Os Nove Períodos de Tempo no Plano do Senhor para a Humanidade

Autor: Jeremy James, Irlanda, 10/7/2023.

A Bíblia é um documento histórico extraordinário. Sem ela, não teríamos conhecimento do nosso passado e nem do nosso futuro. Não teríamos sequer uma compreensão da nossa verdadeira condição espiritual. Pior de tudo, não teríamos esperança de redenção e nem um futuro à nossa frente, senão a morte e a deterioração.

O Maligno tenta nos dar esperança oferecendo experiências místicas e teorias aparentemente científicas profundas, para não mencionar uma riqueza de promessas que não possuem validade alguma. Ele vem doutrinando a humanidade ao longo dessas linhas há milhares de anos.

Nossos filhos recebem uma dose contínua desta narrativa cósmica falsa de todas as direções, especialmente filmes e programas de televisão. Um desses é o segmento introdutório de um seriado de comédia chamado The Big Bang Theory. Iniciando em 2007, o seriado teve 12 temporadas e 279 episódios. Muitas pessoas jovens já assistiram à maioria desses episódios, frequentemente múltiplas vezes.

A canção-tema fala da teoria evolucionária da humanidade e a hipótese moderna que o universo inteiro começou com uma explosão maciça conhecida como "Big Bang". O segmento lança uma mistura de imagens evolucionárias ao longo do caminho, incluindo o supercontinente Pangeia e os neandertais, mais dezenas de referências visuais a eventos históricos e de tecnologia.

Tudo é atribuído ao "esfriamento" evolucionário do universo depois da "grande explosão", com menção expressa de astronomia, música, astrologia e religião. A palavra "Deuteronômio" é até incluída nesse resumo da evolução cósmica e da história humana. Assim, a própria Bíblia, fica implícito, foi produzida pela "grande explosão".

Ao todo, as palavras "grande explosão" são mencionadas sete vezes.

Tudo isto está condensado em apenas 16 segundos! Os espectadores regulares absorvem as imagens do segmento e as armazenam em suas mentes subconscientes, sem saber que a percepção deles da realidade está sendo moldada pelos arquitetos da Nova Ordem Mundial. O ritmo extremo em que o material é apresentado, tanto audível e visual, é tal que os espectadores não têm tempo para digeri-lo e, provavelmennte, não conseguiriam descrever mais de 5% de seu conteúdo. Em certo sentido, isto é programação subliminar voltada para o limiar mais baixo da percepção consciente.

Um Senso Falso de Tempo e Espaço

Seriados de televisão como esse levam um falso senso de espaço e tempo para dentro das mentes dos nossos jovens. A perspectiva deles a respeito da história está sendo destruída, enquanto que o próprio universo é concebido como nada, exceto um fragmento aleatório disperso a partir de uma inconcebivelmente grande explosão, 14 bilhões de anos atrás, em uma nuvem densa de gases primitivos.

Poucos cristãos não estão afetados por esse tipo de condicionamento mental. Muitos ainda pensam na Terra como um minúsculo grão de poeira em um cosmos vasto, que consiste quase totalmente de espaço frio e vazio e que em um passado muito distante, lagartos enormes caminharam pelas planíceis verdejantes durante 180 milhões de anos!

Se adultos racionais, que professam crer na Palavra de Deus, ainda podem dar alguma credibilidade a esse tipo de coisa, então dificilmente devemos estar surpresos que o Maligno também tenha induzido muitos eruditos, que interpretam a Palavra nos comentários e em outras obras expositivas, a interpretar erroneamente os períodos de tempo que o Senhor atribuiu ao Seu plano redentor para a humanidade.

Deus Quer Que Compreendamos a História

Nós nos esquecemos que o Senhor Deus incluiu em Sua Palavra um poderoso endosso da história como um assunto merecedor do nosso estudo. Isaías cita a injunção do Senhor: "Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim." [46:9].

O autor de Eclesiastes refere-se repetidamente a tudo que há "debaixo do sol" e declara que nada daquilo que vemos é novo. Como podemos saber que isto é verdadeiro, a não ser que estudemos a históra e façamos isso diligentemente?

"O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol." [Eclesiastes 1:9].

O relato da história que precisamos tomar o maior cuidado de estudar diligentemente é aquele dado a nós por Deus!

Infelizmente, em seu orgulho e credulidade muitos decidiram que o relato imutável de Deus precisa ser modificado, que o relato não pode querer dizer aquilo que diz. Mas, eles estão enganados.

Esses mesmos críticos incluem entre seu número eruditos e acadêmicos que imaginam, por razões conhecidas somente por eles mesmos, que a história somente pode ser estudada por referência aos eventos que já ocorreram. Mas, novamente, eles estão enganados. Enquanto os homens estão restritos desse modo, Deus não está. Ele vê tudo da história, a história completa da humanidade, não somente a parte que tornou-se manifesta, mas a parte que ainda precisa ser cumprida:

"Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim. que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade." [Isaías 46:9-10].

"Conhecidas são a Deus, desde o princípio do mundo, todas as suas obras." [Atos 15:18].

"Porque nós, os que temos crido, entramos no repouso, tal como disse:Assim jurei na minha ira Que não entrarão no meu repouso; embora as suas obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo." [Hebreus 4:3].

O Primeiro Período de Tempo

Esta foi uma época de confiança igual à de uma criança, quando Adão e Eva foram criados. Eles não tinham conhecimento do bem e do mal e nem precisavam. Entretanto, eles certamente compreendiam esses termos, pois Deus os usou. Eles também certamente compreendiam o conceito de morte, embora não tivessem experiência alguma dela. O Maligno aproveitou-se da inteligência admirável deles para convencê-los que a única estipulação que Deus tinha feito era realmente com o objetivo de limitá-los.

A duração deste período de tempo dificilmente deve ter sido maior do que algumas poucas semanas, caso contrário Eva teria engravidado antes de ter se rebelado. A Palavra de Deus nos diz que o primeiro filho deles foi concebido depois que eles foram expulsos do jardim.

Precisamos nos lembrar que essas duas pessoas tinham uma conexão perfeita com Deus. Eles desfrutavam da pureza imaculada que somente Jesus possuía. Em nossa condição existente, não conseguimos compreender por que eles fizeram o que fizeram, mas provavelmente conseguiremos no tempo devido Como diz a Palavra de Deus:

"Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido." [1 Coríntios 13:12].

O Segundo Período de Tempo

O segundo período de tempo durou pouco mais de 1.600 anos e abrangeu as vidas de apenas duas pessoas, Adão e Matusalém. É difícil acreditar que duas gerações pudessem envolver um segmento tão grande da história humana. Ao permitir que os homens vivessem tanto assim, Deus estava estendendo grandemente a oportunidade que eles tiveram para refletir naquilo que acontecera com a humanidade. Infelizmente, em vez de usar essa oportunidade para reestabelecer seu relacionamento com Deus, eles levaram a rebelião de Adão até seu extremo máximo. Embora eles agora tivessem a capacidade de distinguir entre o bem e o mal, o que deveria tê-los levado na direção correta, eles persistentemente ignoraram aquilo que a consciência deles dizia e pecaram excessivamente.

A atitude permissiva e rebelde deles escalou até o ponto em que, se Deus não tivesse destruído a humanidade no Dilúvio, a sociedade teria destruído a si mesma por meio da violência, corrupção e depravação.

Deus enviou o Dilúvio para permitir que a humanidade iniciasse outra vez, por assim dizer. As oito pessoas que sobreviveram, bem como seus descendentes imediatos, tiveram 1.600 anos de história humana para refletir a respeito. O Dilúvio foi um julgamento monumental sobre a humanidade, mas foi também um ato de misericórdia. Se fosse deixado entregue aos seus próprios planos, o homem por si mesmo nunca teria encontrado um caminho para o arrependimento.

O Terceiro Período de Tempo

O próximo período de tempo teve início com um extraordinário sinal de Deus. Aquela foi a primeira vez que Ele enviou uma mensagem para a humanidade como um todo. O arco-íris era um novo fenômeno físico, observável por todos. Ele foi um sinal visível de uma aliança que Deus estava fazendo com a humanidade, uma aliança incondicional. Ele estava dizendo, por meio do profeta Noé, que nunca enviaria novamente um Dilúvio para cobrir a Terra e matar a todos.

Ao fazer isso, Ele estava alcançando a humanidade, convidando Sua criação a pensar a respeito Dele de um modo totalmente novo. Ele era um Deus de misericórdia, que mantém a aliança, que tem um interesse pessoal na humanidade. Como o homem tinha fracassado em viver de acordo com o conselho de sua própria consciência, Deus estava dizendo efetivamente: "Eu irei trabalhar com você, mas você precisa confiar em mim."

Noé, o profeta de Deus, foi também o pai da humanidade. Todos na Terra dali para frente descenderam diretamente a partir dele. Assim, em certo sentido, Noé foi um segundo Adão. Tornando o homicídio um crime, a ser punido com a execução do homicida — o que Deus especificamente não fez durante o segundo período de tempo, permitindo que Caim sobrevivesse e até dando-lhe um sinal para sua própria proteção — Noé estava iniciando algo novo na Terra, um governo lícito com autoridade soberana.

Entretanto, aquilo que Deus planejou para a ordem e a harmonia social, o homem quis usar para obter poder e controle. A expressão final disso foi Ninrode, cujo governo foi usado expressamente como um centro de rebelião contra Deus. O Senhor teve de fazer uma intervenção impressionante de modo a derrubar o plano tortuoso de Ninrode.

Ninrode queria três formas de unidade — política, social e religiosa. A primeira viria pela concentração do centro do poder terreal em um local, Babel, e na planície de Sinar. A segunda viria naturalmente a partir da língua comum, já falada em todo o império dele. E a terceira viria por meio da construção de um templo de alta elevação, em honra ao exército do céu. Deus fez todas as três em pedaços de uma só vez ao dividir a língua universal em dezenas de línguas distintas.

Esta foi a segunda vez desde o Dilúvio que Deus enviou uma mensagem para toda a humanidade. Todos na Terra viram que, se o homem tentasse novamente criar um governo mundial, Deus teria o poder de intervir. A multiplicação dos idiomas e as resultantes criação e dispersão de grupos raciais foram um exercício em soberania — governo terreal — que superou qualquer coisa que Ninrode e seus confederados puderam alcançar.

Deus também desafiou a humanidade após o Dilúvio ao introduzir uma nova proibição na alimentação. É curioso que a proibição que foi dada a Adão e Eva também envolvia um alimento. Por meio de Seu profeta, Noé, Deus proibiu que a humanidade consumisse o sangue dos animais. Este foi um sinal adicional de Sua soberania. Isto mostrou que Deus reservava o direito de criar leis para a humanidade e que, por esse modo, o governo humano seria no tempo devido regulado.

O terceiro período de tempo vai desde o Dilúvio até o ano em que Deus chamou Abraão, em Ur dos caldeus, uma cidade próxima a Babilônia. (Esta é a origem da palavra hebreu, que significa 'homem de além', significando além do rio Eufrates.) Abrão deixou a terra da Caldeia em torno de 2.000 AC, ou aproximadamente 250 anos depois do Dilúvio.

— A Assim Chamada Nova Ordem Mundial

A Nova Ordem Mundial, que os Filhos da Perversidade estão atualmente tentando estabelecer na Terra, é uma tentativa cuidadosamente planejada de fazer aquilo que Ninrode não conseguiu. Os líderes da N. O. M. recorrerão à grande violência para impor sua vontade, mas Deus intervirá e destruirá a obra deles, o governo e a religião deles "de um mundo unificado", exatamente como fez no tempo de Ninrode.

O Quarto Período de Tempo

O quarto período de tempo teve início com Abraão e terminou com a outorga da Lei aos filhos de Israel no monte Sinai, por volta de 1445 AC.

A mudança do nome de Abrão é altamente significativa, pois denotou uma mudança radical na situação dele diante do mundo e diante de Deus.

Até então, Deus tinha escolhido somente dois homens: Adão e Noé. Ambos foram pais da humanidade. Abraão foi chamado por Deus para se tornar pai de nações, mas não da humanidade como um todo (tanto quanto saibamos). Exatamente o quão longa sua paternidade irá se propagar nós não sabemos. É bem possível que, por volta do fim do Milênio, uma grande proporção da população da Terra será descendente de Abraão, se não de Jacó:

"E abençoaram a Rebeca, e disseram-lhe: Ó nossa irmã, sê tu a mãe de milhares de milhares, e que a tua descendência possua a porta de seus aborrecedores!" [Gênesis 24:60].

"O SENHOR Deus de vossos pais vos aumente, ainda mil vezes mais do que sois; e vos abençoe, como vos tem falado." [Deuteronômio 1:11; Nota: naquele tempo, os filhos de Israel chegavam a aproximadamente 3 milhões].

Neste período de tempo Deus estava criando uma nação que seria Sua, uma nação que eventualmente consistiria somente de descendentes de Jacó, o neto de Abraão. Embora a base em que essa nova nação foi estabelecida permitisse a assimilação de gentios, ela era formada predominantemente pelos descendente de Jacó (Israel).

Embora não esteja na moda hoje referir-se aos filhos de Israel (Jacó) como o povo escolhido de Deus, é óbvio que eles foram! Deus, em Sua vontade soberana, criou uma nação para Seus próprios propósitos. Ele não escolheu simplesmente uma nação existente, mas construiu uma totalmente nova, começando com um indivíduo escolhido. Além disso, Ele mudou o nome da esposa desse homem e lhe deu um filho de forma milagrosa, para o qual também deu um nome — Isaque. Esse filho que nasceu milagrosamente herdou então todas as promessas que tinham sido feitas por Deus a Abraão.

Isaque mais tarde teve um filho (Jacó) que, por sua vez, herdou as promessas feitas por Deus a ele e a Abraão. Deus também deu um novo nome a Jacó — Israel.

Devemos ser eternamente agradecidos que Deus tenha feito isto! A história mostra claramente que, a não ser que o próprio Deus tivesse tomado essas medidas radicais, a humanidade nunca teria encontrado um caminho para o arrependimento. Tampouco teria uma família ou linhagem sanguínea emergido, selecionada por Deus, por meio da qual Seu Filho poderia vir a este mundo como nosso Redentor.

Deus também deu um sinal exterior do chamado deles — a circuncisão masculina. Ele prometeu, em uma aliança incondicional, que lhes daria, perpetuamente, um território extenso para sua própria habitação. É interessante que, até o tempo presente, quase todas as nações da Terra contestam o direito de Deus de fazer isto! Elas estão grandemente irritadas que Ele tenha favorecido e elevado uma nação deste modo, mas se esquecem — para sua vergonha — que Deus tomou essa medida de modo a abençoar todas as nações da Terra.

A falha em compreender apropriadamente os períodos de tempo no plano de Deus para a humanidade tem levado a muita confusão ao longo dos séculos. Durante cada período respectivo, Deus estava fazendo algo singular, algo específico para a humanidade naquele tempo, que trouxe Seu plano redendor um passo mais para perto do momento de produzir frutos. Precisamos ter consideração por esse processo, essa revelação progressiva das intenções de Deus, quando interpretamos Sua Palavra.

O Quinto Período de Tempo

Este período de tempo teve início no monte Sinai em 1445 AC e terminou no Calvário, no ano 32.

Durante este período, Deus deu ao Seu "povo peculiar", Sua nação escolhida, um conjunto vinculante de leis que afetavam todo aspecto de suas vidas. Estimaríamos que mais de 100 milhões de judeus nasceram durante esse período, porém somente um único indivíduo viveu plenamente de acordo com os padrões estabelecidos por Deus. Esse homem foi o "último Adão", o encarnado Filho de Deus.

Ismael, o filho de Abraão (com Hagar) foi circuncidado. Assim também Esaú, o irmão gêmeo de Jacó, mas nem um dos dois herdou a promessa da aliança feita com Abraão, Isaque e Jacó. Portanto, um novo sinal adicional foi dado ao povo escolhido no monte Sinai. Dali para frente, eles expressam, perpetuamente, o relacionamento vivo com o Senhor por meio de uma celebração respeitosa e alegre do sábado. Quando eles mais tarde afundaram no paganismo e na desobediência, o Senhor citou diversas vezes, como prova da infidelidade e apostasia deles, a falha em observar o sábado. A profanação do sábado recebeu atenção particular no livro de Neemias.

Se Deus não tivesse dado a Lei, a humanidade não poderia ter visto e compreendido a perfeição objetiva do Cordeiro. Foi somente por meio de Sua perfeição imaculada que o sacrifício que Ele fez foi totalmente aceitável para Deus.

A Lei também permitiu que o povo escolhido sentisse perfeitamente sua própria condição espiritual miserável. A gravidade do pecado e a incapacidade alarmante do homem de lidar com isso tornou-se mais aparente do que nunca.

É significativo que durante esse período, Israel tornou-se a única nação na Terra a compreender o significado do arrependimento. O sistema complexo de ofertas sacrificiais, em suas variadas formas, marcava sobre eles, dia após dia, o horror do pecado e a necessidade da expiação.

Por meio da Lei e dos profetas, o povo escolhido começou a perceber, embora de forma muito lenta, que o sangue dos animais sacrificados não era, em si mesmo, uma expiação perfeita para o pecado. Entretanto, parece que em tempo algum durante esse período de tempo eles perceberam que o próprio Deus forneceria um sacrifício que seria aceitável.

Os judeus — representando a humanidade como um todo — passaram por uma curva de aprendizado extraordinária durante esse período. Deus tinha, na verdade, tornado Sua glória tremenda manifesta para eles no monte Sinai. Eles até ouviram a voz de Deus! Nem uma nação já tinha chegado remotamente perto de qualquer coisa assim, ou sequer imaginado que esse tipo de epifania fosse possível.

Por meio do amplo comércio que Israel mantinha com as nações vizinhas, as notícias de sua posição excepcional diante de Deus teriam viajado para longe nos mil anos anteriores a Cristo. Os fenícios, um povo vizinho, tinham postos avançados de comércio em todo o mundo conhecido, teriam também levado os relatos da história e dos profetas de Israel para as terra mais distantes. Todas as nações teriam ouvido do Deus de Israel e aprendido por meio desses relatos que Ele afirmava ser maior e mais poderoso do que todos os deuses.

O Sexto Período de Tempo

Este período de tempo é normalmente conhecido como Época da Igreja, que teve início em Pentecostes, no ano 32 e continuará até a hora do Arrebatamento.

A aliança feita por Deus neste período de tempo não é mais com uma nação escolhida, mas com indivíduos chamados a partir de todas as nações. Tudo o que Deus tinha planejado para a nação de Israel foi colocado em suspensão durante este período. Israel não é mais a testemunha de Deus na Terra. O lugar dele, como testemunha, foi ocupado temporariamente pela Igreja. Deus somente recolocará Israel como Sua testemunha quando a igreja for levada no Arrebatamento.

Cada um dos períodos de tempo que estamos considerando contêm elementos que eram singulares para aquele período. O sexto também é singular, revelando a presença contínua na Terra da Terceira Pessoa da Santa Trindade. Jesus abriu uma porta no Calvário para que o Espírito Santo pudesse descer no Pentecostes e habitar entre os homens. A habitação viva Dele é o corpo coletivo de todos que creem em Jesus e naquilo que Ele realizou por meio de Sua vida, morte e ressurreição.

A presença do Espírito Santo em cada fiel cristão é singular com esta época. Nem uma pessoa, antes do Pentecostes recebeu esse dom. Embora grandes servos de Deus, como Noé, Abraão, Moisés, Daniel e João o Batista fossem cheios com o Espírito Santo, a presença da Terceira Pessoa não habitava neles. Talvez seja a isto que Jesus se referiu quando disse:

"Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João o Batista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele." [Mateus 11:11].

A igreja é uma criação tão extraordinária que sua futura chegada nunca foi predita pelos profetas durante os períodos de 2 a 5. Mesmo depois de a igreja ter sido revelada doutrinariamente pelo apóstolo Paulo, muitos fiéis, incluindo líderes da igreja, tiveram grande dificuldade em aceitar que o Senhor tinha trazido uma entidade tão gloriosa à existência.

Os judeus crentes, em particular, lutaram intensamente com a ideia toda que Deus faria esse tipo de coisa sem avisá-los previamente. Afinal, Ele tinha dito, "Certamente o SENHOR Deus não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas." [Amós 3:7]. Aparentemente, eles assumiram que isso se referia a tudo o que Deus fazia, e não simplesmente a avançar as advertências dos julgamentos que Ele intencionava impor. Essas advertências permitiriam que qualquer um que estivesse diante do julgamento desse ouvidos às advertências e se arrependesse. Os crentes judeus também prestaram pouca atenção às passagens na Escritura que diziam que Deus chamaria os gentios para Seu aprisco, exatamente como tinha chamado os judeus.

— O contraste

Este período de tempo está repleto de esperança para todos que amam a Deus e creem em Seu Filho, mas está coberto com apreensão por aqueles que continuam a recusar o dom da salvação. Nem um dos nove períodos de tempo contém o chocante contraste que vemos aqui, entre a beleza invisível da Noiva aguardando seu Amado e a degradação espiritual de um mundo que continua a rejeitar a graça e a misericórdia de Cristo.

Não demos rótulos práticos para cada um desses períodos de tempo por que as belas descrições podem algumas vezes ser enganosas. Por exemplo, a Época da Igreja é frequentemente chamada de Época da Graça, mas isso dá a impressão que a graça não foi derramada nos tempos do Velho Testamento. Por exemplo, como Jesus observou, a graça e a misericórdia troxeram a cura para Naamã, um general sírio, e um suprimento milagroso de mantimentos para uma mulher viúva que vivia fora da fronteira de Israel. Em ambos os casos, a fé de ambos tornou isso possível. O Salmo 136 nos diz repetidamente que "Sua misericórdia dura para sempre". Primeiro de tudo, foi por meio de Sua graça e misericórdia que Israel foi criado! Quando Deus colocou o arco-íris no céu após o Dilúvio, Ele estava dizendo a todo o mundo que, embora estivesse obrigado a exercer o julgamento quando homens rebeldes obstinadamente se recusam a se arrepender, Ele era, em essência, um Deus de misericórdia.

O Sétimo Período de Tempo

Este próximo período iniciará em breve, depois que Cristo retornar para Sua igreja. Depois que a igreja deixar a Terra, o poder de restrição do Espírito Santo cessará temporariamente:

"Então disse o SENHOR: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos." [Gênesis 6:3].

Durante um período de sete anos, o mundo verá o solene julgamento do rebelde Israel e a destruição por atacado dos Filhos da Perversidade. Este período de intenso sofrimento e turbulências culminará no retorno de Cristo à Terra e na aniquilação do Anticristo e seus exércitos.

Em nosso exame dos períodos de tempo de 2 a 6, não tivemos a oportunidade de explorar o papel exercido por Satanás, suas hordas de demônios ou seus servos terreais na corrupção da humanidade. Entretanto, deve estar aparente que, à medida que Deus revelou mais e mais de Seu plano para a humanidade, o Maligno foi obrigado a modificar sua estratégia e obter maior controle sobre o conhecimento e a tecnologia usada pelo homem. É por isto que, no sexto período de tempo, estamos testemunhando o uso em larga escala das duas coisas para impor uma tirania mundial satânica. O sétimo període tempo verá um florescimento desses planos e o surgimento de uma metodologia altamente sofisticada para enganar, desabilitar e escravizar a humanidade.

O Oitavo Período de Tempo

Este período de tempo durará mil anos! Cristo reinará na Terra como seu rei soberano, exigindo total obediência à lei de Deus. Todos que se opuserem e quebrarem qualquer um de Seus decretos serão imediatamente responsabilizados. Para todos os que obedecem a vontade de Deus, este período será de excepcionais alegria e realização espiritual.

Satanás e suas hordas de demônios estarão presos durante esse período. Assim, os anjos santos poderão receber uma recompensa no início desse período e poderão descansar. O papel deles dali para frente em relação à humanidade poderá ser de uma natureza mais pessoal.

"Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos. Eles te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces com o teu pé em pedra." [Salmos 91:11-12].

A nação de Israel, o remanescente justo que aceitou a Cristo como Messias, viverá na terra de Israel, cujas fronteiras serão alargadas. Eles retornarao ao papel de sacerdotes do Altíssimo e pregarão a justiça de Cristo até os confins da Terra, trazendo todas as nações para a feliz união com Cristo e perfeita submissão à Sua santa vontade:

"Porque a terra se encherá do conhecimento da glória do SENHOR, como as águas cobrem o mar." [Habacuque 2:14].

A igreja, a noiva de Cristo, o acompanhará para todo lugar para aonde Ele for.

O "Nono" Período de Tempo

É provavelmente incorreto chamar este de um "período de tempo", pois o próprio tempo desaparecerá na Eternidade. Nosso Pai Celestial enviará para a Terra a Nova Jerusalém, que aparentemente servirá como uma ponte viva entre céu e Terra por toda a eternidade. Toda a Criação será reconstituída e o pecado, a morte e o inferno, não mais existirão.

O que se pode dizer a respeito desse glorioso cumprimento da santa vontade de Deus por meio da graça e misericórdia de Seu Filho, Jesus Cristo? Se não fosse pela presença do Espírito Santo, habitando em cada fiel cristão, não teríamos a mínima ideia do que está reservado para nós na Eternidade.

Conclusão

Pode ser benéfico para nós sentar ocasionalmente e revisar as nove épocas, ou períodos de tempo no plano de Deus para a humanidade. Nosso principal objetivo neste ensaio é chamar a atenção para o número substancial de cristãos professos que rejeitam esse relato como "Dispensacionalismo" e insistem que Deus, que nunca muda. não poderia ter lidado com a humanidade de modos diferentes ao longo da história.

Apresentamos aqui, de forma resumida, as principais críticas à nossa posição dispensacionalista:

Nem uma dessas críticas é biblicamente válida. Poderíamos entrar nas profundezas complexas da Teologia da Aliança e discutir os vários modos em que ela difere do Dispensacionalismo, mas não é necessário. Se o plano claro e direto da Redenção, conforme apresentado neste ensaio, não for aceitável para o leitor, é duvidoso se há algo que poderíamos dizer para persuadi-lo de outra forma.

Uma estrutura interpretativa, como a Teologia da Aliança, é limitada por regras próprias. O Dispensacionalismo, entretanto, não é uma estrutura de interpretação — como seus críticos argumentam — mas um exame factual daquilo que Deus realmente disse sobre a obra que Ele realizou e continuará a realizar com a humanidade. Ou tomamos isso literalmente, ou não.

Nunca na história da Igreja os fiéis cristãos foram mais dependentes de uma compreensão literal daquilo que Deus disse. À medida que o fim dos tempos se aproxima e o Maligno intensifica seus esforços para confundir e levar a humanidade para a direção errada, precisamos mais do que nunca nos apoiar em Sua Palavra. Jesus não irá nos fazer prestar contas no dia do julgamento por alguma falha sincera de nossa parte em entender o significado de Sua Palavra, mas sem dúvidas perguntará por que nos agarramos obstinadamente às crenças que dependiam grandemente da argumentação humana.

"Porventura a minha palavra não é como o fogo, diz o SENHOR, e como um martelo que esmiuça a pedra?" [Jeremias 23:29].

Se você estiver perturbado por uma pedra em seu caminho, bata duro nela com a Palavra de Deus e veja o que acontece.

Maranata.

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Autor: Jeremy James, artigo 354 em http://www.zephaniah.eu
Data da publicação: 6/8/2023
A Espada do Espírito: https://www.espada.eti.br/Apocalipse/periodos.htm