio não é o objetivo final; esse alcance é somente um meio para alcançar um fim. O que esse fim envolve foi apropriadamente descrito pela artista inglesa Vanora Goodhart após ter seguido a prática da Meditação Zen. Ela relatou:
"Uma luz começou a atravessar minhas pálpebras fechadas, brilhante e suave a princípio, mas crescendo mais e mais e tornando-se intensa... havia um grande poder e força nessa Luz... Senti que estava sendo erguida e uma grande e maravilhosa intensidade de poder que cresceu e me inundou totalmente com uma Luz gloriosa e ardente, que parecia me abraçar."
Experiências dinâmicas como esta são o real objetivo do misticismo da Nova Era... não apenas acreditar em alguma doutrina ou uma fé que é suportada por um credo, mas, ao revés, um contato pessoal íntimo com uma Presença poderosa. A renomada ocultista Dion Fortune reconheceu: "Transformar a consciência é a chave para todo o treinamento ocultista." Em outras palavras, a meditação é uma porta para a "luz" que Goodhart experimentou. O objetivo final do esforço de meditação está no conceito chamado de eu superior. Isto é imaginado como parte do indivídulo ligado à essência divina do Universo, a parte de Deus no homem. O objetivo é se tornar sintonizado com o eu superior, facilitando assim o aparecimento do eu superior no mundo físico, colocando o praticante sob a orientação e direção de Deus. Essa conexão é referenciada nos círculos de Nova Era como despertamento, transformação, iluminação, autorrealização, consciência cósmica e superconsciência. É por isto também que um termo intercambiável para a Nova Era é metafísica. A metafísica significa que aquilo está além do mundo físico (no mundo invisível) e está intimamente conectado com poderes não detectados pelos cinco sentidos normais."
Fonte: Mantra Meditation, de Ray Yungen, excerto de A Time of Departing.
Link: http://www.lighthousetrailsresearch.com/meditationexcerptbyray.htm.
Fonte: Spiritual Research Network
Data da publicação: 26/11/2014
A Espada do Espírito: https://www.espada.eti.br/srn-4-2014b.asp