Autora: Berit Kjos, 7 de julho de 2009
Recursos úteis para sua maior compreensão |
"... alguns adversários do Humanismo nos acusam de querer acabar com a família cristã tradicional. Eles estão certos. É exatamente o que pretendemos fazer." [1; Associação Humanista Britânica, 1969].
"... se você me der um ser humano qualquer normal e algumas semanas... posso modificar o comportamento dele daquilo que não é para qualquer coisa que você queira que seja... Posso transformar um cristão em um comunista... Podemos controlar o comportamento." [2; professor de Psicologia James McConnell, 1966].
Artigo 13: "A criança tem direito à liberdade de expressão. Este direito compreende a liberdade de procurar, receber e expandir informações e ideias de toda a espécie, sem considerações de fronteiras, sob forma oral, escrita, impressa ou artística ou por qualquer outro meio à escolha da criança." [3; Convenção Sobre os Direitos da Criança; ênfase adicionada].
"Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo." [Colossenses 2:8].
Não se deixe enganar! A Convenção Sobre os Direitos da Criança de vinte anos atrás não tem nada a ver com direitos pessoais. Ela tem tudo a ver com mudança de valores e a destruição da família tradicional. Uma vez que ela transfere a autoridade dos pais para o Estado, as crianças cristãs ficam legalmente livres para rejeitar as diretrizes familiares seguras. E o Estado apoiará a decisão delas! Exatamente como Hillary Clinton escreveu nos anos 1990 em seu livro It Takes a Village!
Esse processo começou muito tempo atrás. Seus marcos incluem a criação da Organização das Nações Unidas em 1945 e, começando em 1948, suas relações "consultivas" com a nova Federação Mundial para a Saúde Mental. O documento de fundação dessa federação, "Saúde Mental e Cidadania Mundial", expôs a agenda para a transformação da mentalidade que está por trás das Ciências Sociais:
"Estudos do desenvolvimento humano indicam a mutabilidade do comportamento humano durante a vida, especialmente durante a infância e a adolescência... Instituições sociais como a família e a escola impõem suas impressões desde cedo... São os homens e mulheres em quem esses padrões de atitudes e comportamento foram incorporados que apresentam a resistência imediata às transformações sociais, econômicas e políticas." [4; ênfase adicionada].
A Convenção Sobre os Direitos da Criança foi criada para minar essa resistência! Por exemplo, o Artigo 14 diz aos pais para "respeitarem o direito da criança à liberdade de pensamento, de consciência e de religião." Isso pode fazer sentido se os pais fossem livres para ensinar os limites morais e espirituais seguros. Mas isso significa desastre na cultura sem limites de hoje, que bombardeia as crianças com sugestões e imagens promíscuas, pornográficas e pluralistas.
O Artigo 14 inclui a seguinte qualificação: "A liberdade de manifestar a sua religião ou as suas convicções só pode ser objeto de restrições previstas na lei e que se mostrem necessárias à proteção da segurança, da ordem e da saúde públicas, ou da moral e das liberdades e direitos fundamentais de outrem." Mas quem são esses "outrem" que precisam de proteção? Seriam todos aqueles que desprezam a Bíblia e ficam ofendidos diante de padrões morais? Isso já está acontecendo! Como quando um diretor de uma escola disse a um aluno: "Deixe sua fé lá no carro." [5].
O Artigo 15 concede às crianças o direito à "liberdade de associação", enquanto o Artigo 16 proíbe a "interferência em sua privacidade... ou correspondência." A liberdade delas de escolher escancara as portas para todo tipo depravado de literatura, mensagens de correio eletrônico e páginas da Internet.
Observe a estranha distorção. Com a ratificação dessa Convenção, o Estado extingue os direitos dos pais de definir limites sadios e manter padrões morais. Ele "liberta" as crianças para seguir os novos flautistas de Hamelin para um mundo de corrupção, pensamento de grupo, e controle do governo. Enquanto isso, as crianças cristãs perdem seu direito tradicional de expressar sua fé, uma vez que as crenças e valores cristãos são muito divisivos para o mundo em transformação de hoje.
Esse processo lastimável é ilustrado por uma família canadense. (Como o Canadá ratificou a Convenção Sobre os Direitos da Criança, precisa agora se conformar aos padrões da ONU):
"O pai mandou que a filha... ficasse longe da Internet. Ela acessou, entrando em salas de discussão que seu pai tentara bloquear e depois publicou fotos ‘inapropriadas’ suas na Internet, usando o site de um amigo. Como castigo, o pai não permitiu que ela participasse de uma viagem escolar programada, e então a menina de doze anos recorreu ao sistema judicial do Canadá para conseguir seus direitos... ela obteve acesso ao tribunal usando um advogado indicado pelo próprio tribunal, que a representou na briga dos pais pela custódia dela." [6].
"O Tribunal Superior de Quebec rejeitou a apelação do pai de Gatineau, que entrou com um recurso contra a decisão de um tribunal inferior, que considerou o castigo aplicado muito severo para os erros que ele disse que a filha cometera. O pai está perplexo.’" [7].
Esses veredictos enviesados complementam a linguagem enganosa na célebre Declaração Universal dos Direitos Humanos, da ONU. Observe como ela se assemelha à Convenção Sobre os Direitos da Criança: o Artigo 18 garante "o direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião." O Artigo 19 afirma "o direito à liberdade de opinião e expressão..." Entretanto, o Artigo 29 adverte que:
"Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente aos objetivos e princípios das Nações Unidas." [8].
Em outras palavras, os "direitos" da ONU não serão concedidos àqueles que discordam de seus objetivos. Eles incluem:
Uma Nova Ordem Mundial governada por globalistas não-eleitos e com uma agenda socialista.
O fim da soberania nacional, da verdade absoluta e da família tradicional.
Solidariedade social e pluralismo espiritual, livres de valores cristãos "divisivos".
Um sistema comunitário de parcerias entre três setores: (1) governamental, (2) empresarial e (3) social. Este último inclui as organizações comunitárias, igrejas, famílias, etc. Nessa parceria desigual, o governo se torna a "parte" controladora. Ele estabelece os padrões, avalia (ou determina) a conformidade, recompensa o "progresso" do grupo e pune os resistentes.
Essa agenda pode parecer boa para os utopistas que colocam suas esperanças na MUDANÇA global e que ignoram a duplicidade dos poderosos e pragmáticos agentes de transformação. A engenhosa desinformação atual fala mais alto que a verdade especialmente para os ouvintes treinados a seguir os sentimentos, e não os fatos!
Portanto, não é surpreendente que o "discurso dúbio" de duas caras seja central na propaganda da ONU. A Declaração Sobre o Papel da Religião, da UNESCO, é um bom exemplo. Ela pede tolerância e diálogo mas não mostra tolerância alguma para com o cristianismo. As verdades imutáveis do cristianismo simplesmente não combinam com as exigências da UNESCO:
"Promoveremos o diálogo e harmonia entre e dentro das religiões... respeitando a busca pela verdade e pela sabedoria que estão fora de nossa religião... Pedimos que as diferentes tradições religiosas e culturais deem as mãos... e cooperem conosco." [9].
A palavra "cooperar" é uma maneira benigna de dizer "submeter-se aos novos padrões globais." Qualquer subpadrão resultante dessa "busca pela verdade" seria logo silenciado pelo sempre presente "pensamento de grupo dialético".
Nenhum Espaço Para os Que Resistem
A Convenção Sobre os Direitos das Crianças traz essa agenda interfé bem para dentro de nossos lares e escolas. Seguindo o padrão da ONU, os "direitos" que ela promete estão reservados àqueles que aceitam seus valores socialistas e anticristãos. O Preâmbulo prepara o cenário:
"Considerando que importa preparar plenamente a criança para viver uma vida individual na sociedade e ser educada no espírito dos ideais proclamados na Carta das Nações Unidas [de coautoria de Alger Hiss] e, em particular, num espírito de paz, dignidade, tolerância, liberdade e solidariedade."
Artigo 3: "Os Estados-Partes garantem que o funcionamento de instituições, serviços e estabelecimentos que têm crianças a seu cargo e asseguram que a sua proteção seja conforme as normas fixadas pelas autoridades competentes..."
Artigo 9: "... a criança não é separada de seus pais contra a vontade destes, salvo se as autoridades competentes decidirem, sem prejuízo de revisão judicial e de harmonia com a legislação e o processo aplicáveis, que essa separação é necessária no interesse superior da criança..." [Será que a fé na verdade imutável de Deus poderá ser considerada incompatível com esses "melhores interesses?"].
Artigo 12: "Os Estados-Partes garantem à criança com capacidade de discernimento o direito de exprimir livremente a sua opinião sobre as questões que lhe respeitem, sendo devidamente tomadas em consideração as opiniões da criança, de acordo com a sua idade e maturidade."
Artigo 17: "Os Estados-Partes reconhecem a importância da função exercida pelos órgãos de comunicação social e asseguram o acesso da criança à informação e a documentos provenientes de fontes nacionais e internacionais diversas, nomeadamente aqueles que visem promover o seu bem-estar social, espiritual e moral [a referência aqui é aos valores politicamente corretos, não aos valores cristãos], assim como a sua saúde física e mental. Para esse efeito, os Estados-Partes devem:"
(c) "Encorajar a produção e a difusão de livros para crianças." [Que tipo de livros? A maioria dos livros populares atuais faz as crianças imergirem em universos com sugestões, imagens, crenças e valores contrários aos valores cristãos!].
(e) "Favorecer a elaboração de princípios orientadores adequados à proteção da criança contra a informação e documentos prejudiciais ao seu bem-estar, nos termos do disposto nos Artigos 13 e 18."
Poderia a Bíblia estar entre esses materiais prejudiciais? Histórias missionárias? Livros de história tradicionais ou outras informações que contrariem a ideologia da ONU? Provavelmente! Uma vez que o objetivo é MUDANÇA estabelecer uma Nova Ordem Mundial qualquer empecilho a essa visão já está sendo censurado nas escolas públicas. A elite globalista não tem a menor tolerância pelo mundo que prezamos!
Incitando o Ódio aos Que Resistem
Essa revolução socialista me faz lembrar a fúria que se seguiu ao atentado em Oklahoma City, em 1996. Dia após dia, os dedos acusadores da mídia apontavam para os inimigos suspeitos da unidade nacional aqueles cuja "retórica furiosa" criara um "clima de ódio e paranoia". Os suspeitos iam desde radialistas raivosos e extremistas até pais cristãos preocupados. A revista Time escreveu:
"A coalizão deles inclui elementos bem conhecidos da extrema direita: os que protestam contra os impostos, cristãos que querem educar os filhos no próprio lar, teóricos da conspiração... e tipos autoconfiantes que acham que o governo federal está mais preocupado com os ursos pardos e com os lobos do que com os seres humanos..." [10].
Aparentemente, o recente relatório controverso do Departamento de Segurança Interna foi simplesmente a expressão mais recente da agenda socialista. Você se lembra do incrível relatório sobre os "Extremistas de Direita"? Ele sugere que as dificuldades econômicas, o retorno de veteranos de guerra e indivíduos dedicados a uma única questão, como a oposição ao aborto ou à imigração possam levar ao "surgimento de grupos terroristas" e à violência. [11].
Observe o que está acontecendo. Apesar do apelo à unidade, nossos líderes socialistas estão suscitando a divisão. Isso é porque essa vilanização intencional dos cidadãos comuns e pacíficos tem um propósito muito útil. Hitler entendeu isso bem. Ele também estava determinado a separar os seguidores dos resistentes. Lembre-se do que ele escreveu em Minha Luta:
"A arte dos verdadeiros grandes líderes populares, de todas as épocas, consistiu principalmente em... concentrar-se sempre em um único adversário... É parte do gênio de um grande líder fazer com que até mesmo adversários diametralmente opostos apareçam como se pertencessem a uma categoria..." [12].
Essa Convenção Sobre os Direitos da Criança é um convite e também uma maldição. Ela "liberta" nossos filhos e netos para serem cidadãos do mundo, imunes ao chamado de Deus e aos valores familiares tradicionais. Mas, para aqueles que se recusam a contemporizar, ela significa o fim da liberdade. As pessoas comuns são execradas como inimigas, enquanto o verdadeiro inimigo se tornou um amigo. Thomas Sowell disse bem:
"Enquanto o resto de nós pode estar preocupado com as gangues violentas de traficantes mexicanos próximos à fronteira... o chefe do Departamento de Segurança Interna está preocupado com os extremistas de direita.’ De alguma forma, eles só sabem que você, direitista, está ansioso para espalhar o terror em algum lugar..."
"Os chamados ‘assassinatos de honra’ perpetrados por muçulmanos aqui neste país... não parecem causar preocupação alguma ao Departamento de Segurança Interna... Mas, quanto aos bandidos da ACORN [Associação de Organizações Comunitárias para Reforma Imediata]... o Departamento de Segurança Interna aparentemente não vê nada de mau, não ouve nada de mau, e não fala nada de mau." [13].
Salvando a Terra
O Artigo 29 declara: "Os Estados-Partes acordam em que a educação da criança deve destinar-se a:... (e) Promover o respeito da criança pelo meio ambiente."
Essa visão poderia ser boa se não estivesse envolvida em uma agenda política e também espiritual. Entretanto, inúmeros grupos ambientalistas e religiosos agora estão compartilhando suas estratégias para uma ideologia centrada na Terra. Muitas assim chamadas igrejas estão convencidas que as religiões verdes são mais benéficas do que as certezas "obsoletas" da Bíblia. O ex-vice-presidente americano Al Gore lidera o caminho. Considere a seguinte citação de seu livro A Terra em Balanço:
"A riqueza e diversidade de nossa tradição religiosa, durante toda a história, é um recurso espiritual há muito ignorado pelas pessoas de fé, que muitas vezes têm medo de abrir suas mentes para ensinos oferecidos fora de seu próprio sistema de crenças. Mas o surgimento de uma civilização na qual o conhecimento se move livremente e de forma quase instantânea por todo o mundo... dinamizou uma investigação renovada da sabedoria destilada por todas as fés. Essa perspectiva panreligiosa pode se provar especialmente importante no que se refere à responsabilidade de nossa civilização global com a Terra." [págs. 258-259, tradução nossa].
Zombar da verdade é um sinal dos nossos tempos e o "medo" se tornou uma acusação comum contra nós. Todavia, dentre todas as pessoas do mundo, os cristãos são os que menos têm motivos para temer. Nosso Soberano Deus reina até mesmo no meio das ímpias transformações atuais:
"Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor." [Romanos 8:37-39].
Enquanto isso, "No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo." [Efésios 6:10, 11].
1. "O Casamento e a Família," The British Humanist Association, 1969. Citado pelo Dr. Dennis L. Cuddy, The Globalists (Oklahoma City: Hearthstone Publishing, 2001), pág. 124. 2. Dr. Dennis L. Cuddy, The Globalists (Oklahoma City: Hearthstone Publishing, 2001), págs. 133-134. 3. Nossa Diversidade Criativa, 1995, pág. 46. Nota: Recebi essa publicação da UNESCO na Conferência da ONU Sobre Habitações Humanas (Habitat II), em Istambul, em 1996. Ela é muito esclarecedora. 4. "Saúde Mental e Cidadania Mundial," págs. 7 e 8. Distribuído pela Associação Nacional para Saúde Mental, Av. Broadway, 1790, Nova York 19, NY, http://www.psych.org/pnews/98-01-19/hx.html. 5. "Estudante ouve: ‘Deixe sua fé lá no carro’, 3/6/2004. http://www.worldnetdaily.com/news/ARTICLE.asp?ARTICLE_ID=38758. 6. "Pai proíbe filha, mas tribunal a libera" em http://www.worldnetdaily.com/index.php?fa=PAGE.view&pageId=67479. 7. "Pai de Quebec processado por filha de 12 anos após castigo, tem seu recurso rejeitado" em http://www.cbc.ca/canada/montreal/story/2009/04/07/mtl-quebecgirl-sues-dad-0407.html. 8. Permutando os Direitos dos EUA Pelas Regras da ONU, em http://www.crossroad.to/text/articles/turfur12-98.html. 9. "Declaração da UNESCO Sobre o Papel da Religião" em http://www.crossroad.to/Quotes/globalism/declaration-on-religion.htm. 10. Philip Weiss, "Marginalizados se preparando para o Apocalipse," Time, 1/5/1995, pág. 48. 11. "Segurança Interna em alerta contra 'extremistas de direita' em http://www.worldnetdaily.com/index.php?fa=PAGE.printable&pageId=94803. 12. "O Inimigo do Povo" em http://www.crossroad.to/text/articles/teotp1196.html. 13. Thomas Sowell, "Você É um Extremista?" em http://townhall.com/columnists/ThomasSowell/2009/04/21/are_you_an_extremist?page=1. Notas Finais
Autora: Berit Kjos (Kjos Ministries, em http://www.crossroad.to)
Tradução: Marcelo N. Motta, Blog PensandoBiblicamente
Data da publicação: 29/7/2009
Revisão: http://www.TextoExato.com
A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br/db123.asp