A Natureza e o Tempo Exato da Invasão de Gogue-Magogue a Israel

Autor: Jeremy James, Irlanda, 12/9/2024.

Muito já foi escrito a respeito da futura invasão militar a Israel, descrita nos capítulos 38 e 39 do livro do profeta Ezequiel. Apesar das opiniões expositivas expressas por eruditos dedicados da profecia bíblica, ainda está para aparecer um consenso claro com relação ao tempo exato e a natureza da incursão de Gogue-Magogue à Terra Santa.

Não iremos solucionar a questão de forma definitiva neste ensaio, mas gostaríamos, tanto quanto pudermos, identificar aspectos da profecia do fim dos tempos que, se melhor compreendidos, nos ajudarão grandemente a determinar uma linha de tempo minuciosa para esta invasão militar gigantesca.

Por razões que são difíceis de compreender, alguns comentaristas excelentes fizeram aquilo que para nós parecem ser erros sérios em seus exames deste evento profético. Vamos tomar apenas um exemplo. Em seu excelente estudo do fim dos tempos, The Footsteps of the Messiah (As Pegadas do Messias), Arnold Fruchtenbaum — que seguiu uma abordagem muito abrangente neste assunto — não coloca a invasão de Gogue-Magogue dentro do período de sete anos da Tribulação.

A razão, aparentemente, é que como muitos eruditos bíblicos, ele acredita que a invasão de Gogue-Magogue deverá ocorrer antes da Septuagésima Semana de Daniel, isto é, antes do início da Tribulação de sete anos. Pelo que sabemos, Randall Price e Thomas Ice compartilham a mesma opinião. Sem dúvida, eles apresentam argumentos e razões hermenêuticas sólidas em suporte à sua posição, mas independente de quão bem eles possam argumentar sua posição, ela é refutada pelo último verso no capítulo 39:

"Nem lhes esconderei mais a minha face, pois derramarei o meu espírito sobre a casa de Israel, diz o SENHOR Deus." [Ezequiel 39:29].

Este verso está referenciano o impacto espiritual sobre Israel e seu povo da incrível humilhação infligida por Deus sobre os vastos exércitos de Gogue-Magogue. A Palavra de Deus está dizendo que quando este período tumultuoso acabar, Israel finalmente saberá e reconhecerá o Senhor. Se Arnold Fruchtenbaum e os outros estiverem corretos quando defendem a posição que a invasão de Gogue-Magogue ocorrerá antes da Septuagésima Semana de Daniel, então, de acordo com o verso 29, o povo de Israel já saberia e reconheceria Senhor Deus no ínício da Tribulação de sete anos! Entretanto, sabemos com certeza que este não é o caso. O "tempo de angústia de Jacó" é o modo que Deus usará para fazer isso acontecer. Assim, a invasão de Gogue-Magogue precisa ocorrer em algum momento durante a Septuagésima Semana de Daniel.

Distinguindo a Invasão de Gogue-Magogue do Armagedom

A próxima grande questão é se a invasão de Gogue-Magogue está vinculada diretamente, se não muito perto do conflito conhecido como Armagedom.

Muitos eruditos bíblicos apontam para diversas diferenças decisivas entre a invasão de Gogue-Magogue descrita por Ezequiel e o grande encontro profético entre o Senhor Jesus e as forças do Anticristo. A lista seguinte apresenta algumas das mais óbvias:

  1. Gogue-Magogue envolve uma coalizão de certas nações somente, enquanto que o Armagedom terá a participantes de todas as nações do mundo.

  2. A invasão de Gogue-Magogue é derrotada totalmente por desastres "naturais" e conflitos internos entre as tropas das nações participantes, enquanto as forças no Armagedom são destruídas pelo Senhor Jesus.

  3. Os judeus irão enterrar os mortos após a invasão de Gogue-Magogue, mas as aves de rapina comerão a carne dos mortos que ficarem na planície do Armagedom (Megido).

  4. Israel "habita em segurança" (Ezequiel 38:14) no tempo em que a invasão de Gogue-Magogue ocorre, mas este certamente não será o caso no período imediatamente anterior ao Armagedom.

  5. A invasão de Gogue-Magogue é condenada por diversas nações (Ezequiel 38:13), mas nem uma nação condena o conflito planejado para o Armagedom.

Espiritualmente falando, a aniquilação dos invasores é realizada pelo Pai Celestial, não por Jesus Cristo. A aniquilação é uma demonstração gigantesca do poder onipotente do Pai Celestial diante de todo o mundo. Ela corresponde, em certo sentido, à aniquilação do exército de Faraó nas profundezas do Mar Vermelho. Ao descarregar Sua ira ou indignação desse modo, o Pai Celestial está dizendo a Israel que Ele não permitirá absolutamente que o remanescente justo seja molestado, enquanto ao mesmo tempo Ele está dizendo às nações do mundo que Ele é o Deus de Israel e que, a não ser que se arrependam, eles também serão destruídos — exatamente como todas as nações que enviaram forças militares para apoiar a invasão de Gogue-Magogue.

Fazendo isto, o Pai Celestial está preparando o caminho para Seu Filho. Ele está declarando enfaticamente, com poder tremendo, que Seu Filho está retornando à Terra, exatamente como prometeu e que irá remover do mundo toda a malignidade. Vista nesta luz, a aniquilação de Gogue-Magogue é uma mensagem solene para toda a humanidade, uma advertência final antes que Jesus retorne, a mando de Seu Pai, para trazer a uma conslusão triunfante o Grande Dia do Senhor.

A aniquilação de Gogue-Magogue é uma repreensão especialmente contundente — e uma chamado ao despertar — para os filhos de Israel. Eles foram salvos dos invasores SOMENTE por meio da grande misericórdia da Deus. Eles não tinham defesa eficaz a oferecer por seus próprios braços. Apesar da ruinosa rejeição ao Seu Filho e dois mil anos de rebelião obstinada, o Senhor Deus interferiu e, com grande fúria, obliterou o exército gigantesco que estava preparado para matar até o último deles.

Pensamos no Grande Dia do Senhor como um tempo de ira divina — e isto está correto — mas mesmo nesta hora crítica o Senhor Deus tempera a punição com misericórdia, permitindo que um sexto das forças militares invasoras sobrevivam.

A Invasão Ocorre Durante a Primeira Metade da Tribulação

A partir do nosso exame até aqui da invasão de Gogue-Magogue, estabelecemos que (a) ela deverá ocorrer durante a Tribulação de sete anos e (b) ela é totalmente separada dos eventos que ocorrem mais tarde no Armagedom. Podemos até mesmo dizer com certeza que ela precisa ocorrer durante a primeira metade da Tribulação de sete anos por que, no ponto central, o Anticristo comete a abominação da desolação no templo em Jerusalém e, ao fazer isso, lança a nação inteira de Israel em uma tempestade de confusão e terror.

Podemos ver aqui uma diferença imensa, a partir de uma perspectiva evangélica, entre a supressão do Senhor da invasão de Gogue-Magogue e a aniquilação dos ímpios no Armagedom. A primeira ocorre em um tempo quando os homens rebeldes têm uma oportunidade final de refletir a respeito do que Deus fez e, tocados por aquilo que viram, se arrepender. Os eventos no Armagedom não oferecem essa oportunidade. Eles ocorrem com uma finalidade tremenda e todos que rejeitaram a Cristo e receberam a marca da Besta estão perdidos.

Daniel Menciona a Invasão de Gogue-Magogue

O livro do profeta Daniel revela a história política futura do mundo gentio em cortornos nos capítulos 11 e 12. Os versos referentes à Septuagésima Seman (11:36-45 e 12:1-3) são mostrados no Apêndice A.

Os versos mais relevantes para nosso estudo são os seguintes:

[40] E, no fim do tempo, o rei do sul lutará com ele, e o rei do norte se levantará contra ele com carros, e com cavaleiros, e com muitos navios; e entrará nas suas terras e as inundará, e passará.

[41] E entrará na terra gloriosa, e muitos países cairão, mas da sua mão escaparão estes: Edom e Moabe, e os chefes dos filhos de Amom.

[42] E estenderá a sua mão contra os países, e a terra do Egito não escapará.

[43] E apoderar-se-á dos tesouros de ouro e de prata e de todas as coisas preciosas do Egito; e os líbios e os etíopes o seguirão.

[44] Mas os rumores do oriente e do norte o espantarão; e sairá com grande furor, para destruir e extirpar a muitos.

[45] E armará as tendas do seu palácio entre o mar grande e o monte santo e glorioso; mas chegará ao seu fim, e não haverá quem o socorra.

Observe a referência no verso 40 ao "rei do norte". A maioria dos comentaristas interpreta a referência a "ele" nos verso seguinte (41) como uma referência ao Anticristo. Dado que o verso anterior estava falando sobre "o rei do norte", pode parecer mais consistente gramaticalmente tomar esse pronome como uma referência ao assunto que acaba de ser mencionado, isto é, "o rei do norte", e interpretar os versos que seguem imediatamente (42-45) como uma descritação adicional de sua campanha militar nas proximidades de Israel.

Se seguirmos esta abordagem, então os versos 40-45 poderiam ser parafraseados como segue (com texto adicional para mostrar como esses versos se relacionam com outros eventos do fim dos tempos):

No fim dos tempos o rei do sul (isto é, o líder de uma confederação militar árabe ou islâmica) invade o domínio de Israel. O primeiro "ele" no verso 40 é o Anticristo, que, seguindo seu acordo de paz de sete ano com Israel, atribuiu a si mesmo o papel de "Protetor" de Israel. Até este ponto o rei do sul tinha estado alinhado com a Rússia, o rei do norte. Entretanto, quando a confederação árabe/islâmica invadir Israel, os russos e seus aliados decidem agir imediatamente e impedir o rei do sul de tomar o controle de Israel e sufocar toda a oposição. A única região que conseguirá manter os russos à distância é o país moderno da Jordânia (veja a referência à Edom, Moabe e Amom no verso 42). Os russos têm um interesse particular no Egito. Somos informados que as forças da Líbia e da Etiópia se unirão a Gogue. (Eles podem ter sido parte da força invasora montada pelo rei do sul, mas depois mudaram de lado.)

Os russos gastaram demais nesta campanha e se tornaram preocupados com as notícias que "os reis do oriente" (China, etc.) estão mobilizando seus exércitos. Existem também relatos que suas linhas de suprimentos com o norte ficarão sob ataque pelo Anticristo. Assim, Gogue, o rei do norte, retorna rapidamente para a terra de Israel ("a terra gloriosa" do verso 41) e estabelece seu quartel-general em algum lugar entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Morto. Ele está agora preparado para destruir a nação de Israel, mas neste ponto, Deus intervém. Ele faz os exércitos de Gogue-Magogue se voltarem um contra o outro. Uma chuva inundante faz todos os veículos atolarem na lama e uma saraiva de grandes pedras cai sobre as tropas com efeito esmagador. Como diz o verso 45 de Ezequiel 39, Gogue fica sem ter como se defender. Os israelenses não precisarão disparar um único tiro em sua defesa. Deus, no céu, faz tudo isto e Gogue morre.

As Vitórias no Velho Testamento Que Prefiguram a Derrota de Gogue

Temos muitos exemplos no Velho Testamento do método do Senhor Deus de lidar com exércitos invasores. Os midianitas e os amalequitas atacaram e mataram uns aos outros, enquanto Gideão e seus 300 homens assistiram à cena. Quando outra confederação — Amom, Moabe e Edom — invadiu Israel nos dias do rei Jeosafá, o rei marchou com os sacerdotes até o local indicado, cantando louvores a Deus! Quando eles chegaram, descobriram que todos os soldados inimigos tinham sido mortos. Os amonitas e moabitas se voltaram contra os edomitas e mataram todos eles. Em seguida, eles se voltaram um contra o outro e ninguém sobreviveu. Os israelitas precisaram de três dias para recolher todo o despojo.

Todos estamos familiarizados com a vitória que Josué infligiu sobre o grande exército formado pelos cinco reis cananeus na planície de Gibeão. O Senhor Deus fez cair uma chuva com grandes pedras de gelo, que aterrorizou e dispersou o exército cananeu e matou um grande número de soldados Foi nesta ocasião que Josué orou e pediu que o Senhor fizesse o sol e a lua ficar imóveis (sobre nossa Terra plana e estacionária) para que seus homens pudessem derrotar decisivamente os inimigos.

Os Quatro Reis do Fim dos Tempos em Daniel e Apocalipse

A progressão dos eventos do fim dos tempos é mais fácil de compreender quando eles são estudados com referência aos quatro reis mencionados em Apocalipse 16:12 e os capítulos 11 e 12 do livro de Daniel.

O primeiro é "o rei do sul". Ele é o líder da confederação de nações árabes que atacam Israel antes do rei do norte lançar sua invasão (veja Daniel 11:40). Eles parecem ser formados pelo Egito e, possivelmente, Líbia, Etiópia e Sudão. A Jordânia também é uma candidata.

O próximo é "o rei do norte". [Examinamos a composição desta aliança no Apêndice B.]

Os "reis do oriente" são as nações orientais, lideradas pela China, que invadem Israel no tempo do Armagedom. Elas são mencionadas em Apocalipse 16:12.

O quarto rei não é descrito como o rei do ocidente, mas este é um título apropriado para o Anticristo. Ele assume o comando dos países da Europa que controlavam o antigo Império Romano e usa sua autoridade como rei do ocidente (governante da Federação Europeia) para assinar um tratado de paz de sete anos com Israel.

Um Problema Pavoroso para o Anticristo

As evidentes similaridades entre essas batalhas do Velho Testamento e a aniquilação de Gogue-Magogue terá um significado muito grande para os israelenses. Eles verão que o Senhor Deus que os ajudou nos tempos antigos está fazendo o mesmo outra vez. O Deus deles da Aliança veio para auxiliá-los na hora mais tenebrosa! Eles começarão a perceber que a salvação deles, tanto na Terra e na eternidade, está enraizada totalmente no relacionamento deles com esse Deus maravilhoso.

Eles irão também começar a olhar novamente para Isaías 53 e perguntar para si mesmos se o Deus da Aliança deles pode já ter enviado o Messias. E, se Ele fez isso, então eles o rejeitaram!

Isto representa um problema pavoroso para o Anticristo. Ao mesmo tempo que ele recebeu com alegria a destruição da Rússia, pois isso deixou um imenso vácuo político na cena internacional, um vácuo que ele poderá preencher em sua busca por domínio mundial total, ele detestará o MODO como Deus realizou a destruição de Gogue-Magogue. A mão de Deus foi tão clara e poderosamente revelada diante de todo o mundo, em termos característicos do Velho Testamento, que há um perigo real que muitos judeus comecem a acordar.

Mesmo com o controle rígido que existe sobre a mídia, os detalhes da poderosa obra do Senhor Deus serão comunicados amplamente por aqueles que estavam entre a força invasora de Gogue-Magogue, mas que conseguiram sobreviver — de fato, muitos deles poderão vir à fé em Cristo. Além disso, vastas regiões da Terra Santa serão cobertas com os remanescentes dispersoso de seus equipamentos militares e os corpos daqueles que morreram na furiosa tempestade e saraiva com grandes pedras de gelo.

Isto explicaria por que o Anticristo vai apressadamente para Jerusalém, para tentar convencer os judeus de suas credenciais messiânicas com uma surpreendente exibição de seus poderes sobrenatuais, culminando com a abominação da desolução no templo. Os eventos recentes forçarão a mão dele. Ele será forçado pelas circunstâncias a tornar pública sua reivindicação de divindade.

O Anticristo se Apresentará como uma Figura Benevolente

Até este ponto, o Anticristo muito provavelmente tomou grande cuidade para se apresentar diante do mundo como um líder benvolente. A matança dos cristãos que se recusaram a receber a marca da Besta será, provavelmente, realizada em segredo, talvez sob a corbertura de um exercício de pandemia em andamento, em que aqueles que foram alegadamente infectados serão realocados para instalações de quarentena seguras. Dezenas de milhões poderão ser mortos assim e o público geral não terá conhecimento algum disto. Muitas pessoas terão suspeitas, é claro, mas evidências concretas daquilo que está acontecendo serão difíceis de obter.

Esta viagem a Jerusalém terá também o objetivo de se livrar de uma vez por todas das Duas Testemunhas. Durante três anos e meio esses dois indivíduos ungidos resistirão a todas as tentativas de seus seguidores de obter acesso ao terceiro templo. Entretanto, o júbilo em todo o mundo pela vitória do Anticristo sobre as duas testemunhas terá curta duração. Após três dias e meio, os corpos deles voltarão à vida e eles ascenderão ao céu, diante dos olhos do mundo inteiro (via televisão e Internet). Mais uma vez, um ato milagroso de Deus irá humilhar e constranger o Anticristo.

A abominação da desolação é, portanto, um ato de ira intensa, uma resposta furiosa e incrivelmente blasfema ao modo como o Senhor Deus frustrou os esforços do Anticristo de se tornar o governante do mundo sem receber oposição. O comportamento dele dali para frente será de uma aversão bestial e crueldade chocante. Se ele não puder ter a Terra toda para si mesmo, então ele a deixará inabitável.

Duas enormes figuras de vime, representando Gogue e Magogue, são carregadas anualmente pelas ruas da City de Londres, na Parada Guildhall. Esse desfile é provavelmente a procissão cívica mais antiga no mundo, sendo realizada quase todos os anos desde o início do século 13. O atual Lord Mayor (Senhor Prefeito) é o sexcentésimo novagésimo quinto desde o tempo do rei João. O próprio cargo vem desde 1189. O desfile foi transmitido ao vivo pela primeira vez pela televisão em 1937 e é agora a transmissão que está há mais tempo sendo feita pela televisão no mundo. Como o Prefeito do distrito financeiro de Londres é sempre um maçom de alto escalão, o desfile é uma cerimônia maçônica bem elaborada (veja a foto a seguir).

O evento é conhecido oficialmente como a Exibição do Senhor Prefeito e ocorre no segundo sábado de novembro. O novo Prefeito da City (um enclave autônomo dos Illuminati dentro da cidade de Londres) vai desde o edifício histórico Guildhall, seu trono de poder, até Westminster e faz seu compromisso de lealdade ao monarca reinante. O desfile, que consiste de centenas de carros alegóricos, carruagens puxadas cavalos e grupos diversos de pessoas vestidas com trajes típicos ou antigos, incluindo bandas de instrumentos de sopro de bronze, faz o percurso de volta até a City.

Gogue e Magogue, que são celebrados na forma de duas efígies, são considerados como os "guardiões" da City. Eles parecem corresponder aos "príncipes" — entidades demoníacas poderosas — que, de acordo com Daniel 10, supervisionam as regiões geográficas em nome de Satanás.

Prova Que Gogue É a Figura Retratada em Daniel 11:45

Daniel 12:1 anuncia o próximo evento de salvação para Israel após a invasão de Gogue e Magogue. Esta é outra intervenção surpreendente da parte de Deus, que envia o anjo Miguel para proteger o remanescente judaico justo, que fugirá de Jerusalém após a abominação da desolação:

"E naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro." [Daniel 12:1].

O Anticristo não é mencionado por nome nesta passagem. A ênfase é retirada do Homem do Pecado e colocada sobre Miguel, o salvador angélico que o Pai Celestial enviará para preservar Israel até o tempo quando Ele enviará Seu Filho.

Esta passagem deveria ser interpretada sem consideração ao intervalo criado pelo homem entre os capítulos 11 e 12. A referência à chegada de Miguel é parte da mesma narrativa que iniciou no verso 11:40. Isto mostra que o Anticristo ainda está vivo, pois, em caso contrário, Miguel não teria ninguém para se opor a ele! — o que implica que o indivíduo que é morto em 11:45 ("mas chegará ao seu fim, e não haverá quem o socorra") não é o Anticristo, mas, como já observamos, o líder da invasão de Gogue-Magogue.

Conclusão

Este ensaio é, por necessidade, um exame breve de um assunto que é normalmente discutido em maiores detalhes na forma de um livro. Fomos obrigados a resumir nosso material em muitos locais e depender do conhecimento do leitor a respeito dos eventos do fim dos tempos para preencher as lacunas.

Fizemos um esforço para dar aqui uma visão "alternativa" que normalmente é apresentada em muitos comentários sobre os eventos do fim dos tempos. Não estamos sendo dogmáticos. Contudo, queremos chamar a atenção para esta interpretação da invasão de Gogue-Magogue, pois isto parece se encaixar de forma mais consistente com outras passagens da Escritura e oferece, acreditamos, uma cronologia convincente dos eventos durante a Septuagésima Semana de Daniel.

Embora não tenhamos intenção alguma de especular sobre a identidade do Anticristo, há boa razão para atribuir um papel central da ascensão dele ao poder à rede maçônica que controla os sistemas político e econômico da Europa, junto com sua força militar e policial. Essa organização somente parece possuir a influência de alto nível por trás dos bastidores para permitir que um único indivíduo tome o controle da Europa por meio de "lisonjas" e faça isso dentro de um período de tempo relativamente curto. Dado o papel até aqui do Reino Unido em coordenar e fazer avançar a agenda da Nova Ordem Mundial, o indivíduo em questão provavelmente virá das fileiras merovíngias britânicas.

Exatamente como Jesus Cristo veio de uma linhagem sanguínea escolhida — a Casa de Davi — Satanás quer que seu "filho" venha de uma linhagem luciferiana estabelecida muito tempo atrás. Dado que a linhagem familiar mais antiga desse tipo, tanto quanto é de nosso conhecimento, é a Casa de Windsor, o Anticristo provavelmente será uma figura de alta posição na família real britânica, ou um indivíduo menos conhecido na mesma linhagem, que explorará sua proximidade com a monarquia para avançar, com a asssistênia maçônica, para uma posição de poder absoluto no palco europeu.

Antes de encerrar, gostaríamos de fazer uma observação sobre a "batalha" do Armagedom. O Anticristo chegará com todas as suas forças militares, porém os reis do oriente também convergirão para Israel com seus próprios exércitos. Cada um deles quererá aniquilar o outro. Entretanto, o súbito aparecimento de Cristo, que será visto no céu, em todo o mundo, vindo em glória com seu exército celestial, põe um medo terrível em ambos os lados, convencendo-os que precisam se unir contra um inimigo comum.

Sabemos, a partir de Daniel 2, que o Anticristo nunca conseguirá garantir dominância militar total sobre o mundo. O mais perto que ele chegará, aparentemente, é como comandante militar supremo dos exércitos satânicos na batalha do Armagedom.

"Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão com semente humana, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro." [Daniel 2:43].

Apesar dos melhores esforços da Nova Ordem Mundial e de seus líderes inspirados por demônios, o alto grau de cooperação mútua necessário para manter todos os principais atores trabalhando em uníssono até o fim não será alcançado. Eles podem estar trabalhando de perto um com o outro no momento (atrás dos bastidores), mas à medida que o fim dos tempos se aproximar, a Europa parece perder o controle sobre a Rússia e a China.

"E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro. E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso. E no manto e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores." [Apocalipse 19:14-16].

Louvado seja o nome do SENHOR!


Apêndice A

Daniel 11:36-45, Seguido Impediatamente por Daniel 12:1-3

[36] E este rei fará conforme a sua vontade, e levantar-se-á, e engrandecer-se-á sobre todo deus; e contra o Deus dos deuses falará coisas espantosas, e será próspero, até que a ira se complete; porque aquilo que está determinado será feito.

[37] E não terá respeito ao Deus de seus pais, nem terá respeito ao amor das mulheres, nem a deus algum, porque sobre tudo se engrandecerá.

[39] Mas em seu lugar honrará a um deus das forças; e a um deus a quem seus pais não conheceram honrará com ouro, e com prata, e com pedras preciosas, e com coisas agradáveis.

[39] Com o auxílio de um deus estranho agirá contra as poderosas fortalezas; aos que o reconhecerem multiplicará a honra, e os fará reinar sobre muitos, e repartirá a terra por preço.

[40] E, no fim do tempo, o rei do sul lutará com ele, e o rei do norte se levantará contra ele com carros, e com cavaleiros, e com muitos navios; e entrará nas suas terras e as inundará, e passará.

[41] E entrará na terra gloriosa, e muitos países cairão, mas da sua mão escaparão estes: Edom e Moabe, e os chefes dos filhos de Amom.

[42] E estenderá a sua mão contra os países, e a terra do Egito não escapará.

[43] E apoderar-se-á dos tesouros de ouro e de prata e de todas as coisas preciosas do Egito; e os líbios e os etíopes o seguirão.

[44] Mas os rumores do oriente e do norte o espantarão; e sairá com grande furor, para destruir e extirpar a muitos.

[45] E armará as tendas do seu palácio entre o mar grande e o monte santo e glorioso; mas chegará ao seu fim, e não haverá quem o socorra.

[1] E naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro.

[2] E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno.

[3] Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça, como as estrelas sempre e eternamente.


Apêndice B

Composição da Força Invasora de Gogue-Magogue

Sempre houve muita discussão entre os eruditos bíblicos a respeito da palavra hebraica Rosh nos capítulos 38 e 39 de Ezequiel. A Versão Autorizada do Rei Tiago (KJV) a traduz como chief ("chefe"), como na expressão "príncipe e chefe", enquanto outros acreditam que a palavra é um nome próprio, ou o nome de uma localidade, exatamente como Meseque e Tubal, dois topônimos que aparecem no mesmo verso que Rosh em três ocasiões em Ezequiel. A última interpretação é provavelmente correta, pois Meseque e Tubal foram identificados pelos eruditos com grandes assentamentos urbanos na Rússia.

Em grande medida, esta é uma questão lateral, pois uma referência mais óbvia à localização geográfica do país de Gogue é dada em Ezequiel 38:6, 38:15 e 29:2. As palavras hebraicas relevantes são saponyereka, que a Almeida Corrigida e Fiel traduz como "bandas do norte", mas que também pode ser traduzida como "as partes no mais extremo norte" (ESV, RSV e ASV) ou "partes remotas do norte" (NASB e LSB). Em resumo, o país de Gogue está no extremo norte em relação a Israel. A Concordância de Strong vincula a raiz de sapon com escura, turva e desconhecida — que são descrições apropriadas para esta região remota.

A Palavra de Deus nos diz que esta força invasora é trazida por decreto expresso do Senhor Deus para invadir Israel. Ao fazer isso, Ele está usando essa força como um modo de abalar as nações gentias com uma demonstração devastadora de Seu grande poder. Ele será "santificado" pelo resultado, o que significa que a vitória produzida exclusivamente pelo Seu próprio poder mostrará para o mundo que Ele é o Deus acima de todos os deuses. Portanto, é muito adequado que Ele use um grande império militar, como a Rússia (junto com seus aliados), para este proprósito tremendo:

"E subirás contra o meu povo Israel, como uma nuvem, para cobrir a terra. Nos últimos dias sucederá que hei de trazer-te contra a minha terra, para que os gentios me conheçam a mim, quando eu me houver santificado em ti, ó Gogue, diante dos seus olhos." [Ezequiel 38:16].

A aliança de Gogue inclui os países mencionados nos versos 5 e 6:

"Persas, etíopes, e os de Pute com eles, todos com escudo e capacete; Gômer e todas as suas tropas; a casa de Togarma, do extremo norte, e todas as suas tropas, muitos povos contigo." [Ezequiel 38:5-6].

Os principais aliados citados são a Pérsia (o atual Irã), Etiópia (Cuxe), Líbia (Pute), Gômer e Togarma.

Sabemos também, a partir de Daniel 11:43, que tanto a Líbia e a Etiópia se juntam a Gogue:

"E apoderar-se-á dos tesouros de ouro e de prata e de todas as coisas preciosas do Egito; e os líbios e os etíopes o seguirão." [Daniel 11:43].

O autor Fruchtenbaum está provavelmente correto quando diz (na pág. 108 de The Footsteps of the Messiah) que Pute refere-se, não à Líbia, mas à Somália, que é vizinha da Etiópia.

Poderíamos passar tempo explorando quais países modernos correspondem a essas cinco regiões ou territórios, mas isto não é necessário para o propósito deste ensaio. Para os leitores que desejarem fazer isso, existem muitas informações sobre eles disponíveis on-line.

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Autor: Jeremy James, artigo 399 em http://www.zephaniah.eu
Data da publicação: 12/10/2024
A Espada do Espírito: https://www.espada.eti.br/Apocalipse/gogue.htm