A Paz Perfeita

Autor: Jeremy James, Irlanda, 20/3/2024.

As convenções sociais nos treinam para compreendermos as palavras de um determinado modo. Esta é uma das razões por que a língua evolui lentamente ao longo do tempo. Embora a palavra possa permanecer no léxico, seu significado pode se modificar gradualmente. Um exemplo que os leitores da Bíblia KJV (Versão Autorizada do Rei Tiago) reconhecerão imediatamente é a palavra "let". Alguns séculos atrás, ela significava prevenir ou obstruir, mas hoje significa o oposto.

Nem todas as alterações são tão radicais assim, mas até as pequenas mudanças podem limitar nossa compreensão de algo que foi escrito ou traduzido várias gerações atrás. É por isto que Noah Webster compilou seu famoso American Dictionary of the English Language (Dicionário Americano da Língua Inglesa), que foi publicado em 1828. Ele pôde ver que a linguagem da Bíblia KJV e, portanto, o significado de passagens importantes, poderiam ser afetados pela mudança gradual no significado linguístico com o passar dos anos e palavras-chaves adquirissem tons adicionais de significado, ou perdessem tons de significado, que os tradutores da KJV assumiram que iriam continuar a ser reconhecidos pelos leitores. Webster queria garantir que as palavras em uso comum retivessem o significado que elas tinham na KJV e, portanto, compilou as definições em seu dicionário que atendiam a esse requisito. Os esforços dele neste respeito foram imensamente valiosos.

Webster também sabia que o Maligno tentaria acelerar este processo de decadência, que ele iria tentar solapar o conteúdo teológico de passagens-chaves na Escritura, modificando deliberadamente o significado de certas palavras. Ele provavelmente suspeitava que edições futuras da Bíblia seriam produzidas para o propósito expresso de substituir palavras-chaves com alternativas ligeiramente menos precisas. O quão correto ele estava!

As Revelações Feitas Pelo Dr. Richard Day

Vamos considerar um exemplo. Em 20 de março de 1969, o Dr. Lawrence Dunegan compareceu a um encontro da Sociedade de Pediatria de Pittsburgh, onde o Dr. Richard Day, após a conclusão de sua palestra programada, fez uma série de comentários "com as câmeras e gravadores desligados", que ele tinha certeza que sua audiência, em sua maioria estudantes de medicina, em pouco tempo se esqueceriam. Ele pediu que ninguém fizesse anotações. Mas, o Dr. Dunegan fez caladamente algumas anotações em um guardanapo e, logo depois, escreveu suas lembranças daqueles comentários em maior detalhe. Ele percebeu que o Dr. Day estava revelando detalhes de um "plano" que não era amplamente conhecido, ou sequer imaginado pelo público. (O Dr. Day era um ex-diretor médico da Planned Parenthood). À medida que os anos passaram e as transformações sociais preditas pelo Dr. Day vieram a se concretizar, o Dr. Dunegan percebeu que aqueles comentários feitos sem gravação eram extremamente prescientes. Eles falavam de um programa de alto nível para preparar a sociedade para aceitar uma Nova Ordem Mundial.

Aqui está como o Dr. Dunegan expressou o que os arquitetos da Nova Ordem Mundial tinham planejado para a Bíblia:

"Outra área de discussão foi a religião. Aqui estava um ateu juramentado discursando. E ele disse o seguinte: 'A religião não é necessariamente má. Muitas pessoas parecem precisar da religião com seus mistérios e rituais — de modo que elas terão religião. Mas, as principais religiões hoje têm de ser modificadas por que elas não são compatíveis com as transformações que estão por vir. As velhas religiões terão de desaparecer, especialmente o Cristianismo.'"

"Depois que a Igreja Católica Romana for derrubada, o restante do Cristianismo seguirá facilmente. Em seguida, uma nova religião pode ser aceita para uso em todo o mundo. Ela incorporará alguma coisa de todas as antigas religiões para tornar mais fácil para as pessoas aceitarem e se sentirem em casa com ela. A maioria das pessoas não estará tão preocupada com religião. Elas perceberão que não precisam dela."

"De modo a fazer isto, a Bíblia será modificada. Ela será reescrita para se encaixar na nova religião. Gradualmente, palavras-chaves serão substituídas por novas palavras, que terão vários tons de significado. Em seguida, o significado comectado com a nova palavra pode estar próximo da antiga palavra. E, à medida que o tempo passar, outros tons de significado daquela palavra podem ser enfatizados, e então, gradualmente, essa palavra subsituída por outras palavras. Não sei se estou deixando isto claro."

"Mas, a ideia é que tudo na Escritura precisa ser reescrito, exatamente como palavras-chaves substituídas por outras palavras. E a variabilidade em significado conectado com qualquer palavra pode ser usada como uma ferramenta para modificar todo o significado da Escritura e, portanto, torná-la aceitável para esta nova religião. A maioria das pessoas não saberá a diferença e esta foi outra daquelas vezes em que ele disse: '... os poucos que observarem a diferença não serão suficientes para fazer alguma diferença'."

Podemos ver a partir disto que Noah Webster tinha a capacidade de ver excepcionalmente longe. Ele compreendia a necessidade de ficar muito próximo à Palavra de Deus para preservar intacto o forte fundamento fornecido pela tradução Autorizada do Rei Tiago (KJV). Isto significava reconhecer o modo como o Espírito Santo usou Seu próprio léxico para amarrar juntos os vários fios da teologia divina e apresentá-los de uma forma que pudéssemos compreender.

Podemos apreciar isto melhor quando nosso estudo bíblico regular toca nas palavras originais em grego e hebraico e o modo como elas foram tratadas pelos tradutores.

Quanto Mais Pedimos, Mais Ele Pode Derramar Sobre Nós

Existem incontáveis exemplos em toda a Bíblia onde um tradutor habilidoso, mas descrente deixou de encontrar a palavra correta. Sem a presença do Espírito Santo habitando em nós, somos essencialmente surdos para aquilo que Ele está tentando nos ensinar. E mesmo enquanto Ele está nos ensinando, estamos crescendo em sabedoria e compreensão, de modo que nunca podemos dizer — para nós mesmos, ou para alguém mais — que medimos plenamente as profundezas de Sua Palavra:

"E, se alguém cuida saber alguma coisa, ainda não sabe como convém saber." [1 Coríntios 8:2].

Quantos pregadores e pastores hoje, para não mencionar professores eminentes em seminários e faculdades teológicas, presumem saber de outra forma!

É por isto que devemos fazer muitas perguntas a Deus sobre Sua Palavra. Quanto mais pedimos, mais Ele pode derramar sobre nós.

Vejamos um exemplo.

Sempre chamou minha atenção que os anciãos da igreja e os mestres da Bíblia citam Isaías 9:6 frequentemente, porém nunca veem a necessidade de explicar as três últimas palavras: "Príncipe da Paz".

"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz." [Isaías 9:6].

A maioria dos comentaristas, ao expor esta passagem, faz isso nas mesmas linhas que Albert Barnes, que escreveu:

"O Príncipe da Paz — Este é um modo hebraico de expressão, indicando que ele seria um príncipe pacífico. A tendência de seu governo seria restaurar e perpetuar a paz. Essa expressão é usada para distingui-Lo da massa de reis e príncipes que sentiam prazer em conquistar e derramar sangue. Em contradistinguição a todos estes, o Messias buscaria promover a concórdia universal e a tendência de seu reino seria dar fim às guerras, restaurar a harmonia e a ordem para as nações..."

[Barnes continuou a revisar e atualizar seu Comentário Bíblico durante toda sua vida, e a versão final foi concluída pouco tempo antes de sua morte, em 1870.]

Em seu comentário a respeito do livro de Isaías, H. A. Ironside também seguiu uma visão similar:

"O Príncipe da Paz". Assim Ele foi apresentado para o mundo e anunciado pelos anjos (Lucas 2:14); mas, pelo fato de Ele ter sido rejeitado, não pode haver paz duradoura para Israel ou para as nações, até que Ele venha novamente. Em seguida, Ele será manifestado como Aquele que falará de paz para todos os povos (Isaías 32:1-18). Enquanto isso, tendo feito a paz pelo sangue de Sua cruz, todos que colocam sua confiança Nele têm paz com Deus; e, à medida que aprendemos a entregar nas mãos de Deus em oração tudo aquilo que naturalmente nos perturba ou aflige, a paz preenche nossos corações e controla nossas vidas.

Nem uma dessas interpretações deste precioso título messiânico é imprecisa e, tanto quanto saibamos, elas atendem às expectatias da maioria dos fiéis cristãos. Mas, muito está ausente!

A Horrível Perda da Paz

Quando Adão e Eva se rebelaram contra a soberania de Deus, eles perderam a incrível paz que tinham desfrutado em seu estado imaculado. Isto não se desvaneceu lentamente, mas desapareceu em um instante. A harmonia entre o homem e Deus foi abalada. Eles souberam imediatamente que algo horrível tinha ocorrido. Assim, quando ouviram a voz de Cristo no jardim, eles se esconderam. Eles sabiam que estavam nus! A nudez em questão não era unicamente física, mas espiritual, um estado de total alienação da fonte de toda paz interior.

Cristo foi para a cruz para reconciliar o homem com Deus. Reconciliar significa, neste contexto, restaurar aquilo que foi perdido. A paz que foi perdida no Jardim do Éden foi restaurada no Calvário. Conhecemos isto primeiro como justificação, quando nascemos de novo. Entretanto, isto dá apenas uma amostra daquilo que está por vir. A semente da verdadeira paz é plantada dentro de nós quando somos salvos, mas chegamos a conhecer isto em sua perfeição somente quando os dois próximos passos — a santificação e a glorificação — estiverem concluídos.

A Espera Paciente por Cristo

Estamos aguardando o Príncipe da Paz!

O apóstolo Paulo chamou isto de "paciência de Cristo" [2 Tessalonicenses 3:5].

Ele próprio referiu-se a esse processo de espera — talvez um pouco impacientemente — quando disse: "Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?" [Romanos 7:24].

Ele tinha acabado de se referir à guerra que estava ocorrendo em sua carne, a agitação contínua de sua natureza caída:

"Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros." [Romanos 7:23].

Este é o mesmo "cativeiro" que Adão e Eva experimentaram quando se rebelaram contra Deus. A paz deles desapareceu e uma guerra começou, uma guerra que nunca teve fim, até que o Príncipe da Paz interveio e, a um custo imensurável para Si mesmo, nos libertou do cativeiro da nossa natureza caída.

A paz que Cristo traz é infinitamente superior a qualquer coisa que conhecemos aqui na Terra, muito além da "concórdia universal" que Barnes descreveu, ou a "paz duradoura" entre as nações, às quais Ironside se referiu.

O Príncipe da Paz no Velho Testamento

"O SENHOR te abençoe e te guarde; o SENHOR faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti; o SENHOR sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz." [Números 6:24-26].

Esta oração denota a natureza triúna de Deus. O Espírito Santo nos abençoa e "guarda" (preserva); o Pai faz Sua face resplandecer sobre nós; e o Filho nos dá a paz — "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize." [João 14:27].

Os expositores diferem sobre como esses papéis deveriam ser atribuídos, mas não temos dúvida que esta é a ordem correta. O Espírito Santo nunca mostra Sua face ou aparência para nós, de modo que Ele não pode ser a Pessoa descrita na segunda ou terceira partes. Enquanto isso, a terceira parte precisa se referir a Cristo, o Príncipe da Paz, como aquele que nos dá a paz.

Obtemos confirmação disso no Salmo 110, um grande salmo messiânico, onde em Sua segunda vinda, o Senhor "beberá do ribeiro no caminho" e "levantará a cabeça" Ele perseguirá Seus inimigos, como fizeram Davi e Gideão, e se refrescará em um ribeiro durante a perseguição aos inimigos. Ele então levantará sua cabeça em triunfo — revelando assim suas feições — e continuará sua campanha vitoriosa:

"Jurou o SENHOR, e não se arrependerá: tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque. O SENHOR, à tua direita, ferirá os reis no dia da sua ira. Julgará entre os gentios; tudo encherá de corpos mortos; ferirá os cabeças de muitos países. Beberá do ribeiro no caminho, por isso exaltará a cabeça." [Salmos 110:4-7].

Recebemos uma rápida visão disto na Epístola de Paulo aos Filipenses, onde ele diz:

"E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus." [Filipenses 4:7].

Que declaração admirável! A paz que excede todo o entendimento é a paz que conheceremos somente na glória. Enquanto ainda estamos na carne, estamos acorrentados aos estragos do envelhecimento e à lenta acumulação do salário do pecado, que termina em morte. Como diz o salmista, até em nosso melhor estado — o melhor que conseguimos ser — somos somente vaidade:

"Eis que fizeste os meus dias como a palmos; o tempo da minha vida é como nada diante de ti; na verdade, todo homem, por mais firme que esteja, é totalmente vaidade. (Selá.)" [Salmos 39:5].

É por isto que os fiéis cristãos são orientados a viver na expectativa constante do retorno iminente de nosso Senhor, para a manifestação completa da obra maravilhosa que Ele realizou no Calvário. Como disse o apóstolo Paulo, somente podemos ver isto agora como "por um espelho em enigma", mas quando Cristo retornar, veremos face a face e conheceremos como somos conhecidos:

"Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido." [1 Coríntios 13:12].

Que perspectiva surpreendente para todos que amam a Deus! Estamos a apenas um passo de distância de uma paz que excede todo o entendimento.

Isto tudo é possível por meio do Príncipe da Paz! Este epíteto divino aponta diretamente para tudo que Ele alcançou a nosso favor no Calvário.

Uma Rápida Visão Pessoal da Paz Perfeita

Somos instruídos a nos revestir diariamente com a armadura de Deus, o que envolve ter os pés calçados na preparação do Evangelho da paz (Efésios 6:15). A palavra "preparação" implica prontidão, onde o fiel cristão caminha e se envolve com a vida no conhecimento seguro que, a cada passo, ele está se aproximando de uma paz que excede todo o entendimento.

À medida que crescemos em Cristo, aprendemos a descansar na perspectiva e promessa dessa paz. Em um sentido real, ela já é nossa, pois seu cumprimento final é certo e essa certeza é ela mesma uma amostra da paz que está por vir. Somente temos de entender e aceitar isto.

O Senhor me concedeu muito graciosamente um dia de paz excepcional, cerca de 15 meses após minha conversão. Acordei no domingo, dia 15 de novembro de 2009, em um estado de tranquilidade interior que estava muito distante daquilo que eu noralmente desfrutava, até mesmo em um dia bom. E isto veio do nada. Em não tinha orado pedindo aquilo e não tinha ideia para que serviria. Cancelei meus planos para aquele dia e simplesmente fiquei sentado aqui e ali, desfrutando aquela sensação maravilhosa de bem-estar e de bênçãos. Aquilo foi como se uma guerra em meus ossos tivesse cessado subitamente e minha saúde física e emocional tivesse florescido. Minha mente estava clara e fiquei focado totalmente naquele momento. A proximidade de Deus podia ser sentida cada vez que eu respirava. Aquela experiência durou o dia inteiro.

Quando despertei na manhã do dia seguinte, aquela sensação tinha desaparecido e nunca retornou. Tudo estava de volta ao normal.

Mais tarde, compreendi que Deus estava me ensinando a respeito da verdadeira paz espiritual, a paz que Jesus obteve para nós no Calvário. Aquele dia singular foi uma amostra — embora muito limitada — da paz que excede todo o entendimento.

Paulo estava se referindo a Isaías 64:4, quando descreveu como, por meio da presença do Espírito Santo que habita em nós, podemos conhecer aquilo que os fiés nos tempos passados não podiam saber:

"Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu,e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus." [1 Coríntios 2:9-12].

Os cristãos podem não estar explorando como deveriam "as riquezas incompreensíveis de Cristo" (Efésios 3:8). Dificilmente podemos fazer isso se duvidarmos da existência dessas riquezas, ou se pensarmos nelas somente em termos abstratos. Como diz a Palavra de Deus, Ele é galardoador daqueles que diligentemente o buscam:

"Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam." [Hebreus 11:6].

Cristo não é uma abstração! Ele é uma pessoa real, exatamente como nós, e como nós, Ele também está aguardando. Estamos aguardando por Ele, e Ele está aguardando que Seu Pai o envie para buscar Sua noiva: "E quão preciosos me são, ó Deus, os teus pensamentos! Quão grandes são as somas deles!" [Salmos 139:17].

Ele é o Príncipe da Paz e a paz que Ele oferece — que ultrapassa todo o entendimento — Ele dará abundantemente, sem medida, para todos que creem Nele.

Como o Príncipe da Paz, Ele é a ÚNICA fonte de paz. Os perversos nunca conhecerão a paz. Somente Cristo é paz e, ao rejeitarem a Cristo, os perversos rejeitaram a paz:

"Mas os ímpios não têm paz, diz o SENHOR." [Isaías 48:22].

"Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus." [Isaías 57:21].

Este pronunciamento é feito duas vezes para enfatizar sua importância.

Vemos muito vividamente a intensidade da rejeição deles no capítulo 16 do livro do Apocalipse, onde, apesar da dor agonizante produzida pelos seus pecados, os perversos continuam a vociferar contra Deus e blasfemar Seu santo nome:

"E o quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe permitido que abrasasse os homens com fogo. E os homens foram abrasados com grandes calores, e blasfemaram o nome de Deus, que tem poder sobre estas pragas; e não se arrependeram para lhe darem glória. E o quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino se fez tenebroso; e eles mordiam as suas línguas de dor. E por causa das suas dores, e por causa das suas chagas, blasfemaram do Deus do céu; e não se arrependeram das suas obras." [Apocalipse 16:8-11].

Conclusão

A geração atual evitou as guerras e turbulências que causaram sofrimento para as gerações anteriores. Fomos levados a acreditar que as instituições internacionais estabelecidas após a Segunda Guerra Mundial garantirão que nada como aquilo aconteça novamente. Mas, isto é uma ilusão. As guerras são causadas pela cabala multibilionária que serve a Satanás. Esses homens e mulheres, durante todas suas gerações, sempre encontraram modos de quebrar as alianças, solapar os tratados e fomentar novos conflitos. Como diz a Palavra de Deus: "Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus." (Isaías 57:21). Eles somente toleram a paz como um modo ou uma oportunidade de se preparar para a próxima guerra, e planejar melhores formas de matar ou escravizar um número ainda maior de vítimas.

Poucas pessoas hoje parecem entender que a época atual de paz está prestes a terminar e o mundo será lançado mais uma vez em um conflito horroroso. Os homens ímpios estão planejando isto há décadas, por trás de um muro de mentiras, mantendo as massas nas trevas. Eles veem isto como o único modo de levar seus planos de domínio mundial para o próximo nível.

Os cristãos que equiparam a coesão política e a estabilidade sócio-econômica com a paz que Cristo representa serão grandemente abalados por isto. Isto certamente será o caso entre aqueles que engoliram a mentira do Dominionismo, a falsa crença que o mundo será gradualmente "cristianizado" nas próximas décadas e um grande reavivamento ocorrerá.

Não sabemos quando o Arrebatamento acontecerá, mas sabemos com certeza que os fiéis cristãos não estão livres dos perigos que afligem a condição humana. Aceitamos aquilo que a vida nos traz, vivendo cada dia com o conhecimento que "... todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito." (Romanos 8:28).

A paz interior que desfrutamos como fiéis cristãos continuará a ser um conforto enorme nestes tempos difíceis, mas não podemos ignorar nossa mortalidade. Aqui está como o apóstolo Paulo a descreveu:

"E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo." [Romanos 8:23].

Até mesmo nós, que somos salvos, gememos em nós mesmos. A paz que excede todo o entendimento é garantida, mas ela ainda não é nossa. Apesar disso, se fixamos nossas mentes em Deus, podemos desfrutar do "shalom shalom" de que fala o profeta Isaías:

"Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti." [Isaías 26:3].

"Thou wilt keep him in perfect peace, whose mind is stayed on thee: because he trusteth in thee." [KJV].

As palavras hebraicas que a KJV traduziu como perfect peace são shalom shalom, literalmente "paz perfeita".

O que é mais perfeito nesta terra do que uma paz que ninguém pode tirar?

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Autor: Jeremy James, artigo 382 em http://www.zephaniah.eu
Data da publicação: 5/6/2024
A Espada do Espírito: https://www.espada.eti.br/Apocalipse/pazperfeita.htm