Autora: Berit Kjos, 8 de agosto de 2008
"O público não compreende completamente o mundo para o qual está sendo levado. Os líderes precisam invocar uma alquimia da grande visão." [1] Henry Kissinger, que ajudou a transformar o Comitê Olímpico Internacional
"Devemos nos comprometer com o trabalho de imaginar nossa humanidade comum... e realizar rituais cívicos que ressoem com a música de nossos ancestrais." [2] Dr. Benjamim Ladner, falando sobre "Solidariedade" na Conferência da ONU Sobre Habitações Humanas, em 1996.
"Os deuses gregos ficariam orgulhosos se vissem como as coisas evoluíram. Durante os antigos Jogos Olímpicos na Grécia, uma chama sagrada ardia sobre o altar de Zeus, a quem os jogos eram dedicados." [3] Site oficial das Olimpíadas de 2002.
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Mitos antigos, capacidades humanas e um sistema gigantesco de marketing! Esses sinais visíveis das Olimpíadas modernas despertam a imaginação e atraem a audiência das massas. Eles também ocultam a política global e o frio pragmatismo que está por trás dos bastidores. Os senhores das Olimpíadas celebram a força e o poder, mas não mostram muita tolerância pelos pobres e fracos, que têm suas casas demolidas para permitir a construção de estádios e belas cercanias que impressionem os visitantes.
A história das Olimpíadas remonta ao ano 770 AC o aparente início dos jogos originais na Grécia quando mortais supersticiosos adoravam deuses antigos no Monte Olimpo. A grande família de divindades promíscuas era chefiada por Zeus e gerada por Gaia, supostamente a mãe de todos eles.
Nesse reino imaginário, Héstia, a irmã mais velha de Zeus, guardava a chama sagrada no Monte Olimpo. Enquanto isso, no mundo real, um fogo sagrado era aceso sobre o altar a Zeus, na frente de seu enorme templo. A cada quatro anos, atletas desnudos competiam para obter as coroas de louros, honras e ganhos materiais. Mas a luz daqueles jogos primitivos se apagou em 394 DC, quando o imperador Teodósio, aparentemente um cristão, decidiu que não poderia mais permitir aquelas celebrações ocultistas.
As Olimpíadas foram restauradas em 1896 pelo Barão Pierre de Coubertin. Sua filosofia humanista e seu amor pelos mitos foram resumidos por Sigmund Loland em seu livro Pierre de Coubertin's Ideology of Olympism:
"Esses objetivos estão sublinhados no que é visto como um sistema estético muito importante que consiste de símbolos, rituais e cerimônias. Enquanto que os antigos jogos eram parte de um culto em honra a Zeus, um objetivo-chave em sua versão moderna deve ser a adoração à grandeza e às possibilidades do ser humano." [4].
Em seguida, Loland cita Coubertin, que nos dá uma rápida visão dos valores que estão por trás dos jogos:
"O homem não tem apenas duas partes... ele tem três corpo, alma e caráter: o caráter não é formado pela mente, mas basicamente pelo corpo." [4].
"A primeira característica essencial das antigas e modernas Olimpíadas é a de ser uma religião. Moldando seu corpo com os exercícios, como um escultor esculpe uma estátua, o atleta da antiguidade estava honrando seus deuses. Fazendo o mesmo, o atleta moderno exalta seu país, sua etnia, sua bandeira. Portanto, acho que eu estava certo ao recriar desde o início, em torno do olimpismo renovado, um sentimento religioso transformado e ampliado pelo Internacionalismo e pela Democracia, que distinguem a presente época, mas que continua sendo o mesmo que levava os jovens gregos, desejosos pelo triunfo de seus músculos, ao altar de Zeus." [4].
A visão idealista de Coubertin de paz e espiritualidade internacionais continua a ser o tema público das Olimpíadas. Mas seu enfoque em construção do caráter está sendo contaminado pelas realidades morais do novo milênio. Embora existam muitos heróis admiráveis entre os atletas, a Vila Olímpica também é conhecida pelo grande uso de preservativos, pela obsessão com o corpo humano, pela busca irrestrita de prazer em todas as formas de sexo promíscuo, [5] e pelo uso ilícito de drogas e anabolizantes. [6].
Isto não é surpresa. Nossa cultura está mudando rapidamente e o entretenimento popular se apressa para ficar na frente das tendências que ajudou a criar. Como a mídia de massa, as forças que estão por trás da visão olímpica estão sendo moldadas pela mudança de valores, pelos interesses nacionais, pela política internacional, pela economia global, etc. E com a direção e participação de globalistas ligados à elite do poder, como Henry Kissinger que recebeu o título de "Membro Honorário" do Comitê Olímpico Internacional suas redes globais com certeza aumentarão. [7].
Na verdade, as Olimpíadas sempre estiveram enroladas com objetivos e táticas contrárias. A demonstração de contemporização política mais ostensiva foi feita por Adolf Hitler, em Berlin:
"... em 1936, Adolf Hitler cooptou os Jogos... usando-os para exibir a fachada oca dos nazistas para uma nova e melhor Alemanha." [8].
"Criar impressões de grandeza e poder era uma das maiores especialidades de Hitler... Os Jogos Olímpicos foram iniciados com cerimônias espetaculares e dispendiosas... A chama sagrada foi acesa por meio da focalização dos raios solares nas ruínas da antiga Olímpia, e então levada para Berlin por atletas que corriam em revezamento... Por meio dessa transferência do fogo do mais antigo sítio olímpico até o novo, o passado poderia tocar o presente. Um espírito se moveria pelas eras..."
"O esquema glorioso foi colocado em movimento no meio das ruínas de pedras de Olímpia... Uma 'sumo sacerdotisa' auxiliada por treze jovens gregas vestidas com roupas clássicas, segurou uma varinha por cima de um espelho focalizador para o sol, fornecido pela Zeiss, a famosa fabricante alemã de lentes óticas. A varinha pegou fogo e foi levada até um altar... Um delegado alemão declamou: 'Ó fogo, aceso em um antigo e sagrado lugar, inicie tua corrida..." [9].
A fascinação de Hitler pelos mitos antigos e pelo misticismo alimentou o fervor que estava por trás desse ritual e motivou sua inclusão em cerimônias futuras. De acordo com o site oficial da Olimpíada de 2002:
"A chama olímpica tornou-se uma tradição das Olimpíadas modernas a partir dos Jogos de Amsterdã, em 1928... A passagem da tocha, em revezamento, tem sido realizada, de uma forma ou de outra, a cada Olimpíada desde então. A chama é acesa inicialmente em uma cerimônia na antiga arena dos jogos em Olímpia. Mulheres vestidas com togas, à moda grega antiga, usam um espelho esférico para acender a tocha naturalmente com os raios solares... A sumo sacerdotisa então entrega a tocha para o primeiro corredor." [3].
O acendimento da tocha e, depois, o da pira, preparam o cenário para as celebrações pagãs condizentes com as visões espirituais dos globalistas. Eles sabem muito bem que imagens e sugestões, em vez de fatos ou verdade, transformam melhor os valores e estabelecem símbolos que servem à agenda global.
Também pensa assim o influente líder espiritual James Morton. O ex-deão (ou pastor principal) da infame Catedral de St. John the Divine, em Nova York, tem sido um membro influente do ecumênico Templo da Compreensão. Falando sobre Solidariedade na Conferência da ONU sobre Habitações Humanas, em 1996 em Istambul, ele apresentou seu caminho para a paz mundial. Observe como esse caminho se encaixa perfeitamente com a visão olímpica:
"O que é necessário é... algo análogo à antiga Acrópole, em que as atuais diversidades de costumes nacionais e étnicos e as tradições religiosas possam ser celebradas e preservadas para o enriquecimento de todos... As novas acrópoles irão... fornecer oportunidades para as expressões sagradas necessárias para unir as pessoas do planeta em uma solidariedade viável, significativa e sustentável." [2].
A nova acrópole está aqui! Ela está fazendo uma diferença! Quando grupos de pessoas inclinam seus corações para uma experiência compartilhada, seus valores pessoais tendem a mudar e a se combinar mesmo que de forma bem lenta e gradual. Os agentes de transformação nas igrejas, no governo, nas organizações comunitárias, na ONU, ou no Comitê Olímpico estão contando com isto! Sejam elas verdadeiras ou falsas, as histórias e imagens sedutoras podem implantar sugestões transformacionais na mente coletiva.
Vemos os resultados no crescente consenso atual as percepções comuns em que não há problema algum em amar e celebrar os deuses e rituais dominantes nos tempos antigos. Esses ídolos e práticas são agora considerados bons, não maus. E ai das crianças e adolescentes cristãos que se atreverem a se opor e discutir isso entre seus colegas e professores!
A unidade genuína vem por meio de Jesus Cristo, não dos mitos, do marketing ou da imaginação humana. Só Ele pode edificar em nós o caráter que pode resistir a todas as tentações para driblar, mentir e contemporizar a Verdade. Apenas Sua luz apagará a falsa luz das ilusões sedutoras e das visões enganosas.
"Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele, arraigados e edificados nele, e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, nela abundando em ação de graças. Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo..." [Colossenses 2:6-9].
Mas parece que apenas poucos estão ouvindo. Como o Dr. Stanley Monteith sabiamente diz na abertura de seu programa de rádio: "Normalmente a realidade é ridicularizada e a ilusão reina. Mas na batalha pela sobrevivência da Civilização Ocidental será a realidade, e não a ilusão ou a enganação, que determinará o que o futuro nos reserva." [10].
Igrejas nos Lares, Prontas para Receber o Irmão Bush, Profundamente Desapontadas por Sua Visita a TSPM: "Conforme a grande cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008 se aproxima, várias igrejas domiciliares em Pequim estão se preparando para receber o presidente Bush...
Quando chegou a notícia que o presidente Bush visitará a Igreja Protestante Kuanjie da TSPM, que serve ao governo chinês, as preocupações se espalharam entre as igrejas domiciliares. Os membros dessas igrejas acreditam que os governantes chineses enganam e ridicularizam constantemente seus hóspedes estrangeiros, ganhando popularidade por meio da enganação ao público e misturando a verdade com a mentira. Por esses meios, eles intensificam sua perseguição às igrejas nos lares. A visita do presidente Bush a Igreja Kuanjie da TSPM certamente será utilizada pelos comunistas chineses.
"Um dos líderes cristãos... em Pequim, disse bem desapontado: 'Um dos meios mais importantes pelo qual os comunistas chineses perseguem as igrejas na China é fortalecendo as igrejas da TSPM que eles estabelecem e controlam. A visita de Bush a TSPM certamente dará a impressão que o presidente Bush apóia as igrejas da TSPM.'"
Bush procura equilíbrio na China: "O presidente Bush começou sua visita de quatro dias à China na sexta-feira mandando uma mensagem mista, elogiando a política econômica chinesa, mas exortando os líderes do país a respeitarem as liberdades religiosas e políticas... Essa mensagem dupla foi dada na sexta de manhã, quando ele inaugurou a nova Embaixada Americana, de 46 mil metros quadrados, no centro de Pequim, que custou US$ 434 milhões, e que será a segunda maior Embaixada Americana no mundo, perdendo apenas para o complexo em Bagdá...
"Horas depois, em um almoço para os líderes mundiais antes da abertura dos Jogos Olímpicos, Bush mudou de tom, ao subir os degraus do monumental edifício do Parlamento Chinês e alegremente cumprimentar o presidente Hu Jintao...
"Sharon Horn, diretora-executiva do grupo de defesa Direitos Humanos na China, disse que o presidente deveria começar pedindo a libertação de diversos dissentes presos nos últimos meses por criticarem os preparativos do governo para os Jogos Olímpicos. 'O foco deveria ir além do que os líderes dizem para o que eles fazem... Os líderes mundiais deveriam usar cada oportunidade possível para cobrar ações concretas sobre os direitos humanos."
Notas Finais
1. Hugh Sidey, "Majesty, Poetry and Power," Time, 20 de outubro de 1980.
2. A autora Berit Kjos gravou esta mensagem em Istambul durante a Conferência da ONU sobre Habitações Humanas (Habitat II) em Istambul, Turquia, de 3 a 14 de junho de 1996. Veja Solidariedade Global.
3. Site oficial dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2002, "Revezamento da Tocha Olímpica: Símbolo das Olimpíadas percorreu um longo caminho desde que foi acesa diante do altar de Zeus" em http://www.saltlake2002.com/x/f/frame.htm?u=/news/667059.asp
4. Sigmund Loland, Pierre de Coubertin's Ideology of Olympism from the Perspective of the History of Ideas, Critical Reflections on Olympic Ideology, The Norwegian State University for Sport and Phys. Ed., págs. 31, 38, Citação 90, http://www.la84foundation.org/SportsLibrary/ISOR/ISOR1994g.pdf
5. Pró-vida protesta contra os preservativos olímpicos em http://www.wnd.com/news/article.asp?ARTICLE_ID=26332
6. "Escândalos Olímpicos: De Subornos aos Anabolizantes", em http://www.teachervision.com/lesson-plans/lesson-2338.html
7. http://www.olympic.org/uk/organisation/ioc/members/bio_uk.asp?id=152. O fato de Henry Kissinger ter sido um conselheiro do Comitê Olímpico Internacional (COI) ilustra a relação simbiótica entre o COI e as elites mundiais dominantes. De acordo com uma matéria do jornal The New York Times, Kissinger recebeu um Prêmio Olímpico: "... Kissinger recebeu o prêmio Douglas MacArthur [do Comitê Olímpico Americano] por servir na comissão que mudou o Comitê Olímpico Internacional. 'Um diploma avançado em diplomacia não ajuda muito para você conseguir saber que caminho seguir em todas as complexidades do COI', disse ele."
8. XI, XII & XIII Olimpíadas (Los Angeles: World Sports Research & Publications Inc., 1996), pág. 103.
9. Ibidem, págs. 7-9. 10. Dr. Stanley Monteith, http://www.radioliberty.com.
Autora: Berit Kjos (Kjos Ministries, em http://www.crossroad.to)
Tradução: Marcelo N. Motta, Blog PensandoBiblicamente
Data da publicação: 28/8/2008
Revisão: http://www.TextoExato.com
A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br/db108.asp