A Agenda Humanista Global e seu Vínculo com o Referendo na Irlanda Sobre o Casamento Entre Pessoas do Mesmo Sexo

Autor: Jeremy James, 12 de junho de 2015.

Um país supostamente conservador acaba de legalizar o "casamento" entre pessoas do mesmo sexo. A Irlanda agora é uma grande defensora dos "direitos" homossexuais. A decisão veio imediatamente após uma votação popular, um plebiscito, em que todo o eleitorado pôde opinar. Esta é a primeira vez que isto aconteceu no mundo. Não foi um decreto imposto pelo governo ou pelo Parlamento, mas uma decisão da vontade do próprio povo. Como tal, a decisão não pode ser revertida ou modificada de forma alguma, exceto por outro referendo similar. Como a Constituição é o instrumento mais fundamental da lei na Irlanda, é improvável que isto venha a acontecer. Em resumo, a mudança é efetivamente permanente. Daqui para frente, os homossexuais poderão se "casar" dentro da lei irlandesa, exatamente do mesmo modo que um homem e uma mulher.

A última batalha de significado europeu travada em solo irlandês foi a Batalha de Aughrim, em 1691, quando Guilherme de Orange derrotou Jaime II e subjugou toda a oposição ao seu controle sobre o trono inglês. Os historiadores futuros provavelmente verão este referendo como uma batalha fundamental na guerra marxista-humanista contra o Cristianismo, com um correspondente impacto sobre os assuntos mundiais.

Na Irlanda, todos com mais de 18 anos de idade têm direito a voto, tanto nas eleições nacionais, locais e nos referendos constitucionais. O comparecimento foi elevado — pouco mais de 60% de todas as pessoas com direito a voto — e o resultado foi decisivo, com 62% votando a favor da mudança constitucional proposta. Se assumirmos que os 40% que não votaram eram indiferentes ao resultado e, assim, não tinham objeção à legalização do casamento entre homossexuais, então somente dois adultos de cada sete se opuseram. Além disso, o resultado foi consistente em todo o país como um todo, e somente um distrito eleitoral, dentre os 43 existentes, rejeitou a proposta.

Uma Grande Vitória para o Socialismo Internacional

O resultado da votação foi uma grande vitória para o socialismo internacional e seu código humanista de ética. O resultado foi auxiliado em um grau significativo pela falha total, tanto da Igreja Católica Romana e das várias igrejas protestantes, de se oporem abertamente à agenda homossexual. Claro, alguns bispos católicos emitiram "cartas pastorais" em defesa do casamento cristão tradicional, que foram lidas nas igrejas locais, mas a voz que se ouvia em todo o país — desde os políticos, a mídia e muitos líderes de igrejas — era desconcertadamente uniforme, isto é, que a proposta do referendo era "tolerante", "moderna", "inclusiva", "igualitária" e que dava o passo corajoso de tratar todas as pessoas de forma igualitária.

Não nos propomos a enfatizar aqui as enormes implicações morais e jurídicas desta insana decisão do povo irlandês, ou o alto nível de intimidação que foi empregado pelos políticos, a mídia, o lóbi homossexual e vários outros grupos para sufocar as opiniões populares discordantes e extinguir toda e qualquer discussão racional da proposta. Por exemplo, foi muito incomum na política irlandesa ver todos os partidos políticos fazerem vigorosamente uma campanha a favor de uma mesma proposta, especialmente uma proposta tão moralmente sensível quanto esta. Claramente, a Elite Globalista decidiu que a Irlanda seria usada como uma vitrine global para o "casamento" homossexual e ordenou que os partidos políticos irlandeses — todos os quais são marionetes pusilânimes — apoiassem fortemente a proposta.

Tampouco temos a intenção de tratar a hipocrisia moral da Igreja Católica Romana na Irlanda, que se moveu tanto para a esquerda, que é agora pouco mais do que um porta-voz para as questões sociais e Teologia da Libertação. A ala conservadora da Igreja Católica foi virtualmente obliterada pelo Vaticano até o ponto em que a intelligentsia comunista e homossexual agora exerce controle total sobre sua agenda. Eles são aqueles que trabalham para a Nova Ordem Mundial e a fusão de todas as religiões em uma única entidade amorfa controlada por Roma. Eles odeiam o Cristianismo bíblico e estão determinados a destrui-lo.

A questão real aqui é mais ampla do que "casamento" homossexual, pois envolve todo o programa de subversão moral que está atualmente em curso no mundo ocidental. Os arquitetos desse programa sabem que um ataque aberto contra os valores cristãos poderia trair suas intenções e estimular a resistência organizada. Em vez disso, eles estão trabalhando duro para desacreditar os valores cristãos tradicionais como fora de moda, excessivamente restritivos e inadequados para as complexidades da vida moderna. Eles também estão promovendo a "tolerância" e a "igualdade" como novos valores morais e usando-as para reinterpretar e redefinir os valores tradicionais.

O Manifesto Humanista de 1933

Qualquer um que duvide da existência desse tipo de programa deve estudar o Manifesto Humanista de 1933. Muitos dos vários objetivos delineados no Manifesto foram buscados por outros grupos por várias décadas (como os Socialistas Fabianos, Marxistas, Psicólogos Freudianos e Darwinistas Sociais), porém, provavelmente, aquela foi a primeira vez que eles foram colocados juntos em um foro quase público e expressos sucinta e candidamente como um programa mundial de transformação.

Hoje, o termo "Humanismo" é usualmente seguido pela palavra "Secular" (ou "Secularizado"), mas a filosofia era chamada originalmente "Humanismo Religioso" e foi descrito assim no Manifesto. Os homens que assinaram o Manifesto estavam propondo uma nova ordem religiosa. No Manifesto, eles dizem: "Há o grande perigo de uma final, e acreditamos fatal, identificação da religião mundial com doutrinas e métodos que perderam seu significado e que são impotentes para solucionar o problema da vida humana no século 20." Eles acreditam que seria "fatal" identificar a religião com "doutrinas e métodos" fora de moda do passado. De acordo como os humanistas, essas doutrinas e métodos tinham pedido seu significado e não eram mais capazes de solucionar os problemas que estão confrontando a humanidade. Quando essas palavras foram publicadas em 1933, a proporção da população geral que concordava com elas provavelmente não era maior do que 5%, talvez até menos Hoje, porém, a maioria da população geral parece concordar. Essa transição na percepção não ocorreu por acaso, mas é o resultado direto do programa lançado em 1933 e patrocinado assiduamente dali para frente pelas pessoas em posição de autoridade.

Eles então dizem: "Hoje, a maior compreensão que o homem tem do universo, suas realizações científicas e a apreciação mais profunda da irmandade, criaram uma situação que requer uma nova declaração dos meios e propósitos da religião." Observe que o programa deles de mudança requer uma nova religião. Isto implica que os valores bíblicos não são mais aceitáveis e precisam ser substituídos por algo melhor. Os principais provocadores da mudança, eles alegam, são o crescimento no conhecimento científico e o maior reconhecimento da "Irmandade" dos homens. Novamente, a maioria das pessoas foi treinada a pensar nessas linhas, para ver a religião tradicional como divisiva, sem base científica e um empecilho à realização saudável do potencial humano.

Eles então dizem que "é óbvio que qualquer religião que pode esperar ser uma força sintetizadora e dinãmica para hoje precisa ser moldada para as necessidades desta época. Estabelecer essa religião é uma grande necessidade do dias atuais." [ênfase adicionada].

Precisamos ser muito claros sobre o que esses homens estavam fazendo em seu Manifesto. Eles estavam escrevendo um manual para uma nova religião mundial. Essa nova religião marcaria "um rompimento completo com o passado". Eles sabiam que aquilo que estavam propondo era tão revolucionário quanto qualquer coisa escrita por Karl Marx, Freud ou Darwin. Mas, eles também sabiam que expressar seus objetivos em termos revolucionários somente fomentaria a resistência. Essa nova religião teria de ser introduzida de forma dissimulada, furtiva.

Em seguida, eles listaram aquilo que acreditavam que deveria constituir os principais princípios dessa nova religião. Comentaremos rapidamente cada um deles, principalmente em referência à agenda subversivra que os globalistas ainda estão procurando implementar:

"Primeiro: Os humanistas religiosos consideram o universo como auto-existente e não criado."

Isto é central para o plano de Satanás. Se ele conseguir fazer os homens se esquecerem de seu Criador, ele terá sido bem-sucedido em "criar" algo próprio, um gigantesco vácuo espiritual nos corações dos homens. Ele pode então ajudá-los a preencher esse vácuo com uma rede complexa de postulados e ilusões. Ele sabe que o homem sempre irá acreditar em alguma coisa, preferencialmente algo que mais agrade à sua natureza caída. Depois que o Criador tiver sido removido do centro da atenção do homem, o campo fica aberto para as soluções alternativas. É por esta razão que este preceito, ou tese, é apresentado primeiro.

"Segundo: O Humanismo acredita que o homem é uma parte da natureza e que surgiu como resultado de um processo contínuo."

Esta tese tem o objetivo de reforçar e estender a primeira. Se não há um Criador, então não há um projetista. Tudo, incluindo o homem, é produto de processos puramente acidentais. O mecanismo que está por trás disto é a Teoria da Evolução. Assim, podemos ver que a pseudociência da Evolução é realmente um ramo da teologia na nova religião conhecida como Humanismo.

"Terceiro: Adotando uma visão orgânica da vida, os humanistas acham que o tradicional dualismo entre mente e corpo deve ser rejeitado."

Em sua encarnação original de 1933, o Humanismo era estritamente materialista. Os aderentes modernos gostam de permitir uma dimensão sobrenatural chamando-a de "paranormal". Isto é geralmente tratado de um modo "científico", usando o jargão da Mecânica Quântica e da Física teórica, desse modo fornecendo às suas fantasias astrais um paradigma materialista. Isto é realmente o panteísmo fora de moda, onde tudo é Um e todos os homens são potencialmente divinos.

O principal propósito desta tese é destruir a crença no reino dos céus, do Cristianismo bíblico. Observe que eles rejeitam o dualismo tradicional de mente e corpo, não o dualismo da Nova Era.

"Quarto: O Humanismo reconhece que a cultura religiosa do homem e da civilização, como descrita claramente pela antropologia e história, é o produto de um desenvolvimento gradual devido à sua interação com o ambiente natural e com o seu patrimônio social. O indivíduo nascido em uma determinada cultura é em grande parte moldado por essa cultura."

Encontramos aqui o homem evoluindo de um estado primitivo a níveis mais altos de cultura e saber. O homem é apresentado como um produto das circunstâncias. É o objetivo do Humanismo "moldar" a humanidade ao longo de linhas mais racionais e desejáveis.

Há muito mais veneno nesta tese do que pode parecer à primeira vista. Ela se baseia na suposição que alguns homens — os sábios — decidirão como a sociedade deve evoluir e quais métodos serão utilizados para esse fim. Os arquitetos da vindoura Nova Ordem Mundial acreditam que a introdução bem-sucedida de uma sociedade planejada cientificamente requererá uma tensa fase de transição, que, quase certamente, envolverá fortes agitações sociais e a insensata resistência de uma minoria empedernida que simplesmente se recusará a ser reeducada.

"Quinto: O Humanismo afirma que a natureza do universo descrito pela ciência moderna torna inaceitável qualquer garantia sobrenatural ou cósmica dos valores humanos. Obviamente, o Humanismo não nega a possibilidade da realidade ainda desconhecida, mas insiste que a maneira de determinar a existência e o valor de todas e quaisquer realidades é por meio da investigação inteligente e pela avaliação das suas relações com as necessidades humanas. A religião deve formular suas esperanças e planos à luz do espírito e método científico."

Este é outro preceito carregado de veneno. Ele rejeita profundamente os valores morais ou espirituais absolutos: Nenhum poder sobrenatural tem qualquer tipo de papel em decidir como os homens devem se comportar; isto somente pode ser decidido pelo próprio homem, com base em seu conhecimento científico existente e em suas realizações. Todos os valores morais são relativos e podem mudar com o tempo em resposta ao conjunto sempre em expansão dos conhecimentos científicos. O fim justifica os meios. Se o critério humanista determinar que alguns homens devem ser eliminados para o bem maior, então a moralidade racional requer que eles sejam eliminados. Este preceito abre a porta para a eutanásia, aborto, infanticídio, seleção genética da população e genocídio.

"Sexto: Estamos convencidos que passou o tempo para o Teísmo, Deismo, Modernismo e as diversas variedades de "novo pensamento."

Provavelmente, esta tese era desnecessária, pois é implicada pelas cinco primeiras.

"Sétimo: A religião consiste daquelas ações, propósitos e experiências que são humanamente significativos. Nada humano é estranho para os religiosos. Isto inclui trabalho, arte, ciência, filosofia, amor, amizade, recreação — tudo o que é em seu grau expressivo de inteligentemente satisfazer a vida humana. A distinção entre o sagrado e o secular não pode mais ser mantida."

Esta tese é admiravelmente sagaz. Tendo usado a palavra "religião", um termo aparentemente circunscrito, para descrever sua nova agenda, eles passam então a defini-la de forma tão ampla que inclui todos os aspectos do comportamento humano. Portanto, os humanistas veem a si mesmos como os únicos árbitros da excelência nos assuntos humanos. e, como verdadeiros panteístas, eliminam qualquer distinção entre o sagrado e o secular. Esta é uma filosofia totalitária tão draconiana e intolerante quanto qualquer outra que já tenha sido concebida por homens obstinados.

"Oitavo: O Humanismo religioso considera que a plena realização da personalidade humana seja o fim da vida do homem, por isso busca o seu desenvolvimento e realização no aqui e agora. Esta é a explicação da paixão social do humanista."

Esta tese rejeita novamente o reino dos céus, da Bíblia, e o substitui pela busca hedonista da "satisfação completa" nesta vida. As trevas patológicas desta "filosofia" provavelmente encontram sua expressão mais palpável nesta tese.

"Nono: No lugar de antigas atitudes envolvidas na adoração e oração, o humanista encontra suas emoções religiosas expressas em um elevado sentido de vida pessoal e em um esforço cooperativo de promover o bem-estar social."

O egoísmo severo do Humanismo é tal que um "elevado sentido de vida pessoal" é descrito como adoração. O Humanismo é a humanidade orando para si mesma.

"Décimo: Segue-se que não haverá exclusivas emoções e atitudes religiosas da espécie até então associadas com a crença no sobrenatural."

A Bíblia é atacada mais uma vez. Há uma hostilidade profudamente assentada em relação a qualquer um que confie na providência de Deus. Esta atitude tornou-se mais intensa com a passagem do tempo e hoje muitos humanistas condenam abertamente os valores definidos de forma sobrenatural como divisivos e contrários ao bem-estar da sociedade em geral.

"Décimo Primeiro: O homem aprenderá a enfrentar as crises da vida em termos de seu conhecimento, da naturalidade e probabilidade delas. Atitudes razoáveis e corajosas serão patrocinadas pelo sistema educacional e suportadas pelos costumes. Assumimos que o Humanismo seguirá o caminho da higiene social e mental e que desestimulará as esperanças sentimentais e irrealistas e os desejos ilusórios."

A intolerância implicada na tese precedente é agora expressa em termos mais diretos. Os humanistas pretendem "desestimular as esperanças sentimentais e irrealistas e os desejos ilusórios". Os cristãos precisarão ser reeducados. Aqueles que acreditam no Arrebatamento e na Segunda Vinda de Cristo são claramente os alvos visados deste preceito insidioso.

"Décimo Segundo: Acreditando que a religião precisa trabalhar cada vez mais para a alegria na vida, os humanistas religiosos visam patrocinar o criativo no homem e incentivar as realizações que aumentem as satisfações na vida."

Encontramos aqui mais um ataque ao Cristianismo e aos valores bíblicos. De acordo com a religião do Humanismo, o homem precisa ter a permissão de aumentar "as satisfações da vida". Na visão deles, ao restringir o comportamento humano, os valores morais absolutos reduzem as satisfações da vida. Assim, o Humanismo não tem dificuldades em aceitar uma ampla diversidade de comportamentos sexuais humanos, pois esses comportamentos aumentam "as satisfações da vida" dos indivíduos envolvidos.

"Décimo Terceiro: O Humanismo religioso acredita que todas as associações e instituições existam para a realização da vida humana. A avaliação, transformação, controle e direção inteligentes dessas associações e instituições com uma visão voltada para a expansão da vida humana é o propósito e programa do Humanismo. Certamente, as instituições religiosas, suas formas ritualísticas, métodos eclesiásticos e atividades comunitárias precisam ser reconstituídos tão rapidamente quanto a experiência permitir, de modo a funcionarem efetivamente no mundo moderno."

O plano Humanista de controlar a sociedade é delineado rapidamente nesta tese. Aqui, eles afirmam que todas as organizações existem para a "realização" e aprimoramento da vida humana. Isto significa que eles excluem Deus e os valores bíblicos não podem avançar de forma alguma. Para que o leitor não perca as implicações disto, eles descrevem de forma bem clara: todas as instituições religiosas precisam ser "reconstituídos tão rapidamente quanto a experiência permitir". Os humanistas veem como seu papel, não apenas promover seu próprio conjunto de valores na sociedade, mas suprimir ativamente qualquer organização que ensine valores opostos aos seus.

"Décimo Quarto: Os humanistas estão firmemente convencidos que a existente sociedade motivada pelo lucro e pela acumulação tem se mostrado inadequada e que uma mudança radical nos métodos, controles e motivos precisa ser instituída. Uma ordem econômica cooperativa e socializada precisa ser estabelecida para que o fim da distribuição equitativa dos meios de vida seja possível. O objetivo do Humanismo é uma socieade livre e universal em que as pessoas voluntária e inteligentemente cooperem para o bem comum. Os humanistas exigem uma vida compartilhada em um mundo compartilhado."

A agenda deles é patentemente marxista (comunista), em que a riqueza será distribuída equitativamente dentro de uma economia planejada de forma centralizada. Embora algumas vezes finjam de forma contrária, os humanistas estão ativamente buscando implementar uma ordem econômica que difere pouco da ordem marxista. Na realidade, o Manisfesto Humanista é simplesmente uma redeclaração da filosofia marxista a partir de uma perspectiva moralista.

"Décimo Quinto e Último: Declaramos que o Humanismo irá: a) afirmar a vida, em vez de negá-la; b) procurar explorar as possibilidades de vida, não fugir delas; e c) procurar estabelecer as condições de uma vida satisfatória para todos, não apenas para alguns poucos. O Humanismo será guiado por esta moral e intenções positivas e, a partir dessa perspectiva e alinhamento, as técnicas e esforços do Humanismo irão fluir."

O senso de superioridade e de elitismo que permeia esta tese está em conflito com os mesmos objetivos que eles afirmam buscar! Por definição, os objetivos que eles estão delineando são definidos por uma elite intelectual e as mesmas "técnicas" que serão usadas para criar a nova sociedade serão projetadas e aprovadas por essa mesma elite. Está implícito na afirmação deles de "afirmar a vida, em vez de negá-la" o direito de definir a vida em seus próprios termos. É por isto que o Humanismo pode legalizar medidas para matar crianças no útero materno e, ainda assim, declarar que afirma a vida.

O Manifesto Humanista de 1973

A Associação Humanista Americana lançou um segundo Manifesto em 1973. Esse manifesto não substituiu ou suplantou o primeiro, mas, aparentemente, teve o objetivo de apresentar uma "visão" para o futuro com base na lógica de seu predecessor.

A versão mais recente foi também bastante franca em sua condenação à religião tradicional — isto é, ao Cristianismo — e aos seus efeitos alegadamente prejudiciais: "As promessas de salvação imortal ou o medo da condenação eterna são ilusórios e prejudiciais. Eles distraem os seres humanos das preocupações atuais, da auto-realização e da correção das injustiças sociais. Não existe evidência confiável que a vida sobrevive à morte do corpo."

Se examinarmos excertos do segundo Manifesto, descobriremos que a variedade mais visionária de Humanismo que ele tenta projetar não somente é hostil em relação ao Cristianismo, mas também mais específica sobre os meios que serão usados para destrui-lo.

Excerto da Tese 1:

"Acreditamos, porém, que as religiões tradicionais dogmáticas ou autoritárias que colocam a revelação, Deus, rituais ou credos acima das necessidades e experiências humanas fazem um desserviço à espécie humana. Qualquer relato da natureza deve passar pelos testes da evidência científica; em nosso julgamento, os dogmas e mitos das religiões tradicionais não passam. Até mesmo nesta época avançada na história humana, certos fatos elementares baseados no uso crítico da razão científica precisam ser reafirmados."

"Mas, não podemos descobrir propósito ou providência divina para a espécie humana. Ao mesmo tempo que existem muitas coisas que ainda não sabemos, os seres humanos são responsáveis por aquilo que são ou em que se tornarão. Nenhuma divindade nos salvará; precisamos salvar a nós mesmos."

A humanidade é descrita duas vezes como "a espécie humana", exatamente como uma das muitas espécies animais que "evoluíram" ao longo de "milhões" de anos. Esse deliberado aviltamento do homem torna muito mais fácil para os engenheiros sociais — a elite humanista — impor "radicalmente novos propósitos e objetivos humanos". Como a crença em Deus faz um "desserviço à espécie humana", o único credo aceitável para um humanista é um credo que satisfaça os "testes da evidência científica". As religiões tradicionais dogmáticas e autoritárias — querendo dizer, é claro, o Cristianismo — precisam ser eliminadas e substituídas por um credo em que "precisamos salvar a nós mesmos".

Em apenas algumas poucas frases o segundo Manifesto define um programa de transformação que irá transformar radicalmente a sociedade e impor novos padrões e normas para o comportamento humano que estarão profundamente divorciados daqueles existentes no Cristianismo. Esta é uma agenda extremista, com implicações horríveis para a liberdade e dignidade humanas. De fato, o livro Beyond Freedom and Dignity (Além da Liberdade e da Dignidade), de B. F. Skinner, tinha sido publicado apenas dois anos antes e esteve na lista dos mais vendidos do jornal The New York Times por 18 semanas. Nele, Skinner, um afamado psicológo, delineou uma metodologia para solucionar todos os problemas sociais por meio da "engenharia cultural", usando as ferramentas do condicionamento operacional. Ele até mesmo identificou a crença popular no livre arbítrio e na dignidade humanas como barreiras para alcançar a utopia que tinha em mente. Embora a maioria dos humanistas tenha o cuidado de nunca fazer uma afirmação desta natureza, eles estão seriamente propondo uma abordagem "científica" para a organização social que é tão draconiana e hostil à liberdade e à dignidade humanas quanto aquela proposta por Skinner. (A propósito, Skinner foi um dos signatários do Manifesto Humanista de 1973.)

Excerto da Tese 2:

"As promessas de salvação imortal ou o medo da condenação eterna são ilusórios e prejudiciais. Eles distraem os seres humanos das preocupações atuais, da auto-realização e da correção das injustiças sociais."

"... a ciência afirma que a espécie humana surgiu a partir de forças evolucionárias naturais. Tanto quanto sabemos, a personalidade total é uma função do organismo biológico que se relaciona em um contexto sociocultural. Não existe evidência crível de que a vida sobrevive à morte do corpo. Continuamos a existir em nossos descendentes e no modo como nossas vidas influenciam os outros em nossa cultura."

Mais uma acusação severa ao Cristianismo. As doutrinas cristãs básicas são condenadas como "ilusórias e prejudiciais". Os humanistas acreditam que o homem deveria buscar a "auto-realização" — outro clichê dos anos 1970s, desta vez a partir da pena da caneta de Abraham Maslow, cujo livro The Farther Reaches of Human Nature (1971), era leitura obrigatória para todos os humanistas. Maslow, junto com Skinner e outros psicólogos proeminentes, usava uma grande quantidade de jargão pseudocientífico para fazer suas teorias mecanicistas parecerem respeitáveis. Em vez de dizerem simplesmente que "o homem é uma máquina" — que é aquilo em que eles basicamente acreditam — eles praticam uma inteligente ginástica semântica para iludir o leitor e ocultar seus principais propósitos. Na verdade, o Humanismo depende em grande parte da pseudociência da Psicologia para apoiar suas visões.

Outra pseudociência que é vital ao Humanismo é a Teoria da Evolução. Por exemplo, eles a usam para suportar declarações como "... a ciência afirma que a espécie humana surgiu a partir de forças evolucionárias naturais." Afinal, se o homem é apenas um "organismo biológico" que apenas "surgiu" (ou emergiu) do solo ao longo de milhões de anos, então os humanistas acreditam que têm o direito de intervir e conscientemente dirigir esse processo evolucionário daqui para frente.

Como já mostramos em um estudo anterior intitulado "A Fraude Gigantesca Conhecida como Teoria da Evolução", a Teoria da Evolução é uma ridícula mistura de magia, imaginação e confusão mental, gerenciada na maior parte por "cientistas" que deixaram de obter sua graduação em uma disciplina científica real. A Teoria é considerada amplamente como uma piada na comunidade científica. Ela foi inventada no século 19 por ateístas britânicos que desprezavam o Cristianismo e queriam um modo "científico" de atacar a Bíblia. Os correspondentes alemães deles deram forte suporte à essa fraude absurda. Todavia, apesar de ser desacreditada repetidamente, ela continua a ser ensinada nas universidades modernas.

Excerto da Tese 3:

"Afirmamos que os valores morais derivam sua força da experiência humana. A ética é autônoma e situacional, não necessitando de sanção teológica ou ideológica. A ética é derivada das necessidades e interesses humanos."

Eles usam o martelo mais uma vez, em sua incansável determinação de destruir os valores bíblicos. Eles não oferecem base para os valores éticos da humanidade, a não ser as normas de comportamento que melhor se adequem à cada situação, o que, por sua vez, será determinado pela elite humanista. Esta tese insidiosa rejeita qualquer distinção absoluta entre o certo e o errado, entre o bom e o mau, entre o moral e o imoral. Ela garante que o homem pequeno e sem poder não tenha defesa alguma contra a elite auto-indicada, que decidirá o que é "certo" e o que é "errado. Se o Estado disser que algo é errado, então é errado e o indivíduo será punido de forma apropriada. Esses valores morais serão totalmente arbitrários e serão utilizados extensivamente para controlar a humanidade. O que os humanistas estão propondo não é em nada diferente do sistema de controle usado pelos tiranos durante séculos. Não será possível processar esses líderes ditatoriais auto-indicados por crimes contra a população em geral, pois as leis morais relevantes não serão reconhecidas. Este é o sonho de todo psicopata.

Excerto da Tese 4:

"O uso controlado dos métodos científicos, que transformaram as ciências naturais e sociais desde a Renascença, precisa ser estendido ainda mais na solução dos problemas humanos."

Encontramos aqui uma palavra que tem sido usada com frequência cada vez maior desde então para justificar a mudança social forçada. Essa palavra é "transformar". Incontáveis indivíduos desequilibrados, charlatães e heréticos a usaram para promover suas visões iludidas. Exatamente como a evolução biológica supostamente "transformou" a ameba primitiva em um ser inteligente, a evolução social pode ser usada para "transformar" as instituições humanas desorganizadas em uma utopia global. "Transformar" é simplesmente a palavra mágica da moda — como a "auto-realização" de Maslow — que opera como um ópio na mente do ouvinte.

Encontramos aqui também a mesma obsessão humanista com a ciência e a aplicação dos métodos científicos. O que eles estão procurando impor é uma ditadura científica em que a tecnologia fornecerá a "solução" para os antigos problemas humanos, enquanto que homens sábios, a elite humanista, supervisionará e dirigirá todo o processo por meio da inescrutável aplicação de suas mentes brilhantes. Basta olharmos para a indústria da informática, a indústria farmacêutica, o sistema bancário, a indústria de armamentos e diversas outras empresas fundadas com base na sofisticação tecnológica avançada para ver que este paradigma está seriamente enganado. Nenhuma tecnologia é maior do que as pessoas que a usam e controlam. E se, como os humanistas alegam, nenhum valor moral absoluto for aplicado na sociedade cientificamente planejada que eles estão criando, a tecnologia avançada do futuro será explorada de forma ainda mais vigorosa do que é hoje para controlar e escravizar as massas humanas.

Excerto da Tese 5:

"Rejeitamos todos os códigos religiosos, ideológicos ou morais que denigrem o indivíduo, suprimem a liberdade, anulam o intelecto e desumanizam a personalizadade. Acreditamos na máxima autonomia individual condizente com a responsabilidade social."

Esta parece ser mais uma frase de afirmação política do que uma tese social. Na prática, ela servirá como uma licença para solapar e destruir todas as instituições que forem consideradas ofensivas pelas minorias radicais. O período preparatório para o Referendo Irlandês sobre o "casamento" entre pessoas do mesmo sexo ofereceu um exemplo de livro-texto de como essa licença pode ser invocada. O radical lóbi homossexual propagou suas reclamações com tanta indignação e intensidade que suprimiu toda a discussão racional das questões envolvidas. Tornou-se algo similar a um crime de ódio querer debater as implicações desses tipos de "casamentos". É assim que a estratégia humanista opera. Como rejeitam todos os pontos de vista contrários ao seu próprio, eles tornam virtualmente impossível debater as questões de forma racional. Qualquer um que se atrever a contestar a posição deles é rejeitado como preconceituoso, alguém cujos valores morais "denigrem o indivíduo" ou "suprimem a liberdade". É assim que eles intimidam suas vítimas, sufocam o debate e escondem as implicações subversivas de todo o seu programa.

Excerto da Tese 6:

"Na área da sexualidade, acreditamos que as atitudes intolerantes, frequentemente cultivadas pelas religiões ortodoxas e culturas puritanas, reprimem indevidamente a conduta sexual. Os direitos ao controle da concepção, ao aborto e ao divórcio deveriam ser reconhecidos. Ao mesmo tempo que não aprovamos as formas degradantes e exploradoras da expressão sexual, também não desejamos proibir, por lei ou sanção social, o comportamento sexual entre adultos consensuais. As muitas variedades de experimentação da sexualidade não deveriam em si mesmas ser consideradas 'más'. Sem permitir a permissividade irracional ou a promiscuidade desenfreada, uma sociedade civilizada deveria ser uma sociedade tolerante. Se não prejudicam terceiros, nem os obrigam a fazerem o mesmo, os indivíduos devem poder livremente expressar suas inclinações sexuais e seguir o estilo de vida que quiserem. Desejamos cultivar o desenvolvimento de uma atitude responsável em relação à sexualidade, em que os seres humanos não são explorados como objetos sexuais e em que a intimidade, a sensibilidade, o respeito e a honestidade nas relações interpessoais são encorajados. A educação moral para as crianças e adultos é um modo importante de desenvolver a conscientização e a maturidade sexual."

Esta tese está carregada de intenções subversivas. Naturalmente, ela pode ser contada como mais um ataque à Bíblia — eles raramente perdem uma oportunidade de acusar o Cristianismo por todos os males imagináveis. A tese também contém diversas suposições não declaradas, em particular que controlar os impulsos sexuais é de algum modo prejudicial ao indivíduo ou à sociedade em geral.

Esta tese deve agradar grandemente aqueles que praticam a troca de casais, homens e mulheres que se encontram regularmente para praticar atos sexuais aleatórios, em pares ou em grupos. É notável que, apesar de seus princípios relativistas, o Humanismo eleva a promiscuidade e a experimentação sexuais ao nível de um direito moral absoluto.

É significativo que "inclinações sexuais" e "estilos de vida" estejam vinculados nesta tese. Um grande segmento do lóbi homossexual há muito tempo defende que a expressão sexual é uma escolha de estilo de vida e que as distinções de gênero não deveriam depender da biologia somente. É por isto que estamos vendo hoje uma proliferação de "gêneros" — tipologias de gênero auto-definidas — e escolhas de estilo de vida que os praticantes alegam serem consistentes com a natureza e, portanto, completamente morais. Para aqueles que duvidam da influência social e política do Manifesto Humanista, este fato somente é evidência indisputável que suas teses subversivas tiveram um impacto significativo sobre a política do governo e do comportamento social. Há uma conexão direta entre a Tese 6 acima e o Referendo Irlandês de 22 de maio de 2015.

A tese também propõe a educação das crianças em moralidade sexual. De todos os sinistros e enganosos elementos nos dois Manifestos, este é provavelmente o mais repulsivo. Estas pessoas arrogam para si mesmas o direito de ensinar moralidade sexual para as crianças! Lembre-se, a "moralidade" que eles têm em mente não tem absolutamente nada que ver com a moralidade cristã — que eles abertamente desprezam — mas é o tipo de moralidade mostrada em revistas eróticas e pornográficas como Hustler, Heavy Metal, Pink Magazine, Lesbian News, Queer Life, Gayzette, Frock Magazine, Swingers Magazine, etc. Se os leitores dessas revistas optam por uma forma aberrante de expressão sexual, isto é uma escolha deles. Mas, é imensamente prejudicial para as crianças apresentar comportamento sexual aberrante, seja no domínio da sexualidade, ou em qualquer outro, como normal, desejável, ou saudável.

Um aspecto adicional desta tese altamente subversiva é que os próprios adultos precisarão ser reeducados, para que possam alcançar a "maturidade sexual". A inferência aqui é que essas pessoas são incapazes de educarem seus próprios filhos em assuntos sexuais e precisam, portanto, entregar essa tarefa ao Estado. Outros elementos do programa humanista sugerem que os pais que se recusarem a permitir que seus filhos recebam doutrinação desta forma serão criminalizados e tratados de forma apropriada.

Se alguém quiser enfocar apenas um aspecto do Humanismo e expor o fascismo descarado que permeia toda a agenda, então reflita longamente sobre a Tese 6 a partir do Manifesto de 1973. Ela é nada menos que uma proposta de criar um sistema imposto pelo Estado para a doutrinação sexual de crianças inocentes — todas as crianças do país — e ensiná-las que a perversão sexual é normal, aceitável e sadia. Por sua própria natureza, essa doutrinação irá também incentivar a experimentação sexual precoce por parte das crianças e torná-las extremamente vulneráveis à ação de adultos predadores.

O povo irlandês deu uma grande contribuição à realização desse objetivo quando votou a favor do "casamento" homossexual no referendo de 22 de maio de 2015.

Excerto da Tese 7:

"Para expandir a liberdade e a dignidade, o indivíduo precisa experimentar amplas liberdades civis em todas as sociedades. Isto inclui liberdades de expressão e de imprensa, liberdade de associação e liberdades artística, científica e cultural. Também inclui um reconhecimento do direito de um indivíduo de morrer com dignidade, o direito à eutanásia e ao suicídio."

Mesmo após Skinner, um líder no movimento Humanista, ter rejeitado a liberdade e a dignidade como ilusórias em seu livro sucesso de vendas de 1971, o Manifesto ainda tem a audácia de usar as mesmas palavras para justificar mais uma de suas bizarras propostas. O assim chamado "direito de morrer com dignidade" é um eufemismo para suicídio. Para uma filosofia que nega dignidade até para os vivos, esta tese não poderia ser mais irônica. Como diz a Bíblia, "... todos os que me odeiam amam a morte" (Provérbios 8:36b). O Humanismo confere mais "dignidade" à morte do que à vida, onde a engenharia social coercitiva e um sistema depravado de moralidade levarão inevitavelmente à criminalização do Cristianismo.

Excerto da Tese 8:

"Estamos comprometidos com uma sociedade aberta e democrática. Precisamos estender a democracia participativa em seu verdadeiro sentido para a economia, escola, família, local de trabalho e associações voluntárias... Todas as pessoas devem ter voz no desenvolvimento dos valores e objetivos que determinam suas vidas. As instituições devem ser responsivas aos desejos e necessidades que forem verbalizados... As pessoas são mais importantes do que decálogos, regras, prescrições e regulamentações."

Exatamente quando parece que o humor negro deles já atingiu o apogeu, eles se vangloriam de seu comprometimento com "uma sociedade aberta e democrática". O Humanismo professa ser científico e não pode, portanto, ser democrático. Por definição, uma disciplina científica precisa colocar de lado as considerações subjetivas e as opiniões pessoais de seus praticantes. Isto significa que ninguém pode ter uma "voz" no desenvolvimento de qualquer coisa que esteja em conflito com as descobertas da ciência do Humanismo. Se os "sábios", a elite governante, emitir um decreto, então esse decreto é vinculante sobre toda a sociedade, como qualquer lei natural.

A aversão deles ao Cristianismo é tamanha que esta tese condena explicitamente os Dez Mandamentos. Não estamos lidando aqui com um grupo que quer honrar e respeitar a ordem natural, mas que quer colocar de cabeça para baixo qualquer coisa que possa dar credibilidade à Bíblia e aos seus ensinos. Podemos nos lembrar aqui dos cinco "eu irei" proferidos por Satanás em Isaías 14:13-14: "Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo." A elite humanista tem a mesma ambição que Satanás. Eles querem colocar Deus de lado, criar suas próprias leis morais, controlar o mundo natural por meio da tecnologia, estabelecer a ciência do bem e do mal e exaltar a si mesmos acima das massas humanas.

Excerto da Tese 11:

"O princípio da igualdade moral precisa ser levado adiante por meio da eliminação de toda a discriminação baseada em raça, religião, sexo, idade ou nacionalidade."

Como já observamos, o Humanismo tenta introduzir duas novas leis morais, a Lei da Tolerância e a Lei da Igualdade. Em seguida, ele usa essas leis fabricadas para redefinir toda a moralidade. A Lei da Igualdade dá grande poder e influência para as assim chamadas minorias. Qualquer grupo que se sinta ofendido, sem distinção, recebe agora uma "voz" — veja a Tese 8 — e a permissão de exigir paridade ou igualdade, dentro da lei, com qualquer outro grupo. Enquanto isso, a Lei da Tolerância torna muito difícil para o grupo majoritário fazer um desafio racional à esta exigência. Toda sociedade tem uma proporção de desajustados e de criadores de problemas. Esta tese permite que eles exerçam influência social e política totalmente desproporcional aos seus números, e até normalizem um comportamento que é claramente anormal.

A inclusão da "religião" nesta tese é outra ocorrência de humor negro. O que eles realmente querem dizer é qualquer religião, exceto o Cristianismo. No manual humanista de engenharia social, o Cristianismo é o inimigo, pois está em conflito com praticamente todos os princípios do Humanismo. Além disso, como ele também contém um Decálogo — que horror — não pode receber tratamento igual. De fato, se o Humanismo ficar raízes em todo o mundo, o Cristianismo não poderá ser tolerado.

Já deve ser óbvio neste ponto que o Humanismo tem somente um propósito real, que é o de destruir o Cristianismo. Sob um véu de ideias expressas de um modo vago, aforismos pseudocientíficos e altruísmo raso, ele visa repetidamente o mesmo alvo.

Excerto da Tese 12:

"Deploramos a divisão da humanidade em nacionalidades. Atingimos um ponto decisivo na história humana em que a melhor opção é transcender os limites de soberania nacional e avançar em direção à construção de uma comunidade mundial em que todos os setores da família humana possam participar. Assim, desejamos o desenvolvimento de um sistema de Lei Internacional e de uma ordem global baseados em um governo federal transnacional. Isto requer pluralismo e a diversidade culturais."

"... Portanto, reafirmamos um comprometimento com a construção de uma comunidade mundial, ao mesmo tempo que reconhecemos que isto nos compromete a tomar algumas decisões difíceis."

Pode não ter sido evidente nas palavras do Manifesto de 1933 que os humanistas tinham uma agenda global, mas esta tese do Manifesto de 1973 torna suas ambições políticas bem claras. Eles querem criar um "governo federal transnacional", um governo mundial, por assim dizer.

Eles têm a audácia de falar sobre "a família humana", ao mesmo tempo que endossam propostas que têm o objetivo de solapar e destruir a família natural. A agenda homossexual é central para esse objetivo malicioso. Quando distinções de gênero não contam mais, quando os homens podem ser "mães" e "esposas", quando a intimidade sexual não tem conexão com a fidelidade marital, quando a paternidade depende somente de uma cláusula em um contrato entre dois homossexuais, quando os pais são forçados a entregarem seus filhos à doutrinação sexual pelo Estado, então a família natural, a família cristã tradicional, já foi despedaçada. Quando eles falam de transcender a soberania nacional, querem dizer a eliminação dos estados-nações independentes. Na visão Globalista-Humanista do futuro, os países soberanos que existem hoje serão nada mais que divisões administrativas em uma confederação global chamada "Terra", ou talvez "Mãe Terra".

Como dissemos em um estudo anterior, os globalistas — e isto inclui o Vaticano — querem o fim daquilo que chamam de Sistema Vestfaliano. Roma detesta o sistema de países soberanos que emergiu com a Paz de Vestfália, em 1648. Em um documento produzido pelo Conselho Pontifício para Justiça e Paz, do Vaticano, intitulado Towards Reforming the International Financial and Monetary Systems in the Context of Global Public Authority (Reformando os Sistemas Monetário e Financeiro Internacionais no Contexto da Autoridade Pública Global, 2011), foi proposta a criação de um sistema global centralizado de governança e a abolição do existente sistema "vestfaliano".

"Portanto, existem condições para irmos definitivamente além da ordem internacional 'vestfaliana' em que os Estados sentem a necessidade de cooperação, mas não aproveitam a oportunidade de integrar suas respectivas soberanias para o bem comum das pessoas. É tarefa da geração atual reconhecer e conscientemente aceitar essas dinâmicas do novo mundo para o alcance de um bem comum universal."

Alguns leitores podem estar surpresos que o Manifesto Humanista e a Igreja Católica Romana estejam ambos propondo a abolição dos Estados soberanos e a criação de um governo federal transnacional. Mas, eles compartilham a mesma visão do controle global com o Marxismo, Maçonaria e Islã. Cada um deles espera emergir como o vencedor. Os líderes políticos atuais, de todas as orientações, têm uma verdadeira obsessão pela criação de um governo mundial unificado. Entretanto, eles sabem que se forem abertos demais sobre suas intenções, provavelmente terão de enfrentar a resistência popular. Portanto, nas décadas recentes, eles se contentaram em fazer sua agenda avançar furtivamente. Até mesmo a criação dos gabinetes do Presidente Europeu e do Secretário Europeu das Relações Exteriores, em fins de 2009, foi um assunto que deliberamente recebeu pouca divulgação na mídia.

Poucas pessoas hoje estão cientes da existência desses cargos e menos ainda saberiam dizer os nomes dos atuais ocupantes (Donald Tusk, da Polônia, e Frederica Mogherini, da Itália). De acordo com a Wikipedia, o primeiro "Presidente do Conselho Europeu", Herman Van Rompuy, recebeu a seguinte extraordinária lista de honrarias:

Esta lista revela o quão de perto estas indicações, e outras similares, estão vinculadas com o sistema pouco conhecido de linhagens sanguíneas e conexões familiares da elite, que controla a Europa. Por exemplo, a Primeira Secretária Europeia das Relações Exteriores (Alta Representante para as Relações Exteriores), a baronesa Catherine Ashton, da Grã-Bretanha, nunca foi eleita para cargos públicos em parte alguma do mundo.

É útil ver o modo como essas várias organizações se interconectam. Pode não ser imediatamente aparente que as pessoas que estão por trás do Manifesto Humanista e aqueles que controlam o Vaticano estão no mesmo time, como estavam, e que esse time inclui e, provavelmente, é liderado pela rede de poder da elite que controla a Europa. Mas, se simplesmente conectarmos os pontos, um padrão discernível aparecerá. Por exemplo, os assim chamados Direitos Humanos incorporados em diversas legislações da UE são muito similares aos "direitos" sacramentados nos dois Manifestos Humanistas. Enquanto isto, o Vaticano está começando a endossar abertamente a Teologia da Libertação, que não é nada menos que marxismo com um falso verniz cristão.

Vale também a pena comparar o estranho comentário na Tese 12 do Manifesto Humanista (1973) com um comentário similar no documento do Vaticano citado anteriormente:

"Portanto, reafirmamos um comprometimento com a construção de uma comunidade mundial, ao mesmo tempo que reconhecemos que isto nos compromete a tomar algumas decisões difíceis." [Manifesto Humanista].

"Em um mundo a caminho da rápida globalização, a referência a uma Autoridade mundial torna-se o único horizonte compatível com as novas realidades do nosso tempo e com as necessidades da humanidade. Todavia, não deve ser esquecido que esse acontecimento, dada a natureza humana ferida, não virá sem angústia e sofrimento." [Documento do Vaticano, 2011].

A "comunidade mundial" e a "autoridade mundial" que estas pessoas têm em vista não se tornarão realidade sem "algumas decisões difíceis", bem como "angústia e sofrimento". Estes são meramente eufemismos cínicos para a violência e discórdia generalizadas. Compare estes comentários com um similar, do escritor inglês H. G. Wells: "... quando a luta parecer estar sendo levada definitivamente em direção a uma democoracia social mundial, ainda poderão haver grandes atrasos e desapontamentos antes de ela se tornar um sistema mundial eficiente e benevolente. Um número incontável de pessoas... odiará a nova ordem mundial... e morrerá protestando contra ela." (The New World Order, 1939). Ou compare com este outro, de Brock Chisholm, o primeiro Secretário-Geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), feito em 1946: "Existe algo a ser dito para assumir a responsabilidade do nosso próprio destino, para gentilmente colocar de lado os errôneos modos antigos de nossos idosos, se isto for possível. Se não puder ser feito de forma gentil, precisará ser feito de forma grosseira, ou até violentamente."

Os globalistas sabem que seus planos não podem ser implementados sem um imenso sofrimento humano. Foram necessárias as mortes de dezenas de milhões de pessoas inocentes, tanto na Rússia quanto na China, para tornar as duas ferramentas obedientes da "democracia social". A União Europeia requereu duas Guerras Mundiais e mais de 90 milhões de mortos. A vindoura Nova Ordem Mundial provavelmente exigirá um número de mortes muito maior ou, como os humanistas gostam de dizer, "algumas escolhas difíceis".

Excerto da Tese 14:

"A comunidade mundial precisa se envolver no planejamento cooperativo referente ao uso dos recursos que estão se exaurindo rapidamente. O planeta Terra precisa ser considerado um único ecossistema. Os crimes ecológicos, o esgotamento dos recursos naturais, o excessivo crescimento populacional precisam ser restringidos por acordos internacionais. O cultivo e conservação da natureza é um valor moral; devemos ver a nós mesmos como parte integral das origens do nosso ser na natureza. Precisamos livrar nosso mundo da poluição e do desperdício desnecessários, guardando e criando a riqueza de forma responsável, tanto natural quanto humana. A exploração desenfreada dos recursos naturais, sem preocupações e consciência social, precisa terminar."

Além dos dois novos valores morais já identificados — a Lei da Tolerância e a Lei da Igualdade — os humanistas inventaram outro: "o cultivo e conservação da natureza". Eles estavam entre os primeiros grupos anticristãos a introduzir a agenda verde como uma ferramenta da opressão moral e social. Quando avaliado em relação a esse novo "valor moral", o próprio indivíduo é uma ameaça ao "bem maior", simplesmente por existir. Como cada indivíduo impõe uma carga sobre o meio ambiente e é uma ameaça potencial ao ecossistema, uma autoridade central — como um governo mundial — é necessária para garantir que a carga agregada da população sobre o meio ambiente seja mantida dentro de certos parâmetros aceitáveis. Isto poderá requerer a imposição de controles sobre o "excessivo crescimento populacional". A forma exata como esses controles serão impostos não está clara. Poderiam eles incluir a esterilização em massa ou na eutanásia coercitiva? Possivelmente. Não há um modo de saber o quão longe eles irão, pois o Humanismo rejeita os absolutos morais de todos os tipos. Cada decisão moral depende da situação. Portanto, se a autoridade central considerar que uma solução radical é necessária, então a solução é "moral" por definição.

A tese contém uma cláusula peculiar: "devemos ver a nós mesmos como parte integral das origens do nosso ser na natureza". Isto parece dizer que o homem precisa ver a si mesmo como uma parte integral da natureza e, portanto, sujeito às mesmas leis ambientais que se aplicam geralmente em todo o mundo natural. Na verdade, esta é uma declaração que deveria provocar calafrios, pois implica que o homem é simplesmente uma espécie animal, como qualquer outra, e precisa ser tratado de forma apropriada. Assim, se grandes números de pessoas tiverem de sobreviver com um suprimento alimentar grandemente reduzido, ou ser confinados dentro de uma área designada, de modo a apoiar o ecossistema regional, ou os objetivos do desenvolvimento sustentável, então é moralmente correto impor esse tipo de exigência.

A Agenda 21

O programa das Nações Unidas conhecido como Agenda 21 está repleto de pensamentos deste tipo, em que o homem é tratado como apenas outra espécie animal e precisa estar submisso a uma ampla variedade de controles. Na verdade, a Agenda 21 é um projeto verdadeiramente sinistro. Ela mostra exatamente o quão longe os globalistas estão preparados para ir para regular a sociedade e criar uma nova ordem internacional.

A ciência não confiável que está por trás do aquecimento global criado pelo homem é parte deste programa. Muitos cientistas altamente respeitados já rejeitaram o aquecimento global como não genuíno. Tanto os modelos teóricos sobre os quais ele está baseado e a metodologia de coleta de dados que ele utiliza têm sérias imprecisões. Se fosse sujeita aos mesmos padrões rigorosos que se aplicam aos outros ramos da ciência, a assim chamada "ciência" do aquecimento global criado pelo homem seria considerada risível por qualquer tribunal. Mas, ela continua a sobreviver por que os globalistas podem financiar uma quantidade infindável de projetos de pesquisa que se propõem a provar que ela é verdadeira. Por outro lado, muito pouco financiamento é oferecido para os projetos que contestam estas afirmações, e os poucos que sobrevivem ao sistema hostil de revisão pelos pares e conseguem ser publicados em alguma revista científica respeitável, são ignorados ou rejeitados como deficientes pelos acadêmicos globalistas.

Em adição a tudo isto, a agenda verde, com seu charlatanismo científico e afirmações espúrias, tira proveito da definição humanista do homem como apenas outra espécie animal. Como tal, ele é obrigado a se submeter ao mesmo conjunto de leis ecológicas que operam no mundo natural. Além disso, ele não pode afirmar ser a única espécie com "direitos", mas precisa conceder "direitos" similares aos outros animais que possuem características de comportamento análogas. Assim, é argumentado, o gorila e outros primatas têm direitos inerentes e inalienáveis que precisam ser protegidos pela lei. Em 2010, o sistema legislativo da Bolívia aprovou uma lei conhecida como Ley de Derechos de la Madre Tierra (Lei dos Direitos da Mãe Terra). Dentro desta lei, a Terra tem personalidade jurídica e pode ajuizar nos tribunais, por meio de seus representantes humanos, para exigir seus direitos.

Em resumo, a Tese 15 do Manifesto Humanista (de 1973) provou ser uma grande arma nas mãos da elite global.

Excerto da Tese 15:

"Décimo Quinto: Os problemas do crescimento econômico e do desenvolvimento não podem mais ser solucionados por um país somente; esses problemas têm abrangência mundial. É obrigação moral dos países desenvolvidos fornecer — via uma autoridade internacional que salvaguarde os direitos humanos — maciça assistência técnica, agrícola, médica e econômica, incluindo técnicas de controle da concepção, para as porções subdesenvolvidas do globo. A pobreza mundial precisa acabar. Portanto, as desproporções extremas em riqueza, renda e crescimento econômico devem ser reduzidas em escala mundial."

Esta é uma proposta patentemente marxista. De acordo com os humanistas, há uma "obrigação moral" dos países desenvolvidos de distribuir sua riqueza às "porções subdesenvolvidas do globo". Isto precisará assumir a forma de uma "maciça assistência". Esta é, na verdade, a Lei da Igualdade operando em uma escala global.

Independente dos seus esforços de trabalhar e conquistar aquilo que hoje possui, sempre haverá alguém, em algum lugar do planeta, que tem menos e que pode fazer uma reivindicação moral sobre parte dos seus bens. A palavra tradicional usada para isto é "roubo", mas hoje é chamada de "redistribuição da riqueza". Os marxisitas, humanistas e a Igreja Católica Romana são ardorosos defensores da redistribuição. Eles acreditam — corretamente — que se puderem empobrecer as nações mais ricas, poderão impor uma nova ordem mundial e um governo mundial com pouca oposição.

Excerto da Tese 16:

"A tecnologia é uma chave vital para o progresso e desenvolvimento humanos."

Há séculos que os tambores do materialismo bateram a mesma mensagem, isto é, que a ciência eventualmente solucionará todos os problemas da humanidade e até trará a genética até o ponto em que os ser humano nunca envelhecerá. Este é o tipo de bobagem sem sentido em que todo o sonho humanista está baseado!

Alguém pode pensar que os humanistas estão cientes dessa suposição grosseiramentei irracional, mas eles não estão. Por terem rejeitado Deus, eles não têm nada diante de si, a não ser o abismo do morte e das trevas eternas. Portanto, eles se agarram a essa tola esperança. Eles parecem indispostos a admitir que todos os seus igualmente iludidos predecessores estão mortos. Skinner está morto. Maslow está morto. Karl Marx está morto. Freud está morto. Darwin está morto. Todos os grandes heróis deles envelheceram e morreram. Depois de tudo o que disseram e fizeram, eles estão todos mortos. O que faz os humanistas atuais acreditarem que o futuro será diferente para eles?

O Projeto do Genoma Humano foi avançado com grande rapidez de modo a apressar o dia em que os humanistas e os líderes dos Illuminati terão corpos imortais. A assim chamada ciência do "Transumanismo" prevê um dia, em um futuro próximo, em que os órgãos cansados do corpo serão rotineiramente substituídos por cópias biossintéticas e quando a memória humana e a função cognitiva, para não mencionar a "consciência" do indivíduo, serão transferidas para computadores quânticos.

É absolutamente incrível que homens e mulheres confiem nesse tipo de tolice e que rejeitem as promessas de Cristo.

A morte atemoriza essas pessoas. Todavia, elas ouviram por tanto tempo as mentiras de Satanás que realmente acreditam que possam superar a morte. De algum modo, elas imaginam que a força sobrenatural profana que controla suas vidas, no tempo devido lhes concederá a imortalidade. Mas, ela não irá. A energia luciferiana da Maçonaria é a "luz" das trevas. Como diz a Palavra de Deus, a terra em que elas entrarão depois da morte será muito diferente daquilo que esperam:

"Terra escuríssima, como a própria escuridão, terra da sombra da morte e sem ordem alguma, e onde a luz é como a escuridão." [Jó 10:22].

Não haverá "ordem a partir do caos", nenhuma luz que dá a vida, apenas a falsa luz que Satanás usa para iludir suas vítimas. Um dia, os humanistas estarão diante de Cristo para serem julgados, e serão então responsabilizados por terem se recusado a aceitar a luz de Cristo, a luz sobrenatural em que não há trevas.

Muitos dos Illuminati — humanistas luciferianos — acreditam na reencarnação. Eles esperam renascer em um novo corpo aqui na Terra, em alguma data futura, em um estado correspondente com a posição que ocupam diante de Lúcifer. Mas, a reencarnação é outra das grandes mentiras de Satanás. No fim do Milênio, Cristo lançará Satanás no lago de fogo, junto com os anjos caídos e os homens rebeldes que deram ouvidos ao chamado de Satanás e o seguiram. Para aonde ele for, eles também irão — por toda a eternidade.

Infelizmente, esses homens iludidos acreditam que não somente possam vencer a morte, mas que também poderão escapar do julgamento de Deus. Mas, isto não é possível. Todos terão de prestar contas. Embora eles possam ser reverenciados hoje pelos seus pares, até as pessoas mais eminentes no mundo hoje estão sujeitas à morte física e ao julgamento divino. Não haverá exceções.

A Agenda Comunista nos Estados Unidos

Vale a pena comparar os objetivos dos humanistas com aqueles de seus companheiros de viagem comunistas. A filosofia do Humanismo é, essencialmente, um subconjunto do Marxismo, com se fosse o "código de ética" marxista. Portanto, não devemos estar surpresos em encontrar vínculos estratégicos explícitos entre os dois. Em 10 de janeiro de 1963, 45 objetivos comunistas para a subversão dos EUA, conforme apresentados em The Naked Communist, de Cleon Skousen, foram lidos e entraram para os Registros do Congresso. Eles incluíram o seguinte:

Item 11: Promover a ONU como a única esperança para a humanidade. Se a Carta da ONU for reescrita, exigir que ela seja configurada como um governo mundial único e com suas próprias forças armadas independentes.

Temos aqui o objetivo humanista de um governo de um mundo unificado, com uma grande instituição transnacional, a ONU, sendo usada para introduzir esse governo. Isto é similar à Tese 12 do Manifesto Humanista de 1973: "um sistema de Lei Internacional e de uma ordem global baseados em um governo federal transnacional". Além disso, os comunistas, como os humanistas, levam as massas a acreditar que o governo mundial é a única solução para os problemas enfrentados pela humanidade. Isto sugere uma disposição da parte deles de criar, ou exacerbar, os problemas que somente um governo global poderá tratar de forma eficaz.

Item 16: Usar decisões técnicas dos tribunais para enfraquecer as instituições americanas básicas, afirmando que suas atividades violam os direitos civis.

Isto é similar ao Humanismo, em que os valores tradicionais são atacados e diluídos, afirmando que eles violam os direitos das assim chamadas minorias. Tanto os comunistas quanto os humanistas odeiam os valores tradicionais, embora não necessariamente pelas mesmas razões.

Item 25: Destruir as normas culturais de moralidade, promovendo a pornografia e a obscenidade em livros, revistas, filmes, rádio e televisão.

Descobrimos aqui que os comunistas estão tão desejosos quanto os humanistas em normalizar o desvio sexual. Ambos estão preparados para infiltrar e influenciar as instituições-chaves para este propósito, notavelmente no setor educacional e na indústria do entretenimento.

Item 26. Apresentar a homossexualidade, a degeneração e a promiscuidade como "normais, naturais e saudáveis".

Este objetivo fala por si mesmo. Nas últimas décadas, o público foi continuamente condicionado a acreditar que a homossexualidade é "normal, natural e saudável". O lado tenebroso dessa condição socialmente prejudicial quase nunca é mostrado.

Item 27: Infiltrar as igrejas e substituir a revelação revelada por religião "social". Desacreditar a Bíblia e enfatizar a necessidade de maturidade intelectual que não necessite de uma "muleta religiosa".

Os comunistas e os humanistas compartilham um profundo desprezo pela religião revelada. Vemos aqui duas das principais estratégias que eles usam para atacá-la. A primeira redefine o Evangelho como simplesmente uma doutrina caracterizada por uma maior conscientização social.

Esta estratégia tem sido muito bem-sucedida e muitas igrejas hoje ensinam somente um "evangelho social", em que a religião é denegrida como nada mais que um refúgio para pessoas fracas e imaturas. Como já vimos, os humanistas zombam da revelação e da crença em Deus como um "desserviço à espécie humana".

Item 28: Eliminar a oração ou qualquer fase de expressão religiosa nas escolas, sob o argumento de que ela viola o princípio da "separação da Igreja e Estado".

Este é um aspecto adicional da mesma estratégia, em que a religião é tratada como algo hostil ao bem-estar da sociedade, enquanto o Estado é retratado — quase como uma nova religião — com um guardião confiável dos direitos humanos. Logicamente, para os humanistas, o Humanismo é ele próprio uma religião. Isto foi minimizado no Manifesto de 1973 por razões estratégicas, mas foi abertamente proclamado no Manifesto de 1933, em que o termo "humanismo religioso" foi usado diversas vezes para descrever a filosofia deles. Tanto o Comunismo quanto o Humanismo colocam toda a autoridade, social e moral no Estado, e avaliam a "moralidade" do comportamento humano por referência à sua contribuição ao bem-estar do Estado. Como a religião e a individualidade entram em conflito com este princípio, elas precisam ser suprimidas.

Item 40: Desacreditar a família como instituição. Incentivar a promiscuidade e facilitar o divórcio.

Este é um objetivo importante do Comunismo. Como a família é a principal instituição que fornece e transmite os valores tradicionais, ela precisa ser colocada em baixa consideração. Por esta razão, os comunistas querem incentivar a promiscuidade ou, como descrevem os humanistas, "... os indivíduos devem ter a permissão de expressar suas inclinações sexuais e buscar o estilo de vida que quiserem". Como já vimos, a homossexualidade e a promiscuidade devem ser apresentadas como "normais, naturais e saudáveis". Muitos dos grupos radicais que fazem campanha pelos "direitos" homossexuais desde os anos 1960s foram instituídos e financiados pelo Comunismo. O Movimento Feminista radical foi criado para o mesmo propósito, para denegrir o casamento e a família, ao mesmo tempo que finge promover o bem-estar das mulheres.

Item 41: Enfatizar a necessidade de criar as crianças longe da influência negativa dos pais. Atribuir os preconceitos, bloqueios mentais e o retardo das crianças à influência supressora dos pais.

Isto é pura malignidade e mostra o quão moralmente depravadas estas pessoas realmente são e o quão longe querem ir para destruir a sociedade ocidental. Também podemos ver neste objetivo doentio uma disposição de usar a assim chamada ciência de Psicologia para atacar a família e retratar os pais como uma influência negativa sobre seus filhos. É por isto que vemos tantos "estudos científicos", desde os anos 1960s, que se propõem a revelar o lado tenebroso do comportamento humano normal. A Psicologia não é uma ciência, mas um amontoado de opiniões imaginadas, observações seletivas e cruas teorias mecanicistas. Ela tem sido fortemente explorada pelos comunistas e humanistas para desacreditar os valores religiosos, o livre arbítrio, a consciência, fé, altruísmo, lealdade, amor interpessoal e a dimensão transcendente do nosso ser.

As mentiras funcionam melhor se puderem ser criadas para parecer "científicas". Na extensão em que se propõem a "explicar" a experiência humana, tanto a Psicologia quanto a Psiquiatria são disciplinas espúrias.

Os Objetivos Finais do Comunismo e do Humanismo São os Mesmos

O Humanismo é um subconjunto do Comunismo e compartilha muitos dos mesmos objetivos. Ambos odeiam a religião, a família, o casamento, o comportamento sexual normal, a propriedade privada, os Estados-nações e os valores tradicionais. Ambos ensinam a pseudociência da Evolução, a perfectibilidade do homem, a redistribuição da riqueza, o potencial virtualmente ilimitado da tecnologia, a necessidade de um governo mundial, o relativismo de todos os valores morais, o descarte do indivíduo para o bem maior e o papel central do Estado em todos os assuntos, sejam sociais, morais, econômicos ou educacionais. Além disso, ambos defendem o uso de métodos que, por qualquer julgamento, são enganosos e/ou vis; ambos propõem a infiltração das instituições educacionais, religiosas e outras; ambos propõem o uso oculto da propaganda, o uso cínico de uma "ciência" fraudulenta ou sem comprovação, a deliberada representação errônea dos valores tradicionais, a doutrinação dos jovens, a promoção da pornografia, da promiscuidade, da sodomia e do homicídio por conveniência social.

A Irlanda Caiu na Armadilha Humanista

Temos agora as ferramentas necessárias para analisarmos o que aconteceu na Irlanda em 22 de maio de 2015, quando 62% dos eleitores aprovaram a introdução do "casamento" homossexual. Como uma sociedade aparentemente conservadora pôde destruir de forma deliberada uma instituição fundamental? Como tantas pessoas, aparentemente sãs, equipararam o casamento tradicional a um acordo de parceria entre dois homossexuais? E como pôde esta geração presumir ter a autoridade moral de privar todas as gerações futuras do direito delas a um casamento tradicional?

O dia 22 de maio de 2015 foi um marco na marcha do Socialismo Internacional. A foice e o martelo fizeram seu trabalho destrutivo, não por meio da legislatura, ou dos tribunais, mas pelas mãos do próprio povo. Os alemães que votaram no Partido Nazista em 1933 fizeram isto com base na compreensão errônea que poderiam depois votar em um partido diferente nas eleições seguintes. Mas, quando os irlandeses votarm pela abolição do casamento entre um homem e uma mulher e o substituíram pelo "casamento" entre dois indivíduos quaisquer, eles fizeram isso sabendo perfeitamente que essa decisão seria irreversível na prática.

A grande mídia na Irlanda, notavelmente The Irish Times, The Irish Independent e a RTE (a emissora pública de televisão) têm consistentemente apoiado a agenda "progressista", que é apenas uma palavra-código para humanismo, socialismo e retórica anticristã. O viés é espetacular, até o ponto em que o lóbi pró-vida na Irlanda criou uma campanha chamada 33 a 1:

"No espaço de uma quinzena, 33 artigos apareceram nos jornais defendendo fortemente maiores facilidades para o aborto. No mesmo período, somente um artigo pró-vida foi publicado. Querem agora que aceitemos esse nível de viés como normal. Isto simplemente não é aceitável" [página da Campanha Pró-Vida].

Explorando este viés, que é desmedido na mídia irlandesa, o governo conseguiu a aprovação de uma lei em 2013 que legalizou a matança de crianças no útero materno sob certas circunstâncias definidas de forma bem vaga. Embora a lei possa não ser equivalente ao aborto totalmente livre (isto não está claro), o viés progressista bem-conhecido dos tribunais irlandeses certamente irá alargar essa interpretação, até que ela eventualmente funcione dessa forma na prática.

O viés contrário a qualquer discussão crítica do "casamento" homossexual nos meses anteriores ao Referendo foi simplesmente chocante. Uma decisão dessa magnitude, nos tempos antigos, teria requerido que o governo discutisse as amplas implicações, os prós e os contra da proposta, dando ampla liberdade para as visões opostas e uma posição política bem-argumentada seria definida, com remédios legislativos onde necessário para tratar as questões substantivas. Mas, o povo irlandês não recebeu nada disto. Não houve discussão significativa alguma de qualquer tipo no nível oficial. A proposta foi endossada pelos principais partidos políticos e as tentativas por parte dos grupos conservadores de envolver os representantes do governo em um debate foram rejeitadas.

Repetidamente foram feitas referências aos benefícios que seriam dados aos homossexuais e à sociedade em geral, a partir da mudança proposta, mas esses benefícios nunca foram detalhados e, certamente, nunca foram expostos à análise séria em qualquer foro público de discussão. Lembre-se que tudo isto teve lugar dentro de uma estrutura legislativa, em que os homossexuais (desde 2010) já desfrutavam do direito de formar uma parceria civil juridicamente reconhecida, e onde a discriminação adversa contra os homossexuais, com base na sexualidade deles, era proibido por lei. Os suposto "benefício" principal era tão intangível quanto imaginário: O lóbi homossexual afirmava que se a proposta fosse aprovada, então os homossexuais não seriam mais "cidadãos de segunda classe", mas seriam no futuro iguais a todas as demais pessoas.

Como um homem que pensa que é uma mulher pode ser "igual" a todas as demais pessoas? Como um homem que pensa que é uma mãe pode ser "igual" a todas as demais pessoas? Estas questões óbvias foram sufocadas pela mídia e ignoradas pelos políticos.

A mídia e os políticos também tiveram grande cuidado para evitar todas as referências ao preço que será pago pela sociedade irlandesa por normalizar a confusão de gêneros já sofrida pelos homossexuais. Como o gênero não mais constituirá uma distinção substantiva em um casamento, todos os casais casados existentes (formados por homens e mulheres reais) perdem imediatamente qualquer status privilegiado. Hoje, não existem pais naturais nem mães naturais na lei irlandesa, somente pais, e também não existem mais maridos e esposas, somente cônjuges.

Não é necessário ser um cristão nascido de novo para ver que este resultado é insano. Até mesmo um ateísta deve ser capaz de ver que um conceito jurídico básico foi radicalmente redefinido e que isto terá sérias consequências não previstas na lei irlandesa. Todos os acordos contratuais, compromissos e deveres baseados no conceito tradicional de casamento foram modificados. A confusão e as dores emocionais que isto provocará nos anos futuros poderão ser imensuráveis.

Os casais homossexuais não se tornam "iguais" aos casais casados tradicionais, graduando-se para um novo e até aqui não reconhecido nível de moralidade natural. Em vez disso, eles se tornam "iguais" destruindo o casamento tradicional e substituindo-o por um arranjo em que os homossexuais podem legalmente participar com a mesma base que um homem natural e uma mulher natural. Em outras palavras, as pessoas na Irlanda voluntariamente abriram mão de seu direito a um casamento tradicional para que os homossexuais possam se sentir menos desconfortáveis consigo mesmos.

Financiamento

Foi necessário muito planejamento por parte da elite governante para produzir isto. Muito dinheiro também. Os recursos financeiros foram fornecidos pelo Atlantic Philanthropies, um grupo sediado nos EUA que injeta enormes somas de dinheiro para a promoção da causa do humanismo e do socialismo internacional. De acordo com informações publicadas na página deles na Internet, o Atlantic Philanthropies forneceu somas consideráveis para as organizações na Irlanda que faziam lóbi a favor do casamento homossexual. Um senador irlandês, Ronan Mullen, propôs que isto fosse investigado, mas suas preocupações bem fundamentadas foram ignoradas:

Separadamente, o senador Ronan Mullen e três outros parlamentares, que defendiam um voto Não, disseram que estavam preocupados com o dinheiro alegadamente dado por Atlantic Philanthropies a diversas organizações que faziam campanha pelo voto Sim, bem como para a Agência da Família e da Criança.

Falando do lado de fora do edifício do Parlamento, o senador Mullen disse aos jornalistas que a organização filantrópica doara 17 milhões para grupos que faziam campanha para um voto Sim, incluindo Igualdade no Casamento, Anistia Internacional, GLEN e o Conselho Irlandês para as Liberdades Civis, ao mesmo tempo que dava milhões de dólares à Agência da Família e da Criança. O senador Mullen observou que essa agência governamental tinha acabado de cortar o financiamento para a agência católica Accord, de suporte ao casamento, para serviços de aconselhamento para casais, e disse: "Queremos saber se todas essas questões estão ou não conectadas". [página da RTE News, 13 de maio de 2015]

Não se sabe quanto do dinheiro dado a essas e a outras organizações foi gasto na campanha a favor da proposta do referendo, ou quantos outros grupos "filantrópicos" similares fizeram doações para este propósito. Entretanto, é claro que quaisquer que sejam as fontes do financiamento para o "Sim", elas foram consideráveis e vastamente superiores às quantias modestas disponíveis para os lóbis do voto "Não".

A Irlanda não é uma democracia, mas um país de partido único, em que o partido governante é constituído por diversas ramificações, conhecidas (confusamente) como "partidos políticos". As ramificações empregam o "sistema do chicote", que força todos os parlamentares alinhados com o partido a votarem em todas as questões conforme eles forem instruídos pelos seus respectivos líderes. Assim, alguns poucos indivíduos em altos cargos decidem todos os aspectos da política pública na Irlanda. Esses indivíduos são socialistas, humanistas e globalistas em sua perspectiva e seguem a agenda definida pelos líderes que controlam a Europa. Nas três últimas décadas, eles seguiram consistentemente um rumo que tem como objetivo destruir os valores cristãos tradicionais e transformar a geração mais jovem em humanistas obedientes e que odeiam a Bíblia.

Psicologia das Massas

Isto está acontecendo de acordo com os princípios da psicologia das massas, em que a opinião pública é sorrateiramente remodelada de acordo com a agenda globalista. Bertrand Russell, o notório humanista e campeão na defesa do governo mundial descreveu o processo como segue:

"Acredito que o assunto que será da máxima importância politicamente é a psicologia das massas... A importância dela aumentou enormemente com o crescimento dos métodos modernos da propaganda... O que é essencial na psicologia das massas é a arte da persuasão... Podemos esperar que qualquer um conseguirá persuadir qualquer outro de alguma coisa, se puder pegar o paciente jovem e receber do Estado dinheiro e equipamentos... Essa ciência será estudada diligentemente, mas estará rigidamente confinada à classe governante. O populacho não terá a permissão de saber como suas convicções foram geradas." [Bertrand Russell, The Impact of Science on Society (O Impacto da Ciência Sobre a Sociedade), 1952].

Existem pelo menos dois segmentos na sociedade irlandesa que deveriam ter falado enfaticamente contra o "casamento" homossexual: os profissionais da carreira jurídica e a Igreja Católica Romana. Mas, nenhum dos dois fez isto. Os primeiros certamente estavam perfeitamente cientes das implicações jurídicas prejudiciais da proposta, mas permaneceram calados. Isto provavelmente foi um reflexo da íntima conexão entre as carreiras jurídicas e a elite política na Irlanda, bem como da incidência acima da média da homossexualidade nessa profissão. Além disso, a influência tradicional da Maçonaria nas carreiras jurídicas na Irlanda, bem como em outros países, foi quase certamente um fator de contribuição.

Um ex-maçom de alto nível da África do Sul me informou certa vez, em uma conversa particular, que todos os bispos católicos romanos na Europa precisam fazer um juramento maçônico. Esse homem tinha sido suficiente experiente na arte para saber o que estava dizendo. Embora eu não tenha condições de confirmar as alegações dele, um ex-editor de uma publicação católica oficial na Grã-Bretanha já tinha publicado uma admirável exposição sobre quem realmente controla a Igreja Católica Romana atualmente.

Piers Compton (1901-1986) fez suas chocantes revelações em The Broken Cross: The Hidden Hand in the Vatican (A Cruz Partida: A Mão Oculta no Vaticano), que apareceu em 1983, mas foi retirado de circulação pelo autor seis semanas após a publicação — presumivelmente após pressão recebida de Roma. (Um exemplar deste livro pode ser encontrado na página deste autor, em http://www.Zephaniah.eu.).

Compton já tinha publicado algumas obras históricas bem-consideradas sobre a Revolução Francesa, a Rainha Elisabete I e a Guerra da Crimeia quando se tornou o editor literário do semanário católico The Universe, um cargo que ocupou durante 14 anos. Com esse currículo, ele claramente possuía tanto o rigor acadêmico quanto a integridade jornalística que se espera encontrar em alguém que professava expor o lado oculto do Vaticano.

As extensas conexões de alto nível de Compton dentro da Cúria Católica lhe permitiram obter informações que normalmente não chegariam ao domínio público. Em seu livro, ele revelou uma estrutura de poder no Vaticano que levava diretamente aos maçons, aos comunistas e a uma rede ocultista poderosa, com ambições globais, conhecida como os Illuminati. É interessante que Compton não se absteve de discutir os Illuminati e até os referenciou por esse termo.

No curso de sua exposição dramática, ele alegou que:

  1. A rede de sociedades secretas, que tinha crescido furtivamente em poder na maior parte da Europa desde o século 17, tinha há muito tempo procurado infiltrar e controlar o Vaticano. Eles chegaram muito perto disso em 1903, quando um maçom, o cardeal Mariano Rampolla, quase foi eleito papa.

  2. O sucesso veio com a eleição do papa João 23, em 1958. Compton apresenta evidências que sugerem que esse papa, Angelo Roncalli, tinha ingressado na ordem secreta da Sociedade Rosa-Cruz enquanto esteve na Turquia, como um Delegado Apostólico.

  3. Roncalli começou a desmantelar a cultura e o caráter da Igreja Católica, sujeitando todas as suas crenças e práticas a uma rigorosa revisão eclesiástica. Embora todos soubessem que isso inevitavelmente levaria à perda de uma mais maiores forças da Igreja, sua autoridade moral e seu rígido formalismo, os prelados preocupados não tinham escolha, a não ser obedecer.

  4. Roncalli foi sucedido por Gionvanni Montini, o papa Paulo VI, em 1963. Montini era outro maçom, com vínculos conhecidos com simpatizantes comunistas. Ele levou adiante as reformas iniciadas por Roncalli por meio do Concílio do Vaticano Segundo, minimizou grandemente a ameaça do Comunismo e começou a aparecer em público com o crucifixo vergado — uma paródia bizarra do crucifixo papal tradicional. Compton argumenta, e a maioria dos praticantes modernos do ocultismo concorda, que essa "cruz partida" é, na verdade, um talismã mágico que foi usado pelo papa para sinalizar para as sociedades secretas de todo o mundo que os Illuminati tinham finalmente conquistado o controle do Vaticano.

  5. Compton acrescenta sua voz àqueles que já argumentaram que a parte final do reinado de Montini foi, na verdade, exercida por um sósia (ou dublê). Já foi conjeturado que Montini estava doente demais para cumprir suas tarefas e que um sucessor ainda não estava pronto, ou que talvez ele não estava disposto a ir tão longe quanto seus superiores tinham orientado.

  6. A especulação que um sucessor adequado ainda não estava pronto foi confirmada pela morte súbita de Albino Luciano — o papa João Paulo I — em 1978, após apenas 33 dias no cargo. Ele pode ter sido retirado de cena para abrir o caminho para o talentoso comunista polonês, Karol Wojtyla. Embora Luciano fosse uma marionete dos Illuminati, ele pode não ter obtido a confiança total deles. (O envenenamento do papa João Paulo I é bem-documentado por David Yallop em seu livro Em Nome de Deus, publicado em 1984. Compton apresenta muitas evidências para corroborar as descobertas de Yallop.).

  7. O papa João Paulo II levou adiante o processo de reforma de um modo enérgico e global, buscando uma variedade de ecumenismo que chocou muitos no Vaticano. Os esforços dele de alcançar todas as fés e buscar uma compreensão comum estava totalmente em sincronia com o objetivo dos Illuminati de criar uma Religião Mundial. Ele até mesmo removeu a longa e inflexível proibição papal contra a participação como membro em sociedades secretas, em particular na Maçonaria.

  8. Embora Compton tenha escrito seu livro durante os primeiros anos do reinado de Wojtyla, ele previu precisamente a direção que ele iria seguir. Ele também se refere ao interesse incomum daquele papa com a sexualidade, a provável existência de uma amante e uma criança na Polônia, seu marcado ecumenismo e suas fortes simpatias comunistas.

Lista de Prelados Católico-Romanos na Itália, nos anos 1970s, Que Eram Sabidamente Membros de Lojas Maçônicas (publicada originalmente na imprensa italiana e citada por Piers Compton, em 1983).

Título
Nome
Cargo
Codinome Maçônico
Cardeal Agostino Casaroli Secretário de Estado do Vaticano
Casa
Cardeal Jean Villot Secretário de Estado do Vaticano
Jeani & Zurigo
Cardeal Ugo Poletti Vigário-Geral da Diocese de Roma
Upo
Cardeal Franco Biffi Reitor da Pontifícia Universidade São João Laterano
Bifra
Cardeal Michele Pellegrino Arcebispo de Turin
Palmi
Cardeal Sebastiano Baggio Prefeito da Sagrada Congregação dos Bispos
Seba
Cardeal Pasquale Macchi Secretário do papa Paulo VI
Mapa
Cardeal Salvatore Pappalardo Arcebispo de Palermo
Salpo
Cardeal Gabriele-Marie Garrone Congregação para a Educação Católica
desconhecido
Arcebispo Annibale Bugnini Sagrada Congregação de Propagação da Fé
Buan
Arcebispo Giovanni Benelli Arcebispo de Florença
desconhecido
Arcebispo Mario Brini Comissão Pontífica para a Revisão da Lei Canônica
Mabri
Arcebispo Aurelio Sabattani Arcebispo de Giustiniana, Província de Milão
Asa
Arcebispo Abino Mensa Arcebispo de Vercelli, Piemonte
Mena
Arcebispo Enzio D’Antonio Arcebispo de Trivento
desconhecido
Arcebispo Alessandro Gottardi Arcebispo de Trento
Algo
Bispo Michele Buro Comissão Pontifícia para a América Latina
Bumi
Bispo Antonio Travia Bispo Titular de Termini Imerese
Atra
Bispo Francesco Salerno Bispo Prefeito
Safra
Bispo Antonio Mazza Bispo Titular de Velia
Manu
Bispo Mario Schierano Bispo Titular de Acrida, Província de Cosenza
Maschi
Bispo Luigi Maverna Bispo de Chiavari, Gênova
Luma
Bispo Aldo Del Monte Bispo de Novara, Piemonte
Adelmo
Bispo Marcello Morganta Bispo de Ascoli, Piceno
Morma
Bispo Luigi Bettazzi Bispo de Lyrea, Itália
Lube
Bispo Gaetano Bonicelli Bispo de Albano, Itália
Boga
Bispo Salvatore Baldassarri Bispo de Ravenna
Balsa
Bispo Vito Gemmiti Membro da Sagrada Congregação dos Bispos
Vige
Bispo Pier Luigi Mazzoni Membro da Sagrada Congregação dos Bispos
Pilum
Bispo Ernesto Basadonna Prelado de Milão
Base
Bispo Mario Bicarelli Prelado de Vicenza, Itália
Bima

Nota: O livro de Piers Compton também fornece em cada caso a data da iniciação na loja.

Compton também explora o pano de fundo para a publicação na imprensa italiana de uma longa lista de figuras sêniores da igreja que foram expostas pela primeira vez como maçons — veja a tabela anterior.

À luz disto, é fácil compreender por que a hierarquia católica-romana na Irlanda efetivamente retirou-se de seu papel tradicional de defender os valores morais e as instituições conservadoras. Dos 27 prelados na Irlanda, nem um assumiu uma posição pública forte contra a proposta do referendo. Muitos emitiram cartas pastorais para serem lidas nas igrejas antes do referendo, porém essa iniciativa modesta nunca foi vista, nem mesmo por seus mais leais apoiadores, como uma tentativa séria de influenciar a opinião pública.

Até mesmo o prelado irlandês mais proeminente, o Dr. Diarmuid Martin, arcebispo de Dublin, ficava claramente desconfortável diante das câmeras sempre que era solicitado a defender a posição conservadora. Os pronunciamentos oficiais dele sobre a questão foram poucos, reticentes e sem qualquer convicção. Em resumo, nem um prelado irlandês fez uma defesa pública robusta do casamento cristão tradicional.

Como o governo nunca colocaria a questão para votação pela população sem primeiro garantir que teria o apoio tácito da hierarquia católica, especialmente em uma questão tão sensível quanto esta, podemos estar certos que uma posição comum já tinha sido combinada com bastante antecedência por aqueles que estão em posições de autoridade. O Vaticano foi cúmplice nesta vergonhosa traição. Quaisquer objeções que ele fingiu ter foram puramente cosméticas.

Conclusão

O povo irlandês está tão ignorante da Palavra de Deus que se tornou presa fácil para a doutrinação suave que agora é praticada pelo socialismo internacional. Sem possuir valores morais absolutos, a população pode ser levada para qualquer direção pela mídia e pelos especialistas em psicologia das massas, que sabem como manipular a opinião pública. Os globalistas queriam fortalecer sua campanha global de subversão moral fazendo um país aparentemente conservador aceitar deliberada e visivelmente a agenda homossexual. Isto poderá agora ser usado para influenciar a opinião pública em outros países, em particular naqueles com uma grande proporção católica na população. Assim, os globalistas injetaram imensas somas de dinheiro para promover um voto "Sim", e instruíram todas as ramificações do "Partido Nós Governamos a Irlanda" a apoiarem fortamente a proposta.

Com a Igreja Católica se encolhendo timidamente e passando para o segundo plano, e a mídia tocando os tambores da mudança o mais alto possível, o nível de intimidação foi espetacular. A máquina fascista da propaganda trabalhou tão bem que não houve necessidade de enviar os Camisas Marrons às ruas. Tendo dito isto, as poucas figuras públicas que expressaram suporte publicamente ao casamento tradicional foram silenciados e, em alguns casos, receberam mensagens de correio odiosas e ameaças violentas.

Os irlandeses voltaram suas costas para o Senhor Deus em 21 de janeiro de 2003, quando erigiram um enorme Mastro de Maio, um bem-conhecido símbolo de Baal, no centro de Dublin. Eles foram ainda mais longe em 22 de maio de 2015, quando acrescentaram em sua Constituição uma cláusula que para sempre proclamará a aliança deles com o paganismo.

"Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitar os meus estatutos, e em tomar a minha aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, e lanças as minhas palavras para detrás de ti." [Salmos 50:16-17].


Autor: Jeremy James, http://www.zephaniah.eu.
Data da publicação: 25/6/2015
A Espada do Espírito: https://www.espada.eti.br/agendahumanista.asp