Autor: Jeremy James, 14 de janeiro de 2014.
O colapso da economia norte-americana, que foi cuidadosamente planejado pela Elite Globalista nas quatro últimas décadas, já está quase concluído. As razões são as seguintes:
Como moeda de reserva mundial (a principal moeda em que o comércio global é realizado) o dólar americano precisa continuar a possuir um alto nível de confiança dos mercados mundiais para que consiga reter seu status de reserva. Os países continuarão a manter reservas em dólares para realizarem seu comércio exterior somente se estiverem razoavelmente certos que o dólar continuará sendo uma moeda estável. Se parecer que o dólar poderá cair consideravelmente de valor, os países procurarão outra oportunidade quase todos ao mesmo tempo para se desfazerem de suas reservas em dólar.
Esses dólares descarregados fluirão então de volta para dentro da economia americana. Como existe praticamente a mesma quantidade de dólares fora dos EUA quanto dentro do país, a súbita entrada de dólares inflará grandemente o suprimento de dinheiro e causará um súbito aumento da inflação. A queda no valor do dólar também agravará esse aumento, pois os produtos importados e os serviços custarão muito mais.
O governo dos EUA terá de contrair vultuosos empréstimos do resto do mundo de modo a financiar seu imenso déficit orçamentário (mais de meio trilhão de dólares) e "rolar" a carga existente de dívidas com vencimento no curto prazo. Com o aumento da dívida pública de aproximadamente 6 trilhões no ano de 2000 para 17 trilhões hoje (perto do PIB anual), o peso do serviço da dívida está em um nível crítico. Esse peso pode ser suportado enquanto as taxas de juros permanecerem baixas elas estão atualmente em níveis historicamente baixos e não podem cair ainda mais porém esse peso poderá crescer drasticamente se as taxas de juros retornarem aos níveis tradicionais de longo prazo.
O programa contínuo de "Flexibilização Quantitativa" adotado pelo Sistema da Reserva Federal, em que 75 bilhões de dólares são "impressos" a cada mês e injetados na economia de modo a evitar que ela afunde, é visto pelos investidores externos como uma tendência muito preocupante. Eles sabem que as atuais taxas de juros extremamente baixas não podem ser sustentadas indefinidamente e que muitos compradores dos Títulos do Tesouro dos EUA se retirarão do mercado em resposta ao programa aparentemente irrestrito de Flexibilização Quantitativa. Isto já está acontecendo. O governo dos EUA será obrigado em algum momento a elevar as taxas de juros, de modo a continuar a atrair um número suficiente de compradores para seus títulos.
Como a Reserva Federal e o Departamento do Tesouro dos EUA já sabem (e sabem há algum tempo) que esse fim de jogo é inevitável, eles têm somente três opções: (a) usar a Flexibilização Quantitativa ainda mais (isto é, imprimir mais dinheiro), o que será interpretado pelos mercados como um ato de total desespero e, assim, provavelmente provocará o pânico que eles estão tentando evitar; (b) continuar como estão e lidar com a crise conforme o mercado determinar, o que seria difícil de controlar e (c) intervir súbita e pró-ativamente para "corrigir" os imensos desequilíbrios de capitais entre os EUA e o restante do mundo.
Como a opção (b) implicaria no risco de caos sistêmico em todo o sistema financeiro mundial, pode-se concluir que a opção (c) será adotada de algum modo. Existem diversas formas de fazer isto, exclusivamente ou em combinação: (1) combinar um grande realinhamento das taxas de câmbio das moedas entres as principais economias do mundo; (2) apropriação ("confisco") de capital de outro setor (por exemplo, dos fundos de pensão); (3) calote em parte da dívida; e (4) combinar de forma bilateral um modo alternativo de fazer um acerto da dívida com os principais credores. Portanto, o seguinte cenário (entre outros) poderia ser imaginado: O governo dos EUA anuncia uma grande desvalorização de sua própria moeda (talvez 30%, ou mais) e sequestra os fundos de pensão como colateral (garantia) para futuras emissões de títulos federais e estaduais e combina com a China e com outros importantes credores transformar parte da dívida em uma participação em certos ativos designados dos EUA (por exemplo, direitos de exploração mineral em alguns estados americanos).
O problema com essas opções é que, adotando qualquer uma delas, o governo dos EUA está efetivamente admitindo que está lidando com uma crise que ameaça sair de controle. Os mercados corretamente assumirão que se uma opção for seguida, as outras poderão não demorar muito para serem adotadas. Isto deixa o governo dos EUA sem escolha, senão a de planejar um calendário específico em que diversas opções corretivas serão anunciadas e/ou implementadas simultaneamente. Isto requererá a cooperação de um grande número de países e de instituições financeiras globais, o que, por sua vez, pode requerer doze meses, ou mais, para negociar e finalizar. Caso contrário, agindo de forma unilateral, os EUA se arriscam a causar pânico no mercado global quando os principais atores responderem cada um de uma forma diferente, tanto para os sinais conflitantes como para o grande aumento na incerteza.
Como a crise na economia americana (e global) já está muito avançada, pode-se assumir que este processo de consultas internacionais já ocorreu e que as principais economias do mundo já concordaram em uma data em que esse ajuste espetacular no mercado será efetivado. Muito provavelmente, isto incluirá um realinhamento cambial entre as principais economias, um tributo de caráter extraordinário e emergencial sobre a riqueza das famílias, similar ao confisco da poupança e das contas correntes que foi implementado em Chipre pouco tempo atrás, e a "estatização" dos fundos de pensão e de outras formas privadas de acumulação de capital.
Existem sinais concretos que essas opções já foram consideradas pela comunidade internacional e que serão implementadas em bem pouco tempo. Os fundos de pensão na Polônia foram estatizados no ano passado (um evento significativo, porém que recebeu pouca atenção da mídia internacional), o Orçamento de 2013 do Canadá incluiu uma cláusula específica que permite ao governo canadense implementar um confisco se o sistema bancário começar a vacilar e, incrivelmente, o relatório Monitor Fiscal do FMI, de outubro de 2013, intitulado "Tempos Trabalhosos", incluiu a seguinte proposta surpreendente:
"A aguda deterioração das finanças públicas em muitos países fez renascer o interesse por um "imposto sobre o capital" um tributo extraordinário e emergencial sobre a riqueza privada uma medida excepcional para restaurar a sustentabilidade da dívida. O apelo é que esse tributo, se for implementado antes que possa ser evitado e existe a crença que ele nunca mais será repetido não distorce o comportamento (e, além disso, ele pode ser visto como justo por alguns)... As alíquotas de tributação necessárias para reduzir a dívida pública para níveis do fim de 2007 requereriam... uma alíquota de tributação de aproximadamente 10% para as famílias com riqueza líquida positiva." (pág. 49).
É um sinal de quão avançada a crise está que este tipo de proposta seja publicado em um importante relatório internacional. Isto também é um sinal da confiança (ou arrogância?) das autoridades dos EUA que elas podem permitir a publicação de uma proposta cuja própria eficácia depende de ela ser "implementada antes que possa ser evitada". Esta consideração pode levar alguém a concluir que a data já foi definida e que não pode ser mais do que aproximadamente seis meses da data da publicação do relatório do FMI. Além disso, como já observado, um "imposto sobre o capital" global provavelmente será parte de um pacote maior de medidas corretivas, podemos esperar uma grande "correção" estratégica no sistema financeiro internacional por volta do fim de abril de 2014. É interessante que existe evidência que essa data foi definida pelo menos 18 meses atrás. Grady Means, um ex-assessor pessoal de Nelson Rockefeller, publicou um artigo realmente extraordinário no jornal The Washington Times, em 25 de outubro de 2012, em que disse que uma grande correção estava vindo e que ela ocorreria por volta de 4 de março de 2014. (Veja o Apêndice A.)
A escala da correção, quando ocorrer, poderá não ser imediatamente aparente para o mundo como um todo. A vida poderá seguir da forma normal por alguns meses, mas depois que as forças poderosas liberadas pela "correção" começarem a entrar nos mercados globais, as transformações resultantes serão drásticas. Como Means observou:
"Naquele ponto, precisaremos financiar nosso próprio déficit, e não conseguiremos fazer isto. Precisaremos elevar a remuneração dos títulos para voltar a atrair o investimento externo, as taxas de juros subirão e muitas empresas quebrarão. O desemprego crescerá rapidamente. O restante do mundo também ruirá junto conosco."
Ele não menciona o impacto sobre o mercado de derivativos, que é tão grande que até uma pequena perturbação pode causar a perda de trilhões de dólares para os investidores. Como a maioria dos derivativos foi criada como proteção (hedge) contra as flutuações cambiais e das taxas de juros, o efeito impactante de uma correção global será considerável.
Observe a fraseologia usada no título do artigo do The Washington Times "programado para um colapso". Isto normalmente denotaria um resultado que está tomando forma de acordo com um plano, não um evento que foi essencialmente imprevisível. O planejamento foi feito e uma data foi determinada.
Observe também as palavras finais no artigo: "Tudo o mais é ruído." Os grandões estão dizendo ao mundo que eles seguirão com este plano e, além disso, que o executarão em um tempo de sua própria escolha. Visto nesta luz, o artigo é realmente uma advertência publicada para o benefício dos leitores com discernimento, não uma matéria imparcial de análise econômica.
A data citada 4 de março será uma terça-feira, o que é improvável que seja o dia preferido. O dia 3 de março parece ser muito mais provável, permitindo que os bancos centrais de todo o mundo façam os preparativos necessários durante o fim de semana anterior. A data é também mais maçônica: 3/3.
Recomendação
Se você tiver os meios de fazer isto, considere a compra de prata e ouro (fornecidos como metais físicos e não na forma de certificados). Estas serão as únicas formas de dinheiro e umas das poucas formas de reserva de riqueza que não serão afetadas pelo vindouro colapso do dólar.
Lembre-se também de confiar no Senhor, de orar por aqueles que você ama e de se aprofundar diariamente no estudo das Escrituras Sagradas:
"Em ti confiarão os que conhecem o teu nome; porque tu, SENHOR, nunca desamparaste os que te buscam." [Salmos 9:10].
"Mas eu sou como a oliveira verde na casa de Deus; confio na misericórdia de Deus para sempre, eternamente." [Salmos 52:8].
Apêndice A
Artigo de Grady Means, publicado em The Washington Times, em 25/10/2012.
Economia dos EUA Programada para Entrar em Colapso em Março de 2014
A queda dos EUA derrubará as economias de todos os países do mundo
Os selvagens e malucos maias fixaram o marcador para o fim do mundo para 21 de dezembro de 2012 daqui a aproximadamente dois meses. É claro que existe uma pequena possibilidade que eles possam ter acertado. Por outro lado, há uma probabilidade muito grande que o verdadeiro fim do mundo ocorrerá por volta de 4 de março de 2014.
O relógio despertador do Dia do Juízo soará naquele dia porque a economia dos EUA poderá entrar em colapso total por volta dessa data, o que, por sua vez, derrubará as economias de todos os países do mundo e todas as esperanças de qualquer recuperação em um futuro previsível certamente além do curso da vida da maioria de nós. As taxas de juros subirão rapidamente, muitas empresas quebrarão, a taxa de desemprego atingirá níveis recordes, a escassez de produtos e de alimentos será generalizada e poderão ocorrer grandes agitações sociais. Qualquer pensamento positivo que os EUA estão em uma "recuperação" e que "as coisas estão se tornando melhores" é uma ilusão.
O problema não é o Programa de Assistência Médica do governo, que somente nos afetará dentro de mais seis ou sete anos. Também não é o Sistema da Previdência Social, que somente se tornará insolvente dentro de mais 15 anos, aproximadamente. A crise é muito mais imediata e muito mais séria.
O problema central é que os EUA são o banco do mundo. O que isto significa, simplesmente, é que o dólar é a moeda do mundo (chamada frequentemente de "moeda de reserva"). Em todo o mundo, praticamente todos os produtos negociados, petróleo, minérios, imóveis, etc. são denominados em dólares. O mundo precisa de dólares e os EUA fornecem dólares e a confiança que o dólar é a moeda "mais segura" do mundo. Os países recebem dólares negociando com os EUA em termos atraentes, o que tem permitido ao povo americano viver muito bem. Os países suportam este sistema e cobrem seus riscos investindo em dólares por meio dos leilões dos títulos do Tesouro dos EUA e de outros mecanismos, o que permite ao governo dos EUA incorrer em déficits orçamentários mas até certo ponto.
A questão central é a confiança nos EUA, mas o mundo está perdendo essa confiança rapidamente. Em algum ponto em breve, os EUA atingirão um nível de déficit em seus gastos e um endividamento tão elevado que os países do mundo perderão a fé nos EUA e começarão a retirar seus investimentos. Muitos economistas e banqueiros de destaque acreditam que um ou dois trilhões de dólares adicionais serão suficientes para que isto aconteça. Uma corrida aos bancos terá início subitamente, se acumulará rapidamente e se transformará em uma bola de neve.
Neste ponto, precisaremos financiar nosso próprio déficit e não seremos capazes de fazer isto. Teremos de elevar as taxas de remuneração dos títulos para atrair o investimento estrangeiro, as taxas de juros subirão e muitas empresas quebrarão. A taxa de desemprego subirá rapidamente. O restante do mundo afundará junto conosco. A Europa continuará em declínio e o euro não substituirá o dólar. A Rússia sofrerá com a queda acentuada no preço do petróleo, à medida que a demanda no mercado diminuir, de modo que sua economia também experimentará o colapso. A China não terá para quem exportar e também entrará em colapso. Os governos russo e chinês, que sabem que isto acontecerá e já começaram a comprar ouro, para terem proteção contra esse colapso do dólar, descobrirão que não podem comer ouro. Haverá agitação social pense nas ruas da Espanha e da Grécia hoje, mas em escala mundial. Os avanços tecnológicos que tradicionalmente levam a aumentos de produtividade e de crescimento econômico não serão capazes de impedir esse colapso.
Quando tudo isto poderá acontecer? Paul Volcker (NT: ex-presidente do Sistema da Reserva Federal) indica que poderemos enfrentar uma situação caótica como esta nos próximos 18 meses. David Walker, ex-chefe do Departamento de Orçamento e Contabilidade do governo dos EUA sugere uma estrutura de tempo similar para a catástrofe econômica. A maioria concorda que a abordagem do sequestro do orçamento não funcionará a partir das perspectivas econômicas ou políticas, e que os cortes gerais e sem planejamento nos gastos somente exacerbarão o caos. A terceira rodada da Flexibilização Quantitativa, em que imprimimos dinheiro para comprar nossos próprios títulos, de modo a melhorar os indicadores econômicos e o nível de emprego, significa que estamos financiando nosso próprio endividamento, uma boa fórmula para a súbita hiperinflação.
O próximo presidente terá cerca de seis meses para corrigir este problema antes que seja tarde demais. Ele precisará estar plenamente preparado, capacitado, disposto a trabalhar com o Congresso e agir rápida e decisivamente. Durante a eleição, a pergunta mais importante a fazer é: quem compreende o problema e está preparado para evitá-lo? Tudo o mais é ruído.
[Grady Means é empresário, ex-assessor do vice-presidente Nelson Rockefeller e ex-economista no Departamento de Saúde, Educação e Bem-Estar do governo dos EUA.]
Autor: Jeremy James, artigo em http://www.zephaniah.eu
Data da publicação: 16/1/2014
A Espada do Espírito: https://www.espada.eti.br/dolar.asp