Cupins no Madeiramento: O Estrago Causado Pelas Coisas Que Não Conseguimos Ver!

Uma comparação entre a ação oculta e destrutiva dos cupins, que passa despercebida por muitos anos, com as sorrateiras e insidiosas táticas do Maligno contra os cristãos

Pequenos cupins subterrâneos, comedores vorazes de celulose e de hábitos noturnos, estão causando bilhões de dólares em prejuízos em todo o mundo. Uma espécie conhecida como Coptotermes formosanus (aparentemente nativa da ilha de Taiwan — também conhecida como Formosa) foi introduzida acidentalmente no sul dos EUA pelo porto de Nova Orleans e praticamente devorou partes da Louisiana e está agora avançando rumo ao norte, em busca de mais madeira para comer! Essa espécie em particular é virtualmente impossível de controlar com os pesticidas aprovados pela EPA (Agência de Proteção Ambiental) e isso tem feito com que muitas empresas de dedetização incluam em seus contratos de serviços uma cláusula isentando-se de cobrir os danos causados especificamente por esse inseto.

Esse cupim não tolera a luz e realiza suas ações insidiosas em total escuridão. Se os operários comerem até o exterior da madeira e a luz penetrar, eles cobrem o buraco com resíduos trazidos do ninho no solo. Eles também constroem túneis nos pilares de fundação e no madeiramento das construções para que possam ir e vir na escuridão. Isso freqüentemente resulta em danos que passam totalmente despercebidos até que o peso da estrutura de madeira faça as vigas ocas desabarem. A exceção é quando os túneis são encontrados inspecionando-se a fundação da construção ou avaliando-se o madeiramento com uma ferramenta afiada, similar a um picador de gelo, para evitar um dano excessivo.

Essa ação altamente destrutiva que passa despercebida me faz lembrar das táticas do Diabo no que se refere aos cristãos. Na Bíblia, as obras do Diabo são freqüentemente referidas como trevas e em contraste com a luz do Senhor Jesus Cristo. Encontramos esse tema expresso nos seguintes versos das Escrituras:

"Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, conta os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais." [Efésios 6:11-12].

"Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? ou que comunhão tem a luz com as trevas?" [2 Coríntios 6:14].

"E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas. Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos nas trevas, mentimos, e não praticamos a verdade." [1 João 1:5-6].

Portanto, com essas passagens em mente, queremos indicar outra que em nossa opinião está sendo ignorada por quase todos os pastores e instrutores da Bíblia hoje:

"E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as." [Efésios 5:11, ênfase adicionada].

O que "condenar" significa nesse verso em particular? Segundo o W. E. Vine's Expository Dictionary of New Testament Words, a palavra grega elencho, traduzida como "condenar", significa: "culpar, repreender, reprovar, está traduzida como repreender em Lucas 3:19, e como reprovar em João 3:20, R. V. marg. 'culpado'; o verdadeiro significado aqui é 'exposto' (A. V. marg. "descoberto"); Efésios 5:11-13, onde expor é novamente o significado..." (página 283, ênfase adicionada).

A Strongest Strong's Exhaustive Concordance of the Bible (copyright 2001) diz que a palavra grega elencho significa: "expor, repreender, refutar, mostrar falhas, convencer, culpar" (página 1495, número 1651, ênfase adicionada).

Nossa intenção ao enfatizar essa definição em particular é por que a descrição do trabalho do pastor, encontrada em 2 Timóteo 4:1-2, diz:

"Conjuro-te, pois, diante de Deus, e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino. Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda longanimidade e doutrina." [ênfase adicionada].

Outra versão aqui diz "admoestes", em lugar de "repreendas". A definição do Novo Dicionário Aurélio para admoestar é "repreender com brandura, aconselhar, advertir de falta, censurar", mas acredito que o Espírito Santo nos mostra no verso acima [2 Timóteo 4:2] que a palavra "admoestar" (traduzida do grego elencho) tem principalmente o objetivo de dar o significado de "expor" (segundo a explicação de W. E. Vine), porque "repreender" (do grego epitimao — onde o significado inquestionável é censurar ou repreender) é exatamente a palavra seguinte no texto. Insistir em qualquer uma das demais definições aceitáveis para elencho seria, nesse caso, essencialmente redundante com a definição de epitimao. Acreditamos que a definição geralmente aceita de "repreender" para elencho contribuiu para um falta de ênfase generalizada por parte dos pregadores acerca das "obras infrutuosas das trevas".

Efésios 5:11 fala da responsabilidade individual do crente de expor por meio do contraste de sua vida, mas o verso dirigido aos pastores em 2 Timóteo diz apenas para expor — ponto final! Quando os cupins são expostos, a necessidade de um remédio torna-se evidente, e o mesmo é verdadeiro com a agenda oculta do Diabo. Mas, por um período de muitos anos, os pregadores têm ignorado cada vez mais sua responsabilidade de manter uma boa "inteligência" sobre o inimigo — para usar o termo militar — de modo a tentar saber, tanto quanto possível, acerca de seu planejamento geral e do que está fazendo no presente. Eles ocasionalmente pregam sobre os perigos da interferência satânica na vida cotidiana e comentam, em termos gerais e amplos, a respeito da existência dos poderes das trevas, mas a realidade é que a maioria esmagadora sabe muito pouco (se é que sabe) sobre o ocultismo. Pergunte-lhes sobre o atual "burburinho" entre a multidão seguidora da Nova Era e eles não terão idéia do que você está falando. E o fato lamentável leva à seguinte indagação lógica: como os pregadores podem esperar que seus rebanhos sejam soldados eficientes da cruz, quando eles mesmos não sabem como reconhecer o inimigo, muito menos suas táticas? Eles obviamente não podem afirmar sinceramente com o apóstolo Paulo:

"... para que não sejamos vencidos por Satanás; porque não ignoramos os seus ardis." [2 Coríntios 2:11, ênfase adicionada].

A ignorância quanto ao "lado das trevas" é generalizada entre os pastores e, por causa disso, os cupins demoníacos continuam a corroer a estrutura da cristandade. É uma tragédia de proporções cósmicas — mas aparentemente inevitável — que o dano não será sanado antes de as paredes ruírem com o próprio peso. A apostasia ("o afastamento") de 2 Tessalonicenses 2:3 está no horizonte e as razões para as vigas ocas são óbvias para poucos porque a maioria não reconhece os resíduos colocados pelo demônio, que impedem a passagem da luz.

Em nossa opinião, um conhecimento abrangente do ocultismo é mais importante do que muitos dos assuntos ensinados atualmente nos seminários e deveria ser enfatizado para aqueles que estão prestes a entrar no ministério. Ninguém pode compreender os princípios malignos que estão por trás de diversas seitas sem essas informações. Os missionários em muitas partes do mundo enfrentam a opressão demoníaca diariamente e a maioria dos novatos está tipicamente mal-equipada para lidar com isso. Os poucos que conseguem permanecer no campo têm de aprender da pior forma e, freqüentemente, sofrem dificuldades desnecessárias devido à ignorância. A natureza do embate é definida pelo apóstolo Paulo na epístola aos Efésios:

"Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, conta os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais." [Efésios 6:11-12].

Ensinar os soldados cristãos a evitar o pecado sem lhes dar uma compreensão suficiente das táticas do inimigo é como enviar tropas à batalha sem qualquer conhecimento prévio sobre minas terrestres, emboscadas ou outros truques sujos usados para mutilar e matar os desatentos. Para nós, tentar andar por vista em meio às trevas deste mundo é estar desatento à presença de uma força inimiga vastamente superior e um passo certo rumo ao desastre espiritual. No entanto, se estivermos cuidadosamente equipados para reconhecer o perigo e formos hábeis para manejar a mais poderosa arma já entregue à humanidade — a Palavra de Deus -, poderemos ser vitoriosos e não vítimas.

O povo de Deus continua a estar sob o ataque de inimigos invisíveis, mas a presença deles na sociedade que nos cerca é inconfundível quando olhamos para os "túneis de sujeira" e os procuramos com o afiado instrumento da Palavra de Deus. Mas onde devemos começar nossa busca? Minha sugestão é que a resposta pode ser encontrada no seguinte verso:

"Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e, se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus?" [1 Pedro 4:17].

O julgamento de Deus sobre os pecados dos Seus filhos é similar ao de um pai amoroso e, conforme aprendemos em Hebreus 12:6, Ele castiga a todos a quem recebe por filhos. A casa de Deus está sendo enfraquecida por "cupins" demoníacos que trabalham em nosso meio e devemos nos esforçar para minimizar o castigo expondo-os e consertando o estrago. Mas, ao mesmo tempo, devemos ter em mente que isso resultará inevitavelmente em perseguição por parte dos incrédulos. Viver verdadeiramente por Jesus Cristo e tomar nossa cruz a cada dia custará caro e creio que esse fato desempenha um papel fundamental na falta de uma pregação clara sobre o assunto que está diante de nós. É uma coisa relativamente simples para os pastores enfatizar a evangelização dos perdidos e a "construção de igrejas", mas é uma coisa completamente diferente "redargüir, repreender e exortar com toda longanimidade e doutrina". Expor as obras infrutuosas das trevas requer um grau de conhecimento que somente é alcançado por meio de um estudo persistente e de atenção ao que está acontecendo à nossa volta. Os generais ignorantes são, em última análise, os responsáveis pelas mortes daqueles que seguem suas ordens e os pastores que se recusam a encarar esse assunto terão de prestar contas ao Senhor.

Vivemos em dias verdadeiramente difíceis porque é óbvio que a maioria dos cristãos professos não consegue perceber a apostasia daqueles que posam como grandes líderes da fé. "Anjos de luz" estão abocanhando bilhões de reais e vivendo à tripa forra devido à cegueira espiritual das massas. As nações do mundo estão seguindo uma agenda ocultista — análoga ao nosso exemplo dos túneis dos cupins — que permanece escondida simplesmente por que os pregadores estão preocupados demais para olharem para si mesmos ou ouvirem os poucos que tentam chamar sua atenção. Os detalhes desse plano elaborado foram expostos à luz do dia muitos anos atrás e agora estão sendo discutidos abertamente por aqueles que seguem o caminho obscuro do gnosticismo ocultista. Entretanto, somente aqueles que se esforçam para inspecionar "as obras infrutuosas das trevas" reconhecerão o dano que está sendo causado e tomarão atitudes para expô-lo.

A Palavra de Deus é clara ao nos ensinar que esse plano sinistro terá êxito por um tempo limitado — porque Deus permitirá isso — mas não é da Sua vontade que sejamos enganados e façamos parte desse sucesso! Portanto, exortamos o povo de Deus (e especialmente os pastores) a sobrepujar a tendência natural nesse caso de duvidar daquilo que parece ser ridículo. Sabemos que há uma resistência generalizada entre os irmãos no que se refere às "teorias da conspiração" e muita desinformação tem sido propagada, mas devemos insistir que o Espírito Santo revelará a verdade quando abordarmos o assunto com oração e um desejo sincero de compreender. Nossa intenção não é tentar reagrupar as tropas numa ação visível contra as forças do mal, porque essa batalha pertence ao reino espiritual — não ao físico. Destarte, as seguintes palavras do Senhor devem fazer mais sentido para nós:

"Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas." [Mateus 10:16].

Para preservar a vida no meio de lobos devemos exercitar a sabedoria, evitando as confrontações desnecessárias. O mandado de Deus para nós não é para nos opormos ao mal por meios físicos ("...não resistais ao mal..." — Mateus 5:39), mas para estarmos atentos ao que ele envolve, evitá-lo em nossas vidas e ensinarmos os outros cristãos a fazerem o mesmo. A ilustração específica aqui de sermos "prudentes como as serpentes" tem uma conotação que apenas aqueles que estão familiarizados com o ocultismo podem reconhecer. A sabedoria ocultista ou oculta — o gnosticismo — é central para os dogmas do lado das trevas e é universalmente expressa por meio do símbolo de Satanás — a serpente. Portanto, essa é uma exortação do Senhor aos seus discípulos para que eles sejam tão prudentes quanto os lobos! E isso é patentemente impossível se insistirmos em permanecer ignorantes quanto ao que o inimigo acredita e pratica. Estar avisado de antemão é estar preparado. A enganação está descendo sobre a humanidade como uma névoa espessa e apenas aqueles que conhecem a verdade serão capazes de evitá-la.


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Esperamos que este ministério seja uma bênção em sua vida. Nosso propósito é educar e advertir as pessoas, para que vejam a vindoura Nova Ordem Mundial, o Reino do Anticristo, nas notícias do dia-a-dia.

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Que Deus o abençoe.

Autor: Pr. Ron Riffe
Tradução: Eduardo Perez Neto
Data da publicação: 14/10/2003
Patrocinado por: R. A. — Serrinha BA
Revisão: http://www.TextoExato.com
A Espada do Espírito: https://www.espada.eti.br/p204.asp