Introdução
De acordo com o Conselho Governante do Programa as Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), "nosso modelo econômico dominante pode ser chamado de 'economia marrom'". O objetivo claramente declarado do PNUMA é desfazer a "economia marrom" e substituí-la por uma "economia verde":
"Uma economia verde implica o desacoplamento entre o uso dos recursos e os impactos ambientais do crescimento econômico... Esses investimentos, tanto públicos quanto privados, fornecem o mecanismo para a reconfiguração das empresas, da infraestrutura e das instituições e a adoção de processos de consumo e de produção sustentáveis." [pág. 2].
Consumo sustentável? Reconfiguração das empresas, da infraestrutura e das instituições? O que estas palavras significam? Elas não significam meras realocações na ordem existente, mas ao contrário, a substituição dessa ordem por um sistema econômico totalmente novo, um sistema que nunca antes foi visto ou usado na história da humanidade.
Este estudo demonstrará que a crise atual do capitalismo está sendo usada para implementar um sistema econômico radical novo que o suplantará completamente. Esta não é alguma nova ideia criada nos gabinetes da ONU; é uma implementação revitalizada da tecnocracia que foi repudiada em 1933, durante a Grande Depressão.
Os tecnocratas voltaram à tona e não desejam fracassar novamente. Se eles serão bem-sucedidos ou não desta vez é algo que depende dos servos visados pela tecnocracia, os cidadãos do mundo.
De fato, o cavalo preto da Nova Ordem Mundial não é o comunismo, o socialismo ou o fascismo. É a tecnocracia.
O Pano de Fundo
Criada por Howard Scott e M. King Hubbert em 1932, durante a Grande Depressão, a tecnocracia propõe uma nova solução radical para os problemas econômicos mundiais. Em 1932, Harry. A. Porter escreveu em Roosevelt and Technocracy:
"Exatamente como a Reforma estabeleceu a liberdade religiosa, exatamente como a Declaração de Independência trouxe a liberdade política, a tecnocracia promete liberdade econômica." [Prefácio, iii].
O plano de Porter incluía o abandono do padrão ouro, a suspensão da Bolsa de Valores e a estatização das estradas de ferro e das empresas de fornecimento de serviços como água, eletricidade, telefonia, etc. Porter depois propôs que o presidente eleito Franklin D. Roosevelt fosse empossado como ditador e não como presidente, para que pudesse derrubar o sistema econômico existente em favor da tecnocracia.
"Embora estas mudanças na ordem presente das coisas possam ser drásticas, elas servirão ao seu propósito de aplanar o terreno para a revolução econômica e para a tecnocracia." (pág. 63).
Se a tecnocracia tivesse realmente sido extinguida antes do início da Segunda Guerra Mundial, não estaríamos preocupados com ela hoje. Entretanto, quando Zbigniew Brzezinski escreveu Between Two Ages: America's Role in the Technotronic Era, em 1968, o livro foi essencialmente um tratado neotecnocrático que propunha um quarto e final estágio da história mundial a Era Tecnotrônica.
Quando David Rockefeller escolheu Brzezinski como co-fundador da Comissão Trilateral, em 1972, foi com o objetivo específico de criar uma "Nova Ordem Econômica Internacional". Sem um conhecimento da Tecnocracia histórica, não era possível compreender exatamente o que a Comissão Trilateral tinha em mente com esse objetivo.
Hoje, é necessário repensar essas questões de modo a determinar três coisas: 1) Se esse movimento radical ainda está em operação; 2) Quais são seus objetivos e 3) Como eles planejam alcançar seus objetivos.
Em Créditos de Carbono: Um Novo Início Para a Tecnocracia?, o assunto da tecnocracia histórica foi apresentado no contexto de criar um novo sistema econômico baseado na quantidade da energia, em vez de na contabilidade dos preços. Um sistema contábil baseado em energia usa "certificados de energia", ou Créditos de Carbono, em vez de dólares ou outras moedas fiduciárias. Alocações periódicas e iguais da energia disponível são feitas para os cidadãos, mas precisam ser usadas dentro do período de tempo definido e antes que ultrapassem a data de validade. Além disso, as capacidades de possuir propriedade privada e de acumular riqueza seriam consideradas desnecessárias.
A questão premente e não-respondida é como esse sistema tecnocrático poderia ser implementado na prática?
Este estudo tratará agora da estratégia, dos requisitos táticos e dos progressos para estabelecer um "tecnato" basedo em energia. (Tecnato é o termo usado para descrever a região geográfica sob a qual opera uma sociedade tecnocrática. Assim, o Tecnato da América do Norte incluiria o Canadá, o México e os EUA, todos sob um mesmo controle comum.)
Requisitos
O livro Technocracy Study Course, escrito por Howard Scott e M. King Hubbert, em 1932, estabeleceu uma estrutura detalhada para a tecnocracia em termos de produção, distribuição e uso da energia. De acordo com Scott e Hubbert, a distribuição dos recursos energéticos precisa ser monitorada e mensurada para que o sistema funcione e esta é a chave: monitoração e medição:
Eles escreveram que o sistema precisa fazer as seguintes coisas:
- Registrar continuamente, 24 horas por dia, a conversão total líquida da energia.
- Com o registro da energia convertida e consumida, possibilitar o balanceamento da carga.
- Fornecer um relatório contínuo de toda a produção e consumo.
Fornecer um registro específico do tipo, classe, etc. de todos os produtos e serviços, onde são produzidos e onde são usados.
Fornecer um registro específico do consumo de cada indivíduo, mais um registro e descrição do indivíduo." [Scott, Hubbert et. al., Technocracy Study Course, pág. 232].
Em 1932, esta tecnologia não existia. Entretanto, o tempo ficou do lado dos tecnocratas, pois a tecnologia existe agora e está sendo implementada rapidamente para fazer tudo aquilo que Scott e Hubbert especificaram: monitorar minuciosamente, medir e controlar cada quilowatt de energia fornecida aos consumidores e às empresas e isto em uma escala abrangente em todo o sistema.
O nome desta tecnologia é Rede Elétrica Inteligente.O Que É a Rede Elétrica Inteligente?
Rede Elétrica Inteligente é um termo técnico bem amplo que engloba a geração, distribuição e consumo da energia elétrica, com a possibilidade de incluir também o gás e a água. A envelhecida rede elétrica que existe hoje está cada vez mais frágil e ineficiente. A Rede Inteligente é uma iniciativa que procura redesenhar completamente a rede elétrica usando tecnologia digital avançada, incluindo a instalação de medidores digitais inteligentes em cada residência e em cada empresa em todo o país.
Esses medidores digitais inteligentes possibilitam a monitoração constante do consumo de energia usando uma comunicação bidirecional constante entre a companhia que fornece a energia elétrica e a residência/empresa do consumidor. Além disso, os medidores poderão se comunicar com os equipamentos elétricos dentro da residência para coletar dados de consumo e até controlar certos aparelhos sem a intervenção do consumidor.
De acordo com uma publicação do Departamento de Energia dos EUA:"O Departamento de Energia foi encarregado de orquestrar a modernização geral da rede elétrica de todo o país... Liderando esse esforço está a Secretaria de Fornecimento de Eletricidade e Confiabilidade da Energia. Além da pesquisa de ponta e dos programas de política de energia, o recém-formado Grupo de Trabalho Sobre as Redes Inteligentes é responsável por coordenar o desenvolvimento de padrões, orientar a pesquisa e os projetos de desenvolvimento, e conciliar as agendas de um amplo número de participantes." [Veja The Smart Grid: An Introduction.].
Esta iniciativa é relativamente nova, porém está avançando depressa e alcançará velocidade máxima em breve. A Secretaria Para Fornecimento da Energia foi criada em 2003 durante o governo do presidente George W. Bush e foi elevada em estatura em 2007, usando o cargo do Secretário Assistente do Fornecimento da Eletricidade e Confiabilidade Energética para chefiá-la.
Não está claramente definido quem "encarregou" o Departamento de Energia com esta tarefa, mas como a Secretaria da Energia responde diretamente ao presidente, podemos assumir que foi uma diretiva presidencial. Certamente, não foi uma diretiva do Congresso.
Implementação
Em 27 de outubro de 2009, o governo Obama revelou seu plano para a Rede Elétrica Inteligente e alocou 3,4 bilhões de dólares para 100 projetos de rede inteligente. De acordo com o comunicado à imprensa emitido pelo Departamento de Energia, essa verba resultará na instalação de:
Mais de 850 sensores chamados de "Unidades de Medição Phasor" para monitorar a rede de energia elétrica em todo o país
- 200 mil transformadores inteligentes
- 700 subestações automatizadas (cerca de 5% do total existente no país)
- Um milhão de mostradores nas residências
- 345 mil dispositivos de controle da carga nas residências.
Este é o "pontapé inicial" da Rede Inteligente nos EUA. Em 8 de janeiro de 2010, o presidente Obama anunciou um programa de financiamento de 2,3 bilhões de dólares adicionais para o "setor de produção de energia" como parte do programa de 787 bilhões de dólares conhecido como Plano de Recuperação e Reinvestimento. O financiamento já foi concedido para 183 projetos, em 43 estados, restando apenas o anúncio de Obama.
Um desses projetos no noroeste é chefiado pelo Instituto Memorial Battelle, cobre cinco estados e alcança 600 mil consumidores. O projeto foi realmente desenvolvido pela Bonneville Power Administration (BPA), uma agência federal controlada pelo Departamento de Energia. Como é ilegal para uma agência federal se candidatar para receber fundos federais, a BPA passou o projeto para o Instituto Battelle, uma organização não-lucrativa e não-governamental (ONG), que prontamente recebeu 178 milhões de dólares.
É interessante observar que a BPA recebeu crédito para originar o conceito da Rede Elétrica Inteligente no início dos anos 1990, que era chamada de "Rede de Energia". Você pode ver na ilustração gráfica da BPA que ela abrange desde a produção até o consumo.
De acordo com o comunicado à imprensa da Battelle, de 27 de agosto de 2009:
"O projeto envolverá mais de 60.000 clientes nos estados de Idaho, Montana, Oregon, Washington e Wyoming. Usando tecnologias de rede elétrica inteligente, o projeto envolverá ativos do sistema que excedem 112 megawatts, o equivalente à energia para atender a 86.000 residências."
"A demonstração proposta estudará os benefícios da rede elétrica inteligente em uma extensão geográfica que envolve cinco estados, englobando o sistema elétrico desde a geração até o usuário final e contendo muitas funções-chave da futura rede elétrica inteligente', disse Mike Davis, um vice-presidente do Battelle. 'O impacto visado desse projeto irá muito além dos limites territoriais tradicionais da concessionária de serviços, ajudando a criar uma rede futura que atenda às prementes necessidades locais, regionais e nacionais.'"
O Instituto Battelle e a BPA pretendem trabalhar de perto um com o outro e há uma óbvia confusão sobre quem realmente estará no controle da administração do projeto durante o período de teste.
Em um documento "Somente Para Uso Interno" redigido em agosto de 2009, a BPA apresenta pontos de discussão para seus parceiros. Ela diz que "a tecnologia da Rede Elétrica Inteligente inclui de tudo, desde aparelhos elétricos interativos nos lares, até medidores inteligentes, automação das subestações e sensores nas linhas de transmissão." [Ênfase adicionada.].
Uma Rede de Coisas
O que a Teia de Alcance Mundial (WWW, de World Wide Web) é para as pessoas, assim a Rede de Coisas (NOT, de Network of Things) será para os aparelhos domésticos. Essa novíssima tecnologia cria uma rede sem fio entre uma ampla variedade de objetos inanimados, desde sapatos até geladeiras. Esse conceito poderá ser usado para a implementação da Rede Elétrica Inteligente, pois os aparelhos domésticos, medidores e subestações são todos itens inanimados que os tecnocratas farão se comunicar uns com os outros.
Por exemplo, em 2008, o Laboratório Nacional do Pacífico Noroeste (PNNL) desenvolveu uma pequena placa de circuito chamada Controlador "Grid Friendly Appliance". De acordo com um livreto do Departamento de Energia:
De acordo com o sítio do PNNL na Internet:"O Controlador GFA desenvolvido pelo Laboratório Nacional do Pacífico Noroeste é uma pequena placa de circuito instalada dentro dos aparelhos domésticos, como geladeiras e máquinas de lavar, que reduz o estresse sobre a rede elétrica monitorando continuamente as flutuações na energia disponível. Durante os horários de alta demanda, os aparelhos equipados com o controlador automaticamente se desligam por um curto período de tempo, resultando em uma redução cumulativa que pode manter a estabilidade na rede elétrica."
"O controlador é essencialmente um circuito integrado de computador que pode ser instalado em aparelhos domésticos normais, como lavadoras de louça, máquinas de lavar roupa, secadoras, geladeiras, aparelhos de ar condicionado e aquecedores de água. O circuito integrado detecta quando há uma variação na rede elétrica e desliga os aparelhos por alguns segundos, ou minutos, para permitir que a rede elétrica se estabilize novamente. Os controladores também podem ser programados para retardar a reiniciação dos aparelhos. O atraso permite que os aparelhos sejam religados um de cada vez, em de todos ao mesmo tempo, para ajudar na restauração da energia após uma falha no fornecimento."
Você pode ver que ações automáticas estão previstas para serem acionadas por interação direta entre os objetos, sem intervenção humana. As regras serão escritas pelos programadores sob a direção dos tecnocratas que compreendem o sistema e depois serão transferidas para os dispositivos controladores, conforme forem necessárias. Assim, mudanças nas regras poderão ser feitas a qualquer tempo e sem o conhecimento dos consumidores em seus lares.
Entretanto, o PNNL´não é uma empresa privada; ele pertence ao Departamento de Energia dos EUA e é operado pelo Instituto Memorial Battelle!
Toda esta tecnologia será habilitada com circuitos Wi-Fi, que são idênticos aos modens e roteadores de rede Internet habilitados para Wi-Fi. Wi-Fi é uma marca registrada da Wi-Fi Alliance e se refere aos sistemas de rede sem fio usados em equipamentos como computadores pessoais e telefones celulares, conectando-os juntos e/ou com a Internet.
De acordo com a Wi-Fi Alliance, "a necessidade de soluções de Rede Elétrica Inteligente" está sendo dirigida pelo aparecimento de geração de energia distribuída e gerenciamento/monitoramento do consumo". Em um relatório oficial intitulado Wi-Fi For the Smart Grid, eles listam os requisitos específicos para interoperabilidade publicados pelo Departamento de Energia:
Fornecer comunicação de duas vias entre os usuários da rede inteligente, como por exemplo operadores regionais do mercado, companhias concessionárias, provedores de serviços e os consumidores.
Permitir que os operadores do sistema de energia elétrica monitorem seus próprios sistemas, bem como os sistemas vizinhos que os afetam, de modo a facilitar a distribuição e fornecimento mais confiável da energia.
Coordenar a integração dentro do sistema elétrico de tecnologias emergentes, tais como recursos renováveis, recursos de resposta da demanda, centros de armazenamento de eletricidade e sistemas de transporte da energia elétrica.
- Garantir a segurança cibernética da rede inteligente.
Assim, a rede de comunicações bidirecional e em tempo real da Rede Elétrica Inteligente dependerá da tecnologia Wi-Fi do início ao fim. Isto é facilmente compreendido a partir de duas gravuras incluídas no relatório da Wi-Fi Alliance.
Embora o consumidor esteja sendo tranquilizado com a promessa de redução nas tarifas, a empresa concessionária é que imporá as políticas definidas pelos reguladores globais, nacionais ou regionais. Assim, se um sistema vizinho tiver uma falta de eletricidade, talvez seu chuveiro elétrico seja automaticamente desligado para compensar; se você tiver excedido sua quota mensal para uso de eletricidade durante o dia, aparelhos que consomem muita energia, como as máquinas de lavar e as secadoras de roupas poderão ter seu uso limitado para o período noturno.
A Rede Inteligente e o controle da companhia concessionária se estendem além da eletricidade. Observe na Figura 1 acima que também há uma ligação em Wi-Fi para os medidores de água e de gás!
Os Consumidores Estão Sendo Desinformados?
O Wall Street Journal reportou e revelou em uma matéria intitulada "O Que as Empresas Concessionárias Aprenderam com os Testes com os Medidores Inteligentes", publicada em 22/2/2010, vários aspectos preliminares da implementação da rede elétrica inteligente:
Um objetivo principal é permitir que as empresas concessionárias reestruturem seus planos de tarifas.
Outro objetivo principal é forçar mudanças no comportamento dos consumidores.
Alguns executivos das empresas concessionárias preveem e temem uma rebelião dos consumidores.
Contudo, a grande cenoura para as empresas concessionárias seguirem a Rede Elétrica Inteligente do governo é equilibrar a demanda pela energia elétrica, reduzir a necessidade de novas centrais de geração de energia e expandir os lucros.
Antes que baixe a poeira na Rede Elétrica Inteligente, os consumidores e as empresas concessionárias poderão aprender algumas dolorosas lições sobre intervenção do governo: quando o governo aparece na frente de sua porta e lhe oferece ajuda para poupar dinheiro, todos sabem que isto é um oxímoro. O governo não existe para ajudar as pessoas ou as empresas a economizarem dinheiro ou a serem mais eficientes; em vez disso, ele sempre quer manter e aumentar seu próprio poder e seu controle sobre os cidadãos.
Tornando-se Global
O relatório do PNUMA mencionado anteriormente revela que "15% dos fundos do estímulo fiscal comprometidos para 2009-2010, que superam 3,1 trilhões de dólares, podem ser considerados como verdes em sua natureza... a maioria dos componentes verdes está orientada para a eficiência da energia e para as energias renováveis em diversos setores."
Uma matéria publicada na revista BusinessWeek, em 16 de novembro de 2009, declarou que "Após vários falsos inícios, 2010 poderá finalmente ser o ano em que os medidores inteligentes se tornarão globais."
De fato:
"A Itália já implementou a tecnologia da Rede Elétrica Inteligente em 85% das residências em todo o país.
O site www.earth2tech.com reporta que a Rede Elétrica Inteligente gerará 200 bilhões de dólares em investimentos globais nos próximos anos.
A Comissão Eletrotécnica Internacional (IEC) definiu um roteiro global para garantir a interoperabilidade dos sistemas de Rede Elétrica Inteligente entre os países.
As empresas globais estão se preparando para conquistar sua fatia no mercado global da Rede Elétrica Inteligente: IBM, Siemens, GE, Cisco, Panasonic, Kyocera, Toshiba, Mitsubishi, etc.
A China está gastando 7,32 bilhões de dólares para dar início à criação de uma Rede Elétrica Inteligente na Ásia.
Outros países com projetos pilotos de Rede Elétrica Inteligente já iniciados incluem Alemanha, França, Inglaterra, Rússia, Japão, Índia, Austrália, África do Sul, Brasil e diversos outros. Organizações regionais como SMARTGRID Africa foram criadas para promover a Rede Elétrica Inteligente em países menores.
Portanto, a corrida já começou. Em cada caso, a Rede Elétrica Inteligente está sendo acelerada pelos programas de recuperação econômica dos governos. As grandes indústrias do setor elétrico estão meramente se qualificando para poderem receber os fundos provenientes dos impostos pagos pelos contribuintes.
Como é o caso nos EUA, há pouca demanda pré-existente ou latente para a tecnologia da Rede Elétrica Inteligente. A demanda está sendo criada de forma artificial pelos respectivos governos de cada país.
Conclusão
A Rede Elétrica Inteligente atende a 100% dos requisitos originais da tecnocracia, conforme descritos anteriormente. Em outras palavras, ela monitorará e controlará o fornecimento e consumo da energia e outros recursos verdes, como a água e o gás.
A iniciativa da Rede Elétrica Inteligente foi desenvolvida e financiada pelas agências do governo e por ONGs. Foi o Departamento de Energia do governo dos EUA que inventou o conceito nos anos 1990. Foi o Laboratório Nacional do Pacífico Noroeste, subordinado ao Departamento de Energia, que inventou o controlador Grid Friendly Appliance. Foi o governo federal que despejou bilhões de dólares sobre o setor privado para dar partida à iniciativa nacional para implementar a Rede Elétrica Inteligente em cada cidade.
Se o governo federal não tivesse fornecido o ímpeto inicial e persistente será se a Rede Elétrica Inteligente existiria? É altamente duvidoso.
Seguindo o mesmo padrão, muitos outros países industrializados estão implementando a Rede Elétrica Inteligente ao mesmo tempo, usando recursos de seus próprios programas de recuperação econômica. Essa implementação sincronizada é certamente planejada e, como tal, implica que existe alguém que planejou tudo isto. Quem pode estar fornecendo essa coordenação de cima para baixo e em escala global será reservado para discussão em outro estudo. Uma coisa é certa: A tecnologia que está sendo comprada em todo o mundo teve origem nos EUA e está sendo vendida pelas mesmas grandes empresas mencionadas anteriormente.
Finalmente, em toda a literatura sobre a Rede Elétrica Inteligente fica subentendido que o governo federal terá total visibilidade sobre todos os dados dentro da rede, chegando até à residência de cada consumidor. O governo também estará em condições de definir políticas de consumo e de distribuição nacional, regional e local, como por exemplo, definir "a fatia justa" de energia, gás e água que estará disponível para cada residência.
Padrões internacionais criados para a Rede Elétrica Inteligente também permitirão que países vizinhos possam ser perfeitamente interligados, fornecendo assim um sistema de distribuição e gerenciamento da energia para cada bloco regional de países.
Está a Rede Elétrica Inteligente destinada a ser um fenômeno global? Sim. Ela foi projetada para permitir um novo sistema global tecnocrático baseado em recursos? Sim.
A tecnocracia precisa ser vista da forma como é: uma tentativa de impor uma ditadura científica e totalitária. Em 1933, os tecnocratas propuseram que Franklin D. Roosevelt fosse empossado como ditador de modo a "aplanar o terreno para a revolução econômica". Felizmente, naquele tempo, eles fracassaram na tentativa do golpe.
Se a Rede Elétrica Inteligente for completada com sucesso, ela permitirá a conversão do nosso sistema econômico existente em algo muito diferente e muito pior. Foi por esta razão que o povo norte-americano rejeitou a tecnocracia em 1933 e é exatamente pela mesma razão que nós, em todos os países do mundo, precisamos repudiá-la totalmente hoje.
Recursos
- Scott & Hubbert, Technocracy Study Course, Technocracy, Inc., 1934.
Background paper for the ministerial consultations, Conselho Governante do Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas, 14/12/2009.
- The Smart Grid: An Introduction, Departamento de Energia dos EUA.
- Pacific Northwest National Laboratory, sítio na Internet.
- 2010 Strategic Plan, Office of Electricity Delivery & Energy Reliability.
The Networked Grid 100: Movers and Shakers of the Smart Grid.
- Meloan, Steve, "Toward a Global 'Internet of Things'", Oracle Software, 11 de novembro de 2003.
- Wi-Fi for the Smart Grid, Wi-Fi Alliance, 2009.
"Obama Announces $3.4 Billion Investment to Spur Transition to Smart Energy Grid", Comunicado à Imprensa, Departamento de Energia.
Nota: O editor gostaria de agradecer ao Dr. Martin Erdmann, a Carl Teichrib e ao Dr. Michael Coffman, pelo incentivo, teste das ideias e pesquisa de suporte adicional para a preparação deste relatório.
Autor: Patrick M. Wood, http://www.augustreview.com/
Data da publicação: 28/10/2010
Revisão: http://www.TextoExato.com
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