Acautele-se da Possibilidade de Aparecer um Falso Anticristo e Ocorrer um Falso Arrebatamento

Autor: Jeremy James, Irlanda, 10/7/2014.

Alguém disse certa vez que o Apocalipse é um livro altamente incomum, no sentido que diz ao Maligno, com grande antecipação, exatamente quais passos o Senhor dará para lidar com ele no fim dos tempos. Reflita sobre isto por um momento. Isto é como um enxadrista afirmar que se uma determinada posição aparecer durante a partida de xadrez, ele fará este e aquele outro movimento e, se o oponente responder de determinado modo, então ele seguirá com outro movimento especificado.

O Maligno está determinado a ser vitorioso e organizou seu vasto exército para este fim. Pode, então, parecer extraordinário que ele possa também saber de antemão como o Senhor agirá sob certas circunstâncias.

É uma evidência do grande amor de Deus pela humanidade que Ele nos deu as informações contidas no livro do Apocalipse. É também um sinal de Sua absoluta soberania, pois, permitindo a Satanás todas as oportunidades para preparar sua estratégia com muita antecipação e mobilizar suas forças de forma a obter o melhor efeito, ao Senhor está mostrando para todos — homens e anjos — que, mesmo com tantos fatores a seu favor, o Maligno ainda é impotente diante do Todo-Poderoso.

Perguntas Que os Auto-Intitulados "Especialistas em Profecias" Não Estão Fazendo

O circuito de conferências de profecias bíblicas está hoje muito ativo, com vários encontros sendo realizados anualmente em todo o país. Se eles fossem realizados em total acordo com os princípios da exegese sólida, seriam muito bem-vindos. Entretanto, julgando pelos conferencistas que aparecem repetidamente nesses eventos, os tópicos selecionados para discussão e o gosto pronunciado por conjeturas fabulosas e especulação irracional, não há dúvida que muitos desses eventos são criados de forma deliberada para condicionar os cristãos a aceitarem um cenário de fim dos tempos que realmente facilitará o trabalho do Maligno.

Essas conferências também servem para desviar a discussão das questões que deveriam ser tratadas. Há uma questão, em particular, que parece ser completamente ignorada; todavia, dado o modo como o Maligno trabalha, é uma pergunta que todos os fiéis deveriam fazer: O Maligno apresentará um Falso Anticristo, de modo a preparar o caminho para o verdadeiro Anticristo? Em caso afirmativo — uma segunda pergunta — ele também tentará criar um Falso Arrebatamento?

Uma Advertência Muito Específica de Cristo

À primeira vista, isto pode parecer como um exercício de semântica, mas é induzido pelas graves advertências que Cristo nos deu no Novo Testamento, em particular a declaração que Ele retornará quando o mundo menos o esperar:

"Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor." [Mateus 24:42]

"Portanto, estai vós também apercebidos; porque virá o Filho do homem à hora que não imaginais." [Lucas 12:40].

A interpretação tradicional desses versos está centrada principalmente no momento do retorno do Senhor, quando isto é avaliado em referência às condições globais prevalecentes. Esta é, claro, uma avenida perfeitamente sólida de inquirição, mas há outro aspecto mais profundo nisso. Que condição específica precisaria ser alcançada para a humanidade, em sua ampla maioria, acreditar que o Senhor não retornará? Simples — se as massas forem convencidas que ele já está aqui.

Considere novamente aquilo que Cristo disse em Lucas 12:40: "... porque virá o Filho do homem à hora que não imaginais". A exegese tradicional está centralizada na palavra "hora" — o momento do Seu retorno — mas se alternarmos nossa atenção para a palavra "não", vemos que Cristo está nos advertindo que chegará um tempo quando os homens não esperarão Seu retorno.

A hora não é a questão aqui, por que o retorno Dele não é esperado. Existem somente dois modos como esta situação poderia aparecer: (1) se a humanidade tivesse abandonado completamente a Bíblia e não tivesse familiaridade alguma com a profecia bíblica, ou (2) se a humanidade acreditasse que ele já tinha retornado e estava vivendo entre ela. A primeira é altamente improvável, o que deixa somente a segunda possibilidade.

Este cenário sugere que o livro do Apocalipse pode realmente representar uma dificuldade para o Maligno. Se o Anticristo irá se encaixar no gabarito bíblico e tomar o lugar de Cristo, então ele também precisa derrotar o "Anticristo". Se ele aparecesse no palco mundial e cumprisse as outras marcas do Anticristo — trazendo paz a um mundo despedaçado pela guerra, realizando uma série de milagres impressionantes, "provando" que descende da linhagem de Davi, e assinando uma aliança de paz de sete anos com Israel — ele ainda deixaria de satisfazer uma proporção significativa da humanidade que ele era o Cristo, a não ser que também derrotasse uma figura tão horrenda, tão bárbara, que o mundo considerasse aquela pessoa como o Anticristo.

O Assim Chamado "Choque de Civilizações"

Assim, como o Maligno provavelmente planejará para esta eventualidade? Ele precisa colocar em uma posição de poder, em algum lugar do mundo, um indivíduo com a capacidade militar para lutar uma guerra brutal contra uma confederação de importantes nações e, ao mesmo tempo, cometer crimes realmente chocantes, de proporções genocidas. A história mostra que esse tipo de figura teria o efeito apocalíptico necessário. Certos ditadores poderosos do passado foram erroneamente considerados como Anticristo, principalmente por causa de seus extraordinários poderes militares, indiferença ao sofrimento humano e total desconsideração pela paz e segurança das nações vizinhas. Napoleão foi visto por muitos cristãos como um candidato crível, como também foram Calígula, Nero, Maomé e Adolf Hitler.

Existem claras indicações que a Elite globalista, que está conspirando secretamente para produzir uma Nova Ordem Mundial, está preparando o ambiente político a partir do qual um falso Anticristo poderá emergir. Isto está baseado na filosofia do "choque das civilizações", que a Elite está promovendo há várias décadas. De acordo com esse paradigma político, as nações islâmicas se unirão gradualmente sob um único líder, ou "califa", e provocarão uma guerra de inacreditável selvageria contra o Ocidente "cristão" A Elite está causando desordens em todo o norte da África e no Oriente Médio desde 2001, de modo a produzir essa aliança pan-islâmica. Os supostamente populares "levantes" em várias nações islâmicas não são nada mais que campanhas paramilitares cuidadosamente planejadas, organizadas e financiadas pelos globalistas. A Al Qaeda é uma criação ocidental. Assim também é o ISIS, o "Estado Islâmico do Iraque e da Síria". Este último até anunciou a formação de um Califado e indicou um califa, um certo Abu Bakr Al-Baghdadi. Esse assim chamado califado, que atualmente existe principalmente nas mentes da liderança do ISIS, poderá tomar uma forma mais tangível e ameaçadora nos próximos anos.

Embora esteja sendo implementado por homens, este plano tem origem demoníaca. Basta ler o Alcorão para ver que Satanás tinha imaginado esse cenário cerca de 1.500 anos atrás. Julgando a partir de seus livros, homens como Zbigniew Brzezinski, Bernard Lewis e Samuel Huntington, juntamente com outros especialistas de planejamento estratégico, permitiram aos globalistas determinar os passos específicos que seriam necessários para produzir esse "choque de civilizações". Como observado em um estudo anterior, um desses passos envolveu entregar o controle político do Irã para o aiatolá Khomeini, por meio do falso golpe de 1979.

Ao seguirem essa estratégia, os globalistas têm de convencer uma proporção significativa da comunidade mundial de cristãos professos que o Anticristo poderia ser islâmico. Esse argumento foi cuidadosamente apresentado em um livro de Walid Shoebat e Joel Richardson, intitulado God's War on Terror: Islam, Prophecy and the Bible (2008). Como a evidência apresentada pelos autores é bem detalhada, apresentamos um resumo do argumento deles em um estudo elaborado em 2010, intitulado "Israel, Islam and the Antichrist: Introduction to the End Time Scenario and Islamic Antichrist Described in God's War on Terror by Walid Shoebat".

Dificuldades com a Teoria de um Anticristo Islâmico

No preâmbulo daquele estudo, escrevemos: "Ao mesmo tempo que este livro é bastante convincente, ele está baseado em um forma peculiar de exegese bíblica e oferece um cenário de fim dos tempos que se encaixa confortavelmente demais com aquilo que os Illuminati estão tentando alcançar no Oriente Médio. Explicações bíblicas mais confiáveis da profecia do fim dos tempos podem ser encontradas em The Footsteps of the Messiah, de Arnold Fruchtenbaum, The Greatness of the Kingdom, de Alva McClain e Understanding End Times Prophecy, de Paul Benware.

Tendo dito isto, incentivamos os cristãos a se familiarizarem com o argumento de um Anticristo islâmico. Se isto não se aplicar ao verdadeiro Anticristo, poderia certamente ser usado para promover o falso Anticristo, se os Illuminati escolherem criar esse tipo de personagem.

Antes de continuar, precisamos perguntar se o verdadeiro Anticristo poderia realmente ser islâmico. É duvidoso se qualquer erudito bíblico neste tempo pode fornecer uma resposta definitiva para esta pergunta. Entretanto, embora não nos propomos a analisá-la em detalhe neste estudo, existem pelo menos três grandes objeções a essa tese:

1. A Casa de Davi

De modo a ser aceito como o Messias pelos elementos apóstatas da nação judaica, o Anticristo precisará convencê-los que ele é um descendente direto da linhagem da Casa de Davi e um judeu por nascimento. É difícil ver como um candidato não-judeu poderia ser aceitável. Os principais reivindicantes (ou vistos como reivindicantes) do passado, como Simon Bar Kokhba, Isaac Luria, Sabbatai Zevi, Jacob Frank e Menachem Schneerson, eram todos de origem judaica. Para os judeus, o Messias precisa ser judaico.

2. O Exército Romano no Ano 70

Atribuindo a responsabilidade pelo saque de Jerusalém no ano 70 a um exército que supostamente era constituído, em sua maior parte, por turcos, sírios e árabes, Shoebat e Richardson argumentam que Roma — a cidade e centro do poder global — foi um ator minoritário naquele ato chocante. A partir disso, eles argumentam que, a partir do ponto de vista da profecia de Daniel — "... e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações." (Daniel 9:26) — que o Anticristo virá do Oriente Médio e não de um Império Romano restaurado. Entretanto, se compararmos escritura com escritura — como precisamos fazer! — a conjetura de Shoebat / Richardson encontra uma grande dificuldade. Em parte alguma na Escritura encontramos o Senhor Deus absolvendo o líder de um grupo que perpetrou um determinado ato da total responsabilidade por aquele ato. Por exemplo, Davi foi responsabilizado totalmente pela morte de Urias, embora seu general Joabe tenha feito os planos necessários e a vítima tenha sido morta por estrangeiros, em um país estrangeiro. Além disso, o Senhor refere-se especificamente ao papel de instrumento de "Nacubodonosor, rei de Babilônia, meu servo", em não menos que três ocasiões (Jeremias 25:9, 27:6 e 43:10), não aos exércitos que perpetraram as conquistas militares relevantes sob o comando dele.

3. O Quarto Império Mundial

De modo a fazer a tese deles se conformar com o gabarito bíblico, os autores Shoebat e Richardson têm de tratar os Impérios Grego e Romano como essencialmente a mesma entidade histórica. Caso contrário, eles não conseguem apresentar o Império Otomano como o quarto império mundial nas profecias de Daniel. Mas, isto é completamente inconsistente com uma compreensão secular da história e com o tratamento bíblico dos impérios como sucessões dinásticas.

O primeiro império na profecia de Daniel, o Babilônio, caiu diante do segundo, o Medo-Persa, em 539 AC, quando Ciro tomou o cidade de Babilônia. A transição entre os dois impérios foi imedita e total. O segundo império mundial terminou de forma quase tão súbita, quando os exércitos de Alexandre dirigiram-se para o leste e conquistaram a Pérsia, na famosa batalha de Gaugamela, em 331 AC.

As profecias de Daniel falam especificamente da divisão do império de Alexandre — o terceiro império mundial — em quatro reinos, representados por um leopardo com quatro cabeças. Esses foram, respectivamente, os reinos dos generais de Alexandre: Cassandro, Lisímaco, Seleuco e Ptolomeu.

O primeiro desses reinos, o de Cassandro, conhecido como Dinastias de Antípatro e Antigônida, chegou ao fim quando Roma derrotou a Macedônia (o norte da Grécia) na batalha de Pidna, em 168 AC. Isto efetivamente quebrou a coluna do terceiro império mundial. A dinastia Atálida, que estava associada com Lisímaco, e governava a metade ocidental da Ásia Menor (a atual Turquia), rendeu seu cetro para Roma em 133 AC. Depois que a dinastia Selêucida foi derrotada por Pompeu, em 63 AC, somente o Egito permaneceu. Algumas décadas mais tarde, em 30 AC, após a derrota de Marco Antônio para Otaviano e a morte de Cleópatra, o Egito foi declarado uma província romana e a dinastia ptolemaica chegou ao fim.

Isto pode parecer como detalhes históricos áridos, mas eles demolem completamente a visão que o Império Romano foi uma simples continuação do Império Grego. Roma quebrou o poder deste último em 168 AC e continuou, ao longo dos próximos 150 anos, aproximadamente, a suplantar tudo o que foi deixado dele. Esta transição foi radical e completa. Um império entrou em colapso e outro, por meio de conquista sistemática, emergiu para tomar seu lugar. Isto significa que Roma foi o quarto império mundial, uma conclusão que se conforma com os fatos da história e com as profecias de Daniel.

À luz dessas dificuldades, por que tantos comentaristas continuam a promover a teoria do Anticristo islâmico? Livros recentes incluem The Islamic Antichrist: The Shocking Truth about the Real Nature of the Beast, de Joel Richardson (2009), Islamic Apocalypse: How Islam Will Fulfill End Time Prophecy, de James Stone (2012), Mideast Beast: The Scriptural Case for an Islamic Antichrist, de Joel Richardson (2012), The Islamic Antichrist, de John Preacher (2013), The Beast and the False Prophet Revealed, de Michael Fortner (2014), Daniel Revisited: Discovering the Four Mideast Signs Leading to the Antichrist, de Mark Davidson (2014), entre outros.

Como um Falso Anticristo de Origem Islâmica Seria Criado?

Agora que estabelecemos que um falso Anticristo é uma possibilidade real, e que esse indivíduo provavelmente será islâmico, precisamos esquematizar uma possível sequência de eventos para ilustrar como esse inteligente estratagema poderia ser efetivado. Lembre-se que isto é somente um modelo teórico e que outros cenários plausíveis também podem ser possíveis. O único propósito aqui é mostrar, da forma mais realista possível, como um falso Anticristo poderia ser usado para facilitar a chegada e aceitação do verdadeiro Anticristo.

Possível Cenário do Fim dos Tempos Que Envolve Tanto um Falso Quanto um Verdadeiro Anticristo

O Califado do ISIS, baseado no ramo sunita do Islã, continua a receber suporte ocidental encoberto, enquanto toma o controle de uma grande parte do Iraque e de partes da Síria. Os globalistas fornecem as armas e o financiamento necessário (como estão fazendo atualmente). A população xiita do Iraque busca o suporte de seu vizinho, o Irã. A Arábia Saudita, ameaçada por um levante xiita dentro de sua própria população e uma possibilidade crescente de expansão iraniana dentro do Iraque e da Síria, alinha-se com o ISIS, desde que lhe seja dado um maior poder de influência em suas operações. Gradualmente, desenvolve-se um grande conflito entre os ramos sunitas e xiitas do Islã. Exatamente quando parece que o conflito irá enfraquecer fatalmente o Islã como um todo, um "homem forte" emerge e convence os líderes xiitas e sunitas a colocarem de lado suas diferenças e aniquilar Israel.

Como evidência de sua aversão ao Cristianismo e ao Judaísmo, o "homem forte" mata todas as populações cristãs professas de três países na região — Armênia, Geórgia e Líbano e depois volta-se contra Grécia, que, após anos de decadência econômica, não consegue repelir o invasor. O "homem forte" — que na realidade é uma marionete globalista — está agora universalmente aceito dentro do mundo islâmico como o califa e como um possível retorno do Mahdi (o messias xiita do fim dos tempos).

A mídia ocidental o retrata como o Anticristo, dado seus objetivos declarados de aniquilar Israel, a população mundial de judeus, e depois todos os cristãos professos, ao mesmo tempo que demonstra um sadismo genocida sem igual na história moderna. (As populações combinadas da Armênia, Geórgia, Grécia e a parte cristã do Líbano atualmente chegam a cerca de 20 milhões.)

O assassinato de tantas pessoas em um período curto de tempo — talvez apenas dois anos — convenceria a maior parte dos ocidentais que o califa é o Anticristo. Uma infinidade de vídeos horríveis exibidos na televisão em toda a Europa e Américas, bem como a retórica repleta de ódio do califa, repetida ad nauseum, fariam todo o mundo cristão unir-se sob um único estandarte, liderado pelo papa, e a orar com lágrimas fervorosas pelo retorno de Cristo. Inúmeros atos terroristas no Ocidente, em nome do Islã e do califa, em conjunção com uma severa depressão econômica mundial, colocaria tanto temor nos corações das massas que elas acreditariam em qualquer coisa que o papa lhes dissesse. Elas poderiam aceitar uma declaração papal que Maria é uma co-redentora e co-salvadora da humanidade, que o papa é o verdadeiro vice-rei de Cristo na Terra, e que qualquer um que ele declarar, por meio de sinais e maravilhas, ser o Messias seria aceito pela maior parte da humanidade. Isto colocaria o papa no papel bíblico do Falso Profeta e qualquer um que ele decretar ser o Messias seria a verdadeiro Anticristo bíblico.

Não há um único elemento neste cenário hipotético que esteja em conflito com os acontecimentos atuais no Oriente Médio, com o padrão da história, ou com o comportamento de grandes populações em tempos de estresse e calamidades em níveis elevados. Se as condições apresentadas acima não fossem consideradas pelos globalistas como suficientes para desencorajar e desmoralizar totalmente as massas da humanidade, um "amaciamento" poderia ser alcançado por meio de uma guerra internacional, pragas e fomes em escala mundial, o colapso dos EUA e/ou uma falsa invasão de extraterrestres e OVNIs.

Um Falso Arrebatamento

Há um aspecto importante em tudo isto que não deve ser negligenciado. Os cristãos nascidos de novo verdadeiros podem ainda estar na Terra quando o falso Anticristo entrar em cena. Isto, por sua vez, leva à seguinte questão: O engodo será aumentado por meio da criação de um falso Arrebatamento, ou seria melhor ignorar totalmente a questão do Arrebatamento? À primeira vista, pode parecer que um falso Arrebatamento representaria uma dificuldade para os globalistas, porque isso necessariamente envolveria o arrebatamento do Falso Profeta — que dificilmente poderia ficar para trás e ainda reter sua credibilidade. Entretanto, se o papa fosse um daqueles que seriam levados para longe em um falso Arrebatamento, a posição dele diante do mundo seria consideravelmente aumentada se ele depois "retornasse" milagrosamente para a Terra e anunciasse o verdadeiro Anticristo.

Acreditamos que um Falso Arrebatamento aumentaria o engodo, mas somente se um número significativo de cristãos professos ainda acreditasse no Arrebatamento. No presente, é duvidoso se existem 50 milhões de cristãos professos que acreditam que a igreja será removida pelo Senhor antes de o Anticristo iniciar seu reinado de terror. Este número parece estar diminuindo com o passar do tempo. Portanto, dificilmente seria necessário criar um Falso Arrebatamento, a não ser que isso pudesse ser explorado para maximizar o nível de temor entre a comunidade global de cristãos professos. Isto também poderia ser usado para promover o ensino da falsa Religião do Mundo Unificado, incluindo grandes números de hindus, budistas e islâmicos entre aqueles que forem "arrebatados". Como o papa atual diz, todas as pessoas "boas" serão salvas, mesmo aquelas que não creem em Cristo.

Assim, se somente uma proporção relativamente pequena da comunidade global de cristãos professos acredita no Arrebatamento, isto ainda poderia ser explorado pelo Maligno para grande efeito, como uma propaganda, ou instrumento de "choque e temor". Se 20 milhões de pessoas, digamos, simplesmente "desaparecessem" uma noite, o restante do mundo certamente observaria. A maioria daqueles que foram "deixados para trás" — o que incluiria um grande número de cristãos nascidos de novo — seria profundamente desmoralizada. O evento também sinalizaria para o mundo que, se o Arrebatamento acabou de ocorrer, então o Anticristo precisa estar aqui. Assim, um falso Arrebatamento, se executado corretamente, seria um instrumento de propaganda extremamente valioso na grande enganação do fim dos tempos. A maioria dos cristãos professos em toda a parte certamente entenderia isto como uma prova segura que o califa é o Anticristo, exatamente como a mídia e seus líderes religiosos o tinham retratado. E, se este for o caso, então qualquer um que derrotar o [falso] Anticristo precisa ser o Cristo.

Para qualquer um que já se perguntou por que os globalista financiaram programas de televisão e filmes, bem como séries famosas de livros, que mantiveram vivo o conceito de um Arrebatamento global, então esta é uma resposta convincente. Um falso Arrebatamento teria um efeito psicológico devastador sobre os cristãos professos — para não mencionar centenas de milhões de humanistas, ateus, aderentes de Nova Era, hindus, budistas e islâmicos. Em seu temor e confusão, eles estariam dispostos a colocar de lado, pelo menos por um tempo, suas convicções religiosas tradicionais e aceitar a possibilidade que todas as religiões são expressões da mesma verdade universal. Seria também muito mais provável que eles acreditassem que qualquer um que derrotasse o falso Anticristo precisa ser o verdadeiro Anticristo, Mahdi, Maitreia, e o Salvador da Humanidade no fim dos tempos.

Como Exatamente um Falso Arrebatamento Seria Criado?

Vamos nos lembrar que Satanás conhece muito sobre tecnologia e o que a ciência pode alcançar. Pode haver pouca dúvida que, no período anterior ao Dilúvio de Noé, grandes avanços foram feitos na ciência e tecnologia. A Bíblia nos diz que algumas gerações depois da criação de Adão, a humanidade já tinha o conhecimento técnico para produzir instrumentos musicais sofisticados e trabalhar com bronze e ferro. Esta última capacidade requereu a escavação de minas, extração e derretimento dos minérios, e a criação de várias ferramentas para essas tarefas árduas.

Os homens também viviam muito mais nos tempos anteriores ao Dilúvio. Isto significa que os homens de gênio científico podiam continuar fazendo novas descobertas ao longo de uma carreira que se estendia por vários séculos, não apenas algumas décadas, como é o caso hoje. Por volta do tempo do Dilúvio, cerca de 1.400 depois de Adão, as mentes mais brilhantes daquele tempo tinham, muito provavelmente, descoberto muitos dos princípios da Física do estado sólido, Eletrônica, Genética e outros ramos da ciência fundamental. Por exemplo, no início dos anos 1900, um gênio indiano, S. Ramanujan, redescobriu de forma independente dezenas de teoremas importantes da Matemática, que tinham levado séculos para serem desenvolvidos. Ele morreu muito jovem. Alguns Ramanujans antes do Dilúvio teriam permitido um crescimento contínuo e acelerado do conhecimento científico.

Satanás poderia ter esperado que avanços similares, possivelmente até maiores, seriam feitos em nossa era moderna e, portanto, teria formulado seu plano de fim dos tempos apropriadamente. Por volta do ano 96, quando o apóstolo João completou o livro do Apocalipse e Paulo já tinha completado suas epístolas, Satanás já sabia que o Senhor iria remover Sua igreja antes do caos do fim dos tempos começar. Ele teve dois mil anos para saber como lidar com isso e, se possível, explorar para seus próprios propósitos. Sabemos, a partir dos escritos ocultistas de Helena Blavatsky e Alice Bailey, entre outros, que os "espíritos-guias" que transmitem estas mensagens retratam o verdadeiro Arrebatamento como a remoção por um agente cósmico, dos tradicionalistas antiquados que não estão prontos para a grande transformação que o verdadeiro Anticristo supostamente iniciará. Portanto, o verdadeiro Arrebatamento, será rejeitado como uma punição por Deus, não um ato de divina graça e misericórdia.

Não conseguimos localizar análises sérias, sejam on-line ou não, das dificuldades práticas que estão diante dos arquitetos de um falso Arrebatemento. Isto requeriria a remoção silenciosa ou "desaparecimento", em um dia, de cerca de 20 milhões de pessoas. O número poderia ser grandemente exagerado nas reportagens da mídia, de modo que em todo o mundo, um número de 50-100 milhões poderia ser divulgado.

Somente recentemente, com a crescente conscientização do poder dos sistemas de vigilância em tempo real, foi possível visualizar como isto poderia ser alcançado. O desafio real para os arquitetos desse tipo de exercício não é tanto a detenção do grupo-alvo em cada país, mas a verificação e localização deles em um determinado momento. Uma equipe treinada em operações especiais poderia, provavelmente, escolher algumas centenas de pessoas no meio da noite, talvez com o pretexto que a vizinhança teria de ser evacuada imediatamente por causa de um vazamento de produtos químicos tóxicos, mas eles precisariam saber exatamente onde ir de modo a (a) escolher as pessoas certas e (b) minimizar o risco de detecção por vizinhos que não são do grupo-alvo. Os sistemas de vigilância de tempo real tornam isso possível, gigantescos bancos de dados on-line repletos de informações sobre todos os cidadãos no país poderiam solucionar em um instante os dois problemas que acabamos de identificar. Eles poderiam selecionar automaticamente candidatos críveis — membros de igreja, envolvidos em atividades da igreja, mantenedores das obras de caridade, pessoas sem passagens pela Polícia, com situação tributária regular, sem dívidas significativas, elogiadas no serviço público, altamente improváveis de oferecerem resistência, etc. — então listar todos que naquele momento estivessem em locais pré-definidos e que podem ser acessados de forma encoberta, onde a quantidade de alvos é alta e onde o tráfego local é leve ou pode ser redirecionado.

Como isto difere da remoção "silenciosa" de seis milhões de judeus pelos nazistas? Eles também usaram a melhor tecnologia disponível — as avançadas máquinas de cartão perfurado (um sistema primitivo de processamento de dados, antes do advento dos primeiros computadores) — para elaborar as listas dos alvos, organizar o transporte e gerenciar todo o programa. Eles também disfarçaram suas operações e escolheram locais afastados, para realizar a execução das vítimas e enterrar os corpos. Esta foi uma operação logística complexa, realizada no centro da Europa. A única diferença entre o programa perpetrado pelos nazistas e aquele previsto pelos seus correspondentes modernos é que os "nazistas" atuais têm uma tecnologia melhor. Além disso, pode ser que as equipes de operações especiais não saibam a verdadeira razão por que esses grupos de indivíduos serão sendo "pegos"! Eles talvez não estarão cientes que milhares de equipes similares perpetrarão simultaneamente as mesmas ordens em outras partes do país, bem como em dezenas de outros países em todo o mundo.

Ao escrever isto, lembro-me das palavras de Daniel 12:10: "Muitos serão purificados, e embranquecidos, e provados; mas os ímpios procederão impiamente, e nenhum dos ímpios entenderá, mas os sábios entenderão."

Devemos Esperar Que o Maligno Use Todos os Truques à Sua Disposição

Tenha em mente que Satanás usará todos os truques nauseantes em seu arsenal de truques, de modo a enganar a humanidade e alcançar seu objetivo. Ele é o deus deste século e controla os homens que controlam o mundo. Ele está determinado a vencer a vindoura confrontação do fim dos tempos e fará tudo o que for necessário para garantir a vitória final.

Como estudantes fiéis da Santa Palavra de Deus, não devemos nos surpreender com nada disso. Devemos ser astutos como as serpentes e mansos com as pombas. Muitos cristãos são excelentes no segundo aspecto, mas, infelizmente, parece que poucos desenvolvem a primeira habilidade. Não há nada "de bonito" neste estudo. Ele lida com um assunto verdadeiramente horrível. Mas, para obedecermos ao Senhor e nos esforçarmos para sermos astutos como as serpentes, então precisamos pensar com maior seriedade a respeito dessas questões e não depender dos palestrantes nas conferências proféticas fazerem todo o esforço mental para nós.

O Senhor nos advertiu que os governantes deste mundo seriam muito mais espertos em relação a essas questões do que a maior parte dos cristãos bíblicos: "... porque os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz." [Lucas 1:8]. O Senhor está nos dizendo isto para nosso benefício! Devemos dar ouvidos às palavras Dele e considerá-las com muita atenção.

É claro que tanto o falso Anticristo e um falso Arrebatamento ajudariam grandemente o Maligno em seu trabalho. Se este for o caso, então devemos levar em conta esta possibilidade em nosso estudo da profecia do fim dos tempos e incentivar nossos irmãos em Cristo a fazerem o mesmo.

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Autor: Jeremy James, estudo em http://www.zephaniah.eu
Data da publicação: 15/5/2020
Transferido para a área pública em 13/8/2021
A Espada do Espírito: https://www.espada.eti.br/falsos.asp