O Código Da Vinci e Outras Embromações
Autora: Mary Ann Collins abril de 2006
Recursos úteis para sua maior compreensão |
O Código Da Vinci é o maior fenômeno literário depois de Harry Potter. Desde sua publicação, em abril de 2003, O Código da Vinci vendeu mais de 40 milhões de exemplares nos Estados Unidos. Ele foi traduzido em 45 idiomas e é um sucesso de vendas em 150 países. A rede de televisão ABC produziu um programa de uma hora de duração com base no livro. Ele esteve na lista dos mais vendidos do jornal The New York Times por dois anos, e esteve no topo, ou perto do topo, por 50 semanas. Ele também esteve na lista dos livros mais vendidos da Amazon.com. De acordo com alguns resenhistas, esse livro fictício faz os leitores questionarem tudo em que acreditavam sobre Jesus Cristo e a Bíblia. [1].
A história tem como pano de fundo asserções religiosas e "históricas" que são reivindicadas como "fatos". Elas são um mistura de ensinos anticristãos, teologia feminista radical e adoração à deusa. Por exemplo, o livro diz que os cristãos primitivos não criam na divindade de Cristo, que a ressurreição nunca ocorreu, que nossa Bíblia é o resultado de uma luta política do imperador romano Constantino e que os cristãos primitivos adoravam o "divino feminino". Essas afirmações são feitas por um afável especialista, um professor da Universidade de Harvard que (no contexto do livro) parece ser uma pessoa com credibilidade e autoridade.
Os leitores podem se tornar tão absorvidos na história que se desenvolve em ritmo rápido e cheia de suspense que engolem esses supostos "fatos" sem sequer perceber. Contar histórias pode ser uma ferramenta poderosa para modificar o modo como as pessoas pensam. Isso é especialmente verdadeiro com os filmes, e Hollywood transformou O Código Da Vinci em um filme. [2].
Talvez você esteja dizendo para si mesmo: "Nenhuma pessoa racional levaria esse tipo de coisa a sério." Isso é exatamente o que um líder evangélico pensava até que começou a conversar com pessoas que tinham lido o livro. Ele descobriu que o livro endurece a descrença daqueles que não são cristãos e leva os buscadores honestos para longe do cristianismo. O livro chegou a fazer alguns cristãos se tornarem confusos e desiludidos. [3].
A Bíblia nos adverte a sermos sóbrios (não levados pelas emoções) e vigilantes. Há um inimigo de nossas almas que está procurando oportunidades para solapar nossa fé e nos devorar. [1 Pedro 5:8]. Jesus nos advertiu para não nos deixarmos enganar. O apóstolo Paulo fez a mesma advertência. A Bíblia diz:"E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane." [Mateus 24:4].
"Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo." [Colossenses 2:8].
"Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios." [1 Timóteo 4:1].
Existem alguns princípios bíblicos que ajudam a nos proteger da embromação. O capítulo 3 de Gênesis nos apresenta três chaves para a embromação. Se você identificar qualquer uma dessas coisas, então precisa ficar de guarda.
É Assim Que Deus Disse?
"Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?" [Gênesis 3:1].
É assim que Deus disse? Em outras palavras, Deus realmente disse isso? Ele realmente quis dizer isso? Podemos confiar naquilo que Deus diz?
A cabeça de ponte para o ataque é plantar dúvidas sobre a credibilidade e confiabilidade daquilo que Deus disse. Em termos práticos, isso significa tentar solapar nossa confiança na Bíblia.
Afirmando Ser um "Especialista"
"Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis." [Gênesis 3:4].
Em outras palavras, "Sou o especialista. Ouça o que eu digo. Sei mais do que Deus e mais do que você.".
Esse estágio tenta substituir nossa confiança em Deus pela confiança no "especialista". É também uma tentativa de tentar solapar nossos motivos para obedecer a Deus.
Você se lembra de Jim Jones? Ele começou a pastorear uma igreja e terminou como líder de uma seita. Ele levou seus seguidores até a Guiana, na América do Sul, onde eles viveram como uma comunidade isolada (Jonestown). [4].
Houve um ponto em que os ensinos de Jim Jones começaram a contradizer claramente as Escrituras. Alguns de seus seguidores o questionaram e foram instruídos a dar ouvidos a ele, e não às Escrituras. Como resultado, algumas pessoas abandonaram o grupo. Mas a maioria dos seguidores permaneceu. Em 1978, seus seguidores (mais de 900 homens, mulheres e crianças) morreram envenenados em um suicídio/assassinato em massa.
Essa é uma vívida ilustração da importância de ouvir a Deus em vez de dar ouvidos aos "especialistas". Quando o "especialista" contradiz as Escrituras, então precisamos seguir a Bíblia.
Dizer ou Implicar Que Deus Quer nos Impedir de Experimentar as Coisas Boas
"Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal." [Gênesis 3:5].
Em outras palavras, Deus está atrapalhando você. Ele está privando você de alguma coisa boa. Se você fizer as coisas do meu modo, então poderá experimentar essa coisa boa.
Esse estágio tenta nos dar motivos para desobedecer a Deus. Além disso, ele promete independência. Ele diz que podemos ser como Deus e fazer as coisas do nosso próprio modo em vez do modo de Deus. Ele tenta nos dar razões para pensar e sentir que é correto ignorar o que Deus disse e fazer qualquer coisa que quisermos fazer.
"Sereis como Deus" é a essência das falsas promessas dos ensinos da Nova Era. O exemplo mais claro disso foi quando a atriz Shirley MacLaine disse: "Eu sou Deus!”
Algumas Embromações Amplamente Aceitas
Existem pessoas que afirmam que coisas importantes foram removidas da Bíblia. Esse é um exemplo do estágio de enganação que tenta nos fazer acreditar que Deus está retendo algo de nós.
A primeira vez que ouvi isso foi na forma de uma reivindicação que passagens das Escrituras que apóiam a reencarnação tinham sido removidas da Bíblia. Mas isso é fisicamente impossível. Existem milhares de papiros e rolos de manuscritos que foram espalhados por todo o mundo conhecido. Não havia forma de todos serem encontrados. E não havia modo de alterá-los. Você pode arrancar uma página de um livro encadernado, mas não pode remover um segmento de um rolo e mantê-lo intacto.
O Código Da Vinci gira em torno desse tema. Ele afirma que no século IV, o imperador Constantino fez alguns "evangelhos" gnósticos serem removidos da Bíblia. Mas Constantino não teve nada que ver com o conteúdo do Novo Testamento. O cânon do Novo Testamento já estava definido quando Constantino assumiu o poder.
Por volta do tempo de Orígenes (185-254), havia concordância geral sobre a maior parte do Novo Testamento. Ninguém questionava quais evangelhos deveriam ser incluídos. Havia concordância geral sobre a maior parte das epístolas. Entretanto, havia discórdia sobre se as seguintes seis epístolas deveriam fazer parte do cânon do Novo Testamento: Hebreus, Tiago, 2 Pedro, 2 João, 3 João e Judas. [5] Isso foi mais de cinqüenta anos antes de Constantino tornar-se imperador de Roma. (Ele governou de 306 a 337.).
Se você ler citações dos "evangelhos" gnósticos, rapidamente torna-se óbvio por que eles nunca foram incluídos na Bíblia. Eu já li alguns trechos do "Evangelho de Tomé" e de outros evangelhos gnósticos. Eles são confusos; a linguagem parece vagamente bíblica, mas as idéias não fazem sentido. Existe uma ênfase em segredos. (Em contraste, Jesus Cristo ensinava abertamente.).
Aqui estão dois exemplos de ensinos gnósticos. De acordo com o "Evangelho de Tomé", Jesus fez as seguintes afirmações: [6].
"Aquele que estiver familiarizado com pai e mãe será chamado o filho de uma prostituta."
"Porque toda mulher que fizer-se de homem entrará no reino dos céus."
(Não é erro de impressão ou qualquer coisa parecida. O "Evangelho de Tomé" realmente diz esse tipo de coisa. E ele afirma que Jesus ensinava isso. Talvez isso faça sentido para quem esteja em um "estado alterado de consciência.").
Se você quiser compreender o gnosticismo e sua influência nas igrejas modernas, leia Pagans in the Pews, de Peter Jones (Regal Books, 2001). Esse livro traz citações de vários "evangelhos" e outros escritos gnósticos.
Alguns "Especialistas" Contrários à Bíblia
Um exemplo de um "especialista" antibíblico é Sigmund Freud, o Pai da Psicanálise. A Bíblia tem padrões claros para a moralidade sexual. Mas então apareceu Freud dizendo que a moralidade bíblica produz repressão e doença mental. Todo cristão tinha de decidir ouvir o "especialista" (Freud) ou confiar naquilo que Deus diz na Bíblia.
Os "especialistas" podem nos enganar. Você se lembra do Relatório Kinsey? Muitas pessoas acreditaram no "especialista" em vez de confiar na Bíblia. A pesquisa do Dr. Kinsey é a base para a maior parte da Educação Sexual moderna. Ela também contribuiu para a revolução sexual dos anos 1960. Kinsey tem sido acusado de realizar uma pesquisa fraudulenta e por ser responsável pelo abuso sexual de centenas de crianças. (Você pode ler sobre essas coisas on-line.) [7].
Outro "especialista" é o bispo episcopal John Shelby Spong. Ele escreveu um livro intitulado Why Christianity Must Change or Die. Ele tentou destruir a fé das pessoas nas doutrinas cristãs mais fundamentais, como a ressurreição de Jesus Cristo e a expiação (Cristo morreu para nos salvar dos nossos pecados). Basicamente, a idéia dele parece ser que, para ser relevante no mundo moderno, o cristianismo precisa deixar de ser cristão. Spong diz que vivemos em um mundo que tornou a "visão teísta tradicional de Deus inoperante". (Essa informação pode ser encontrada on-line.) [8].
O bispo Spong não está só. Existem professores de seminários que ensinam a mesma coisa. Michael S. Rose escreveu sobre esse problema em alguns seminários católicos em seu livro Goodbye, Good Men. Eu já li sobre coisas similares em alguns seminários protestantes.
O Código Da Vinci
De acordo com O Código Da Vinci, Jesus era apenas um homem comum que não era divino, não morreu pelos nossos pecados e não ressuscitou. Em vez disso, ele se casou com Maria Madalena e teve pelo menos um filho com ela.
O "Jesus" retratado em O Código Da Vinci não é o Senhor Jesus Cristo da Bíblia. Jesus nos advertiu que surgiriam "falsos Cristos" [Mateus 24:24]. Esse é um deles. Embora seja apenas uma figura mental em um livro fictício, ele tem desviado pessoas reais do Jesus Cristo real.
O Código Da Vinci fortalece a descrença das pessoas que não são cristãs. Ele afasta os buscadores sinceros do cristianismo e consegue confundir e desiludir até mesmo muitos cristãos. [9].
De acordo com O Código Da Vinci, há uma antiga sociedade secreta chamada Priorado de Sião que preservou as informações sobre Jesus e Maria Madalena e seus descendentes. Entretanto, o Priorado de Sião que é retratado no livro é um embuste. Como veremos, ele nunca existiu; foi uma combinação de história inventada com documentos forjados.
As informações a seguir vêm de Cracking Da Vinci's Code, de James L. Garlow e Peter Jones, e de alguns artigos disponíveis na Internet. [10] Você pode ler sobre Pierre Plantard e seu falso Priorado de Sião on-line. [11].
Existiram três Priorados de Sião. O primeiro (de aproximadamente 1100 a 1617) foi legítimo. Ele foi um grupo de monges católicos que honravam a virgem Maria sob o título de Nossa Senhora de Sion. (Em francês, "Sião" é escrito "Sion"). Essa era devoção católica tradicional à virgem Maria, por monges reais, em um priorado real (um priorado é um tipo de monastério.).
Então, no século XX, houve dois Priorados de Sião que foram criados por Pierre Plantard, um francês que viveu de 1920 a 2000. Plantard foi condenado por fraude e por apropriação indébita em 1953. Seu primeiro Priorado de Sião começou em 1956. Era um clube social com um jornal. Ele durou somente um ano.
O segundo Priorado de Sião é o importante, em termos de teoria da conspiração e O Código Da Vinci. Ele foi um embuste bem elaborado. Plantard começou a fabricá-lo no início dos anos 1960. Ele falsificou a existência do Priorado e tentou fazê-lo parecer antigo. (Como veremos, Plantard mais tarde testificou que aquilo foi uma fraude.).
Plantard era um ocultista. Ele admirava Hitler. Ele foi influenciado por um homem pró-nazistas chamado Evola, que acreditava que a humanidade deveria ser governada por um "governo da elite espiritual".
O Priorado de Sião fraudulento de Plantard é supostamente uma antiga sociedade secreta que preservou os registros da linhagem sangüínea de Jesus e de Maria Madalena. (Plantard afirmava ser um desses descendentes.).
De modo a fazer essa sociedade secreta parecer legítima, Plantard forjou documentos e os plantou em locais de credibilidade, como em museus franceses. Ele até forjou certificados de autenticação para acompanharem os documentos. (Isso pôde ser feito falsificando-se as assinaturas de especialistas já mortos e que, portanto, não podiam ser questionados.).
Um empresário francês chamado Noel Corbu comprou uma propriedade que pertencera anteriormente a um rico sacerdote chamado Berenger Sauniere. (O padre tinha enriquecido com a venda de missas. Ele anunciava em revistas e jornais e recebia dinheiro de católicos de toda a França. Quando o bispo tomou conhecimento disso, Sauniere foi suspenso de seu ofício sacerdotal.).
Corbu afirmava que, em algum lugar nessa propriedade, havia um esconderijo secreto com os documentos sobre os supostos descendentes (a linhagem sangüínea) de Jesus e Maria Madalena. Noel Corbu conhecia Pierre Plantard. Eles escreviam cartas um para o outro. (As cartas deles foram preservadas.) E havia fotografias dos dois homens juntos. Isso parece ser outra tentativa de fazer o Priorado de Sião parecer real. Pode também ter havido motivos financeiros. Corbu tinha um hotel e um restaurante na propriedade. Rumores intrigantes podem atrair pessoas curiosas, que então precisam de um lugar para se hospedar (o hotel) e um lugar para comer (o restaurante). Pessoas vinham de longe para pesquisar os documentos e outros tesouros escondidos, mas ninguém nunca encontrou coisa alguma.
Em 1993, Roger-Patrice Pelat foi assassinado. Dizia-se que era o grão-mestre do Priorado de Sião. Por causa da suposta conexão de Pelat com o Priorado de Sião, as autoridades francesas interrogaram Pierre Plantard sobre o homicídio. Plantard disse que o Priorado de Sião não existia. Ele testificou que tinha "inventado tudo". As autoridades francesas fizeram uma busca na casa de Plantard e encontraram muitos "Documentos do Priorado", alguns dos quais diziam que Plantard era o "verdadeiro rei da França".
Michael Baigent, Richard Leigh, e Henry Lincoln acreditaram nas histórias sobre o Priorado de Sião. Eles foram enganador pelos documentos forjados por Plantard. Eles escreveram o livro O Santo Graal e a Linhagem Sagrada. Esse livro influenciou outros autores, e mais livros foram escritos sobre o Priorado de Sião. O mais popular é O Código Da Vinci, de Dan Brown. Ele afirma que Leonardo Da Vinci foi um grão-mestre do Priorado de Sião, e algumas de suas pinturas têm símbolos relacionados com o suposto relacionamento de Jesus com Maria Madalena.
A capa de O Código Da Vinci diz (em letras miúdas) que o livro é um conto/ficção. Entretanto, o próprio livro afirma que suas asserções são "fatos" aceitos pelos historiadores e eruditos. Quando Dan Brow foi entrevistado pela rede ABC de televisão, ele disse que as informações no livro são exatas. Em uma entrevista em Borders, Dan Brown disse que toda a história retratada em O Código Da Vinci é exata. Inúmeros sítios na Internet têm citações do livro e tratam as afirmações históricas e religiosas como sendo verdadeiras. [12].
A maioria dos resenhistas diz que o livro é uma história bem escrita em que a ação ocorre em ritmo rápido. Alguns resenhistas dizem que os personagens são bidimensionais. Isso pode estar relacionado com a ação rápida da história. O desenvolvimento de um personagem leva tempo, o que torna as coisas mais lentas e faz o leitor pensar, ao contrário de reagir emocionalmente ao suspense e à intriga.
Um dos personagens é um "especialista" (um professor). Ele tenta desacreditar as crenças cristãs mais fundamentais e solapar a confiança do leitor na Bíblia. Ele afirma que originalmente o cristianismo era gnosticismo e adoração à deusa, e que isso era totalmente o contrário de tudo o que aprendemos hoje na igreja e na Escola Dominical. (O gnosticismo é tão confuso que não tentarei explicá-lo aqui. Ele envolve conhecimento secreto, mistérios ocultos, iniciações e ensinos bizarros. Se você quiser compreendê-lo, recomendo que leia Pagans in the Pews, de Peter Jones, publicado pela Regal Books em 2001.).
Para uma pessoa adulta e madura, as afirmações de um homem inexistente em um livro de ficção podem não parecer significativas. Mas eu tive uma experiência que me faz levar isso muito a sério.
Certa vez eu estava fazendo uma refeição em um restaurante no meio da tarde, quando havia poucos fregueses e o garçom tinha tempo para conversar comigo. Ele era um ótimo rapaz, um estudante de faculdade que tinha crescido em um lar cristão. Ele disse algumas coisas estranhas e respondi com a verdade cristã. Ele então disse: "Mas 'O Alquimista' diz...".
Aquele garçom tinha lido um livro em que havia um personagem chamado "Alquimista", que era retratado como um sábio. Ele encontrava pessoas com problemas e dizia palavras de "sabedoria" que as ajudavam.
Eu disse ao garçom que as afirmações do Alquimista eram ensinos da Nova Era. Embora aquele rapaz tivesse crescido em um lar cristão, e tivesse ido à igreja em sua juventude, isso não teve impacto em sua vida. Quando ele dizia algo que refletia o ensino da Nova Era e eu respondia com a perspectiva cristã, ele sempre repetia: "Mas o Alquimista diz..."
Eu finalmente lhe disse que "alquimista" é uma palavra antiga que significa um bruxo. Mas isso também não teve impacto nele.
As palavras "sábias" de um personagem do faz-de-conta em um livro tiveram maior impacto na mente daquele rapaz do que todos os anos anteriores de instrução bíblica em um lar cristão e em uma igreja cristã. Como resultado da minha experiência com aquele garçom, encaro O Código Da Vinci com muita seriedade.
Um cristão maduro, que está bem enraizado na fé, provavelmente subestimará o impacto que esse tipo de livro pode ter nos jovens, que se deixam impressionar com facilidade. Além disso, existe o agravante de vivermos em uma sociedade televisiva em que as pessoas jovens normalmente não lêem muito.
Se você acreditar naquilo que Dan Brown diz em O Código Da Vinci, então abandonará sua crença no Deus da Bíblia e a substituirá por uma forma de adoração à deusa. Você negará a divindade de Jesus Cristo e que Ele ressuscitou dentre os mortos. Você não acreditará que Jesus morreu para salvá-lo dos seus pecados e pensará que suas novas crenças são superiores ao verdadeiro cristianismo.
Agora que o livro foi transformado em um filme, os jovens estarão sob risco ainda maior. Os filmes têm um forte impacto emocional. Se as pessoas ficarem presas na ação e no suspense do filme, então poderão engolir algumas das enganações religiosas sem perceber, porque estarão distraídas pela ação no filme. Os jovens estarão especialmente vulneráveis a isso, pois ainda não têm o discernimento dos cristãos mais fortes e maduros.
Notas Finais
1. Pete Yazzolino, The Da Vinci Code: Separating Fact from Fiction, http://www.professionallyspeaking.org/DaVinciCode/Pres1.htm
2. O filme está planejado para ser lançado em maio de 2006.
3. Chuck Colson, The Da Vinci Conspiracy: Distinguishing Fact from Fiction, em "The Christian Examiner", abril de 2004. (Sei que muitos cristãos discordam de Chuck Colson em várias questões. Entretanto, a abordagem prática dele de conversar com as pessoas que leram o livro é útil e aquilo que ele aprendeu com essas pessoas é informação valiosa. Ele demonstra o impacto do livro na vida real das pessoas.) http://www.christiantimes.com/Articles/Chuck%20Colson/Art_Apr04_Colson.html
4. Jim Jones e o Massacre em Jonestown. Minhas informações sobre as pessoas que partiram quando Jim Jones lhes disse que deveriam ouvir a ele e não a Bíblia vem de coisas que li e ouvi sobre o evento no tempo em que ocorreu. http://www.rickross.com/groups/jonestown.html
5. Um artigo sobre O Código Da Vinci que tem informações sobre o Concílio de Nicéia (ano 325), a crença da igreja primitiva na divindade de Jesus Cristo, e a formação do cânon do Novo Testamento: http://www.crosswalk.com/fun/1212187.html
6. A primeira citação é do Dito 105 do "Evangelho de Tomé." A segunda citação é do Dito 114 do "Evangelho de Tomé." Ambas são citadas no livro de Peter Jones, Pagans in the Pews: How the New Spirituality Is Invading Your Home, Church and Community, (Regal Books, 2001), págs. 182-183.
7. O Dr. Alfred Kinsey foi acusado de ter realizado uma pesquisa fraudulenta. Além disso, o estudo dele sobre sexualidade infantil envolveu pedófilos que molestaram centenas de crianças.
http://www.worldnetdaily.com/news/article.asp?ARTICLE_ID=16148
http://www.worldnetdaily.com/news/article.asp?ARTICLE_ID=16066
A televisão britânica produziu um documentário chamado "Secret History: Kinsey's Paedophiles." (A História Secreta: Os Pedófilos de Kinsey), que incluiu uma entrevista com uma mulher que sofreu abuso sexual na infância como parte da pesquisa de Kinsey.
http://home.att.net/~r.s.mccain/kinsey.html
http://www.irlnet.com/aprn/archive/1998/August13/13tv.html
http://home.att.net/~r.s.mccain/reisman.html
http://www.worldnetdaily.com/news/article.asp?ARTICLE_ID=16282
Alguns dos dados de Kinsey's sobre a sexualidade infantil vieram de um oficial nazista na Polônia durante a Segunda Guerra Mundial. As crianças polonesas eram ameaçadas com a câmara de gás se recusassem manter relações sexuais com ele. As autoridades polonesas encontraram correspondência entre Kinkey e o oficial nazista.
http://www.worldnetdaily.com/news/article.asp?ARTICLE_ID=29891
8. Análise do livro Why Christianity Must Change or Die, do bispo Spong: http://www.bookfinder.us/review6/0060675365.html
9. Chuck Colson, The Da Vinci Conspiracy: Distinguishing Fact from Fiction, em "Christian Examiner on the Web," abril de 2004. (Sei que muitos cristãos discordam de Chuck Colson em várias questões. Entretanto, a abordagem prática dele de conversar com as pessoas que leram o livro é útil e aquilo que ele aprendeu com essas pessoas é informação valiosa. Ela demonstra o impacto do livro na vida real das pessoas.) http://www.christiantimes.com/Articles/Chuck%20Colson/Art_Apr04_Colson.html
10. James L. Garlow e Peter Jones, Cracking Da Vinci's Code (Colorado Springs, Colorado: Victor; Cook Communications Ministries, 2004), págs. 112-113. Ambos os autores têm doutorado em teologia. Garlow estudou teologia histórica e Jones estudou o gnosticismo e sua influência no cristianismo moderno.
Artigos sobre O Código Da Vinci:
http://www.christianity.ca/entertainment/books/2004/05.003.html.
11. Uma coleção de artigos de diferentes países, todos dizendo que o Priorado de Sião foi um embuste: http://priory-of-sion.com/psp/id43.html.
Em 1993, Pierre Plantard admitiu, sob juramento, que o Priorado de Sião era um embuste. http://priory-of-sion.com/psp/id70.html.
Um artigo sobre Pierre Plantard: http://www.worldhistory.com/wiki/P/Pierre-Plantard.htm.
As condenações criminais de Pierre Plantard: http://priory-of-sion.com/psp/id30.html.
Um artigo de um jornal suíço (traduzido para o inglês) http://priory-of-sion.com/psp/id80.html.
12. A entrevista de Dan Brown em Borders. Ele diz que toda a história e os antigos documentos em O Código Da Vinci são exatos: http://www.bordersstores.com/features/feature.jsp?file=browndan.
Autora: Mary Ann Collins; artigo em Kjos Ministries, em http://www.crossroad.to
Data da publicação: 19/4/2006
Revisão: http://www.TextoExato.com
A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br/codigo-da-vinci.asp