Neithercorp Press, 7/12/2010.
Antigamente, dizia-se que a economia americana era como um trem de carga: invencível. Após o início da crise dos derivativos e das hipotecas em 2007-2008, disseram que o problema era um mero tropeço na história financeira do país; nada muito preocupante. Em 2009, disseram que a recessão tinha acabado e que os primeiros sinais da recuperação já estavam aparecendo. Mais tarde, disseram que o país estava "dobrando a esquina", seja lá o que isto signifique. Em 2010, disseram que era hora de todos se acostumarem com a "nova normalidade", o que, logicamente, ainda precisa ser definida de forma mais clara. Agora, na entrada de 2011, o ano em que muitos economistas do Sistema originalmente afirmaram que traria uma era brilhante para o nível de emprego e para as finanças nos EUA, está se tornando claro para a grande maioria das pessoas que elas estão sendo deliberadamente conduzidas como uma boiada, com palavras vazias e falsas promessas para um futuro incerto e muito perigoso.
A população descobriu que não existe uma "nova normalidade". A palavra "normalidade" indica certa consistência, um conjunto de regras para o sistema que são compreendidas por todos, porém não temos visto nada consistente, exceto a contínua deterioração da estrutura fiscal e o fim de tudo que remotamente se assemelhe a uma estabilidade.
Sinto muita empatia e talvez até um pouco de remorso por aqueles que acreditaram cegamente nas bobagens da mídia de massa nos últimos anos. Não posso imaginar estar tão perdido e ser deixado profundamente desapontado de forma regular. A única coisa boa que saiu desse amontoado de falsas esperanças é que muitos começarem a questionar o que realmente está acontecendo. Por que as coisas somente se tornam piores a cada dia? E todas as leis e os estímulos criados pelo governo? Quando finalmente produzirão os efeitos que nos foram prometidos? Na verdade, quais são os benefícios de QUALQUER ação tomada até aqui pelo governo ou pelo banco central privado chamado Sistema da Reserva Federal?
Vejamos as condições financeiras em todo o mundo e dentro dos EUA e, talvez, possamos chegar a uma verdadeira compreensão da situação que está diante de nós e encontrar respostas para algumas dessas questões.
Europa: A Mesma Instabilidade Americana, Mas com um Sotaque Diferente
Quantas vezes em meados deste ano ouvimos falar sobre o socorro financeiro que "salvou" a União Europeia? Quase tanto quanto ouvimos sobre os socorros que salvaram a América.
No segundo trimestre de 2010, a grande mídia advertiu sobre a completa desintegração da UE. Após o socorro financeiro dado à Grécia, tudo subitamente ficou bem. A virada em 180 graus da retórica foi suficiente para me dar um torcicolo. Estou agora curioso para saber para onde foram todo aquele entusiasmo e a adoração dados aos títulos europeus e para o euro. Quando adverti que nada tinha mudado na UE, exceto a cobertura que a mídia estava dando para o problema, era a isto que eu estava me referindo.
Como indicamos nos dois últimos anos, os problemas com o calote da dívida na UE não vão desaparecer por um bom tempo. A Grécia, por exemplo, está agora sob análise para mais uma redução na avaliação de risco da agência S&P:
http://www.bloomberg.com/news/2010-12-03/greece-s-credit-rating-may-be-cut-by-s-p-as-eu-rules-threaten-bondholders.htmlToda a exuberância com o socorro financeiro do FMI e da UE para a Grécia em meados de 2010 não deu em nada, pois o país continua a cambalear sem que se possa ver um fim para o problema da sua dívida. O socorro financeiro não ajudou em nada (porque nunca ajuda mesmo). A lição na Grécia aparentemente não serviu para impressionar os comentaristas da grande mídia e os investidores internacionais, que agora aplaudem um socorro financeiro similar para a Irlanda, e que provavelmente aplaudirão também os socorros para Portugal, Espanha e Itália, uma vez que se tornar evidente para o público que cada um desses países está igualmente em uma situação financeira delicada.
As operações conhecidas como Credit Default Swaps (NT: Um instrumento financeiro contratado para que o comprador de títulos receba proteção de crédito, enquanto que o vendedor garanta a confiabilidade daquele produto. O risco de inadimplência é transferido do possuidor do título para o vendedor.) para Portugal e Espanha subiram para níveis recordes à medida que a situação de suas dívidas, que tinha sido ignorada pela grande mídia até o mês passado, começa a se revelar lentamente:
http://www.bloomberg.com/news/2010-11-29/corporate-bond-risk-falls-in-europe-credit-default-swaps-show.htmlIsto significa que o custo dos seguros contra o calote nos títulos da dívida portuguesa e espanhola está se tornando inaceitável. Como uma dupla de motoristas já condenados por dirigirem embriagados recentemente, o risco de oferecer um seguro para eles é tremendo. A probabilidade de eles se envolverem em outro acidente é simplesmente alta demais.
Os encargos do refinanciamento para os bancos italianos também estão explodindo devido à dívida insustentável do governo, o que significa dizer que uma grande crise de crédito está pairando no horizonte para os italianos (poderá isto ser o sinal de um futuro feriado bancário?):
http://www.bloomberg.com/news/2010-12-02/italian-banks-refinancing-costs-soar-on-contagion-concern-nation-s-debts.htmlA resposta da Irlanda e todos os outros países europeus a este desastre será, obviamente, a implementação de medidas de austeridade de modo a conseguir pagar o FMI e os demais credores. A Irlanda já anunciou um possível corte em todas as despesas gerais do governo e uma elevação simultânea dos impostos, um duplo e duro golpe para os cidadãos irlandeses, que agora perderão muitos programas assistenciais do governo e ao mesmo tempo terão sua renda diminuída com a elevação da carga tributária:
http://www.bloomberg.com/news/2010-11-24/ireland-plans-to-reduce-spending-20-raise-taxes-as-rescue-talks-climax.htmlOs países que contraem dívidas junto ao FMI raramente conseguem melhorar suas situações o suficiente para pagar suas obrigações, e isto não é acidente. Os banqueiros internacionais não têm a intenção de soltar os países da UE de suas garras. O ciclo da dívida precisa continuar para sempre...
A crise da dívida na Europa está culminando em uma tremenda desestabilização do mercado de trabalho, o que é algo sobre o que raramente ouvimos falar em termos de Europa. Os países da zona do euro estão com um taxa "oficial" de desemprego recorde de 10,1% (duplique isto para saber qual é a taxa REAL):
http://english.peopledaily.com.cn/90001/90777/90853/7216710.htmlConclusão: Logo abaixo da superfície, a Europa está em uma desordem, o euro está em um perigo quase tão grande quanto o dólar americano, e esse acontecimento chegará a um clímax em bem pouco tempo. A UE já está se preparando para estabelecer o "Mecanismo de Estabilidade Europeia", que efetivamente separará os países mais sólidos e centrais, como a Alemanha e a França, dos "periféricos", como Grécia e Portugal.
http://news.yahoo.com/s/ap/20101203/ap_on_bi_ge/eu_europe_debt_rulesAs nações mais responsáveis sob o aspecto fiscal, como a Alemanha, não precisarão mais pagar as contas para os membros da UE que mostrarem sinais de inadimplência no pagamento de suas dívidas. Na verdade, Alemanha já está se recusando a aumentar sua participação nos fundos para os socorros financeiros da UE:
http://www.bloomberg.com/news/2010-12-06/eu-officials-debate-larger-bailout-fund-to-stem-sovereign-crisis-contagion.htmlIsto é algo sobre o que falamos com grande preocupação no início de 2010: os países europeus mais ricos estão vinculando suas economias com a China e deixando o restante do Ocidente se deteriorar. Por um lado, parece prático que países soberanos se protejam e se recusem a pagar pelos erros dos outros. Entretanto, o ponto principal de tudo isto está sendo ignorado pela grande mídia, que é o fato que a UE nunca deveria ter sido formada. Até aqui, ela não resultou em coisa alguma, somente em calamidade para a maioria dos países participantes. Certamente, o FMI virá para recolher os cacos e "salvar" a união que nunca foi desejada ou necessária, após a população estar suficientemente desesperada.
O que isto mostra é que praticamente todas as crises que estão confrontando os EUA diariamente também estão atingindo a Europa; porém há muito menos discussão sobre o desastre europeu por parte dos analistas econômicos. Independente das afirmações da mídia dominante, a Europa como a conhecemos está prestes a mudar drasticamente. Nos EUA a metamorfose poderá ser até mais chocante.
A Recessão que Comeu a América Pelas Beiradas!
O relatório sobre o nível de emprego publicado pelo Departamento do Trabalho na semana passada sublinhou a amplitude do colapso no país. Os economistas do Sistema estavam anunciando o período do Natal como um ponto de virada (mais uma vez) na economia dos EUA, para os empregos e para as vendas. As predições para a criação de empregos iam de 150 a 400 mil novos postos de trabalho. Tradicionalmente, eles estariam corretos em esperar esse aumento súbito no nível de emprego, mas não estamos mais vivendo em tempos típicos. O relatório revelou somente 39 mil novas contratações, porém tendo em vista que os números do Departamento de Emprego geralmente são manipulados, podemos seguramente sugerir que quase nenhum emprego novo foi criado. Tudo isto no meio do período de festas, quando as contratações temporárias normalmente aumentam:
http://money.cnn.com/2010/12/03/news/economy/november_jobs_report/index.htmAgora, alguns analistas estão começando a sugerir que os EUA estão "retornando" à recessão. O problema é que para entrar em uma segunda recessão, o país teria antes de sair da primeira:
http://www.reuters.com/article/idUSTRE6B52NK20101206Quer você acredite ou não que os EUA estão enfrentando uma dupla imersão na recessão, ou que estão presos em uma longa espiral de morte na economia, é necessário fazer a seguinte pergunta: para onde foi todo o dinheiro dos socorros financeiros que deveria ter impedido isto de acontecer? Recentemente, vimos uma pequena parte do balanço da Reserva Federal referente ao programa de estímulo da economia. Os poucos dados que foram revelados para o público não trouxeram muito conforto.
Se você pensou que os pacotes de estímulo do Fed entrariam na economia norte-americana, estava grandemente enganado. Os maiores beneficiados com os dólares do socorro financeiro da Reserva Federal (pagos com o dinheiro dos impostos dos cidadãos) foram os BANCOS ESTRANGEIROS. É isto mesmo, as injeções de liquidez que colocaram a saúde do dólar em risco e iniciaram uma crescente guerra cambial e comercial em todo o mundo não entraram na economia do país! Bancos estrangeiros, como o UBS e o Barclays, receberam a maior porção dos 3,3 trilhões de dólares em estímulo de emergência que estavam delineados na documentação que o Fed foi forçado a liberar devido a uma ação judicial:
http://www.bloomberg.com/news/2010-12-02/federal-reserve-may-be-central-bank-of-the-world-after-ubs-barclays-aid.htmlLembre-se que esses 3,3 trilhões de dólares são apenas aquilo que o Fed admite abertamente. A superfície da contabilidade e dos segredos do Fed mal começou a ser arranhada. Um fator nas injeções de estímulos que frequentemente fica sob o radar é o empréstimo de curto prazo (chamado de overnight). Foi revelado que o Fed criou pelo menos 9 trilhões de dólares que foram então injetados nos principais bancos ao longo dos dois últimos anos. Somente o Merrill Lynch abocanhou 2,1 trilhões:
http://money.cnn.com/2010/12/01/news/economy/fed_reserve_data_release/index.htm?source=ftIsto nos traz para outra questão importante: se os grandes bancos receberam secretamente tanto capital, por que não estão emprestando para o público? Talvez por que eles ainda estejam insolventes, mesmo após toda a injeção de liquidez do Fed! Atualmente, os principais bancos dos EUA ainda precisam de 100 a 150 bilhões de dólares para se enquadrarem nas regras do Acordo de Basileia 3 (novamente, esta é apenas a quantia declarada e que eles admitem).
http://www.reuters.com/article/idUSTRE6AL0A220101122Esta quantidade de retenção de capital sugere uma crise "deflacionária', mas em vez disso, até aqui temos visto a queda do dólar e uma elevação nos preços da maioria dos produtos e commodities. O ouro está pairando perto de US$ 1420 a onça-troy (NT: Uma unidade que equivale a aproximadamente 31 gramas) no momento em que escrevo isto. A prata rompeu o limite de US$ 30 a onça. O petróleo está se aproximando dos US$ 90 o barril, e a gasolina está firmemente entrincheirada acima de US$ 3 o galão, muito perto de onde predissemos em meados do ano. Outros produtos básicos estão tendo aumentos súbitos muito depressa.
O ponto de discussão mais recente e incorreto usado pela grande mídia para explicar os aumentos de preços é que eles são resultado da "demanda" por parte de países em desenvolvimento acelerado, como a China. A seguir estão um par de exemplos, incluindo um artigo que atribui à demanda da China a culpa pelo aumento no preço do algodão e atribui os preços crescentes do petróleo à "recuperação econômica", o que é uma bobagem intolerável de se ouvir na mídia:
http://www.bloomberg.com/news/2010-12-02/cotton-soars-as-growers-can-t-ship-fast-enough-to-meet-chinese-demand.html http://www.reuters.com/article/idUSLDE6AA0XV20101206Qualquer coisa para evitar a palavra "inflação" e, mais especialmente, a palavra "hiperinflação". O problema com o argumento da demanda é que, embora exista uma crescente necessidade de materiais em países como a China, esta certamente não é a força-motriz que está por trás da explosão dos preços. Um modo de avaliar isto é examinar o BDI (Baltic Dry Index).
O BDI mede o custo do frete marítimo das matérias primas, bem como a quantidade de produtos que está sendo transportada. Ele é um dos poucos indicadores econômicos que não pode ser manipulado pelos bancos internacionais e pelos governos. Uma queda drástica no BDI mostra um agudo declínio na demanda por frete marítimo global e, portanto, revela um retração da economia em geral. Isto é exatamente o que ocorreu no início da crise de crédito em 2007-2008. Entretanto, o BDI também pode ser mensurado em comparação com os valores das ações e das commodities. Sob condições normais de oferta e procura, se o BDI cair, então o valor da maioria das ações e dos produtos também deve cair. Isto não foi o caso, como os gráficos seguintes ilustram.
BDI x S&P 500:BDI x CRB Index:BDI x Petróleo Bruto:BDI x Ouro:BDI x Cobre:BDI x Soja:Agora, houve pequenos desvios no passado entre as ações e commodities versus o BDI, mas normalmente é o BDI que lidera o desvio e não as commodities. Como mostra o ano final de cada gráfico, houve um desacoplamento significativo do preço das ações e produtos quando comparados com a quantidade de remessa desses produtos. Explicando de forma bem simples, a demanda está baixa em todo o mundo, porém os preços continuam a subir às alturas e em um ritmo inacreditável. Isto sugere para mim que estamos vendo o início da hiperinflação, principalmente nos EUA, e de modo algum uma recuperação.
O principal responsável por criar essa inflação é, como você provavelmente presumiu, o Sistema da Reserva Federal. Considerando-se que grande parte do dinheiro fiduciário, criado a partir do nada, que o Fed distribuiu foi para entidades no exterior, os efeitos não foram vistos de forma tão pronunciada nos EUA como teriam sido vistos se todo aquele dinheiro tivesse ficado no mercado doméstico americano. Entretanto, isto não impediu a desvalorização do próprio dólar, que é a verdadeira causa da inflação além da quantidade de dinheiro em circulação.
Os bancos centrais dos outros países também estão perfeitamente cientes que o dólar tem pouco tempo de vida, antes de desaparecer na história. Os leilões dos títulos do Tesouro estão produzindo resultados desanimadores, exceto para os títulos de curto prazo, e o Fed está rapidamente se tornando o ÚNICO comprador da dívida pública americana:
http://www.zerohedge.com/article/weak-29-billion-7-year-auction-prices-225-bid-cover-dropsAlém disso, a grande notícia do ano e que quase nenhum canal da grande mídia abordou com profundidade: a China e a Rússia anunciaram que deixarão de usar o dólar no comércio uma com a outra:
http://english.peopledaily.com.cn/90001/90778/90859/7208907.html"Wen disse que o governo de Pequim está disposto a aumentar a cooperação com Moscou no Nordeste Asiático, na Ásia Central e na região do Pacífico Asiático, bem como nas principais organizações e em mecanismos internacionais na busca por uma 'nova ordem mais justa e racional' na política e na economia internacionais."
"Sun Zhuangzhi, um pesquisador-sênior em estudos sobre a Ásia Central na Academia Chinesa de Ciências Sociais, disse que o novo modo de efetuar os pagamentos no comércio entre a China e a Rússia segue uma tendência global após a crise financeira ter exposto as falhas de um sistema financeiro mundial dominado pelo dólar."
Os céticos e as campanhas de desinformação provavelmente dirão que a Rússia dificilmente está entre os dez parceiros comerciais mais importantes da China e que o anúncio não é uma ameaça ao status do dólar como moeda de reserva mundial. O que eles deixarão de dizer é que a China e a Rússia têm influência política internacional muito além das decisões de comércio. Quanto tempo vai demorar para que as outras nações do BRIC, a Índia e o Brasil, sigam o exemplo e deixem de usar o dólar no comércio com a China? Quanto tempo até que os países europeus, ou até mesmo os países produtores de petróleo da OPEP adotem a tendência? O que estamos vendo hoje é o passo mediano antes do colapso final da moeda americana e quando os livros de história forem escritos, provavelmente será este período que será destacado como o ponto de gatilho para o evento.
Prepare-se Para as Armas de Distração das Massas
Como escrevemos muitas vezes e qualificamos em grande detalhe com páginas e páginas de evidências de suporte, o estado de fadiga da economia não é acidente. A implosão financeira é ela mesma uma distração das políticas de centralização dos cartéis empresariais por meio de organizações como o FMI e a Reserva Federal. Entretanto, à medida que o colapso avançar (e acho que mostramos sucintamente que ele irá avançar), as massas eventualmente procurarão por um antagonista nesta história. As elites não terão outra escolha senão a de inventar vilões, ou desviar a atenção para longe de si mesmas e de suas políticas prejudiciais. Além disso, o número de pessoas que compreende a natureza criminosa dos bancos centrais está crescendo e se tornando ameaçador para a continuidade dessas políticas.
O Movimento da Liberdade atingiu um ponto de massa crítica. A mídia alternativa está superando todas as empresas de notícias. Nossa luta por transparência nas informações está alcançando o mundo inteiro. O número de membros no movimento está crescendo além do que muitos de nós imaginavam que seria possível. Projetos como a campanha "Compre Prata Leve o J. P. Morgan ao Colapso" se tornaram efetivamente virais, sendo divulgados de uma pessoa para a outra. Ideias como a compra de metais preciosos físicos para enfrentar as manipulações da bolsa COMEX e as práticas de "venda a descoberto" dos grandes bancos já são conhecidas há muito tempo, mas nos dois últimos anos, finalmente obtivemos a base de apoio e a influência cultural para torná-las uma realidade com o alcance fantástico obtido na mídia por homens como Max Keiser, Alex Jones, e sites como ZeroHedge.com e muitos outros.
Quanto mais proeminente nosso movimento se tornar, mas perigosos seremos para os bancos globais, e mais provavelmente veremos a encenação de eventos planejados destinados a cobrir o campo de batalha com névoa e confundir o público. O objetivo dos globalistas será fabricar ameaças que pareçam ser mais imediatas ou mais ameaçadoras que os esquemas de tomada do poder das próprias elites. Imagine que você tenha câncer, mas então seja confrontado com uma granada ativada que foi lançada sobre o seu colo. Que problema receberá sua atenção imediata: o câncer ou a granada? O dilema é que ambos eventualmente terminam do mesmo modo. É assim que os elitistas operam: negando ao povo a chance de lidar com a ameaça de longo prazo, distraindo-o com catástrofes de curto prazo.
Um novo "Golfo de Tonkin", desta vez nas praias da Coreia do Norte, o lançamento de um vírus de computador nas redes de negociação do mercado financeiro em Nova York, outra tentativa de ataque terrorista, ou um ataque terrorista bem-sucedido com atores altamente questionáveis e resultados suspeitos, ou talvez o despejo dos títulos do Tesouro dos EUA por parte da China, resultando em uma guerra comercial, ou até mesmo uma guerra real. Não podemos dizer de onde virão os próximos golpes, mas sabemos que eles virão em nossa direção. O estado da economia e da opinião pública está alcançando um momento de decisão e algo vai acontecer. Os bancos globais farão qualquer coisa para garantir que não estejam na mira daquelas pessoas que serão forçadas a sofrer, mesmo que isso signifique lançar inúmeros inocentes no caminho das balas (figurativamente ou não).
Em conclusão, para compreender plenamente os eventos que estão ocorrendo, e que estão prestes a ocorrer em nosso ambiente econômico e cultural, temos de enfocar a fonte de ignição. Se houver um incêndio em sua casa, você acusará a casa por ter queimado? Responsabilizará o fogo? Ou acusará as pessoas que iniciaram o incêndio? Tenho a impressão que os próximos meses serão cruciais nesta questão e como será o amanhã é algo que depende grandemente de nossa capacidade de acorrentar os incendiários financeiros influentes e nunca mais soltá-los.
Autor: Brandon Smith (Giordano Bruno), artigo original em http://neithercorp.us
Data da publicação: 8/1/2011
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